quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Fernando Morais, em entrevista a Zé Dirceu, fala sobre o caso dos cinco cubanos presos nos EUA

Fernando Morais, jornalista e escritor, autor de “A Ilha”, “Chatô, o Rei do Brasil”, “Olga”, entre outros grandes sucessos editoriais, concedeu longa entrevista a Zé Dirceu, na qual revela seus métodos e técnicas de pesquisa, trata de suas relações com editores, fala de seus personagens, de sua breve carreira política e da participação em campanhas eleitorais.

Consagrado biógrafo e repórter literário, o último trabalho de Fernando Morais, livro intitulado “O Mago”, relata episódios da vida de Paulo Coelho e se destaca entre os mais vendidos em diversos países. Atualmente ele escreve sobre o caso dos cinco cubanos presos nos Estados Unidos, acusados de espionagem e terrorismo contra o governo norte-americano.

Recomendamos a leitura completa da entrevista, mas reproduzimos aqui na nossa Agência Assaz Atroz apenas o trecho em que o entrevistado comenta a questão dos cinco heróis cubanos acusados injustamente de atuar como terroristas. Fernando Morais aborda, de maneira resumida, porém bastante esclarecedora, a sucessão de acontecimentos que têm como desfecho uma das mais cruéis injustiças cometidas pelas cortes judiciárias dos Estados Unidos, comparável à condenação dos imigrantes italianos Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti, executados na cadeira elétrica em 23 de agosto de 1927.

Fernando Soares Campos
Editor-Assaz-Atroz-Chefe

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Cinco cubanos e a luta contra o terrorismo de Miami





[Zé Dirceu] Conte um pouco para os leitores do blog, sobre seu livro atual, a respeito dos cubanos.

[Fernando Morais] O livro está indo bem. É uma história incrível porque são 15 caras que Cuba infiltra em organizações de extrema direita na Flórida, para combater o terrorismo partido dali contra a Ilha. Eles se apresentam nos EUA como desertores, traidores da revolução cubana e cada um foi de uma maneira.

René González, por exemplo, roubou um avião em Cuba e pousou dentro da base aérea naval mais bem armada dos EUA. E, pior, com o tanque seco. Foi um negócio heróico. Ele teve que voar baixo para os radares de Cuba não o pegarem e ainda em zigue-zague porque a gasolina acabou. No momento em que viu as luzinhas de Key West, nos EUA, o tanque já estava seco, seco, seco. Ele entrou no rádio 14 da Marinha, da base aéreo naval e disse “sou desertor cubano, chamo-me René González e preciso pousar”. O cara respondeu, “na pista tal”. Ele desceu, foi recebido como herói e começou a trabalhar. Lá foi cooptado por uma organização de extrema direita [contra os cubanos] e logo depois, cooptado pelo FBI para passar informações desta organização de extrema direita para eles.

Então, ele começa a fazer o jogo de dupla infiltração. Como ele, foram mais 14 cubanos e um não sabia do outro, apenas um que controlava todos sabia dos demais. Cada um foi de uma forma, quase todos como traidores da revolução, e houve os que saíram dentro da cota dos 20 mil vistos concedidos por ano. Os cubanos chegaram nos EUA no começo dos anos 90, quando acabou a URSS, e Cuba entrou no chamado período especial de dificuldades muitos grandes.

Nessa fase, o país salvou sua economia através do turismo. Vendo isso, os americanos começaram a fazer atentados em Cuba, exatamente na área turística. Colocaram bomba em avião, em hotel de luxo para espantar os turistas. Você vai para o Iêmen passar férias? Não vai, tem medo. O Egito durante muito tempo passou por isso. Então, os americanos queriam quebrar a indústria do turismo de Cuba com o terrorismo, e Cuba não tinha como combater esses caras, porque eles moravam nos EUA, na Flórida e a polícia e o governo ou os apoiava ou fechava os olhos. Por isso, mandaram 15 caras para lá.

O primeiro foi em 1990 e até 1998, foram oito anos de trabalho, [infiltrados em organizações de extrema direita]. Eles mandavam informações para Cuba. Por exemplo, “fulano de tal vai entrar dia tal vindo de El Salvador com uma televisão portátil debaixo do braço dizendo que está levando de presente para uma tia”. Os cubanos abriam a televisão e achavam 4 kg de explosivo lá dentro, de centex, de explosivo líquido e plástico.

Até que na madrugada de setembro de 1998, o FBI e a Swat invadiram 15 casas na mesma hora, numa operação na Flórida. Cinco fugiram antes deles chegarem, um na véspera da cana... ficaram dez. Desses, 5 fizeram acordo de delação premiada com o governo americano. Neste período já tinham informações e dedaram os outros cinco em troca de serem libertados com identidade falsa e com bolsa do governo. Até hoje, eles estão nos Estados Unidos em lugares diferentes, com nomes diferentes. Os cinco presos [Gerardo Hernández, Ramon Labañino, Antonio Guerrero, Fernando e René González] foram condenados a penas de 20 anos e a duas perpétuas. Essa é a história.

[Zé Dirceu] Então, o FBI estava vigiando a atividade deles antes?

[Fernando Morais] Eles estavam vigiando os caras há dois anos. Já tinha escutas dentro das casas. Um morava num apartamento e o FBI alugou outro apartamento exatamente na frente para fotografar e ver a hora em que saia. Eles iam lá, abriam, tiravam o disco rígido do computador, copiavam e o recolocavam. Pegaram mais de 20 mil mensagens enviadas pelos cubanos, e o julgamento foi um negócio absurdo. Não há nenhuma prova, no meio dessa documentação toda, de que eles tenham espionado os EUA [o objetivo era obter informações das organizações de extrema direita que faziam terrorismo em Cuba]. Nunca pegaram nenhum documento norte-americano, nunca tiveram acesso a nenhuma informação sigilosa ou secreta, e quem diz isso foram três almirantes e um general americano ligados à Agência Nacional de Segurança. Depoimento do júri, homologado pelos advogados com testemunha de defesa dos cinco, e tudo.

Um camarada, inclusive, tinha o emprego de encanador numa base aérea americana, e o general que comandava essa base disse que ele nunca chegou por perto dos prédios que tinham informações que pudessem ser consideradas de segurança nacional. Outro cara tinha sido comandante de uma coluna de tanques em Angola e entrou nos EUA para ser professor de salsa.

Leia a entrevista completa no blog do Zé Dirceu

http://www.zedirceu.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=7107&Itemid=61

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PressAA

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terça-feira, 29 de setembro de 2009

O sonho coletivo dos urubus


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O PLANO É SEQUESTRAR OU MATAR ZELAYA

Laerte Braga

A Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, Honduras, além de cercada por militares golpistas daquele país, está sob cerrado bombardeio de bombas sonoras de fabricação israelense e cercada por sofisticados esquemas de interceptação telefônica também procedentes de Israel.

A avaliação de fontes ligadas ao presidente deposto de Honduras é que os encapuzados ao redor da Embaixada do Brasil são franco-atiradores israelenses e norte-americanos (atiradores de elite) prontos para executá-lo a qualquer cochilo e enquanto se elabora um plano para invadir a embaixada seqüestrá-lo ou matá-lo, dependendo do grau de dificuldade da operação.

Agentes de Israel especialistas em seqüestros e disfarçados de soldados das forças armadas hondurenhas executariam a operação.

Entendem que, invadindo a embaixada e seqüestrando ou matando Zelaya, o problema criado por sua presença dentro do território de Honduras estaria resolvido. O estado de sítio, a boçal repressão dos militares hondurenhos contra trabalhadores, o toque de recolher, em curto prazo, resolveriam o problema de resistência civil contra o golpe, e as eleições de novembro acabariam por consolidar a posição dos golpistas.

Quanto ao Brasil os golpistas já receberam informes que setores golpistas das forças armadas brasileiras (existem militares brasileiros na base norte-americana de Tegucigalpa), a chamada grande mídia, aproveitariam o fato – a invasão, seqüestro ou assassinato de Zelaya – para enfraquecer o governo Lula, abrindo caminho para a eleição do governador de São Paulo José Serra comprometido com os EUA e financiado pela FUNDAÇÃO FORD, a mesma que financiou a eleição e a aprovação da emenda de reeleição de FHC (compra de votos de deputados e senadores).

Os jornalistas da principal rede de tevê do Brasil, a GLOBO, são os únicos com acesso pleno aos militares hondurenhos e em alguns casos chegam a receber com antecedência as informações sobre marchas montadas a favor do governo (funcionários públicos obrigados a comparecer) ou ações repressivas e até a participar de reuniões com autoridades golpistas.

O noticiário sai de Honduras e vai para a GLOBO nos EUA, onde é checado pelos editores do grupo. Nada que é enviado para o JORNAL NACIONAL, ou qualquer outro jornal da GLOBO sai sem que funcionários norte-americanos em Washington ou New York dêem o nil obstat. Em casos de urgência o contato é telefônico e todas as franquias são concedidas à rede brasileira.

Na perspectiva dos norte-americanos e dos israelenses dois coelhos estão sendo mortos nesse processo. Zelaya e Lula (morte política). No caso do brasileiro, exibir um eventual fracasso da diplomacia brasileira e abrir caminho para que José Serra chegue ao Planalto em 2010.

O avanço dos EUA sobre o Brasil se deve principalmente devido às descobertas de petróleo na camada pré-sal e o de Israel, a aproximação do presidente Lula com o Irã e sua posição sobre a guerra contra o povo palestino.

