sábado, 24 de maio de 2014

Exercitando, desde já, a censura como nos tempos da Redentora --- Flashback & De volta para o futuro --- De Rosa para Raul, via PressAA --- O morde-sopra-morde do Ibope

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Laurita Vaz: censura ao PT e tentativa de inviabilizar o debate político e eleitoral.

Pela segunda vez um juiz do TSE, neste caso juíza, censura a propaganda política do PT. Mais uma vez uma autoridade nomeada e pertencente à burocracia estatal interfere, indevidamente, no processo político e eleitoral brasileiro. Deve ser, creio eu, a vontade de governar e dar ordens àqueles que tais burocratas não convergem no que tange ao pensamento político e ideológico de um partido como o PT. A agremiação política que nasceu em berço popular, bem como realiza uma revolução silenciosa e democrática, no que diz respeito à distribuição de renda e de riqueza. Processo de inclusão social espetacular, que fez com que 36 milhões de pessoas se livrassem da extrema pobreza, além de permitir que 42 milhões de brasileiros ascendessem socialmente e se transformassem em consumidores e cidadãos reivindicadores.

Estou cansado de afirmar que grande parte dos juízes que exercem suas funções e seus cargos em todas as instâncias e em diferentes tribunais são pessoas filhas das classes médias altas e ricas, e por isso não conhecem as realidades sociais e muito menos se importam com as necessidades e as dores alheias. São técnicos que se formaram em Direito, prestaram concursos ou foram nomeados e receberam a carteira de juízes, desembargadores e ministros, mas não se importam em sair de suas redomas de cristais e verificar a situação da maioria do povo brasileiro. Faltam a eles sensibilidade e conhecimento sobre as questões da sociedade e de tudo o que advém dela.

Ao contrário, esses juízes, principalmente os de tribunais superiores, unem-se aos interesses da Casa Grande, porque também são inquilinos dela, e, consequentemente, atuam e agem politicamente quando percebem que a luta de classe, que nunca vai terminar enquanto existir exploração e privilégios, pode prejudicar os interesses mais urgentes e caros à burguesia, que não apenas detesta dividir “seus” espaços, mas, sobretudo, não aceita que o estado nacional seja administrado por um partido popular e de esquerda — a exemplo do PT. Por isso, as classes “dominantes” sabotam e boicotam quaisquer programas e projetos que têm por finalidade diminuir as desigualdades regionais e sociais. Para isso, contam, impreterivelmente, com a máquina judiciária, que no Brasil, juntamente com a imprensa de mercado e familiar e os partidos de direita, atua como ponta de lança dos interesses dos setores sociais hegemonicamente econômicos.

É dessa forma que a burguesia brasileira funciona e sempre vai funcionar, como já afirmei antes, pois herdeira da escravidão, a mais longa da história e a última a terminar oficialmente no planeta, em 1888, às portas do século XX. Trata-se da Casa Grande, que até hoje odeia, literalmente, as leis trabalhistas implementadas por Getúlio Vargas, bem como detesta, sem disfarçar, que os pobres, negros e mestiços freqüentem o que se convencionou a considerar “seus” espaços públicos exemplificados em aeroportos, shoppings, restaurantes, cinemas e universidades federais, estaduais etc. Até janeiro de 2003, ano que o tenebroso e elitista Governo de FHC chegou ao fim, apenas as classes médias tradicional, alta e, evidentemente, os ricos freqüentavam esses espaços, concedidos pelos os que controlam o establishment, ou seja, os que têm os meios de produção e o mercado financeiro nas mãos.

Espaços públicos que foram equivocadamente e arbitrariamente “concedidos” pelo establishment à classe média tradicional como se fosse “reconhecimento” e “agradecimento”, porque é tal classe quem apoia o sistema de poder estratificado e imposto pela Casa Grande à maioria da população, pois, equivocadamente, considera-se a detentora dos princípios e dos valores das classes abastadas. A classe média reacionária e preconceituosa e que se dispõe a repercutir a ideologia de dominância dos ricos e dos muito ricos, a exemplo dos magnatas bilionários de todas as mídias, que há décadas, por intermédio de seus meios de comunicação, formulam suas ideologias e propósitos, pois a finalidade é dominar, fazer a cabeça da sociedade, que não freqüenta as altas rodas e não recebe os benefícios da classe alta, mas que “aceita” ou se “resigna” a receber o que lhe é concedido, como se fosse um prêmio viver a vida, de forma virtual, por meio dos inúmeros e diferentes programas televisivos, como, por exemplo, as novelas e o jornalismo.


