sexta-feira, 24 de julho de 2009

Num ligue pra cara feia de Beethoven, isso é só pra espantar os curiosos

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De Brasilianas para o nosso Editor-Assaz-Atroz-Chefe


“Dom Fernando
a prática desta Literatura joyciana, borgiana, flaubertiana lhe deve ser muito desgastante... vives um momento biológico de queima rápida de neurônios. De onde pode vir tanta regurgitação e verve para um homem só - na maturidade, quase decrepitude
[Eu não mereço tanto mas também não agradeço] - conseguir criar o nome de uma agência chamada PressAA. Coisa de gênio. Como se não o fora essa retranca Assaz Atroz... quantas horas, quantas noites, quantos neurônios consumidos para obra tão relevante no conjunto das grandes criações universais.
Nosso grito de alerta, Dom Fernando, está na hora de uma autobiografia... Seja generoso com o mundo das letras... (Nosso Doktor Ferencz recomenda a suspensão por algumas horas da mardita da cachaça... ele não consegue saber se o seu vermelhão é lulístico ou de raiva mesmo...)”

Brasilianos(as)

Caros Brasilianos(as), quando a minha secretária Helen Lower leu sua mensagem, senti um comichão oportuno na mão esquerda. Mas não era nada demais, apenas o pelo onanista insistindo que eu fizessse barba, cabelo e bigode.

Em se tratando dos neurônios, eu também já tive essa sua preocupação, tempos atrás. Ou seja, achava que neurônios eram consumidos como, por exemplo, o doutor Hannibal fazia com seus inimigos explícitos e os ocultos também. Neurônios não são consumidos, são utilizados, cansam-se, descansam e voltam renovados, para novas batalhas.

Sim, são muitas horas, muitas madrugadas e meios-dias dedicados à AAA – PressAA; às vezes devagar, noutros casos fazendo jus ao nome da empresa. E é nestes casos que em determinadas ocasiões atropelo o vernáculo, corrigo, ou deixo que corrijam.

Vocês não devem ter lido minha última entrevista à Nova Coletânea ( http://entrevistaescritores.blogspot.com/2009/05/normal-0-21-false-false-false.html), senão saberiam porque não pretendo escrever uma autobiografia. Também não atentam para determinados escritos meus, que, como acontece com qualquer outro escritor, estão apinhados de dados biográficos meus e de quem cruzou meu caminho.

Quanto à “cachaça”, já fui adepto da mardita em forma líquida, gasosa e até enfumaçada, mas logo descobri que cada tempo é um tempo, como dizia Franz Liszt, que eventualmente me visita (ele gostha de vir aqui). Doktor Ferencz não gostou mesmo foi quando o chamei de Lili Marlene. Pô! Num sei o que esse pessoal pensa, se é que pensa! Perde a esportiva com a maior facilidade, como outra noite dessas aconteceu com o Beethoven, só porque eu disse que ele não podia fazer seus discípulos de capachos. Taí, quando ele sacou a minha ironia, foi aí que ele deu uma baita risada e me respondeu: “Sie denken, dass ist genial, und ist, aber enfoi Kopf ESSSE Tätigkeit der "Nie zuvor in der Geschichte," gibt, die Geschichte kann Schlag ihr Gehirn aus, und Sie nicht mehr zurück in pavilão Dr. Henrique Roxo.

Foi o suficiente para me embananar, pois nada entendo de alemão. Mas despachei o Goober e ele me trouxe essa versão: “Você acha que é gênio; e o é; mas enfiou na cabeça essse negócio de 'nunca antes na história', aí, ó, a história pode explodir os seus miolos e você vai parar novamente no pavilhão do Dr. Henrique Roxo".

São Lima Barreto que me proteja!

Bom, Ludwig van Beethoven é sagitariano e como [conjunção] tal é multipolar. Desculpei.

* * *

P.S.: Sagitariano, do dia 16 de dezembro. Que diabos de coincidência, né?

Não se pode dizer que a turma dos Brasilianos seja colaboradora da AAA - PressAA, mas que isso foi uma colaboração ninguém pode negar

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PressAA

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4 comentários:

Anônimo disse...