Serra já se comprometeu com a privatização da PETROBRAS, em aceitar sanções contra o programa nuclear do Irã, revelar o inteiro conteúdo do programa nuclear brasileiro, comprar armas norte-americanas e permitir a instalação de bases dos EUA no Brasil, para operações golpistas contra governos considerados hostis.

Ou seja, passa a escritura do Brasil. A questão das bases foi abortada por Lula no início de seu primeiro mandato, pois já estava negociada por FHC. A Base de Alcântara.

Os senhores do mundo não admitem ser contestados. São eleitos e exercem “mandato divino”.

A mídia, como setores das forças armadas e as elites econômicas do Brasil apenas estão no Brasil, não são brasileiras ou brasileiros. Submetem-se aos EUA. Sobre o Congresso é dispensável fazer avaliações. Mais de 70% tem plaquinha de “vende-se voto” à entrada dos respectivos gabinetes.

Uma operação como a planejada pelos militares norte-americanos e agentes de Israel que assessoram diretamente os hondurenhos golpistas, desmoralizaria o Brasil, o governo e encerraria um problema que vai se tornando a cada dia mais incômodo para os “senhores do mundo”.

E principalmente diante da reação do povo hondurenho que “cismou” de não aceitar as bestas-militares no governo contra sua vontade.

Não é a presença de Zelaya na embaixada do Brasil que complica a situação para os golpistas, é a reação popular. Zelaya só faz torná-la mais aguda, mais forte.

Por golpistas entende-se tanto os militares de Honduras, como o governo Obama e a participação (tinha que ser, a boçalidade é intrínseca), do governo sionista de Israel.


Laerte Braga é jornalista, escritor, médico, cineasta e colabora com esta Agência Assaz Atroz

Nota do Editor-Assaz-Atroz-Chefe:

Quando escrevi os comentários à nota de Míriam Leitão ("Miriam Leitão, a tricoteuse tupiniquim"http://pressaa.blogspot.com/2009/09/miriam-leitao-tricoteause-tupiniquim.html), o fiz tão-somente porque desconfiei que já existisse um plano para eliminar Zelaya e atribuir a culpa a Lula e à diplomacia de seu governo:

"Duvido que Leitão não esteja torcendo para que os golpistas invadam a Embaixada do Brasil em Honduras, arrastem Zelaya pelas ruas e o executem em praça pública. Assim, Leitão responsabilizará Lula pelas atrocidades dos gorilas. Aliás, ela já começou a culpar o nosso presidente."

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PressAA

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Top... Top... Top... Entrevista de Marco Aurélio Garcia à CBN

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(Clique na imagem e leia em tamanho ampliado)


Entrevista de Marco Aurélio Garcia à CBN

Fernando Soares Campos

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista filiado ao PIG, membro da facção Globo, entrevistou, na rádio CBN, Marco Aurélio Garcia, assessor da Presidência da República para Assuntos Internacionais. O assunto em pauta era o golpe de estado em Honduras.

Sardenberg iniciou a entrevista perguntado sobre uma suposta “estratégia” da diplomacia brasileira no caso do golpe em Honduras, entretanto ele esperava que o ministro Marco Aurélio nem mesmo atentasse para o significado da palavra “estratégia”.

Sardenberg deve ter passado a noite ensaiando a pergunta. Ele precisava fazer com que o entrevistado assimilasse o significado de “estratégia” dissociando-o de acepções pejorativas, como, por exemplo, “ardil engenhoso”, ou “subterfúgio”.

Não duvido que Sardenberg tenha buscado informações sobre técnicas e truques de atores das antigas novelas radiofônicas. Certamente reviu algumas performances de Alberto Roberto e Roberval Taylor, personagens de Chico Anysio.

O objetivo mesquinho do entrevistador era fazer com que o ministro se referisse a um natural estratagema para solucionar o problema do abrigo de Zelaya na Embaixada. Porém, daí em diante, Sardenberg pretendia insinuar que o governo Lula convidou e até estimulou Zelaya a se refugiar na Embaixada e que isso teria sido uma ação “estratégica”, uma ação planejada nos seus mínimos detalhes. Isso é o que o PIG pretende arrancar do governo Lula a qualquer custo. As insinuações estão no ar, porém eles precisam de elementos mais consistentes para fundamentar suas ilações.

Em determinado momento, quando o ministro Marco Aurélio iniciou uma resposta de forma mais contundente, visto que já aparentava impaciência com o Sardenberg que insistia em dar uma de joão-sem-braço, o que se ouviu foi o chiado característico de emissora fora do ar.

Trecho da abertura da entrevista:

Sardenberg: – É... se der... tudo certo pro... na... na estratégia ou... nas perspectivas brasileiras, o que é que acontece em Honduras?

Marco Aurélio Garcia: – Em primeiro lugar, não há estratégia brasileira em Honduras...

Ouça a entrevista completa:

http://www.snapvine.com/voicedrop/get_codes/14d55d66ac5711deb5b90030485c71d2?view_type=tp

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PressAA

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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Rede Globo deflagra a 3ª Guerra Mundial

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“QUEM PAGA A ESTES IMBECIS?"

RAUL LONGO

“Quién paga a estos imbéciles?” – me perguntou o Santiago. E eu, fiquei sem resposta.

Santiago Serrano é um amigo espanhol, nascido na Alemanha.

Eles têm disso. Filhos de outra cultura podem escolher a nacionalidade com que melhor se identifique. E assim Santiago, nascido e criado na Alemanha, pôde desenvolver o que de melhor nas duas linhas de raciocínio: a objetividade prática germânica e a complexa subjetividade latina.

Engenheiro, é capaz de analisar fatores opostos e construir uma ponte que os interligue. Professor de línguas, criativamente estabelece relações que propiciem a compreensão de idéias distintas através de suas semelhanças e diferenças.

Apesar de toda essa experiência, Santiago não conseguiu deduzir lógica alguma nas conclusões de todo o elenco da Globo. Tanto daqueles a que concedemos espaço para o Bom Dia Brasil do Alexandre Garcia, o Jornal Nacional dos Bonner, ou o Jornal da Globo do William Waack e Arnaldo Jabor; quanto os da Globo News que pagamos para a Miriam Leitão, o Sardemberg e a Cristina Lobo.

Como comentarista política, essa Cristina Lobo daria uma excelente lavadeira. Poderia ser comadre da minha amiga Natália.

Adoro a Dona Natália. Avançada nos 70, é saudável, alegre e esperta como todas as minhas amigas da terceira idade. “- Terceira idade o cacete! Nós somos é velhos mesmo!” – reclamava o Luís, que se já se foi, posto que também aqui as mulheres são mais renitentes.

Resistente aos preceitos machistas, eu bem que queria lavar minhas próprias roupas nos meses que morei em pensão, logo que aqui cheguei. Mas na falta de condições, tive de aceitar a indicação da Dona Natália que me pôs a par de todas as fofocas do bairro, falando da vida de gente que eu não conhecia.

Conheci a vida das pessoas, antes de conhecê-las, mas fui obrigado a reconhecer alguma coerência nos julgamentos e conclusões da querida Natália.

Já a Cristina Lobo não tem a menor preocupação com a incoerência do que fala.

Comentando o discurso de abertura da conferência das Nações Unidas pelo presidente Lula, fez questão de notar ter sido pouco aplaudido, no que demonstrou ser hábito o nosso Presidente ser muito aplaudido. Pontuou como únicas ocorrências a do término da fala, como de praxe e comum a qualquer conferencista, destacando que só foi interrompido por aplausos em sua abordagem sobre relações internacionais e aquecimento global, ao citar o golpe de Honduras e o refúgio do Presidente daquele país na embaixada brasileira. Não obstante, emendou a conclusão de que ao abrigar Zelaya, Lula se obrigara aquele “caco” no pronunciamento.

Como assim? Se acaba de confirmar ter sido o único momento em que espontaneamente os líderes mundiais manifestaram concordância ao discurso de Lula, com o que a imbecil classifica a referência como "caco"? Se divergente dos conceitos da Globo, o que o mundo inteiro pensa, opina torna-se supérfluo, inconsiderável?

Dona Natália jamais aceitaria ficar de comadrice com uma tansa dessas! “- Hãn-hãn-hãn... Tás tola, tás?” – perguntaria afastando o corpo num típico olhar de manézinho da Ilha quando repugnado por uma tolice de tal teor.

Se o jornalismo da Globo News tivesse alguma editoria, demitiriam a lavadeira Cristina Lobo imediatamente e contratariam minha amiga Natália para prestar melhores serviços aos assinantes.

Eu não tive coragem de assumir perante o Santiago que ajudo a pagar esses imbecis, assinando canais de TV para ter mais opções informativas, mas no mesmo momento recordei aquela divulgação insistente que tenta nos convencer de que piratear sinal de TV a cabo é crime. Quem é o pirata?

Vou pedir ao vizinho que sem pagar tem todos os canais de filmes, para me proteger da pirataria da Globo, pois não era somente à Cristina Lobo a quem o Santiago se referia em sua pergunta: “- Quién paga a estos imbéciles?”

O que responder?