É duro reconhecer que grande parte da classe média, de formação universitária, não consegue enxergar o “óbvio ululante”, como dizia o escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues. Certa vez um professor da Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ me disse: “O gênio é aquele que enxerga e explica o óbvio, desde fenômenos da natureza até as questões sociais”. É verdade. Porém, a classe média tradicional é raivosa, preconceituosa, mal-humorada, sectária e violenta. Apesar de ser detentora de canudos de cursos superiores, não consegue perceber a obviedade dos fatos, das realidades, que a inclusão social e econômica, por exemplo, tem de ser realizada e concretizada, pois, do contrário, tornar-se-á muito difícil para os brasileiros edificarem uma sociedade democrática, justa e disposta a conviver com tolerância para ter compreensão em relação ao semelhante. Sem justiça social não há paz. Ponto.

Entretanto, o TSE, em particular a juíza Laurita Vaz, resolveu suspender a propaganda política do PT. Ou seja, a juíza censurou a veiculação do filme do Partido dos Trabalhadores, que faz alusão ao passado. Terríveis tempos, para o bem da verdade, porque nos governos anteriores aos do PT nem direito ao emprego os brasileiros tinham, pois o desemprego era enorme, a inflação também e os mercados de consumo e de trabalho não atendiam às demandas da população, dos trabalhadores brasileiros. Esses fatos são inquestionáveis. E aí vem uma juíza, funcionária pública concursada e depois nomeada ministra do TSE, fazer política. Ela, sim, indevidamente, porque impede que um partido faça críticas a outros partidos e governos. É uma decisão arbitrária, autoritária, casuística e que demonstra, indubitavelmente, que juizes estão a serviço do establishment, do status quo e se aliam, sem quaisquer pesos em suas consciências, com os grupos que detêm o poder político conservador e, evidentemente, o poder econômico.

É visível essa situação que atenta contra a democracia. Até um recém-nascido perceberia que os tribunais, e em especial os superiores, são casamatas da burguesia, porque sempre atuaram e agiram em prol dos mais fortes e dos que negam, não aceitam, terminantemente, que todos os cidadãos brasileiros, segundo a Constituição são iguais perante as leis, bem como o são sujeitos aos direitos e deveres de cidadania. Então quer dizer que o PT está impedido de debater o processo político e eleitoral. E muito menos o partido tem o direito de tecer críticas a quem o critica duramente e muitas vezes desrespeitosamente de forma diuturna, incessante e sistemática, no decorrer de mais de uma década.

Críticas e acusações, muitas delas levianas, além de denúncias vazias como se comprovou diversas vezes ao passar desses anos. Críticas realizadas livremente e abertamente em programas eleitorais e por intermédio dos jornais televisivos, como o Jornal Nacional, o Bom Dia Brasil, o Jornal da Band, a Globo News, além dos jornalões impressos e em online, as revistas semanais, à frente a Veja — a Última Flor do Fáscio, a citar ainda as rádios CBN e Jovem Pan, dentre muitos outros veículos de comunicação, a serviço constante em favor dos partidos de direita e dos interesses da burguesia nacional e internacional.

Agora, novamente, tal juíza interfere no processo político, pois a intenção é não dar voz ao PT, ao Governo Trabalhista, que há anos enfrenta uma oposição midiática e partidária de caráter fascista, que visa, sobretudo, desqualificar e desconstruir as lideranças petistas e esquerdistas, além de macular a imagem do PT e do Governo. São verdadeiros acintes e despropósitos as ações da juíza que age como política, magistrada Laurita Vaz. Realidades que me levam a concluir que o TSE e o STF têm lado, partido, cor ideológica e atuam como caixas de ressonância política, porém, com o poder de censurar e impedir que um programa político que contesta e questiona seus adversários possa ir ao ar. Seria cômico se não fosse trágico e preocupante para as liberdades democráticas e de expressão tão valorizadas, cinicamente e falsamente, pela direita brasileira, aquela mesmo que ficou 21 anos no poder por intermédio de um golpe de estado e não pelas urnas.

