Clerisvaldo B. Chagas - Extraído do Portal Maltanet
Empenhado em nossa organização de livro sobre Virgulino Ferreira da Silva, temos referências várias sobre a nossa tão querida cidade Cacimbinhas. Município alagoano localizado no meio do caminho Santana do Ipanema ─ Palmeira dos Índios, Cacimbinhas foi ponto de descanso e referência de quem transitava do alto Sertão à Maceió e vice-versa. Tempos das estradas de terra, buracos e solavancos, poeira e lama que enganchavam as viagens sertanejas à capital. Originária no sítio Choan, o atual município recebia caçadores de Pernambuco ─ com o qual faz fronteira ─ que acampavam no sítio, nas proximidades de uma cacimba onde havia um limoeiro. Com mais pessoas parando por ali para descanso, outras cacimbas foram cavadas gerando, assim, a denominação do município.
Quem nasce em Cacimbinhas é cacimbense. E quem é cacimbense tem orgulho de sua fundação que aconteceu em 19 de setembro de 1958. Atualmente o município faz parte da Microrregião de Palmeira dos Índios e da Mesorregião do Agreste Alagoano. Possuindo uma área de 272,98 km2, com a distância de 177 km da capital, Cacimbinhas tem como sua padroeira, Nossa Senhora da Penha, celebrada em 8 de setembro. Com mais de dez mil habitantes, o município conta com atrações, além da festa da padroeira, como Festa de Santos Reis, Baile do Sábado da Aleluia. Forró Fest, emancipação política e ainda o Baile Macabro realizado em novembro. Para quem quer fazer visita turística, a recomendação é a serra do Cruzeiro com a capela de São Francisco e o castelo medieval da fazenda Alfredo Maya.
No início da década de vinte, Cacimbinhas recebia um bando de cangaceiros chefiados por Pedro, um dos famigerados irmãos Porcino, cujo bando abrigou o mais célebre, Lampião. Isso gerou dor de cabeça para o governo que convocou o comissário de Palmeira dos Índios e enviou tropas para Cacimbinhas. Além da década de vinte, Lampião usou Cacimbinhas outras vezes nos anos trinta, pela sua proximidade fronteiriça com Pernambuco. Ali foi sempre a porta de saída de Virgulino que geralmente entrava em Alagoas por Água Branca ou Mata Grande, via Piranhas, saída Cacimbinhas em busca de Bom Conselho (PE), e imediações.
Dizem os historiadores que os primeiros habitantes chegaram por volta de 1830. Após os primeiros habitantes, chegou a Cacimbinhas José Gonzaga que se associou a Clarindo Amorim par a construção da linha do telégrafo, ligando Palmeira dos Índios a Santana do Ipanema. Gonzaga, além desse feito histórico sobre comunicações, criou a primeira feira, com bastante movimento.
Dos tempos da estrada de terra, o que mais me chamava à atenção era a linha do telégrafo margeando a estrada, em cujo tempo de inverno, víamos passarinhos encolhidos sobre o fio. Ainda hoje quando passo entre Cacimbinhas e Palmeira dos Índios, nunca deixei de procurar com a vista os postes históricos e o fio que parece que foram retirados. Por que não estão em um museu municipal em uma das três cidades do trajeto? Aproxima-se o tempo de festa. Cacimbinhas entrou também em dois romances meus ainda inéditos: “Deuses de Mandacaru” e “Fazenda Lajeado”, com os personagens fictícios Né de Zeca e João de Brito, respectivamente. Ah! Mas isso são outras histórias. Bênçãos a CACIMBINHAS.
• Visite também o blog do autor: Clerisvaldo Chagas
Empenhado em nossa organização de livro sobre Virgulino Ferreira da Silva, temos referências várias sobre a nossa tão querida cidade Cacimbinhas. Município alagoano localizado no meio do caminho Santana do Ipanema ─ Palmeira dos Índios, Cacimbinhas foi ponto de descanso e referência de quem transitava do alto Sertão à Maceió e vice-versa. Tempos das estradas de terra, buracos e solavancos, poeira e lama que enganchavam as viagens sertanejas à capital. Originária no sítio Choan, o atual município recebia caçadores de Pernambuco ─ com o qual faz fronteira ─ que acampavam no sítio, nas proximidades de uma cacimba onde havia um limoeiro. Com mais pessoas parando por ali para descanso, outras cacimbas foram cavadas gerando, assim, a denominação do município.
Quem nasce em Cacimbinhas é cacimbense. E quem é cacimbense tem orgulho de sua fundação que aconteceu em 19 de setembro de 1958. Atualmente o município faz parte da Microrregião de Palmeira dos Índios e da Mesorregião do Agreste Alagoano. Possuindo uma área de 272,98 km2, com a distância de 177 km da capital, Cacimbinhas tem como sua padroeira, Nossa Senhora da Penha, celebrada em 8 de setembro. Com mais de dez mil habitantes, o município conta com atrações, além da festa da padroeira, como Festa de Santos Reis, Baile do Sábado da Aleluia. Forró Fest, emancipação política e ainda o Baile Macabro realizado em novembro. Para quem quer fazer visita turística, a recomendação é a serra do Cruzeiro com a capela de São Francisco e o castelo medieval da fazenda Alfredo Maya.
No início da década de vinte, Cacimbinhas recebia um bando de cangaceiros chefiados por Pedro, um dos famigerados irmãos Porcino, cujo bando abrigou o mais célebre, Lampião. Isso gerou dor de cabeça para o governo que convocou o comissário de Palmeira dos Índios e enviou tropas para Cacimbinhas. Além da década de vinte, Lampião usou Cacimbinhas outras vezes nos anos trinta, pela sua proximidade fronteiriça com Pernambuco. Ali foi sempre a porta de saída de Virgulino que geralmente entrava em Alagoas por Água Branca ou Mata Grande, via Piranhas, saída Cacimbinhas em busca de Bom Conselho (PE), e imediações.
Dizem os historiadores que os primeiros habitantes chegaram por volta de 1830. Após os primeiros habitantes, chegou a Cacimbinhas José Gonzaga que se associou a Clarindo Amorim par a construção da linha do telégrafo, ligando Palmeira dos Índios a Santana do Ipanema. Gonzaga, além desse feito histórico sobre comunicações, criou a primeira feira, com bastante movimento.
Dos tempos da estrada de terra, o que mais me chamava à atenção era a linha do telégrafo margeando a estrada, em cujo tempo de inverno, víamos passarinhos encolhidos sobre o fio. Ainda hoje quando passo entre Cacimbinhas e Palmeira dos Índios, nunca deixei de procurar com a vista os postes históricos e o fio que parece que foram retirados. Por que não estão em um museu municipal em uma das três cidades do trajeto? Aproxima-se o tempo de festa. Cacimbinhas entrou também em dois romances meus ainda inéditos: “Deuses de Mandacaru” e “Fazenda Lajeado”, com os personagens fictícios Né de Zeca e João de Brito, respectivamente. Ah! Mas isso são outras histórias. Bênçãos a CACIMBINHAS.
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Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons
Pressaa
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