Essa foi uma leitura que despertou-me do tédio das horas. Ás vezes penso que argumentar é uma arte para poucos. Mesmo que refute o amigo em aceitar, a despeito da expressão em alemão, a compreensão foi-me clara e lúcida e , melhor, fez-me crer que seus opositores críticos terão que estudar um método hermenêutico para se desvencilhar da sua destreza. Mesmo porque vale para ti a lógica e para eles o silogismo. Gostaria, além disso, de salientar que conhecê-lo pelas suas OBRAS, crônicas belíssimas acessíveis a todos nós num breve teclar e pesquisar do google, é um quase bastar. Sábio crítico que recupera a maestria de muitos clássicos, a leitura de grandes nomes, e a inquietude de quem lida com a verdade nua e crua.
Aceite, sem falsa modéstia, sua honrosa contribuição à leitura virtual, a literariedade crítica. Você é um grande exemplo. Ainda engatinho, mas chegarei lá... Tenho de ler e escrever muito para poder discernir tão bem a vida política e os bastidores desse Brasil surreal.

Abraços

Esquerdopata para Poty disse...

Esquerdopata para Poty Guara

Não adianta tentar disfarçar seu besteirol amontoando dados inúteis e não-relacionados.
(...)
Um lixo iletrado que fala de pessoas e fatos que desconhece por completo e a quem não teria acesso nem como menino de recados e menciona "fatos" e conversas que só poderia conhecer se fosse um ser sobrenatural tal qual Jeová ou Olavo de Carvalho.

Na absoluta falta de qualquer tipo de argumentação intelectual o jeca recorre única e exclusivamente à suposta vinculação de A com B ou C, como isso transformasse seus delírios difamatórios em verdade. Não importa quem escreve, importa se é ou não verdade e o sr, Poty Guara é um o papagaio de aluguel de figuras do esgoto político brasileiro. E de nível tão baixo que sua única forma de empestear o ar com sua ignorância é pelo spam.

Qualquer corte de gastos na Dantas Inc. e vai ter que vender "perro caliente" en las calles de Madrid

professor do UniCEUB disse...

Não se preocupem senhores, o tal esquerdopata é realmente o padrão lulopetista.

Código Civil: Pseudônimo — Traz o Código Civil proteção especial ao pseudônimo (9), quando utilizado para atividades lícitas, equiparando-o, pois, ao nome (10).

Cumpre realçar que pseudônimo e anonimato são figuras jurídicas distintas, razão por que o sistema legal lhes dá tratamento diferenciado. No exercício livre da manifestação do pensamento, veda-se o anonimato, eis que não se conhece o autor (11), que nem se esconde em nome; mas se aceita o pseudônimo em toda expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação (12).

O pseudônimo somente é proibido quando artificializado em atividade ilícita, com o objetivo de obter vantagem ou prejudicar terceiro.

9) Pseudônimo: nome adotado por autor ou responsável por uma obra (literária ou de qualquer outra natureza, que não usa seu nome civil verdadeiro ou o seu nome consuetudinário (nome criado pelo costume), por modéstia ou conveniência ocasional ou permanente, com ou sem real encobrimento de sua pessoa (Houaiss, p. 2.324)

(10) Art.19 do novo Código Civil.

(11) Art.5º, IV, da Constituição Federal.

(12) Art.5º, IX, da Constituição Federal.

Fonte(s):
Luís Carlos Alcoforado - Advogado, professor do UniCEUB e examinador em Direito Civil do Exame de Ordem da Ordem dos Advogados do Brasil, seção do Distrito Federal
27 de Julho de 2009 21:01

José de Castro disse...

Fernando, muito interessante o artigo e também a sua entrevista à Nova Coletânea. Concordo com você, quem mais nos influencia na vida são nossos pais, irmãos, tios e outros parentes com quem convivemos na infância. É por causa deles que não desprezo as religiões, embora seja, no fundo, um incrédulo em relação a todas as explicações religiosas sobre as origens da vida, nosso papel na terra e nosso futuro no inferno... porque é para lá que vamos, a depender desses credos. Eu tive a sorte de ser mandado estudar num internato dirigido por religiosos, pois meus pais moravam na roça e lá não havia escola; Durante cinco anos sofri uma lavagem cerebral ensaboada pelo fogo do inferno, para onde todos os meus pequenos e grandes pecados me encaminhavam. Quando tive a coragem de me rebelar e não voltar para lá - mais uma vez, sob a maldição do inferno, por perder minha vocação para padre que haviam me concedido os céus -, fui acolhido pelo "Cândido", de Voltaire, que me vingou e apagou por todo o sempre, pelo menos na minha imaginação e crença, o maldito fogo. Mais tarde, Sartre me ensinou que o inferno são os outros (mas, desconfio, se existe inferno, ele está dentro da gente mesma).Grande abraço,José de Castro