Mas quais são os motivos que movem juízes a proceder dessa forma autoritária e que faz com que setores da sociedade civil desconfiem de “suas boas intenções”? Afirmo-lhes: o controle do estado nacional por parte da Casa Grande, e a tentativa de continuar a privatização dos espaços públicos. A lógica insana e perversa dos neoliberais. A ideologia dos fanáticos do sistema de mercados tão fundamentalistas e perniciosos quanto os fanáticos religiosos. Ainda pior, porque os dinheiros estão guardados dentro dos bolsos deles em escala mundial.

Laurita Vaz é a Sandra Cureau ou a Sandra Cureau é a Laurita Vaz? Porque sai uma de cena e entra a outra, mas a conduta autoritária e sectária é a mesma. A juíza em questão entendeu que houve propaganda negativa contra os opositores do PT. O PSDB, do tucano e candidato a presidente Aécio Neves conseguiu há uma semana suspender a propaganda eleitoral do PT antes de ir ao ar. Incríveis, e absurdamente inconvenientes, as decisões de juízes que interferem e prejudicam o processo político, porque, neste caso, consideram que o PT não pode criticar seus adversários, os mesmos que o criticam diuturnamente e duramente há 12 anos em seus programas eleitorais e, evidentemente, nos meios de comunicação privados, corporações poderosas controladas por empresários bilionários cujas pautas são elaboradas para combater o Governo Trabalhista e suas lideranças. Ou a juíza Laurita Vaz, talvez por causa de sua ingenuidade, até hoje não sabe disso?

O PSDB judicializa a política e as eleições. Tal partido entreguista, elitista e que professa a perversa lógica neoliberal no que diz respeito ao seu olhar social, não tem programas de governo e projeto de País para apresentar ao eleitor brasileiro. É um partido vazio, de viés neoliberal, que fracassou na prática e em seu discurso de forma retumbante principalmente a partir de 2008 quando a crise mundial varreu a economia de países médios e poderosos e que até hoje lutam para retomar a força de suas economias. Mesmo com o retumbante fracasso, os tucanos e setores empresariais da direita brasileira insistem e justificar o injustificável, defender o indefensável e pregar o que não se apregoa, retratados em arrocho salarial, diminuição do estado, menos investimentos, aumento do desemprego e retração do consumo.

A resumir: recessão em nome do suposto combate á inflação, sempre a desculpa esfarrapada da direita, que no poder não quer servir ao povo e, sim, ser servida por ele, como fizeram os conservadores em recente passado, bem como no período longo da escravidão que envergonha a história do Brasil. Essa gente também chama esse modelo de espoliação do País e de seu povo de "choque de gestão". Nada mais parecido com a cara e as receitas vampirescas do FMI.

Os poderosos grupos nacionais e transnacionais devem lamentar profundamente o dia que o PT, os trabalhistas e os socialistas conquistaram o poder no Brasil. Fico a imaginar o quanto de recursos financeiros esses caras pararam de receber. Ainda o recebem muito, mas o pouco que perdem causa-lhes inconformismo e a tentar golpes e trapaças de toda natureza. Imagino a reunião dos megacapitalistas quando souberam da aprovação do novo modelo para o Pré-sal, que é de partilha e não de concessão, como os antigos contratos.

Além de muitas outras coisas, situações e processos que aconteceram no Brasil nos últimos 12 anos administrados pelos trabalhistas. É de revoltar os coxinhas e os coxões — o establishment. O PT tem de recorrer, abrir a boca e denunciar a parcialidade do TSE e da juíza Laurita Vaz, a nova Sandra Cureau, que era promotora. O Partido dos Trabalhadores tem o direito de debater sobre o País e de criticar seus adversários, mesmo de maneira dura, assim como também seus adversários tem o direito de combater o PT. Trata-se do jogo político. Entretanto, observo que juízes burocratas e elitistas não o compreendem. E, se o compreendem, engessam a propaganda partidária, escolhem lado, partido e cor ideológica. Os juízes têm lado. É isso aí.

