segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Dirceu vai em cana?! Ruborizem! Mas... de forma politicamente correta! --- Ih! Deu branco! Amarelou geral! Mas teve quem ficasse roxo de raiva!

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24 de agosto de 2013 
“Somos médicos por vocação, não nos interessa um salário, fazemos por amor”, afirmou Nelson Rodrigues, 45.
“Nossa motivação é a solidariedade”, assegurou Milagros Cardenas Lopes, 61
“Viemos para ajudar, colaborar, complementar com os médicos brasileiros”, destacou Cardenas em resposta à suspeita de trabalho escravo. “O salário é suficiente”, complementou Natasha Romero Sanches, 44.
Poucas frases, mas que soam  como se estivessem sendo ditas por seres de outro planeta no Brasil que vivemos.
O que disseram os primeiros médicos cubanos do  grupo, que vem para servir onde médicos brasileiros não querem ir, deveria fazer certos dirigentes da medicina brasileira reduzirem à pequenez de seus sentimentos e à brutalidade de suas vidas, de onde se foi, há muito tempo, qualquer amor à igualdade essencial entre todos os seres humanos.
Porque gente que não se emociona com o sofrimento e a carência de seus semelhantes, gente que se formou, muitas vezes, em escolas de medicina pagas com o imposto que brasileiros miseráveis recolheram sobre sua farinha, seu feijão, sua rala ração, gente que já viu seus concidadãos madrugando em filas, no sereno, para obter um simples atendimento, gente assim não é civilizada, não importa quão bem tratadas sejam suas unhas, penteados os seus cabelos e reluzentes seus carros.
Perto desta negra aí da foto, que para vocês só poderia servir para lavar suas roupas e pajear seus ricos filhinhos, criados para herdar o “negócio” dos pais, vocês nao passam de selvagens, de brutos.
Vocês podem saber quais são as mais recentes drogas, aprendidas nos congressos em locais turísticos, custeados por laboratórios que lhes dão as migalhas do lucro bilionário que têm ao vender remédios. Vocês podem conhecer o último e caro exame de medicina nuclear disponível na praça a quem pode pagar. Vocês podem ser ricos, ou acharem que são, porque de verdade não passam de uma subnobreza deplorável, que acha o máximo ir a Miami.
Mas vocês são lixo perto dessa negra, a Doutora – sim, Doutora, negra, negrinha assim! – Natasha, eu lhes garanto.
Sabem por que? Porque ela é capaz de achar que o que faz é mais importante do que aquilo que ganha, desde que isso seja o suficiente para viver com dignidade material. Porque a dignidade moral ela a tem, em quantidade suficiente para saber que é uma médica, por cem, mil ou um milhão de dólares.
Isso, doutores, os senhores já perderam. E talvez nunca mais voltem a ter, porque isso não se compra, não se vende, não se aluga, como muitos dos senhores, para manter o status de pertencerem ao corpo clínico de um hospital, fazem com seus colegas, para que deem o plantão em seus lugares.
Os senhores não são capazes de fazer um milésimo do que ela faz pelos seres humanos, desembarcando sob sua hostilidade num país estrangeiro, para tratar de gente pobre que os senhores não se dispõem a cuidar nem querem deixar que se cuide.
Os senhores não gritaram, não xingaram nem ameaçaram com polícia aos Roger Abdelmassih, o estuprador, nem contra o infeliz que extorquiu R$ 1.200 para fazer o parto de uma adolescente pobre, nem contra os doutores dos dedos de silicone, nem contra os espertalhões da maternidade paulista cuja única atividade era bater o ponto.
Eles não os ameaçaram, ameaçaram apenas aos pobres do Brasil.
Estes aí, sim, estes os ameaçam. Ameaçam a aceitação do que vocês se tornaram, porque deixaram que a aspiração normal e justa de receber por seu trabalho se tornasse maior do que a finalidade deste próprio trabalho, porque o trabalho é um bem social e coletivo, ou então vira mero negócio mercantil.
É isto que estes médicos cubanos representam de ameaça: reduzir o egoísmo, o consumismo, o mercantilismo ao seu tamanho, a algo que não é e nem pode ser o tamanho da civilização humana.
Aliás, é isso que Cuba, há quase 55 anos, representa.
Um país minúsculo, cheio de carências, que é capaz de dar a mão dos médicos a este gigante brasileiro.
E daí que eles exportem médicos como fonte de receita? Nós não exportamos nossos meninos para jogar futebol? O que deu mais trabalho, mais investimento, o que agregou mais valor a um país: escolas de medicina ou esteiras rolantes para exportar seus minérios?
É por isso que o velhíssimo Fidel Castro encarna muito mais a juventude que estes yuppies coxinhas, cuja vida sem causa  cabe toda dentro de um cartão de crédito.
Eu agradeço à Doutora Natasha.
Ela me lembrou, singelamente, que o coração é algo muito maior do que aquele volume que aparece, sombrio, nas tantas ressonâncias, tomografias e cateterismos porque passei nos últimos meses.
Ele é o centro do progresso humano, mais do que o cérebro, porque é ele quem dá o norte, o sentido, o rumo dos pensamentos e da vida.
Porque, do contrário, o saber vira arrogância e os sentimentos, indiferença.
E o coração, como na música de Mercedes Sosa, é apenas una mala palabra.
Por: Fernando Brito

