sábado, 14 de setembro de 2013

Dilma explica a Obama: "Gossip, no Brasil, é noticioso que cospe no prato que come" --- Brasil: Oportunidade tecnológica --- China: falsificações bizarras

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Barack Obama conversa com Dilma Rousseff na cúpula do G20, na Rússia; encontro entre os dois aconteceu no início de setembro

14/09/2013 

Dilma não deve ir a encontro com Obama

MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA

A presidente Dilma Rousseff deve cancelar a reunião com o presidente americano Barack Obama, marcada para ocorrer no dia 23 de outubro.

A decisão, que ela já estava propensa a tomar, foi reforçada ontem, depois de um encontro que a petista teve com o conselho político informal com o qual costuma se reunir regularmente.

Fazem parte do grupo o ex-presidente Lula, o presidente do PT, Rui Falcão, o ex-ministro Franklin Martins, da Comunicação, e o publicitário João Santana, que se reuniram com Dilma ontem em Brasília na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência.

Praticamente todos manifestaram a opinião de que a presidente deveria abortar a viagem aos EUA. O país espionou o Brasil e comunicações da própria presidente com auxiliares. Até agora, não pediu desculpas, não deu explicações convincentes e até deu a entender que manteria a prática de monitorar o país.

De acordo com um auxiliar direto de Dilma, ela ainda terá uma conversa com o chanceler Luiz Alberto Figueiredo antes de sacramentar e anunciar a decisão.

Ele esteve nesta semana em Washington para uma reunião com representantes do governo Obama e deve fazer um relato mais detalhado da conversa à presidente.

Mas a possibilidade de Dilma manter a reunião, a essa altura, é extremamente remota, de acordo com o mesmo auxiliar. "Ela já queria cancelar a viagem e está praticamente decidida. A não ser que os EUA apresentem alguma explicação clara, o que até agora não ocorreu".
Para que a presidente mantivesse o encontro, "seria preciso o Obama vir ao Brasil pedir desculpas, ou algo equivalente", nas palavras do interlocutor de Dilma com quem a Folha checou a informação.
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Dilma confirma viagem a EUA para abrir Assembleia da ONU



Dilma inaugurou hoje terminal de GLP da Petrobras, no Rio  Foto: Daniel Ramalho / Terra
Dilma inaugurou hoje terminal de GLP da Petrobras, no Rio 
Foto: Daniel Ramalho / Terra

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, usou a ironia para comentar sua viagem aos Estados Unidos prevista para 23 de outubro, alimentando especulações a respeito do cancelamento de sua visita ao país americano em resposta ao escândalo de espionagem de mensagens do Palácio do Planalto e da Petrobras. Ao ser perguntada ontem por um jornalista sobre sua ida a Washington, Dilma respondeu, sorridente: "Minha viagem aos Estados Unidos? Que viagem?". As informações são da Agência Ansa.
Porém, nesta quarta-feira, Dilma confirmou que viajará aos EUA, mas em setembro, para abrir a Assembleia Geral das Nações Unidas. "Dia 23 eu abro a Assembleia Geral da ONU", disse Dilma, após cerimônia no Estaleiro Inhaúma, na região portuária do Caju, no Rio.
(Para ler completo, clique no título)
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MENSALÃO E SUPREMO: O TEATRO DOS VOTOS