Se a Hillary Clinton apóia o asilo à Zelaya na embaixada brasileira, e o Muamar Kadafi também, o quê responder? Se o Miguel Insulza, Secretário Geral da OEA, e o Raul Castro, presidente de Cuba, apóiam o Brasil pelo asilo na embaixada... Se o Secretário Geral da ONU, o coreano Ban Ki-Moon, e o iraniano Mahmoud Ahmadinejad apóiam... Se os tratados internacionais, os corpos diplomáticos de todas as nações... Todos os intelectuais, os meios acadêmicos, toda imprensa não-brasileira... O mundo inteiro apóia Lula e o Brasil por ter oferecido asilo a Zelaya na nossa embaixada em Tegucigalpa, o que poderia responder ao meu amigo Santiago.

Se país de governo nenhum... - Nem um! – a não ser a Globo, reconhece como legítimo o governo golpista de Honduras, o que poderia ter respondido à coerência e objetividade germânica ou à criatividade e subjetividade do raciocínio espanhol?

Que a Globo é mais esperta do que Hitler e sairá vitoriosa desta declaração de 3° Guerra Mundial em que se meteu?

Como posso afirmar isso, se os caras acabam de perder uma guerrinha doméstica com a Record que a desmascarou revelando os motivos da oposição da Globo ao governo federal, defendendo invasões de áreas públicas sob a vista grossa do governo paulista?

Serra e Migueletti serão aliados mais eficientes do que Mussolini e Hirohito?

Me ajudem! Como poderemos responder ao mundo a pergunta do Santiago, sobre quem paga a esses imbecis da Globo para declararem guerra ao mundo?

Raul Longo
pousopoesia@ig.com.br
pousopoesia@gmail.com
www.sambaqui.com.br/pousodapoesia
Ponta do Sambaqui, 2886
88.051-001 - Floripa/SC
Tel:(48) 3206-0047
(48) 3206-0047

Raul Longo é escritor, jornalista, pousadeiro e colabora com esta Agência Assaz Atroz.

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PressAA

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sábado, 26 de setembro de 2009

Laerte Braga comenta e a PressAA edita, em português, matéria de The Washington Post


Clique na imagem e leia em tamanho ampliado (Tradução: Equipe PressAA - Cartografia: Crazy Yankee Maps)

JORNAIS, GENERAIS, A ONU

Laerte Braga

O jornal THE WASHINGTON POST defende em sua edição de hoje que eleições em novembro serão o caminho para solucionar a crise hondurenha. O jornal critica o presidente deposto por um golpe militar Manuel Zelaya, atribui a crise ao presidente da Venezuela Hugo Chávez e responsabiliza o Brasil por dar espaço, em sua embaixada, para que Zelaya “tente uma revolução populista”.

Ao sugerir eleições “livres” THE WASHINGTON POST sugere também que assim se legitime um ato de violência, o golpe militar. Nem Zelaya e nem seus partidários estarão participando do “processo eleitoral e democrático”.

O jornal usa a expressão “assalto à democracia” para definir o governo de Zelaya, nos moldes do que “fez Hugo Chávez”. Não se refere uma única vez ao golpe de estado tentado contra Chávez em 2002 e as sucessivas vitórias eleitorais do presidente venezuelano em plebiscitos, referendos e eleições localizadas e gerais.

Zelaya havia decidido consultar o povo de Honduras sobre um projeto de reforma constitucional que entre outras coisas permitiria a reeleição do presidente da República. Uma quarta urna para o povo dizer se aceitava discutir um projeto de reforma constitucional e qualquer que fossem as reformas, um referendo para que o povo as aprovasse ou não.

O grande temor dos norte-americanos e é isso que o THE WASHINGTON POST reflete, é exatamente a democracia. Ou seja, a manifestação da vontade popular de forma plena e absoluta.

No dia imediatamente anterior ao golpe militar que depôs Zelaya, o general comandante do exército hondurenho foi ao palácio dizer ao presidente que mesmo discordando do referendo, iria apoiar a legalidade constitucional, ou seja, o presidente como comandante supremo das forças armadas.

Numa manobra típica das elites podres que governam países como Honduras, a chamada corte suprema e o congresso aprovaram o processo de impedimento de Zelaya. Esgrimem, hoje, com a decisão como se legal fosse, mesmo que não tenha havido nenhum processo de impedimento, onde se pressupõe o direito de defesa, no mínimo.

Às quatro horas da manhã oficiais do exército hondurenho invadiram a casa de Zelaya, seqüestraram-no e num avião o mandaram para a Costa Rica.

Todos esses fatos aconteceram com o conhecimento e a participação direta do embaixador dos EUA em Honduras, dos militares da base norte-americana em Honduras. O embaixador, curiosamente, é o mesmo que estava na Venezuela quando foi tentado o golpe contra Chávez.

O general que, na véspera, fora levar a Zelaya a decisão de respeitar a legalidade não apareceu para prendê-lo, mandou subalternos. É típico desse tipo de general. Não olham nos olhos, são traiçoeiros. E traidores sim, por que não?

Castello Branco, no Brasil, em 1964, às vésperas do golpe militar, era chefe do estado maior do exército e foi ao palácio Rio Negro, onde estava o presidente constitucional do País, João Goulart, prestar lealdade, falar do compromisso das forças armadas com a legalidade e entregou-lhe um documento que expressava o ponto de vista de alguns militares com o processo de reforma de base. Estava ali no documento a admissão da necessidade de tais reformas, inclusive, citada expressamente, a reforma agrária.

Foi o primeiro ditador do golpe. Era o oficial de ligação dos militares golpistas com o comandante militar designado para o Brasil, o general Vernon Walthers, seu amigo pessoal.

Augusto Pinochet sucedeu a Carlos Pratts no comando do exército do Chile. A indicação de Pinochet foi feita por Pratts ao presidente Salvador Allende, depois que Pinochet fez várias declarações públicas a favor da ordem constitucional, ou seja, do governo eleito pelo povo, o de Allende.

Allende foi miseravelmente traído por Pinochet, e Pratts foi assassinado no exílio dentro do que conhecemos como Operação Condor. Ação coordenada de ditaduras militares na América do Sul, sobretudo no chamado Cone Sul contra seus adversários. JK e Jango também foram vítimas da Operação Condor (a FOLHA DE SÃO PAULO emprestava seus carros para o transporte dos que eram seqüestrados, presos, torturados, assassinados e por fim desovados como se atropelados tivessem sido).

Quem se der ao trabalho de ler o que o THE WASHINGTON POST escreveu, vai perceber que é o mesmo que se escreve aqui O GLOBO, é a mesma opinião vendida pelos jornalistas Miriam Leitão e Alexandre Garcia, e isso se reproduz em toda a grande mídia por vários países do mundo, na deliberada prática da mentira e da desinformação.

Não existe o menor respeito pelo cidadão. Mas o propósito de difundir a versão que convém aos que controlam o mundo. Ao gerente geral, que faz as vezes do garçom também. É na Cervejaria Casa Branca, ponto de encontro das várias “tribos” de Wall Street e que aqui se denominam FIESP/DASLU, tucanos, democratas, etc, etc, que se reúnem no fim do dia. FHC costuma aparecer por lá, todo fim do mês, dia do pagamento da Fundação Ford a seus funcionários.

Generais têm escrito páginas sombrias da história no mundo inteiro e particularmente na América Latina. O que chamam de lealdade costuma ser exatamente o contrário. O que chamam de bravura patriótica tem sido barbárie contra homens e mulheres indefesos, ou presos, submetidos a toda espécie de humilhações na prática consciente e sempre aprimorada da tortura. Guantánamo e as prisões iraquianas estão aí e não deixam dúvidas.

Os campos de refugiados palestinos, onde Israel massacra de forma impiedosa só não são vistos na grande mídia.

Dentre os generais, lógico, há exceções. Têm sido varridas pelos golpistas. Foi assim com Pratts no Chile, com Lott no Brasil, Juan José Torres na Bolívia e outros tantos. Há o exemplo extraordinário de Nguyen Von Giap no Vietnã.

A guerra global hoje tem um contorno decisivo para a formação/deformação do ser humano. O caráter de espetáculo. Virou um jogo de vídeo game. Se Uribe é ligado ao tráfico, foi eleito por traficantes, e se as elites colombianas vivem do tráfico, importante é que apóiam as propostas democráticas, cristãs e ocidentais de Washington. Então, sete bases norte-americanas na Colombia. E um dado, o consumo de drogas entre soldados dos EUA é assustador, segundo o próprio Departamento de Defesa.

A fome com a vontade de comer e os negócios salvos.

Esse é Alexandre Garcia posando para a revista masculina ELE E ELA. Era funcionário do Banco do Brasil onde trabalhava menos de duas horas por dia produzindo um boletim de informações, enquanto prestava serviços no Gabinete Militar da ditadura. Governo Figueiredo. Recebia à época quase dez vezes o salário de um funcionário do banco. Seu guru, segundo declarações dele próprio, era o general Golbery do Couto e Silva. A despeito das críticas feitas a Sarney no episódio dos escândalos do Senado, é amigo do maranhense e tem dado conselhos a ele sobre como escapar da degola. Garcia e um dos que veiculam com ares de seriedade a “verdade” dos donos do mundo via REDE GLOBO. E como William Bonner acha que o telespectador é como Homer Simpson, não precisa saber “certas coisas”.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas é uma dessas aberrações da ordem mundial. Pode mais que a Assembléia Geral da organização. E pior. Cinco países têm direito a vetar uma resolução que tenha sido aprovada pela maioria (Estados Unidos, Rússia, China, França e Grã Bretanha). Quinze países integram o Conselho e esses cinco são membros permanentes.