Veja o vídeo do PT que tanto incomoda o PSDB e o TSE
Para a juíza do TSE, Laurita Vaz, lembrar do passado e dos governos tucanos é proibido. O PSDB e o candidato da direita, Aécio Neves, agradecem a camaradagem jurídica.
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São Paulo, sábado, 03 de junho de 2000

RIQUEZA AMERICANA

Mercados comemoram alta do desemprego

Índice surpreende e sobe a 4,1%, sugerindo esfriamento da economia dos EUA; Bolsas disparam

DO "THE NEW YORK TIMES" 

O mercado dos Estados Unidos fez festa para a notícia inesperada de que mais norte-americanos ficaram sem emprego em maio.

O resultado, anunciado ontem, fecha uma semana em que os indicadores apontaram sinais de resfriamento da maior economia do planeta.

O índice Nasdaq Composite, número que mede a variação do preço das ações da nova economia, disparou, subindo 6,44%. Foi a maior alta semanal de seus 29 anos de história.

Diante de tais números, economistas e investidores debatem se começou ou não o "soft landing" (aterrissagem suave) da economia dos EUA. Isto é, se o período de prosperidade de 110 meses contínuos vai deslizar para uma paulatina e segura desaceleração, em vez de uma crise inflacionária e, a seguir, recessiva. O "soft landing" é o cenário mais positivo para economia mundial, para a brasileira em particular.

Em abril, o desemprego nos EUA havia sido o mais baixo em 30 anos. Em maio, contrariou expectativas e subiu. Também ontem soube-se que as encomendas industriais caíram em abril, depois de alta em março.

Se a produção entra em ritmo mais lento, teoricamente diminui o ritmo de inflação. Se a inflação é menor, menor é a tendência de alta de juros e de parada brusca e crítica da economia. Portanto, o mercado comemora.

A taxa de desemprego passou apenas de 3,9% para 4,1%. Isso significa que o mercado de trabalho continua extraordinariamente aquecido -quando a taxa é tão baixa, os economistas falam em pleno emprego, o que pode provocar alta de salários devido à grande procura por mão-de-obra.

De resto, também não houve aumento de horas trabalhadas e, em termos anuais, a taxa de aumento de salários caiu de 3,8% em abril para 3,5% em maio.

Analistas do mercado acreditam que, enfim, a política de alta de juros do banco central dos EUA teria começado a fazer efeito. Juros mais altos inibem empréstimos bancários e, assim, o consumo e novos investimentos.

Para alguns investidores, diante de tais resultados econômicos o Fed pode vir a manter a taxa de juros em 6,5% em sua próxima reunião, nos dias 27 e 28 de junho.

Outros observadores e participantes do jogo, porém, estão cautelosos e se perguntam se o mercado não está indo longe demais. Os fundamentos da economia -os números que mostram sua boa saúde e baixo risco de inflação- ainda não estariam tão bem a ponto de justificar a volta da euforia nas Bolsas.

Em primeiro lugar, se há apenas dois meses o mercado considerava a economia superaquecida e os preços das ações valorizados demais, ainda não haveria motivo real para acreditar que passou o ciclo de "exuberância irracional".

Além disso, há economistas para os quais uma reignição precoce do mercado pode realimentar o ciclo de crescimento demasiado e inflacionário da economia, por ressuscitar o chamado "efeito riqueza" -a propensão a consumir provocada por aumento de patrimônio financeiro.

Desde junho de 1999, o banco central dos EUA aumentou a taxa básica de juros da economia em seis ocasiões. Na mais recente reunião do Fed, em 16 maio, o ritmo do aumento dobrou de 0,25 ponto percentual para 0,5 ponto.