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Uma pessoa ou entidade negra afirmar politicamente a própria identidade para se contrapor ao preconceito ou reivindicar direitos negados em função da negritude é uma coisa. Outra totalmente diferente é ressaltar a negritude de alguém para tecer comentários técnicos, políticos ou éticos sobre essa pessoa. Isso é um erro.
Acho que o texto poderia simplesmente ressaltar a maior equidade cubana entre a composição social do país e o corpo médico em contraposição ao que acontece no Brasil, onde só depois das cotas estamos começando a ver um maior contingente de negros formados em medicina, mas há aí muitas outras variáveis quanto ao cenário daqui e o de lá.
Acho que será interessante para amplos setores pobres e marginalizados se reconhecerem nos médicos que irão atendê-los, mas o modo como o texto trata disso é simplório e mal disfarça um elitismo próprio atribuído a um outro.
Vejo com bons olhos a importação de médicos, ainda que tenha muitas críticas à forma como ele foi pensado e o quanto esconde déficits na saúde pública, mas estou assustado - não surpreso - com a reação da "classe médica". O presidente do CRM-MG quase sugeriu omissão de socorro aos pacientes que forem mal atendidos pelos estrangeiros (já pressupondo levianamente um mal atendimento).
O programa "Mais Médicos" está expondo várias contradições do Estado e das políticas públicas no Brasil, mas está expondo ainda mais o poder do mercado sobre direitos sociais básicos, como a saúde e os problemas éticos decorrentes na formação dos médicos brasileiros. No mais, acredito na solidariedade assumida nos discursos dos médicos cubanos, mas como funcionários do Estado, que estabelece uma série de condições para enviá-los e mantê-los, sei que tais discursos estão afinados com os interesses desse Estado.
O que importa é que as populações desassistidas pelo Estado brasileiro e pela classe médica tenham mais acesso aos serviços de saúde. Depois do "Mais Médicos", espero que tenhamos "Mais hospitais""Mais infra-estrutura" e "Menos Filas".  Espero também que o Estado cuide da saúde integral da população e não apenas das suas doenças. Alimentação, transporte, saneamento, educação e renda é tudo em conjunto uma questão de saúde pública. Mais médicos sim, mas com seriedade no debate, sem simplificações, má fé ou ingenuidade.
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A equipe que faz esta nossa Agência Assaz Atroz acredita que, se Paulo Henrique Amorim leu o artigo que se segue, deve ter dado um branco (epa!) nesse crioulo doido da Record!

"Negro de alma branca" e os demônios de cada um de nós






Quem são e o que pensam os médicos cubanos

Luiz Carlos Pinto - Especial para a Carta Maior 

Recife – Millar Castillo, Milagros Gardenas, Natasha Sanches, Wilma Salmora Louis, Rodovaldo Santos e até um Nelson Rodrigues. Os primeiros profissionais da saúde cubanos a pisar em solo brasileiro para trabalhar no programa Mais Médicos, do governo federal, possuem um perfil muito definido. Os médicos que atenderão amplas parcelas da população pobre brasileira têm entre 41 e 50 anos, possuem filhos adultos empregados ou fazendo algum curso superior em uma das instituições de ensino cubanas, mais de 16 anos de carreira médica, mestrado ou pós-graduação concluídos – inclusive na área de administração hospitalar –, experiência em zonas de conflito ou de países com baixos índices de desenvolvimento humano (IDH) na América Latina, África e Ásia. São características de um perfil que também contraria certa expectativa por médicos jovens, filhos ou netos de outros profissionais da saúde – uma tradição presente na cultura brasileira, por exemplo. Nenhum dos doutores com os quais Carta Maior conversou é filho ou neto de médicos. 

