domingo, 6 de junho de 2010

“My Sweet Dossier” - parece ficção, mas é pura safadeza

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Fernando Soares Campos

José Serra, pré-candidato à Presidência da República, membro da organização criminosa conhecida pela sigla PSDB, que conta com o apoio dos subgrupos DEM e PPS, acusou Dilma Rousseff de ter forjado um dossiê contra ele. Serra se fundamente em reportagem da revista 'Veja', órgão oficial de divulgação das atividades do bando, tratando de suposta ação petista, a qual consistiria em forjar um dossiê sobre as atividades ilícitas de Verônica, filha de Serra. Para este, as supostas manobras petistas teriam como objetivo prejudicar a sua candidatura.

Serra acusou a pré-candidata do PT, sua adversária Dilma Rousseff, de ter montado um dossiê contendo denúncias que o atingiriam.

O testa-de-ferro da organização criminosa, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), fingiu estar indignado, deu chilique, exigiu que a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, explique "por que montou uma equipe de espiões e arapongas para fabricar dossiês contra adversários". Guerra deu uma de João-sem-Braço, fez de conta que desconhecia que qualquer informação a respeito do envolvimento da filha de Serra com o banqueiro Daniel Dantas está disponível na internet, com fácil acesso para qualquer usuário. Não se trata de coisa sigilosa que possa vir a ser considerada elemento de um dossiê, que normalmente é composto de documentos importantes e que não estariam à disposição de qualquer mortal.

Entretanto o senador pernambucano de certa forma acertou quando disse que aquela ação teria sido “vergonhosa, indecente e coisa de gente safada”. Todo o País hoje concorda que aquilo é realmente coisa de gente safada, pois gente safada é que age assim: mergulha na lama e acusa os outros de o terem empurrado. Gente safada é capaz de atirar no próprio pé para incriminar um inimigo. Gente safada é chegada a uma chantagem. Político safado, por exemplo, é capaz de ameaçar um dos seus companheiros com um “dossiê do pó”, caso ele se recuse a compor uma chapa de vice-qualquer-coisa. Portanto, Guerra olhou para o espelho e disparou: “Isso é coisa de gente safada!”

Quanto a Serra, quem melhor definiu o comportamento do capo foi André Vargas, secretário de Comunicação do PT, que disse: “Para falar desse pseudo-dossiê sobre as ligações da filha dele com Daniel Dantas, basta Serra procurar no Google! (...) Serra se comporta como aquele que bate a carteira e sai gritando: pega ladrão!”

Reunidos no bunker de FHC, os cabeças das diversas facções mancomunadas decidiram “contra-atacar” quem não atacou. É mais ou menos como na história do lobo e do cordeiro bebendo água no riacho. Acontece que, dessa vez, o lobo, com a vista cansada e a mente atrofiada pelo ódio, implicou com uma onça, pensando que estava diante de mais uma refeição. E a onça vai levar o caso à Justiça, para que o lobo, quer dizer, Serra e seus comparsas se expliquem.

Mas quem estaria interessado em amarrar a corda no pescoço de Serra neste momento em que as pesquisas de intenção de voto indicam que ele está desabando em profundo precipício, que é o lugar para onde os fichas-sujas devem ir?

O tal dossiê, na verdade, é um livro que será lançado ainda este ano e que revela detalhes sobre as falcatruas da organização criminosa PSDB-DEM, que conta com os serviços sujos do PPS, que por sua vez está fazendo propaganda do tal “Ministério da Segurança Pública” apregoado por Serra.

O livro é de autoria do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que durante alguns anos investigou os escândalos da roubalheira em que se transformou o processo de privatizações no governo FHC.

“Quem recebeu e quem pagou propina. Quem enriqueceu na função pública. Quem usou o poder para jogar dinheiro público na ciranda da privataria. Quem obteve perdões escandalosos de bancos públicos. Quem assistiu os parentes movimentarem milhões em paraísos fiscais. Um livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que trabalhou nas mais importantes redações do país, tornando-se um especialista na investigação de crimes de lavagem do dinheiro, vai descrever os porões da privatização da era FHC.” (Viomundo)

"O livro descreve com minúcias o que seria a participação de Serra e aliados tucanos nos bastidores das privatizações durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso. É um arrazoado cujo conteúdo seria particularmente constrangedor para o pré-candidato e outros tantos tucanos poderosos dos anos FHC. Entre os investigados por Ribeiro Jr. estão também três parentes de Serra: a filha Verônica, o genro Alexandre Bourgeois e o primo Gregório Marin Preciado. Está sendo produzido há cerca de dois anos e nada tem a ver com a suposta intenção petista de fabricar acusações contra o adversário." (Leandro Fortes, Carta Capital)

Quando Serra teve a certeza de que o livro seria lançado antes das eleições (se viesse depois, ele não se incomodaria, pois aposta na impunidade e no apoio do PIG para encobrir suas mutretas) , tratou de encontrar um bode expiatório, pois já sabia que o incentivo para a publicação vem de Minas. Serra sabe que o livro vai ser servido como um prato de mingau quente, mas tão quente que não dá nem pra comer pelas beiras. Serra sabe que o livro vai lavar a alma de muita gente, inclusive de alguns dos seus comparsas na organização criminosa.

Amaury Ribeiro JR., o autor, é um jornalista muito bem relacionado com Aécio, a quem Serra ameaça indiretamente com “dossiês”, a fim de que o governador de Minas se renda e aceite ser o seu candidato a vice-presidente da República. Como disse Guerra, isso é coisa de gente safada.

Para compreender melhor a história mal contada pela gangue demotucana, leia o artigo “O dossiê do dossiê do dossiê...”, por Leandro Fortes, na revista Carta Capital.

Antes, leia...