"Do ponto de vista do Fed, foi um resultado perfeito para o desemprego", diz Bill Cheney, economista-chefe do John Hancock Financial Services. "O nível de emprego desacelerou e não há sinais de inflação".
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De Rosa Pena para Raul Longo, sobre "Corrente pra trás"

Raul, (...) Deixo-o totalmente à vontade para fazer o texto sugerido, agradeço seu esclarecimento e passo para o Fernando (aproveito para me desculpar, Fernando, pelo meu desconhecimento e minha emoção) fazer uma errata com suas informações mais precisas que as minhas e ou resolver o que deve ser feito.
Um beijo e obrigada
Rosa

Rosa querida:

Você cometeu um deslize nesse texto. Um deslize de informação que não deixa de ser sério, mas perfeitamente possível de ser consertado e, se o fizer, desenvolvendo mais um texto para retificá-lo, terá uma excelente oportunidade para confirmar o que explanou aqui e oferecer um exemplo claro para seus argumentos, com os quais concordo em todos os sentidos.

É o seguinte, logo no primeiro parágrafo você levanta a seguinte questão: E o dinheiro gasto no sambódromo que só é usado uma vez por ano? Daria ótimas escolas.

”Daria”, não! Deu ótimas escolas. Mais que isso: o Sambódromo, realizado no governo Brizola (nunca foi brizolista), já foi projetado para o lançamento de umas das mais sérias propostas pedagógicas criadas nesse país, por um de nossos mais destacados educadores, Ministro da Educação do governo de João Goulart e Secretario de Educação do governo Brizola. Foi quem deu continuidade ao trabalho do grande educador brasileiro Anísio Teixeira, assim com também deu continuidade ao trabalho de nosso grande indigenista Marechal Cândido Mariano Rondon. Mentor do Parque Nacional do Xingu realizado pelos Villas Boas como o mais arrojado projeto de proteção de povos originários já concretizado no mundo, através do Sambódromo idealizou o que deveria ter sido o mais arrojado projeto educacional da história desse país.

Como disse, não sou brizolista, mas gostaria de vê-la consertando a informação errônea que sei que não cometeu  intencionalmente, mas por talvez por ter esquecido desse fato que infelizmente foi esquecido pela maioria dos brasileiros, exatamente pelos esforços dessa sempre atuante torcida contrária ao nosso país, que você tão acertadamente critica aqui.

Ficarei muito satisfeito com um novo texto teu consertando esse seu compreensível esquecimento, tanto para reafirmar o tão acertado argumento que defende, como também porque conheci e admirei muito aquele brasileiro que já projetou o Sambódromo da Marques de Sapucaí pensando exatamente como você. Defendendo exatamente o que você defende sobre estas obras e realizações.

Infelizmente, a única referência que se fez aquele projeto, foi o se ter se batizado a passarela do Sambódromo de Passarela Darcy Ribeiro. E daí? Quem sabe, hoje, quem foi Darcy Ribeiro ou o que foi o CIEP, uma demonstração clara de que o que você expõe nesse teu texto é perfeito.

Pois então, Rosa, vejo aí uma excelente oportunidade de exemplificar aos seus leitores o quanto seus argumentos são corretos, demonstrando o quanto os que tão bem designou como “videntes para trás” só promovem o atraso, lembrando que nunca protestaram com a extinção do CIEP – Centro Integrado de Educação Pública, primeira experiência de ensino em período integral no Brasil. Pelo contrário: com grande regozijo o Jornal O Globo, um dos principais veículos de promoção da corrente para trás, anunciou em manchete: “PROJETO PEDAGÓGICO CIEP NÃO FOI ADIANTE”.

Claro que não foi! Detendo o poder de conduzir a consciência, ou a inconsciência do povo e dos políticos brasileiros, torceram tão contra o CIEP quanto hoje torcem contra a COPA, apesar de serem um dos maiores interessados nesse tipo de evento quanto são interessados nos desfiles de carnaval. Acontece que têm interesses ainda maiores que os faz ser contra a COPA neste governo, por mera questão de não ser o governo que melhor atenda aos seus interesses. Como o governo de Brizola não atendia seus interesses no Rio de Janeiro quando Oscar Niemeyer arquitetou o Sambódromo já prevendo que no restante do ano ali se alojaria as instalações pretendidas por Darcy Ribeiro para dar início ao que sonhou como a base de lançamento para um grande revolução no sistema do ensino público brasileiro.