Jean Menezes de Aguiar

JEAN MENEZES DE AGUIAR
Análise bem humorada, ou nem tanto, da semana no STF e uma homenagem ao querido e inesquecível Mussum
O que os votos dos juízes do Supremo Tribunal Federal "são"? O que escondem? O que observadores atentos conseguem perceber? Estas questões são legítimas a intérpretes de fatos sociais. O STF fez uma opção até discutível, diga-se de passagem, quando resolveu entregar à sociedade suas entranhas pela TV. Permitiu ser analisado, discutido, criticado, elogiado e odiado. É o preço pela opção da fama buscada. Ou como querem alguns: transparência.
O racha que se estabeleceu no julgamento relativo à ação penal 470, vulgo Mensalão, nas sessões de 11 e 12.9.13, talvez nem seja mais jurídico. Mas personalista, ideológico, arrogancial, duelar, exibicionista, cênico e quase patético se não fosse trágico. Mas observe, não há uma infâmia nisso, mas apenas uma natural verificação da essência humana, geral e própria de todos nós. Sim, o patético somos nós, não os leões ou elefantes. Eles vivem, comem, transam, dormem e morrem. Não inventam coisas. Nós temos Einstein. Ou Toffoli. Os "lindos" somos nós.
No Mensalão discute-se direito e as ciências antiga da interpretação e moderna da ponderação. Conceitos como derrogação, preclusão consumativa, diferenças epistemológicas entre dispositivo, ementa e fundamentação de voto. Tudo isso tem sido tempero no banquete televisivo para os ávidos. Mas há uma aura mímica, jactanciosa, nem sequer disfarçada. Certamente a fogueira de vaidade do Supremo – dizem que ela existe – nunca teve seu fogo tão alto como neste setembro de 2013. Mas isto também nos pertence. Não cerceie a minha vaidade. Não ouse.
Os votos ministeriais podem ser divididos ou classificados em grupos. Os que defendem os embargos infringentes, foram sonoramente recatados e, talvez mais preocupados com uma demonstração "metodológica". Científicos? Não se pode parcializar assim a divisão. Mas a teatralização cênica, perdoe-se o pleonasmo, esteve muito mais no lado contrário, com Fux, Mendes e Marco Aurélio.
Barroso deu uma aula, empregou ciência, foi paciente e didático. Mesmo quando "xingado" de "novato" por Marco Aurélio, após Gilmar Mendes mostrar-se preocupado "mais" (?) com as ruas e imprensa do que com o Direito, Barroso foi cirúrgico e de uma firmeza talvez irritante para seu opositor. Começou a falar e não parou, só parou quando quis, mesmo com sua voz de garoto. Disse que em hipótese alguma votaria preocupado com as ruas e com os jornais. Barroso deu um direto no queixo de um Gilmar Mendes rotatório na cadeira, totalmente teatral e exibindo uma zanga jurídica de última hora. Mendes calou, murchou. Mendes não falou nada. Quem o defendeu foi o próprio Marco Aurélio que "tentou" dizer que vota, sim, preocupado com "a sociedade". Surfou. Então tá.
Os que apoiam Joaquim Barbosa pareciam não defender uma tese, mas atacar a tese adversária. Fux em sudorese gesticulava e tentava se ver livre do próprio colarinho a la Fux que, ao que parece, mostrou-se seu grande inimigo. Aparentemente nervoso e irritado, com seu sotaque praiano de eterno garotão, atirou para todos os lados. Mas não chegou a ter o padrão metodológico de Barroso. Seus fãs pediram a aula de processo, ele não deu. Até agora continua invencível na serenidade de desmontar pontualmente os 7 argumentos de Joaquim Barbosa o "novato". Se Luís Roberto Barroso foi modesto e "científico", seus adversários foram "grandiosos", em volume e gestos.
É claro que um voto jurídico não se mede pela linguagem corporal. Mas que esta linguagem é valiosa para intérpretes que a conhecem, não resta a menor dúvida. Aquelas várias vezes que Fux tirou o lenço do bolso para enxugar o suor em seu inexistente bigode perpassariam um nível de nervoso e ansiedade inequívocas a um negociador treinado e com olhar fixo no outro, como a cobra olha o sapo, numa mesa de Negociação.
Meio paralelamente a tudo via-se um Marco Aurélio "tranquilão", às vezes quase-risonho. Como se estivesse à beira da piscina do Copa, no Rio, com uma caipirinha na mão esperando a sua vez de atirar o dardo no alvo. Não se deixou "abater" e manteve seu discurso um tanto quanto pensativo-arrogancial com as últimas sílabas prolongadas para dar um efeito fonoaudiológico de saída exagerada de ar – a sua marca-. A impressão era de um Marco Aurélio bon vivant - a 3 anos da relativa jovem aposentadoria – se divertindo, um pouco, e tendo que se mostrar totalmente compenetrado. Ah se não fosse a TV.
Os ministros do Supremo Tribunal Federal agora "pop", biguibroderizado, se tornaram nossas propriedades. Entraram em nossas casas, botecos e cozinhas. São os Tarcísios Meiras do Judiciário do século 21. E quando se aposentarem, serão os primeiros ministros aposentados "da TV". Deixarão saudade.
No plano menos antropológico da análise e mais jurídico há nuanças. Os que defendem Joaquim Barbosa mostraram-se mais preocupados com 1) uma resposta à sociedade e imprensa; 2) a segurança jurídica sistêmica e em prol do Judiciário; 3) a fixação da duração do processo como ditame constitucional de sua finitude e não eternização; 4) a imagem que o Supremo pode vir a desafiar se não acabar o processo rapidamente; 5) as cinquenta sessões como prova de exaustão processual em busca de o que em Direito se chama "verdade real".
Os contrários a Joaquim Barbosa, defendendo os embargos infringentes para os réus se mostraram mais preocupados com: 1) a liberdade como valor máximo do homem que precisa ser discutida até uma certeza mínima que não reste grandes dúvidas; 2) o risco que é se cercear um recurso num processo de índole penal em que a liberdade é o objeto e o processo não teve recurso.
Outros temas houve, derrogação, análises comparativas de lei e Corte Interamericana de Direitos Humanos. Mas como se pode "tentar" buscar uma análise minimamente isenta, à luz da Constituição da República, para esses dois lados acima, o primeiro até com maior "quantidade" de argumentos?
O grande ponto, de todos, todos eles, que deveria estar sendo muito enfatizado é apenas um: a liberdade. Enquanto houver uma divisão tão profunda, tanto no plano processual quanto no material, mandar-se para a cadeia "porque está de bom tamanho" será açodado. Ou louco mesmo.
Não se pode lidar assim com a liberdade. Aqui pode estar o único e, reconheça-se, "pequeno" defeito que inferioriza o lado favorável a Barbosa. Estão solapando a discussão da liberdade. Isto em uma época de Constituição da República de 1988, que quem pertence ao Direito sabe o que é, e influenciou todos os direitos a lhes aceitar princípios absolutos e inegociáveis.
A sociedade em geral, e se o diz com profundo respeito, não tecnicamente afeita ao mundo jurídico e constitucional modernos, tem todo direito de "opinar", como queira. Mas tem o dever de confiar que, justamente esta discussão com o nível de cisão verificada, está a qualificar o Supremo. Parece que o decano julgará a favor dos embargos infringentes. Só ele pode "salvar" o Supremo a favor do princípio constitucional maior: a dignidade da pessoa humana. O resto é cena e teatro.
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Coluna Econômica - 13/9/2013