O Conselho de Segurança da ONU está reunido para discutir a crise hondurenha, como chamam. O golpe em Honduras seria mais correto. Há uma proposta para condenar o governo dos generais e do títere Roberto Michelleti por violações dos direitos humanos.

O golpe foi condenado por todos os países do mundo, inclusive os EUA. Mas, da boca para a fora, no caso norte-americano. O golpe foi armado com a participação do embaixador em Honduras e dos militares da base em Tegucigalpa, ou nos arredores da capital.

Os cinco países membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha, foram os maiores vendedores de armas entre os anos de 1993 e 1997. Cuidam da paz mundial e o Conselho tem o direito de intervir em qualquer parte do mundo para garantir a tal paz.

Quando George Bush (eleito por uma fraude na votação confirmada pela suprema corte; aliás, esse negócio de suprema corte está ficando danado) e resolveu invadir o Iraque, pediu o aval da ONU e do Conselho de Segurança. O veto à invasão fez com que o presidente terrorista tomasse a decisão de fazê-lo por conta e risco do seu governo, na mentira das armas químicas e biológicas, para apossar-se do petróleo iraquiano.

Como agora, com outras armas (José Serra, FHC, senadores e deputados tucanos e democratas, GLOBO, grande mídia como um todo) em relação ao petróleo descoberto pelo Brasil na camada do pré-sal.

O presidente dos Estados Unidos eleito como primeiro negro a chegar ao cargo, assim que tomou posse entrou numa cabine telefônica ao lado da Cervejaria Casa Branca, tirou a roupa de negro e surgiu no salão oval como o é. Branco em defesa dos interesses brancos. No que significa politicamente ser negro e no que significa politicamente ser branco.

Obama é uma fraude, uma impostura. Só um espertalhão montado num marketing característico da sociedade do espetáculo descrita por Débort.

Na “condenação” do golpe tomou atitudes paliativas, do tipo não pode mais ver televisão, mas pode massacrar o povo de Honduras.

A base militar dos EUA em Honduras é estratégica para o controle dos países da América Central, ainda mais agora, com governos independentes como o de El Salvador, Nicarágua e Guatemala, sem falar em Cuba.

Como as bases na Colômbia são decisivas para o controle da América do Sul, inclusive o do Brasil.

Se Uribe trafica, se Michelleti é gangster não tem importância, desde que sejam aliados dos interesses “cristãos, democráticos e ocidentais” da Cervejaria Casa Branca.

Bento XVI, através de seu cardeal, mantém o apoio ao golpe militar Honduras, como apoiou a tentativa de golpe contra Chávez. Já não se fazem mais papas como João XXIII e Paulo VI. O respaldo divino. Nessa hora não há briga com os quadrilheiros de Edir Macedo. O ex-pai de santo em Minas Gerais, Brasil, montado em fortuna extorquida a incautos coloca sua “igreja” a serviço do golpe.

São iguais. Bento XVI e Edir Macedo. Ou por outra. Diferem na sofisticação. Edir levanta o dedo mindinho quando toma café, o papa não, pois conhece regras de etiqueta. Aprendeu-as nas SS de Hitler quando integrava a juventude nazista.

O Conselho de Segurança não deve decidir nada que mude a realidade em Honduras. Se condenar as violações aos direitos humanos naquele país vai soar mais ou menos como “bata, mas não deixe marcas para não nos complicar”.

Apostam no tempo para consolidar a situação de golpe, realizar as tais eleições, excluir Zelaya do processo político e condenar o povo hondurenho a continuar escravo dos latifundiários, banqueiros e grandes empresários do país e dos EUA.

E manter a base para eventuais incursões em países ofereçam riscos a esses interesses, tudo em nome da tal democracia.

Há duas formas de viver. Uma é cair de quatro, virar general golpista, ou incorporar o espírito de latifundiários, empresários, banqueiros, ou aceitar ser um verme como Alexandre Garcia, ou Miriam Leitão. O michê compensa se vista a coisa por esse lado. E é como essa gente enxerga. A outra é lutar.

Honduras é a síntese de todas as aspirações de liberdade dos povos oprimidos do mundo. Trabalhadores da cidade, do campo. Não é uma questão de Lula ou não Lula, falo da participação brasileira.

É dignidade.

E vale lembrar Martin Luther King, um pastor norte-americano assassinado pelo modo de ser branco por lutar pelo sonho.

“Eu tenho um sonho. Um dia vou mergulhar dentro de mim e vou ser livre. E reconhecer o meu irmão”.


Laerte Braga é jornalista, escritor, cineasta e colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz
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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

No Nordeste, Lula atingiu o pico da serra (epa!)

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LULA SOBE PARA 100%

Urariano Mota

É claro, todo o mundo já sabe da última pesquisa CNI/Ibope, divulgada esta semana. O problema é que a maioria apenas sabe os números que assim foram anunciados:

“Pesquisa // Aprovação a Lula sobe para 81%

Brasília - A avaliação positiva ao governo Lula subiu em setembro, atingindo 69%, de acordo com a pesquisa CNI/Ibope, divulgada ontem. No levantamento de junho, o índice de ótimo/bom para o governo Lula era de 68%. A oscilação ocorreu dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos porcentuais. A avaliação regular ao governo Lula caiu de 24% para 22%, na mesma base de comparação, enquanto o índice de ruim/péssimo subiu de 8% para 9%. A aprovação pessoal ao presidente Lula subiu de 80%para 81%, mas a desaprovação também subiu, passando de 16% para 17%, entre junho e setembro. A pesquisa CNI/Ibope foi realizada no período de 11 a 14 de setembro e ouviu 2.002 pessoas, em 142 municípios brasileiros”.


Coisa boa é duvidar do que os olhos vêem e não sentem. Pois quando associei essa notícia ao que antes estava na memória, topei com uma lacuna, um vazio, que buscava matéria para virar fenômeno. E me perguntei: como será que o Nordeste brasileiro traduz esses 81%? Então fui, entrei no corpo da pesquisa, que pode ser vista em http://www.cni.org.br/portal/data/pages/FF80808121B718120121B73D14D55859.htm#

E vi, amigos, eu vi um fato impressionante, que até agora não virou notícia: na região nordestina, Lula possui uma aceitação de 95%. E mais: se se leva em conta a margem de erro de 2%, o presidente Lula atravessa “hoje”, de 11 a 14 de setembro, o seguinte dilema: sou aprovado por 93 ou 97% dos nordestinos? Pelo que o colunista tem visto, o melhor é arriscar vermelho 97.

E podemos acrescentar sem medo: a tendência – porque Lula não para de crescer – é chegar aos 100%. Ou melhor, ele já pode ter chegado aos 99,5% , se levarmos em conta o chamado “intervalo de confiança”. O que é, para dizer o mínimo, uma unanimidade absoluta. Ou quase, porque às vezes a gente encontra quem pergunta, afirma e acusa em um só movimento: “Você já foi entrevistado pelo Ibope? Eu nunca fui! Nenhum dos meus amigos, parentes ou conhecidos, nenhum foi entrevistado pelo Ibope até hoje. Esses 97% são uma grande mentira”. E 100%? “Danou-se”. De nada vai adiantar responder que para a estatística, que rege as pesquisas, de nada interessa o indivíduo isolado, mas só os grupos, conjuntos, porque seu objetivo é o estudo da população. “Sim, mas por que jamais a pesquisa atingiu o grupo que inclui a minha rua?”, voltarão. Ou Voltaren, que pode curar dor de reacionário.

Um economista, um estatístico, bem que lhes poderia dizer : “Indivíduo , há uma teoria da amostragem”. Ao que voltarão: “como é possível descobrir o que pensa a totalidade das pessoas quando se interroga apenas um pequeno número delas? E por que nunca fui escolhido para uma entrevista sobre Lula?” Ao que lhes poderá ser ensinado: “Indivíduo, a probabilidade de você vir a ser escolhido é semelhante à de ganhar na loteria”. Ao que o invencível descrente dos prováveis 100% de Lula voltará, sem voltaren: “Na minha rua, na minha família, no meu trabalho, aonde vou, ninguém apoia Lula. Ninguém”. De que adiantará responder-lhes que segundo a Lei dos Grandes Números, as respostas falsas – as do seu grupo - serão compensadas pelo conjunto de todos os grupos? De nada.

Melhor e mais simples será dizer-lhes que não devem confundir a realidade do povo com a opinião do comentarista da televisão, aquele âncora de boca torta que se pendura em coisa nenhuma. E se não acreditam na estatística e na Lei dos Grandes Números, que saiam da sua rua, do seu clube, e sigam para o mercado público e feiras livres. Lá, sem que conheçam inglês, todos já traduziram a manchete da Newsweek, “Lula, o político mais popular da terra”. Ou, conforme a língua do club, "The Most Popular Politician on Earth”.

Urariano Mota, jornalista e escritor, é natural do Recife. Publicou contos em Movimento, Opinião, Escrita, Ficção e demais publicações alternativas, na época da ditadura. Recentemente lançou o romance "Soledad no Recife", Boitempo Editorial, revelando grande sucesso de público leitor, que pode ser adquirido pela internet através da Livraria Cultura.

http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?isbn=857559138x&sid=1892119261198700179433074

Urariano Mota colabora com esta Agência Assaz Atroz

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PressAA
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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Iminente invasão da Embaixada do Brasil em Honduras

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VIOLENTA REPRESSÃO EM HONDURAS

Embaixada do Brasil está sendo atacada.

Polícia massacra o povo hondurenho, que necessita de urgente apoio internacional.