Você abordou esse tema tão candente e significativo ao Brasil de uma forma absolutamente correta e desejo divulgar seu texto, distribuindo-o a todos meus correspondentes e listas de debates das quais participo, mas para isso preciso que você aproveite esse deslize de informação para em uma correção - que já imagino quão apropriada será - embasar ainda mais seu argumento.

Sempre teu admirador: Raul Longo. 
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Rosa Pena e Raul Longo, escritores, colaboram com esta nossa Agência Assaz Atroz 
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Facebookada



Jean Guarani Scharlau compartilhou a foto de Gazeta Russa.
E A RÚSSIA JÁ ESTÁ CONSTRUINDO OS ESTÁDIOS PARA A COPA DE 2018 - "Já tem gente falando em desvio de dinheiro, atraso das obras etc. Não vale a pena prestar atenção a isso. Esse tipo de conversa sempre vai acontecer. Eventos como os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo criam milhares de empregos e ajudam o país a passar para um novo patamar."


Rússia inicia febre da construção para Copa de 2018: http://br.rbth.com/25347 País vai construir 10 novos estádios para sediar o próximo mundial de futebol depois do Brasil.
  • Pedro Raul Schuch ...isto não é mais futebol...é máquina de fazer dinheiro...e quem pensa que este dinheiro irá reverter socialmente positivamente...mente...para si mesmo...e para os que o escutam...porque o que está acontecendo...não é a história do esporte...mas a velha história do planeta terra...ganãncia por lucro...que irá garganta abaixo em especulações faraônicas...e projetos do nada...aqui no Brasil ....é só dar uma olhadinha real in loco no projeto transposição do rio São Francisco...e diga-se de passagem um projeto sem conhecimento hidrológico apropriado...o São Francisco ...vai se salvar...justamente porque o dito projeto...foi por água abaixo...ironias do destino...e a maior das ironias...é que somente uma revolução sem armas salvará nosso Planeta da destruição total...e isto não será feito sem a extinção de todos os partidos políticos...bota saia justa nisso...

  • Gensel Scharlau Dr Pedro que tristeza ver um depoimento destes, tudo investido na Copa equivale a um mês de investimento da falida (pelos meios de comunicação privativistas) Petrobras no Pré-Sal. A transposição do São Francisco, me desculpe mas vá estudar a região e venha me dizer depois, estou de saco cheio de paulistinhas de merda falando sobre o Nordeste, moro aqui a 11 anos e sei deste sertão a necessidade e a bravidão do povo, água para todos é mais que Brasil, é humanidade.

  • Pedro Raul Schuch ...que o sertão precisa de água...nem se discute...mas assassinar o rio são francisco realmente não é a solução...vão continuar sem água até achar outro meio de solucionar o problema...e seja o que for que invistam na copa, não vai reverter pro povão não...depois da copa do traguinho vai ser só conferir...

  • Fernando Soares Campos IPOPE, Hoje, 22/05/2014

    DILMA: 40%
    Todos os outros candidatos juntos: 36%
    Confira:
    - Dilma Rousseff (PT): 40%
    - Aécio Neves (PSDB): 20%
    - Eduardo Campos (PSB): 11%
    - Pastor Everaldo (PSC): 3%
    - Eduardo Jorge (PV): 1%
    - José Maria (PSTU): 1%
    - Eymael (PSDC): 0%
    - Levy Fidelix (PRTB): 0%
    - Mauro Iasi (PCB): 0%
    - Randolfe Rodrigues: 0%
    - Brancos e nulos: 14%
    - Não sabe/não respondeu: 10%
    A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00120/2014.