GLOBO – A CENTRAL DE MENTIRAS



Laerte Braga

A edição de sábado do JORNAL NACIONAL – O DA MENTIRA – foi um primor de desinformação, distorção de notícias e fatos para atender a interesses do grupo e àqueles a que representa. É prática rotineira na emissora.

Num dado momento da edição, com o ar de sério, seriedade que não tem, o jornalista Alexandre Garcia, começou a falar do dossiê “supostamente” atribuído a setores da campanha de Dilma Rousseff e contra o candidato tucano José Arruda Serra.

Para não enfiar a emissora no bolo e aparentar inocência na história, repercutiu a matéria de capa da revista VEJA sobre o assunto. VEJA é aquela que pegou mais de 400 milhões de reais em contratos com o governo de São Paulo – José Arruda Serra – sem licitação e num favorecimento escandaloso, com, lógico, um percentual para o caixa de campanha do tucano.

É aquela também que quando não conseguiu culpar o governo Lula pela queda do avião da TAM (os defeitos eram no reverso e numa das turbinas por falta de manutenção da empresa), estampou numa capa que “a culpa foi do piloto”. O plano para privatização de aeroportos começou a dar com os burros n’água por ali. Que acha que a flotilha que foi levar ajuda humanitária a palestinos sitiados em Gaza pelo governo terrorista de Israel foi provocação. Posição também da GLOBO.

Quando Alexandre Garcia, ex-funcionário do Banco do Brasil, do antigo SNI e do Gabinete Militar da presidência da República, demitido por assédio sexual, governo Figueiredo, mostrou os “fatos” relacionados ao dossiê, esqueceu-se de dizer que o jornalista do ESTADO DE MINAS é ligado ao ex-governador Aécio Neves e que a imensa e esmagadora maioria da mídia já havia ligado o dossiê a Aécio.

Toda a trajetória totalitária, corrupta e venal de José Arruda Serra foi levantada a pedido do governador de Minas, então disputando a indicação presidencial com o tucano paulista, quando tomou conhecimento que Arruda Serra havia preparado um dossiê contra ele.

Uma espécie de legítima defesa, digamos assim, num ambiente fétido, o tucanato. Disputa pela chefia da quadrilha.

Para não perder a viagem, envolveram um delegado corrupto e aposentado da Polícia Federal, que fala qualquer coisa por dinheiro, atribuindo a responsabilidade a Dilma Rousseff e ao seu partido.

É prática corriqueira da GLOBO vem desde os tempos de Collor de Mello quando editaram o último debate entre o alagoano e Lula. Ou ainda, nos tempos da ditadura, quando omitiu a campanha para as diretas já, quando encobriu a tortura e foi parte dela na cumplicidade ativa de vender um Brasil maravilhoso quando o País estava à matroca em mãos de militares irresponsáveis e criminosos.

Ou quando foi fundada, há 45 anos, como braço de Washington com o propósito de vender a ideologia disneylândia que hoje, se sabe, chega até a prostituição (Operação Harém da Polícia Federal), seja no BBB, seja nas “moças” contratadas por laranjas para dançarem literalmente, em todos os sentidos, com direito a cachê/michê de 20 mil reais, depende da estatura dentro da emissora e do cliente.

Toda a farsa do dossiê já havia sido contada de “a” a “z” pelo jornalista Luís Nassif em seu portal. Todo o esquema de disputa entre Arruda Serra e Aécio é público e notório desde que o funcionário de Arruda Serra, Juka Kfoury, pegou Aécio no contrapé.

A GLOBO ignorou, deliberadamente, todos os fatos.

Um pouco antes de dar um trato mentiroso no tal dossiê, foi divulgada uma pesquisa do antigo IBOPE (hoje GLOBOPE), onde Dilma e Serra aparecem empatados na magia de fabricar números, sabe-se que a realidade é diferente, Arruda Serra está em queda e Dilma em ascensão e nem tocaram no fato que dentre os candidatos o tucano é o mais rejeitado pelos eleitores ouvidos. Mostraram na telinha, mas não comentaram.

Quando pegos na mentira e na farsa, práticas comuns e corriqueiras ali, sacam da pasta de canalhice a tal liberdade de expressão. Deve ter outro sentido para eles. Liberdade de mentir, de falsear, de enganar, de ludibriar e de contratar dançarinas para “ajudar” nos “negócios” com clientes promissores.

Tipo sabão OMO, lavou está pronto para outra.

Canalhice pura.

A legislação brasileira propicia a esse tipo de imprensa marrom, venal, que o direito de resposta seja um fato raro, por conta da lentidão do poder Judiciário, sem falar que a GLOBO tem em mãos muitos dos ministros de tribunais regionais e superiores e nada contra ela anda.

Praticam o crime, a rigor, de forma impune.

A GLOBO é isso e até as eleições de outubro fatos assim serão comuns, todos revestidos de preocupação democrática da rede em todos os seus tentáculos. Jornais, rádios e tevês.

Existe para isso e por isso. Daí porque abriga gente tipo Alexandre Garcia, William Bonner, Lúcia Hipólito, Miriam Leitão, paladinos da sem-vergonhice jornalística.

E traveste-se de defensora da democracia e dos valores cristãos e ocidentais, desde que as faturas sejam pagas em dia e os favores e ilicitudes permaneçam encobertos e protegidos às vezes, muitas vezes, pelos encarregados de zelar pela lei.

A edição de sábado foi um primor de mentira, de desrespeito ao telespectador, por isso o rotulam de idiota, apostam nessa característica e contam que enquanto a turma está ali para esperar a novela das oito, de quebra, levam a informação mentirosa.

A GLOBO é outro câncer, como VEJA, não há nada de liberdade de expressão em seu caminho.

Só mentira e empulhação.

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Laerte Braga é jornalista. Colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz

Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA

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