Polícia reprime a população com tiros e bombas de gás.
Manifestantes tentam proteger a Embaixada do Brasil.

Acompanhe transmissão ao vivo pela Rádio Globo Honduras, a emissora da resistência.

http://www.radioglobohonduras.com/

Nota recebida através da Rede Castorphoto

Compañeros: urge difundir esta noticia, los nombres de los compañeros que la envían los quité por cuestiones de seguridad ya que están en el ojo de la tormenta y debemos velar por el y ella.

Nuestra más firme solidaridad para ese heroico pueblo hondureño

Ingrid Storgen

DE XXXX

Amigas, amigos:

Me encuentro en un edificio cercano a la Embajada de Brasil junto a 30 compañeras y compañeros, la mayoría integrantes de Artistas del Frente Nacional Contra el Golpe de Estado.

Nos avocamos a este lugar para descansar, manteniendo la conciencia de que de un momento a otro el ejército y la policía entrarían al perímetro donde alrededor de 5,000 personas nos encontrábamos para darle protección al Presidente Manuel Zelaya.

Atacaron a las 5:45 am con fusilería y lacrimógenas. Mataron a un número indeterminado de compañeros de la primera barricada al final del Puente Guancaste. Rodearon y atacaron la barricada del puente de La Reforma.

Haciendo cálculos aproximados, el operativo contó con alrededor de 1,000 efectivos policiales y militares.

Arrinconaron y golpearon. 18 heridos graves en el Hospital Escuela. Siguen persiguiendo en el Barrio Morazán y en le Barrio Guadalupe a los bravos estudiantes que anoche organizaron las precarias barricadas.

En este momento son las 8:00 am. Frente a la Embajada de Brasil han colocado un altoparlante con el himno nacional a todo volumen mientras catean las casas aledañas a la Embajada. Lanzaron bombas lacrimógenas dentro de la Embajada. El Presidente continúa en su interior amenazado por los golpistas que ya argumentaron a través de los medios sus razones "legales" para proceder al allanamientos.

Miles de personas que se dirigían hacia Tegucigalpa han sido retenidas en los alrededores de la ciudad. La ciudad está completamente vacía, fantasmal. El toque de queda fue extendido para todo el día.

La represión contra los manifestantes indefensos fue brutal. En varias ocasiones Radio Globo y Canal 36 han sido sacados del aire.

Cientos de presos.

Estamos aislados.

Aquí estamos el núcleo principal de los organizadores de los grandes eventos culturales en resistencia: poetas, cantautores, músicos, fotógrafos, cineastas, pintores y pintoras... humanos.

De XXX

Estamos SECUESTRADOS... NUEVAMENTE REPRIMIDOS:

Llevamos 17 horas de toque de queda. Y seguimos hasta las 6 de la tarde de hoy martes.

(no dudamos que lo extiendan... igual paso en el departamento de El Paraíso hace dos meses)

Los MILITARES y los POLICIAS han invadido la privacidad de los vecinos al par de la EMBAJADA DE BRASIL.

La policia y los militares...han quebrado los vidrios de los carros y motos de las personas de la resistencia, estan quemando sus carros (ellos los habían dejado ahí, como retenes)

Se habla de tres muertos, heridos (a los heridos que se trasladarón a los hospitales... los militares los están sacando de los hospitales)

A los atrapados los llevan al estadio Chochi Sosa. ( lo mismo hizo Pinochet)

POR FAVOR: Ayúdenos a difundir las noticia

Nota a nós enviada por Nanda Tardin

Nanda Tardin:

COMITE INTERNACIONAL

Estimados Amigos nos urge presentar esta denuncia, es cuestion de horas:

Existe un plan de los golpistas para irrumpir en la embajada de brasil a las11:00 pm locales. El plan incluye el asesinato del presidente Zelaya: Se conoce que habra una interrupcion del fluido electrico previo a la accion.

Incluso cuentan con medico para levantar el parte medico del crimen. Necesitamos fuerte denuncia.

Urgente

Ricardo Arturo Salgado Bonilla
Col. Los Robles, Cll Principal
Tegucigalpa, Honduras
504 2332533
rsalgadob@yahoo. com


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PressAA

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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Laerte Braga, o cobra, fala das cobras daqui e de além-mar


AS COBRAS DO MEU BRASIL E DE OUTRAS PLAGAS


“Não vi, não conheço e nem sei quem é”. Foi mais ou menos desse jeito que o governador de São Paulo referiu-se à governadora tucana do Rio Grande do Sul atolada até alma em corrupção plena e absoluta. Serra teme que o fato (há um pedido de impedimento aceito pela Assembléia Legislativa) prejudique sua candidatura e, pior, que a mania de investigar corrupção tucana chegue a São Paulo e aí afunde de vez seu sonho de ser o próximo presidente da República.

Em público, temeroso que Yeda Crusius abra o bico e ponha os podres para fora, desde os tempos do governo FHC, diz que não é nada disso, que a governadora é honesta e vai livrar-se do processo, sendo importante aliada na campanha presidencial. Por trás mandou a bancada tucana na Assembléia gaúcha apressar o processo para evitar que, longo, respingue em sua candidatura.

Aécio Neves que não é bobo, nem dorme de touca, mandou dizer a Yeda que está às suas ordens e pode contar com sua ajuda se essa se fizer necessária.

O maior medo, no entanto, é de FHC. O ex-presidente fez um acordo com a governadora e o marido de Yeda, ainda no governo Itamar Franco. Yeda virou ministra, era um dos xodós de Itamar, tipo agente duplo, gerou um grande problema com outra ministra Léa Franco (mulher do senador Albano Franco) e por pouco Itamar não vira prefeito de Aracaju passando por Niterói (não me perguntem por que), com escala em Porto Alegre.

Uma diretoria dum trem qualquer aquietou o marido da governadora. Aquietou e enriqueceu.

Daí para frente o casal resolveu fazer vôo solo e terminou no Palácio Piratini. Desafinou. O consorte já esteve em São Paulo buscando “proteção”. Não disse, mas insinuou que certas histórias poderiam cair em mãos indesejadas e a essa altura do campeonato não está muito preocupado com honra pessoal, não, mas com o patrimônio amealhado em anos de trapaças, etc, etc.

Mas não é que um cara foi ao banheiro, assentou-se sobre o vaso, foi picado por uma cobra em local indesejado. Na China, onde mais? Como o veneno não é da espécie, tucana não corre risco de vida, deve ser liberado do hospital em breve, tão logo esteja afastado o risco de infecção.

Ester Orrino, de 87 anos, foi picada por uma cobra da espécie Sílvio Berlusconi. Matou-a com as próprias mãos. Italiana, mora nos EUA e achou que esse tipo de réptil estivesse sendo exportado para a América do Norte, tal e qual para o Brasil. Aqui experiências genéticas com a espécie Gilmar Mendes, resultam em cobras com patas, já conhecidas também na China. O objetivo é chegar a um tipo de cobra outrora identificada como UDN, só que agora com bico de tucano.

Já na Inglaterra um supermercado decidiu patrocinar uma experiência destinada a verificar o volume de gases despejados por vacas na atmosfera e o que isso pode significar em termos de poluição ambiental. As vacas foram adornadas com colares especiais que de duas em duas horas aferem a quantidade de gases emitidos e seus efeitos.

Brincadeira? Olha aí, ninguém, pelo menos eu, vai entender nada, mas a cobra está lá. Em chinês e tudo.

Essa moça da foto abaixo é Alzbeta. Com o fim do comunismo deixou seu país, a Eslováquia. Foi parar na Inglaterra e acolhida por Denys Morley. O súdito de sua majestade a rainha Elizabeth II comprou-lhe roupas, um casaco de vison e casou-se com Alzbeta.

Segundo ela o advento do capitalismo gerou fome e miséria na Eslováquia, e sair do país é um sonho de todos os jovens. E diziam que era o contrário. Mas vai daí que Alzbeta, que nunca ouviu falar em tucanos, mas conhece bem o esquema, recebeu proposta de 500 mil libras, perto de um milhão e meio de reais para largar Denys e ir viver com um banqueiro, Yann Samuellides, da Goldman Sachs (aquela que calcula o risco Brasil e outros riscos e faz a festa de Miriam Leitão).

Alzbeta Holmokova aceitou. Pediu o divórcio e já está na casa nova.

Segundo disse a jornalistas, o novo marido, entre outros itens do acordo, vai incrementar a carreira de modelo, sonho dourado da moça. Sobre eventuais prejuízos causados a Denys, como o casaco de vison, disse que não tem o que explicar: “Não o obriguei a nada, deu porque quis”.

Alzbeta espera que a carreira decole em curto espaço de tempo, e o contrato com o novo marido tem tempo certo. Terminado, vai ser necessária uma nova negociação e novas garantias, do contrário estuda outras ofertas.

Sobre voltar para Denys neca de pitibiriba. Denys não tem condições de abrir o mercado para que a moça se transforme em modelo e brilhe nas passarelas. Pode até estudar um eventual interesse de Sílvio Berlusconi, mas não aceita ser deputada no parlamento europeu pelo partido do primeiro-ministro italiano. Quer mesmo é ser modelo.

Na impossibilidade de perguntar a Alzbeta sobre se interessava em namorar o governador de Minas, ou ser governadora do Rio Grande do Sul, fica a sugestão para que a moça, agora numa grande casa do mercado financeiro, seja convidada a vir ao Brasil assistir ao carnaval, direito a camarote, com chance de conhecer Eike Batista que, num primor de justificativa para terras griladas, disse que seus filhos também têm direitos, pois “são filhos de índios”. Estava justificando os arrozeiros de Roraima.