(...)

Bandeira na mão - Durante todo o tempo em que permaneceu no aeroporto de Recife para a entrevista coletiva com a imprensa, no último sábado (23), a médica da família Milagres Cardena (24 anos de profissão) não soltou a bandeira de um metro e meio por 50 cm de seu país, que trazia estendida à frente do corpo por onde passasse. Na mão esquerda, segurava uma bandeirola do Brasil, e tinha na ponta da língua uma afirmação que parece condensar o sentimento comum dos colegas de vôo. “Viemos para ajudar, colaborar, complementar, aprender com os médicos brasileiros no atendimento básico da população carente desse grande país”.
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De André Lux, colaborador-correspondente da PressAA:



Veja já foi favorável à vinda de médicos cubanos..

Quando FHC era presidente e Serra ministro, Veja apoiava médicos cubanos

(Para ler completo, clique no título)
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(informações de rodapé e outras que talvez você não tenha visto)
De: Paulo Dantas

PROPINODUTO TUCANO DENUNCIADO PELA SIEMENS É O MESMO QUE FOI INVESTIGADO PELA PF NA OPERAÇÃO CASTELO DE AREIA

BANQUEIRO DO PROPINODUTO TUCANO VENDE "AP LUXUOSO", COM PREÇO BEM ABAIXO DO MERCADO, PARA FHC

Nassif (do Jornal GGN)


O dono do banco onde estava a conta “Marília” – que abastecia o propinoduto da Siemens, no cartel dos trens de São Paulo – é a mesma pessoa que vendeu o apartamento adquirido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, logo que deixou a presidência. E é um veterano conselheiro de políticos. Trata-se do banqueiro Edmundo Safdié. Em 2006, tornou-se réu, acusado de lavagem de dinheiro do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, incurso na Ação Pena Pública no. 2004.61.81.004588-1, que tramita em segredo de Justiça. 

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Sem licitação, Alckmin compra armas de destruição em massa

publicado em 25 de agosto de 2013 

Deu (no bom sentido) no Diário Oficial do Estado de São Paulo:




Leia também:


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Deu no jornal O Estado de São Paulo, o Estacão, que está morrendo de pena do povo carioca; e está dando no 2 + 4 + 7 = 13, azar o seu:



CONTRA DESGASTES, CABRAL GASTA 240% MAIS COM MÍDIA

:
Com popularidade em rasos 12% [segundo fontes fidedignas de pena] (CNI/Ibope), governador triplica verba para divulgar obras; até o fim de julho, os empenhos apenas para propaganda [sem obra?!] somavam R$ 76,9 milhões; desde 2007, o governo Cabral, eleito com discurso de crítica ao excesso de anúncios oficiais, empenhou quase R$ 1 bilhão para agências de publicidade; assessoria afirma que aumento é normal
24 DE AGOSTO DE 2013 

Rio247- A onda de protestos no Rio de Janeiro que aniquilou a popularidade do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) [só não aniquilou Alckmin] acabou por fermentar as verbas estaduais com propaganda. Em julho, o governo empenhou um total de R$ 27,9 milhões para publicidade. É mais de 240% além da média dos gastos dos seis meses anteriores para o mesmo fim, mostra levantamento do jornal O Estado de S. Paulo [morrendo de pena do povo carioca]  na execução orçamentária do Tesouro Fluminense.
Em reportagem veiculada na edição deste sábado (24), o Estado relata que no mês seguinte aos protestos de junho, que derrubou a popularidade de Cabral a rasos 12% (CNI/Ibope), o dinheiro público reservado a divulgar suas ações mais que dobrou. Até o fim de julho, os empenhos apenas para propaganda somavam R$ 76,9 milhões.
(Clique no título para ler sacanagem completa)
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Propaganda eleitoral, 2010, no Estacão:




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Política [Vale-Tudo para vencer Dilma]:

Mauricio Dias: Marina sai do páreo, Serra entra

publicado em 23 de agosto de 2013

Mauricio Dias: Talvez o ex-governador deixe de ser tucano; já a candidatura da ex-ministra parece impossível

por Mauricio Dias, em CartaCapital, encaminhado via e-mail por Julio Cesar Macedo Amorim

Parece definida a situação de Marina Silva em relação à eleição presidencial de 2014. Como não há mais tempo hábil para cumprir as exigências legais para a Rede Sustentabilidade formalizar o registro junto ao TSE, ela não tem opção. Fica fora da competição ou, até o dia 4 de outubro, põe o pé no estribo do primeiro bonde que passar. No entanto, Marina tornou proibido falar em “plano B”.

Não há espaço para ela no PSOL. Não há como retornar ao PV, com o qual rompeu após disputar a eleição de 2010 e “arrancar” quase 20 milhões de votos. Talvez ela seja bem recebida no PPS, que tem como preferência, no entnato, a adesão de José Serra, caso ele decida dar adeus ao PSDB.

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Alckmin joga no lixo maquete da ponte Santos-Guarujá que Serra inaugurou



Antes da bolinha de papel, a maquete da ponte. Ele é um jenio

O Estadão é o mais despudorado do PiG (*), segundo notável trabalho de Maria Inês Nassif, que estudou “o papel sujo do PiG na eleição de 2002, sempre a serviço do Cerra e dos bancos”.

O Estadão partiu dessa para melhor – o Estadão não noticia fatos.

O Estadão editorializa fatos.

O Estadão não trabalha com fatos.

A matéria prima do Estadão é celulose e opinião – o Golpe.

No mesmo trabalho, Nassif mostra que a Folha (**) é especialista em “sensacionalização da declaração” – desde que em beneficio do Cerra ou dos bancos.

Hoje, diz o Estadão, escondido num obscuro caderno “Metrópole”: Alckmin congela R$ 3,6 bi em obras (do Cerra – PHA), incluindo a duplicação da Tamoios”.

Quer dizer, enquanto a JK de saias, a presidenta pisa no acelerador e vai gastar R$ 40 bi só no PAC – II, os tucanos de São Paulo andam pra trás.

Se somar o PAC I ao PAC II, a presidenta vai ter uma obra para inaugurar toda terça-feira.

A duplicação da rodovia dos Tamoios o próprio Alckmin prometeu na campanha eleitoral.

O mais interessante, porém, amigo navegante, é o destino que Alckmin deu à ponte Santos-Guarujá: a lata do lixo.

O projeto foi anunciado há 47 anos, confessa o Estadão.

Apesar disso, em março do ano passado, o Padim Pade Cerra produziu um marco na história do marketing eleitoral (em que ele e o Gonzalez são especialistas): inaugurou uma maquete.

A maquete da ponte.

Alckmin dá a Cerra o que recebeu de Cerra.

A “reavaliação de contratos e prioridades”.

Ou seja, o Alckmin vai tirar o Paulo Preto das costas dele.

Toma que o Paulo Preto é teu (e do Aloysio 300 mil).

Quando tomou posse, o Governador Cerra (que não fez uma obra de cimento e tijolo em todo o Governo) anunciou que ia rever os contratos e as prioridades do antecessor, o Alckmin.

Quem com tucano fere, com tucano será ferido.

A presidenta poderia aproveitar o embalo e cancelar a obra daquele cano que o Cerra ia construir de Sergipe ao Ceará.

Amigo navegante, não fosse o PiG (*), esse tucanos de São Paulo não passavam de Resende.


Paulo Henrique Amorim

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Transparência é sine qua non em todo negócio público. Uma das formas de garanti-la é a licitação, quase sempre obrigatória. Mesmo nas situações excepcionais em que é dispensável, o contrato da minuta tem de estar disponível, on-line, para consulta. O descumprimento dessas normas tem de ser denunciado, é óbvio.

Rápida busca no Google revela que denúncias nesse setor (às vezes improcedentes) geralmente ganham destaque na velha mídia quando envolve pessoas e órgãos ligados ao governo federal ou aos aliados da base de sustentação do presidente Lula.