  • Jean Guarani Scharlau Fernando, não posso dizer que fico satisfeito. Fico preocupadíssimo com o desvario da compreensão política dos entrevistados e/ou a manipulação da pesquisa expressos nesses 20% para o Aécio. Encaro as pesquisas (supervalorizadas), rádio, tv e jornais como instrumentos de manipulação e divulgação de opinião contra a população. Neste momento porém, há uma eventual contradição entre esses instrumentos, sendo que as pesquisas não falam tão mal da Dilma quanto os outros, ainda que estejam afinados na promoção do Aécio.
  • Jean Guarani Scharlau Pedro, há muito tempo os donos da mídia e de outras fontes de renda escolheram o futebol aqui no Brasil e em grande parte do mundo como um dos seus meios preferenciais de ganhar dinheiro. Grande parte do povo acabou por engolir essa escolha martelada diariamente, e faz questão de gastar dinheiro com isso - é sócia de clubes de futebol, tem assinatura dos jogos na tv, compra jornal pra ler sobre, compra roupas, faz viagens pra ver jogos, A Copa nos estádios é para essa turma, do mundo todo, não é para mim, nem para ti. Para mim só interessa que eles venham, se divirtam, conheçam o Brasil para voltar de novo depois, e deixem seu dinheiro, comprando nossas mercadorias e serviços. A Rússia também quer. Muitos querem, pelo retorno que dá ao país e à população. Muitos empregos e muito dinheiro. Quanto às obras de subir água para o Nordeste, estás mal informado. O projeto está caminhando para o final. Cuidado com os canais onde colheste a informação - pelo jeito colocam veneno.

  • Jean Guarani Scharlau Gensel, tens como mandar informações, fotos linques de notícias? pois aqui temos poucas informações a respeito do andamento das obras da aguada além das fontes dos ministérios.

  • Fernando Soares Campos Scharlau, fiz essa charge por "dever do ofício", mas também não estou nada satisfeito com os rumos das coisas, que estão se acirrando cada vez mais. Refiro-me ao eterno golpismo e oportunismo dessa gente que faz esse engodo que chamam de comunicação de massa, mídia, imprensa e seus produtos no atacado ou varejo. 



    Quanto a esse detalhe sobre as pesquisas não falarem "tão mal da Dilma", isso só pode ser observado nos números do “placar”; porém, nas análises feitas pelos opinieiros de plantão, a coisa deixa ver que essa pesquisa tem o propósito de ser acompanhada por outra que revele "queda" de Dilma. Esse está sendo o grande golpe aplicado neste momento. Não acredito num só número dessas pesquisas, postei, distribuí, mas imagino o que vem por aí. 



    Mas, se Deus permitir, tudo pode acontecer como vem acontecendo há muito tempo: eles manipulam as pesquisas, pintam o diabo; entretanto, na "boca de urna", revelam a verdadeira opinião do povo, isso para não ficarem mal na fita e manterem a “credibilidade” dos institutos. 



    O problema é que essa coisa influencia muita gente sim, tira muitos votos de determinados candidatos, porém o que tem acontecido nos últimos tempos é mera migração de votos entre candidaturas de mesma orientação ideológica, e a peleja tem se dado muito mais entre os candidatos de oposição do que entre oposição e situação. Mas observe que dessa vez subiu todo mundo (estranho!), certamente sem falar de disputas em quadros de Dilma com outros adversários, como eles costumam fazer. Teriam os eleitores de Marina migrado para Aécio em vez de optarem por Dudu? 



    Ora, quero que vão pro inferno, pois essa porcaria aí não expressa 1% da verdade, é pura armação, que pode ou não dar certo: esse quadro e tantos outros que eles vão apresentar até outubro, acompanhados de "eventos espontâneos", como essas greves de "dissidentes" dos sindicatos e tantos outros que aconteceram porque "deu na televisão" (“As coisas não apareciam na televisão porque aconteciam. Elas aconteciam porque seriam mostradas na televisão.”, lembra-se de quem disse isso?).



    Aguardemos os acontecimentos que vão acontecer na tevê...

  • Jean Guarani Scharlau A TV é mesmo o ícone da passividade intelectual, da emoção induzida, da ação teleguiada.


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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons
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PressAA




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2 comentários:

Jean Scharlau disse...

Mas bá, eu estreando na Pressa! Abraço, Fernando.

Anônimo disse...

Rapaz!
Acompanho seu blog há um tempão e nunca tinha notado que poderia postar comentários aqui...
A letrinha lá embaixo deve estar muito pequena ou eu já estou ficando cego :)
Um abraço.