O que não ficou claro é se a moça faz parte da Goldman Sachs, ou só do patrimônio pessoal de Yann ,ou se a compra foi feita após o cálculo dos riscos e no mercado futuro.

Com a palavra Miriam Leitão. Falsa astróloga da economia e cobra da espécie catástrofe iminente, resultado de cruzamentos GLOBO/TUCANOS, com laivos DEMocratas.

Ah! Obama fala palavrão, ou quase, se é que isso ainda é considerado como tal. O líder da organização Casa Branca chamou o deputado que o “ofendeu” com o epíteto de socialista, de “babaca”.

Cobra “Colômbia”, da espécie Uribe/cocaínas (assim mesmo).

Eu se fosse Lula, depois daquele negócio de “Lula é o cara”, ia me benzer.

Sabe lá se levanta a tampa do vaso e lá está Alzbeta! Um milhão e meio de reais!

Putz! Artur Virgílio e Tasso Jereissati, da espécie “sou, mas quem não é” iam querer uma CPI, e a serpente Kátia Abreu ia dar um bote do tamanho do seu latifúndio. Benze Lula, benze. Se fosse só isso, mas tem lá o Reinold Stephanes. Benze!


Laerte Braga é jornalista, escritor, cineasta e colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz

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PressAA

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terça-feira, 15 de setembro de 2009

O Brasil do faz-de-conta



FAZ DE CONTA QUE AS COISAS SÃO ASSIM, NÃO IMPORTA QUE SEJAM ASSADO

Laerte Braga

Num determinado momento o grande dilema da vida passa a ser a escolha do creme dental. Se você vai usar “colgate” ou “sensodyne”. A “máquina de fazer doido”, definição magistral de Sérgio Porto para a televisão mostra a você dentistas com aparências sérias, de competência inquestionável e cada qual recomendando um ou outro dos maravilhosos cremes dentais. A categoria não tem culpa.

Pula para os desinfetantes domésticos. Aqueles que trazem os aromas da natureza para dentro da sua casa. De repente você descobre que existe um produto que tira manchas, vem em forma de pó, numa embalagem rosa (existe a embalagem alternativa, branca, alva) e que, além disso, é “inteligente”. Procura as manchas ocultas.

Aí você fica petrificado. No bom sentido da palavra, na verdade, você fica coisa assim, sem perceber que está sendo assado em fogo baixo. Terminados os comerciais volta o filme, a novela, ou então aparece William Bonner, especialista em Homer Simpson, para dizer que “os terroristas” estão à sua volta e é preciso fechar as janelas, não olhar para os lados, desconfiar de quase tudo (para confiar só nele e no que representa) e tudo termina numa pesquisa do IBOPE.

A notícia mais importante é que na Feira do Livro, no Rio de Janeiro, quando Xuxa chegou, para além do frisson que despertou ao abaixar-se, deixou à mostra um “tattoo”. É um golfinho.

Os produtores de milho transgênico estão se descabelando. É que os consumidores europeus cismaram de não consumir produtos transgênicos. Por lá a lei exige que essas aberrações sejam muito bem definidas nas embalagens.

Aí, por aqui, terra descoberta por Cabral, a senadora Kátia Abreu, envolvida em desvios de recursos de campanha eleitoral, quer uma CPI para apurar os recursos transferidos pelo governo federal aos projetos de agricultura familiar do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra). A revista VEJA, da editora ABRIL, beneficiária de contratos milionários com o governo de São Paulo (país vizinho que fala a mesma língua), vem em seguida para mostrar que tudo não passa de uma “farra” e que por detrás desse negócio de reforma agrária existe um monstro pré-histórico que quer deter a formidável máquina do progresso.

Depende de como você vê o progresso. Se comum a todos pode até ser. Se só para alguns, não passa de privilégio.

“O mundo segundo a Monsanto”, empresa produtora de sementes transgênicas é um filme de Marie-Monique Robin, francesa, foi produzido em 2008, tem 109 minutos de duração e mostra como a empresa coloca em risco o meio ambiente e a segurança alimentar da humanidade.

Nem uma notícia na GLOBO ou nos acessórios de menor porte. A Monsanto é anunciante. Veicula os milagres da tecnologia.

Mas isso é coisa para depois, nem você e nem eu estaremos aqui para ver. Ou sentir. Importante é ter consciência que Paris Hilton é um exemplo de sucesso e vai para o livro de “frases sábias”, uma coletânea de idiotices transformadas em auto-ajuda para elevar a estima dos consumidores e preferencialmente a freqüência aos shoppings. Não importa que você não seja herdeira de uma grande fortuna, ou que não seja bonita para os padrões definidos pelos senhores da beleza, o que vale é seguir o modelo Paris Hilton, afinal democracia é isso, direitos iguais.

Matricule seu filho na “escola” da Xuxa e tenha a paz dos justos, assegurando a ele o deserto do futuro.

Esse vem pelas mãos de Antônio Ermírio de Moraes, homem do ano todos os anos, na faina predadora da destruição ambiental, mas que gera empregos, tanto quanto doenças, fome, miséria e papel para que a FOLHA DE SÃO PAULO convença você através de um infográfico que José Serra pode não saber direito o que é uma vaca, mas sabe o que é um caixa dois de campanha.

A direção de jornalismo do complexo GLOBO (jornal, rádios, tevês e revista) decidiu que os jornalistas do grupo deverão tratar a candidatura Marina da Silva só no que diz respeito a questões ambientais. Se Marina apresentar uma proposta para além de sua bandeira principal neca de pitibiriba, pois pode atrapalhar o DEMônio tucano (fica parecendo até Edir Macedo) e o papel que cabe a Marina é servir de tapete para a marcha triunfal de José Serra até Brasília.

Se a moça vai se deixar engolir é outra história. Não tem cara de quem vai permitir esse estupro e nem essa história, essa transformação em instrumento dócil e ingênuo dos senhores do mundo.


Sílvio Berlusconi, primeiro-ministro da Itália e patrão de Gilmar Mendes, presidente da STF DANTAS INCORPORARTION LTD, está enrolado com essa moça da foto. É Patrizia D´Addario. Exercia o ofício de “garota de programa” e foi contratada várias vezes para as festas do primeiro-ministro. Mil euros por participação e mais mil se topasse ir para a cama. Isso duas vezes por semana. Fez, admite ela, um razoável pé de meia e só não foi candidata ao Parlamento Europeu por conta de um jornal independente que cismou de mostrar a história e publicar algumas fotos. Berlusconi tinha prometido a ela a candidatura por seu partido.

De quebra usou o celular para gravar os momentos íntimos com o primeiro-ministro. Vive hoje de palestras nos melhores centros culturais e universidades européias, onde conta tudo o que viu e ouviu nos palácios berlusconianos.

Já o primeiro-ministro, misto de político, banqueiro e pilantra, afirma que é tudo mentira, que nunca pagou por sexo, pois o prazer do homem é a conquista. Quando o jornalista Miguel Mora do EL PAÍS, espanhol, perguntou-lhe se pagava por programas com garotas, olhou-o de cima embaixo, ajeitou o nó da gravata e disparou – “o senhor está é com inveja” –. Nem quis falar sobre o cafetão. Um empreiteiro que em troca recebia contratos para obras públicas.


Tão logo soube das declarações de Berlusconi a moça desafiou-o para um debate público, em rede nacional de rádio e tevê.

Cega é a justiça e culpado é Cesare Battisti.



A foto acima é de um desembargador do Tribunal de Justiça do estado da Bahia. O tribunal estava em sessão, considerada de importância e o magistrado decidiu recorrer ao xadrez, na certa, para ajudá-lo a resolver as intricadas questões jurídicas que dizem respeito ao mundo democrático, ocidental, cristão e capitalista. O nome do enxadrista é Carlos Roberto Santos Araújo.

Eu se fosse o delegado Protógenes Queiroz tratava de arranjar um habeas corpus preventivo. Na certa VEJA vai dizer que tudo não passa de gravações ilegais no gabinete de Gilmar Mendes, onde as questões são resolvidas pela porta dos fundos. Se as gravações existem ou não, isso é irrelevante. O que conta mesmo é o tira manchas inteligente.

Do outro lado, no conceito deles, está o Homer Simpson.

E um detalhe, têm indicações mágicas para todos os casos. Se o seu padrão de consumidor não for o padrão “colgate” ou o padrão “sensodyne”, não se preocupe, tem um sabão em forma de pasta e com o sugestivo nome de Sorriso.

“Vista-se bem onde quer que vá, a vida é curta demais para se passar despercebido”. Inteiro teor da contribuição de Paris Hilton ao bem estar do ser humano. Se você não puder vestir-se como Paris Hilton, monte um jegue e saia nu ou nua pelas ruas. Vai ser percebido. E detido aos costumes.

Um cidadão de 41 anos, em Sorocaba, interior de São Paulo, invadiu a prisão da cidade e pediu para ser preso, trancafiado de forma tal que pudesse ter segurança e tranqüilidade. “Aqui é melhor que lá fora, me sinto mais seguro”. O dito cujo já tentara sem êxito ser preso em outras oportunidades. Condenado por homicídio doloso estava em regime semi-aberto. Preferiu o trancafiado.