Essa mesma mídia, no entanto, silencia sobre as benesses que recebe da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SEE-SP), via Fundação para Desenvolvimento da Educação (FDE), pela venda de apostilas, jornais, revistas, livros.

“Desde 2004, especialmente de 2007/2008 em diante, a FDE pagou no mínimo R$ 250 milhões (R$ 248.653.370,27) [valores não corrigidos] à Abril, Folha, Estadão, Globo/Fundação Roberto Marinho”, denuncia NaMaria, do NaMaria News , ao Viomundo. “A maioria sem licitação.”

“As vendas maciças desse papelório à FDE coincidem com o apoio crescente da mídia à candidatura José Serra e apoio ao PDSB”, observa NaMaria. “As publicações são apenas cortina de fumaça. Uma desculpa perfeita, pois com dinheiro do FNDE podem-se comprar tais coisas. Porém, o que a FDE comprou, de verdade, foi a palavra nesses espaços.”

“Em São Paulo, à custa da educação pública estão se construindo inúteis ‘escolas de papel’”, nota NaMaria. “Afinal, esse papelório é dispensável e o destino, o lixo. Quem não se lembra dos Cadernos do Aluno, caríssimos, feitos em editoras como a Plural (da Folha), Ibep, Posigraf, FTD, que foram encontrados em caçambas de lixo, e dos que tinham o mapa da América do Sul com dois Paraguais?”

“Quase todo o dinheiro da compra de jornais, revistas, apostilas, inclusive daquelas mochilas que o Serra alardeia nas propagandas, vem do FNDE”, revela NaMaria. “Mas a SEE-SP e a FDE omitem, fazem bonito com os donos da mídia com o chapéu do governo federal. As compras estão dentro da lei, mas será que são relevantes?”

Por exemplo, para a Editora Abril/FundaçãoVictor Civita foram entregues R$ 52.014.101,20 para comprar 4.543.401 exemplares de diferentes publicações. Com esse dinheiro, poderiam ser construídas quase 13 escolas ou 152 salas de aula novinhas, com capacidade para mais de 15 mil alunos nos três períodos – considerando que uma escola com 12 salas custe R$ 4,1 milhões e cada sala cerca de R$340 mil.

FNDE é o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, vinculado ao Ministério da Educação e Cultura (MEC). A FDE-SP, criada para cuidar da construção e infraestrutura escolar, cresceu demais, adquiriu poderes imensos, virou um buraco negro. Exceto a folha de pagamento, passa por aí desde o dinheiro para a compra de papel higiênico (suprimentos), merenda, material didático, mobiliário escolar, kits escolares (mochila, cadernos etc.), projetos pedagógicos, capacitações até o destinado para aquisição de computadores e softwares.

“A FDE sequer publica no Diário Oficial (DO) a justificativa de suas compras que dispensam de licitação”, condena NaMaria. “Até hoje encontrei poucas. Por exemplo: assinaturas do Diário Oficial, feitas pelas Diretorias de Ensino, locações de imóveis, serviços emergenciais de limpeza escolar. Mesmo assim incompletas. Outras secretarias até publicam, a Educação, não. Não é piada?”

O NaMaria News existe há um ano e meio. A “dona” é uma web-pesquisadora muito dedicada e competente, com faro finíssimo para descobrir desmandos na educação pública, principalmente os praticados pelo PSDB de São Paulo. A veracidade e excelência do seu trabalho são tamanhas que NaMaria hoje é referência.

NaMaria é uma só. Mas, por meio das redes, vira uma legião capaz de chegar a qualquer canto do Brasil. Por isso, neste segundo turno da eleição presidencial, o Viomundo entrevistou-a, para entender melhor os meandros dos negócios dos tucanos na área educacional.

Afinal, a Secretaria da Educação Estadual de São Paulo é uma das maiores empresas públicas do mundo: tem 4.449.689 de alunos (matrículas 2009), 278.443 professores ativos e execução orçamentária recorde em 2009 de R$ 1.9 bilhão.

Para ler a íntegra da reportagem, clique aqui.

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É Bom para o Moral

Rita Cadillac


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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons
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PressAA



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