quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Glenn Greenwald, Julian Assange e Edward Snowden - O show continua

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Glenn Greenwald, Julian Assange e Edward Snowden - O show continua

por Fernando Soares Campos

As agências de espionagem não perdoam, matam!

Mas Glenn Greenwald está vivinho da silva e bem na fita com a esquerda brasileira. 

Greenwald é a glória de Moro, Dallagnol, Bolsonaro et caterva.

Greenwald é o FHC que saiu do frio e nunca vai entrar numa fria.

Glenn Greenwald foi e continua sendo perseguido, ameaçado nos Estados Unidos? Não parece.

O papel de perseguidor de Glenn Greenwald ficou por conta do teatro dos horrores brasileiros.

Enquanto isso...

Jeremy Hammond está na cadeia

Jeremyhammond.jpg
Aaron Hillel Swartz no cemitério


 "Se não fosse ele [Edward Snowden] e a rede de informações filtradas através de Glenn Greenwald, Laura Poitras e Barton Gellman, as exorbitâncias do programa de vigilância da NSA, executado com a cumplicidade das maiores empresas da internet, jamais teriam chegado ao conhecimento público , Laura Poitras e Barton Gellman, as exorbitâncias do programa de vigilância da NSA, executado com a cumplicidade das maiores empresas da internet, jamais teriam chegado ao conhecimento público". ("Os rebeldes da banda larga", Observatório da Imprensa, por Sérgio Augusto em 31/12/2013)

Se é assim, por que Glenn Greenwald tem trânsito livre nos Estados Unidos, enquanto Julian Assange e Edward Snowden são perseguidos de maneira ferrenha? Assange está preso e Snowden exilado na Rússia.

Colocar Glenn Greenwald, Julian Assange e Edward Snowden no mesmo saco de todos os acusados de vazamento de “ciber-documentos” e denúncias contra o governo e empresas dos Estados Unidos e seus parceiros mais graduados é fazer o jogo do “todos são iguais”. A mídia empresarial não se ocupa de muitas outras pessoas que estão em condições semelhantes mundo afora. Por que tanto interesse em falar desses de forma que ninguém sabe quando estão defendendo ou acusando? Por que esses viraram estrela e até continuam em perfeita liberdade, como Glenn Greenwald? (As agências de espionagem não perdoam, matam).

O que Glenn Greenwald quer dizer com “auto-exílio”? Se algum deles assumir que optou por um tal de “auto-exílio”(Que droga é isso?!), estará dizendo que em seu país de origem não sofria perseguição, apenas discordavam da ilegalidade nas operações de monitoramento ilegal, que eles usaram, usam e abusam para fazer “ciber-ativismo”, “ciber-libertação”(?). Pede exílio quem se sente ameaçado, quem é realmente perseguido, quem está na iminência de ser violentado. Afinal, Glenn Greenwald foi e continua sendo perseguido, ameaçado? Não parece.


Por que pregar uma tal de “ciber-desobediência civil”, se não podem ou não têm culhões para pregar e praticar a desobediência civil no dia-a-dia, objetivamente, discordando de leis injustas? 

Enquanto Intercept de Glenn Greenwald, aliado à velha mídia golpista, distrai a militância com o show da Vaza Jato, o desgoverno entreguista de Bolsonaro ataca os trabalhadores, destrói a previdência pública, colocando-a na privada.

Perfis e trechos extraídos de Wikipédia:

 Jeremy Hammond (nascido em 8 de janeiro de 1985), ativista americano foi preso por agentes do FBI no bairro de Bridgeport em Chicago por ações relacionadas ao vazamento de e-mails da Stratfor em 2012–13 . A acusação foi revelada no dia seguinte no tribunal do distrito federal de Lower Manhattan . Ele é um dos seis indivíduos dos Estados Unidos, Inglaterra e Irlanda indiciados. 

Aaron Hillel Swartz (Chicago8 de novembro de 1986 – Nova York11 de janeiro de 2013) foi um programador estadunidense, escritor, ativista político e hackativista. Um dos criadores do feed RSS e cofundador do Reddit e da organização ativista online Demand Progress. Swartz foi um dos arquitetos das licenças Creative Commons (CC). Sua contribuição não se resume ao plano técnico. Era membro do Centro Experimental de Ética da Universidade Harvard e também se tornou um notório ativista pela democratização da informação na web, manifestando-se contra projetos de lei, tais como o Stop Online Piracy Act (SOPA).
Na noite de 11 de janeiro de 2013, Swartz foi encontrado por sua parceira, Taren Stinebrickner-Kauffman, morto em seu apartamento no Brooklyn. Uma porta-voz dos Examinadores Médicos de Nova York informou que ele havia se enforcado. Nenhuma nota de suicídio foi encontrada. A família de Swartz e sua parceira criaram um site memorial em que se emitiu uma declaração, dizendo: "Ele usou suas habilidades prodigiosas como um programador e tecnólogo não para se enriquecer, mas para tornar a Internet e o mundo mais justos e um lugar melhor".
Dias antes do funeral de Swartz, Lawrence Lessig elogiou seu amigo e algum cliente em um ensaio, como o "Procurador Bully". Ele denunciou a desproporcionalidade da acusação de Swartz e disse: "A questão que este governo precisa responder é por que foi tão necessário que Aaron Swartz seja rotulado como um" criminoso". "Para os 18 meses de negociações, que era o que ele não estava disposto a aceitar". Cory Doctorow, escreveu: "Aaron teve uma combinação imbatível de visão política, habilidade técnica e inteligência sobre as pessoas e os problemas. Eu acho que ele poderia ter revolucionado a política americana (e mundial). Seu legado ainda pode fazê-lo."

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PressAA

Ilustração: AIPC - Atrocius International Piracy of Cartoons

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