Coelho Neto, um tanto reacionário, mas com virtude de ter sido um dos fundadores do Fluminense Football Club, escreveu que “ser mãe é padecer num paraíso”. Não sei, mas prevejo, no futuro, invasões constantes de úteros na tentativa de pare o mundo que eu quero descer. Vai ser uma volta às origens. O Fluminense não, é uma espécie em extinção.

É que o assim aqui está ficando assado. E nessa lógica perversa do progresso, o tal progresso que contribui para o tal PIB, a classe média está de volta ao quarto e sala. Quem diz isso é a revista ÉPOCA, uma das espécies voltadas a Homer Simpsons. E o altar está lá. Digital de não sei quantas polegadas, com imagem HD, acho que é isso. O título? “Famílias encaixotadas”.

Bem faz o Pastinha que se perceber a chance de dez mil segura quinhentos que já dá para o torresmo, a cerveja e um troféu no próximo torneio de sinuca.

E fique atento, vem aí o parto de Ivete Sangalo. Cobertura completa, com todos os detalhes e exclusiva. Com direito ao primeiro choro do bebê. E as lágrimas de emoção dos distintos telespectadores.

Se tudo falhar, não se desespere. Barack Obama é um cidadão branco, dizem que presidente dos Estados Unidos (existem dúvidas). Trabalha de garçom, mágico vendedor de ilusões e agora incorporou o biscate de pintor. Garçons, mágicos e pintores cuidado. O cara é um prodígio de “sou, mas quem não é?"

Laerte Braga é jornalista, escritor, cineasta e colabora com esta Agência Assaz Atroz
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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O gato subiu no telhado...



Por Fernando Soares Campos


Numa redação de jornal em Porto Alegre.

Um foca ofegante adentra na sala do redator-chefe. O jovem jornalista está mais assustado que cachorro em canoa.

Foca Ofegante: - Chefe, a casa caiu! O povo nas ruas só fala em impeachment!

O redator-chefe, com uma cuia na mão, leva a bomba à boca e suga profundamente o chimarrão. Em seguida, calmo que nem água de poço, fala:

Redator-Chefe: - Que povo mal informado, tchê! Já faz quase duas décadas que o Collor foi impeachmentado, até já voltou como senador. E, se duvidar, chega novamente à Presidência da República. Bah! Mas que povo atrasado, piá!

Foca Ofegante: - Chefe, não é do impeachment do Collor que estão falando!

Redator-Chefe: - E de quem mais poderia ser?

Foca Ofegante: - O povo, chefe, está falando do pedido de impeachment dela! Entendeu? Dela...

Redator-Chefe: - Seja mais claro, piá! Não estou entendendo bulhufas!

Foca Ofegante: - Tá bem, chefe, vou ser sincero como a vaca pro touro. O povo, chefe, está falando do pedido de impeachment da governadora! Pronto, acho que agora o senhor entendeu.

O redator-chefe fica, por um momento, de boca aberta que nem burro que comeu urtiga. Súbito, salta da cadeira, mais ligeiro que enterro de pobre, e larga um berro mais forte que peido de burro atolado.

O foca se assusta e cai de costas.

O redator-chefe corre pela sala mais nervoso que gato em dia de faxina, porém feliz como puta em dia de pagamento de quartel!

Redator-Chefe: - Por que você não falou logo, seu destrambelhado?! Então, é isso?! Quer dizer que, finalmente, pediram o impeachment da governadora Ana Júlia Carepa?!

O foca, ainda no chão, pega o celular e liga para o deputado que o encarregou de dar a notícia ao seu chefe.

Foca Ofegante: - Deputado, acho bom o senhor dar uma chegadinha aqui na redação...

Deputado: - O que está havendo? Você já deu a notícia pro seu chefe?

Foca Ofegante: - Dei umas dicas, deputado, mas estou com medo de abrir totalmente o jogo e contar tudo. Isso pode provocar um infarto no homem.

Deputado: - Vá devagar. Faça rodeios e, quando sentir que vai causar o menor impacto possível, conte pra ele que a Assembleia acatou o pedido de impeachment da Yeda.

Foca Ofegante: - Eu já comecei, fui quase direto ao assunto, com muito cuidado, mas o homem tá mais por fora que arco de barril.

Deputado: - Faça como achar melhor, mas tenha cuidado, seja sutil como gato que vai pegar passarinho.

O foca desliga o celular, observa que o chefe agora também está desligado, absorto em pensamentos, recostado naquela cadeira enfeitada como bidê de china. Provavelmente está bolando uma manchete mais bonita que laranja de amostra.

Foca Ofegante: - Chefe, eu sei que o senhor tem razão de estar mais por fora que surdo em bingo, pois viajou muito nos últimos tempos. Ficou umas três semanas em Não-Me-Toque...

Redator-Chefe: - Eu, por fora?! Nada disso, piá! Enquanto estive por lá, toda semana eu lia o Boletim da Associação dos Suinocultores.

Foca Ofegante: - Chefe, o que estou querendo dizer é que... Bom, eu sei que, para o senhor, isso vai ser mais difícil que nadar de poncho, portanto precisa ser mais forte que sapato de padre!

Redator-Chefe: - Vai logo, piá, desembucha! O que é que você ainda tem pra me contar?

Foca Ofegante: - Chefe... - o foca pigarreia, olha pros lados, respira fundo e finalmente solta a bomba: - Chefe, o gato subiu no telhado!

O redator-chefe leva a mão ao peito e escancara a boca. Porém o grito fica preso na garganta, e o homem desaba no chão. BÁ!

Mais duro que salame de colônia!

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Dica da PressAA: Não espere que um foca lhe ponha a par das últimas notícias sobre o pedido de impeachment da governadora Yeda Crusius. Conte ainda menos com a imprensa gaúcha em geral. Acesse o DIALÓGICO, leia as últimas atualizações e fique mais bem informado que gerente de funerária.

Impedimento da Governadora nos jornais de hoje:

Capa e agenda positiva, ou seja, é preciso anunciar, mas a principal voz é a do Governo Estadual:













































Capa do tipo "desculpe, mas é preciso anunciar":























É preciso lupa para ler a manchete acima de O Sul.


























Capa silêncio total e a comunidade popular que se exploda em matéria de informação:

























http://dialogico.blogspot.com/2009/09/impedimento-da-governadora-nos-jornais.html


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PressAA
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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Editor da FSP dá uma de Tavares: "Sou! Mas... quem não é?"

Raul Longo recebeu mensagem de sua amiga Guidinha, que lhe enviou artiguete assinado por Sérgio Malbergier, editor do caderno Dinheiro, da Folha de S. Paulo, no qual o colaboracionista do time FSP (PIG-SP), empregando linguagem pseudomoralista, tenta construir uma imagem do presidente contrária à do título de sua escrevinhação: "Lula gigante". Porém até o mais desatento leitor identifica seu mal dissimulado sarcasmo.

Não vale a pena reproduzir as malícias mal-acabadas do Malbergier metido a malandro, mas destacamos aqui as suas conclusões. O sujeito encerra o texto atacando os brasileiros em geral, sem meias palavras ou exceção:

E, para completar, há ainda o filme "Lula, o filho do Brasil", sendo finalizado pelo clã dos Barreto (o PMDB do cinema nacional). Quem já viu trechos diz que é de chorar e arrepiar. O blockbuster certamente elevará a lulamania a patamares nunca antes vistos neste país desde Getúlio Vargas.

A trajetória de Lula é de fato heróica e lacrimejante. Mas, como o ditador gaúcho que tanto bem (e mal) fez ao país, seu apoio explícito ao banditismo político brasileiro manchará seu enorme legado.

Filho do Brasil, não poderia ser diferente
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“Filho do Brasil”, aí no fechamento, não tem nada a ver com o título do filme, o sujeito quis dizer apenas “brasileiro”, “sendo brasileiro”, “por ser brasileiro”, “na condição de brasileiro”. Basta observar a vírgula.

Malbergier é brasileiro? Estará ele falando sob auto-análise? Por que generaliza? Olhos nos olhos diante do espelho? Atenta observação a tudo que se passa ao seu redor? O que leva um indivíduo a acreditar que toda uma nação é formada por elementos que dão apoio explícito ao “banditismo político”? Por que Malbergier usou o verbo “manchar” no futuro do presente? “Manchará”?! Aparente advertência ao presidente, no entanto isso não passa de mera sutileza; pois, para o escrevinhador, Lula não passa de um corrompido político que empenhou “apoio explícito ao banditismo político brasileiro”.

Só se pode deduzir que o cara cometeu ato falho, revelando ser adepto da filosofia do Tavares, personagem de Chico Anysio, casado com a feiosa, porém rica, Biscoito. O malandro encerrava o quadro no programa com o bordão: "Sou! Mas... quem não é?"

Mas nós contamos com um perspicaz periodista participante das páginas da PressAA, Raul Longo. Leia a resposta do Raul à sua correspondente.

É imperdível!

Fernando Soares Campos

Editor-Assaz-Atroz-Chefe

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Raul Longo

Guidinha:

Eu vou bem, e aguardando nova visita sua. E os meninos, como vão?

Também vou me divertindo, com as que coisas que me enviam vez por outra, como essa matéria que você me manda desse editor da Folha de São Paulo.

Adoro ler esse tipo de coisa! Trabalhei na Folha de São Paulo por pouco tempo, mas a freqüentei bastante em função dos amigos que trabalhavam na redação, e por colaborar com o Maurício de Souza quando a Abril começou a publicar suas revistas. Eu já colaborava com as publicações infantis da Abril, e fui convidado a desenvolver roteiros de HQ para os personagens do Maurício que, na época, tinha o estúdio montado no último andar do prédio da Folha, na Barão de Limeira.

Por essa época, todos sabíamos do envolvimento do Frias com a ditadura, mas sabíamos também que toda a grande imprensa se tornara grande pela mão suja de sangue dos milicanalhas. A TV Globo era apenas uma pequena emissora carioca e do dia pra noite se tornou isso que é hoje. A Abril, no ano em que nasci, se iniciou em uma garagem da casa do Civita. Cresceu e ocupou alguns andares de um pequeno prédio na João Adolfo, no Centro de São Paulo. De repente virou o maior parque gráfico do continente. Os Mesquitas, do O Estado de São Paulo, já eram ricos e pernósticos. Tinham rádio, hotel e o jornal, antigo. Desde que me lembre era na Major Quedinho. Prédio próprio, grande. Durante a ditadura construíram outro maior na Marginal, e o prédio da Major Quedinho abrigou o Diário Popular, que por um tempo foi o segundo jornal em circulação na cidade.

O Otávio Frias ganhava mais dinheiro com a antiga rodoviária de São Paulo, de sua propriedade, do que com o jornal. Até que teve participação ativa na repressão aos opositores do regime criminoso. Entregou os veículos de sua frota de carros de entrega para o que foi chamado de Operação Oban. O cara estava em casa, aparecia um carro de entrega de jornais e ele imaginava que estariam procurando alguma banca de jornal ou trazendo alguma informação urgente. Quando abria a porta para alguém vestido de entregador da Folha, não era entregador. Era polícia.
Aí, enquanto uns ficavam revistando a casa do sujeito, outros o enfiavam dentro do furgão e a vizinhança não se apercebia de nada. As vezes eram levados para o DOPS, outras vezes para lugar algum, pois muitos dos aprendidos na Operação Oban desapareceram. Só quando alguns dos aprisionados nos quartéis começaram a ser resgatados, em troca de diplomatas seqüestrados, a participação do grupo Folha de São Paulo veio a público. Não é à toa que hoje a Folha se refere à ditadura como "ditabranda"

Mas naquela época, enquanto a Folha da Tarde, a outra publicação da empresa, estampava na capa fotos de vítimas do regime que sabiam já assassinadas pela repressão, apontando-as como procurados por subversão, a Folha de São Paulo era considerado um jornal mais à esquerda. Chegou a ser editada por Cláudio Abramo, um mestre do jornalismo e socialista. Mais tarde Abramo também foi preso.

Nessa época eu já não morava em São Paulo e anos mais tarde soube que assumiu a editoria da Folha o Boris Casoy, um sujeito pernóstico e extremamente formal, de quem todos tínhamos aversão, pois anos antes integrara o CCC - Comando de Caça aos Comunistas -, grupo terrorista de direita que invadiu o teatro Oficina e atacou os atores da peça Roda Vida, do Chico Buarque, entre outras ações violentas, inclusive a morte de um estudante secundarista na Rua Maria Antônia.

Durante uma passagem por São Paulo, encontro o Lizoel Costa, que então integrava o grupo Língua de Trapo e me contou da morte do Touchê, um jovem poeta muito querido e conhecido entre os boêmios de São Paulo dos anos 80. Touchê trabalhava na Folha e a secretária do Otavinho Frias (já no lugar do pai) se enamorou por ele. Acontece que a secretária era amante do Otavinho e o Casoy tornou a vida do Touchê um inferno. Ele ia aguentando. Era romântico e não desistia da moça, era pobre e não podia desistir do emprego, embora confessasse aos amigos que estava doido para ser demitido e poder pegar a indenização.

Não o demitiam, mas o Boris Casoy o atormentou até o dia em que encontraram o Touchê morto no apartamento onde morava sozinho e asmático. A causa da morte foi uma crise de asma após um dia infernal no trabalho, conforme relataram seus colegas da redação.

Então é por toda essa história e algumas outras mais, que adorei ler o desespero desses calhordas nesta matéria. Adoro quando recebo notícias como essa. Dados divulgados pelo Instituto Verificador de Circulação (IVC) apontam queda média de 4,8% dos títulos filiados no primeiro semestre, em comparação a circulação média destes mesmos títulos nos seis primeiros meses de 2008. Segundo o IVC, a circulação média diária total dos jornais filiados nos primeiros seis meses de 2009 foi de 4.231.165 exemplares. Em 2009, foi de 4.394.047 exemplares. No dia 3 de agosto, M&M Online já havia adiantado que a circulação dos 20 maiores jornais diários brasileiros caiu 6% no primeiros semestre. Além disso, o faturamento publicitário dos jornais também está em queda. Segundo Projeto Inter-Meios, houve retração de 9,48% no período de janeiro a maio de 2009, na comparação com os cinco primeiros meses de 2008. Meio & Mensagem – 18/08/2009.

Pra quem sonhou em ser jornalista desde menino, no tempo em que a atividade era uma profissão...

Pra quem ingressou no jornalismo no início da obrigatoriedade do curso universitário ao qual foi barrado pela repressão e, apesar de desiludido por perceber que a profissão pela qual tanto sonhara estava se tornando um negócio mafioso e mancomunado com os milicanalhas do poder, continuou acreditando que ainda viria o tempo em que a informação poderia auxiliar na formação de uma sociedade melhor...

Para quem depois de 30 anos de tentativa de fazer jornalismo sério pelo que então se chamou de imprensa alternativa, ou nanica e marginal, como nos menosprezavam os pseudojornalistas da imprensa-empresa...

Para quem teve de reconhecer que acabara-se o jornalismo no país, substituído pela chamada "pena de aluguel" e os pistoleiros da palavra...

Para quem mesmo já tendo desistido da profissão, ainda se envergonhou por ela quando a transformaram em partido político para a montagem do escândalo do mensalão, o que hoje é conhecido como PIG - Partido da Imprensa Golpista...

Pra quem, como eu, é muito bom ver o desespero desses calhordas neste texto que você envia. Me dá um alívio muito grande saber que, não só o negócio da enganação de leitores através da atividade jornalística, vai mal financeiramente, como também vai mal politicamente.

O estertor, mesmo que de um animal, mesmo que de uma mosca, uma barata, sempre é trágico. Ninguém pisa numa barata e fica assistindo o inseto estrebuchar.

Até o sofrimento de uma barata nos penaliza e compulsivamente abreviamos a morte numa segunda chinelada, não é verdade?

Mas esse texto de estertor do editor da Folha de São Paulo é muito engraçado. Por um momento cheguei a pensar haver algo de errado comigo, em achar graça de algo tão trágico como o explícito estertor desse editor da Folha. Mas percebo que a diversão que esse texto me proporciona não é por mim nem pela história do mal que ele representa. Não é por nenhum sentimento de vingança.

É engraçado, porque até na hora da morte eles conseguem ser ridículos. Impressionantemente ridículos!

Cotidianamente, todos os 365 dias de cada ano, sejam quantos forem antes de eleições, eles fazem a mais nítida e evidente campanha eleitoral dos candidatos que protegem seus interesses. Mas quando o presidente que os derrotou politicamente nas duas últimas eleições anuncia o mais importante e promissor evento ocorrido no país nos últimos 4 séculos, acusam esse anúncio de manobra eleitoreira. Eles, que construíram o escândalo do mensalão! Eles, que publicaram montagens fotográficas, transformando em motoqueiro quem jamais pilotou uma moto! Eles, que montaram uma ficha policial que foi provada como falsa! Eles, que criaram um encontro de uma secretária de alta escalão que não consegue lembrar data e hora do compromisso que ela mesma acusa como sumamente importante e comprometedor! Uma secretária sem memória nem agenda!

Tudo isso seria abjeto! Seria revoltante! Seria nojento em uma barata esmagada! Mas nesse caso é tão ridículo que se torna muito engraçado. Muito divertido. E me divirto com muito gosto.

Tento raciocinar que algo tamanhamente ridículo também não deixa de ser trágico, mas não consigo parar de sentir que ao contrário da morte das baratas, esse estertor é engraçado. É muito engraçado o jeito ridículo de morrer desses caras. Morrem com tamanha falta de um mínimo de dignidade, que dá vontade de rir.

Não... Não me sinto vingado. Não é isso o que estou sentindo.

Se fosse para me vingar, escreveria agora um texto sobre esse do "Lula gigante" da Folha, com o título: "O jornal anão"

Seria um desrespeito, imerecido, aos anões. Pigmeu também, afinal é uma etnia valorosa da querida mãe-África.

Já sei! O título seria: "O efeito Rodox", lembrando aquela baratinha do comercial reconhecendo que Rodox mata. Na época tiveram que tirar o comercial do ar, porque o consumidor acabou ficando com pena da barata.

Incrivelmente a Folha não faz pena alguma, mas que é muito engraçada, é.

No entanto, não vou escrever nada... Não quero me vingar. Não sinto necessidade de me vingar. Mas agradeço muito você ter me enviado esse texto da Folha de São Paulo, pois, confesso, ele me faz sentir bastante aliviado.

Agora só falta você aparecer, para me aliviar a saudade.

Beijo grande!


Raul Longo
pousopoesia@ig.com.br
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Ponta do Sambaqui, 2886
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Raul Longo é jornalista, escritor, pousadeiro e colabora com a nossa Agência Assaz Atroz.

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