Há dois setores nos quais o Brasil poderá montar estratégicas competitivas de inovação, graças ao mercado interno, ao poder de compra do Estado e a parceria com institutos de pesquisa: fármacos e cadeia de petróleo e gás.

A opinião é de João Negri, diretor de Inovação da Finep (Financiadora de Estudos e Pesquisa), no seminário sobre as cadeias de pesquisa do setor, promovido pela Brasilianas.

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No caso de petróleo e gás, a Petrobras costuma se comparar à NASA e ao desafio de colocar o homem na lua. São desafios tecnológicos intensos, de equipamentos resistentes a condições extremas de temperatura e pressão, exigindo o  desafio de novos materiais, nanotecnologia, engenharia, colocando-a na fronteira da tecnologia no mundo. E não pode errar.

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Em países como o Brasil, com determinado nível de renda mídia, explica Negri, não se conseguem saltos na produtividade per capita, como ocorre nos grandes movimentos de urbanização ou de migração da mão-de-obra de setores estagnados para outros mais dinâmicos.

O grande desafio, então, passa a ser ganhar produtividade através da tecnologia e inovação.

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Negri identifica dois modelos de política econômica  adotados no país.

A tradição da política econômica do período 1950-1970 era o da criação de um ambiente protegido, no qual fatores como custo não contavam. E onde, também, havia os bónus de produtividade, na urbanização e na industrialização inicial.

Nos anos 90, muda-se a linha e economistas julgam que se poderia reorganizar a economia a partir da abertura e da integração internacional, aumentando a competição e proporcionando ganhos maiores de produtividade.

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Nem a tradição dos anos 50/70 nem dos anos 90 dão conta de responder porque economia brasileira não ganha em produtividade, diz ele. A razão de fundo é a falta de domínio dos tecnologias críticas e chaves em diversos segmentos.

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E ai se entra pela janela de oportunidade proporcionada pelo pré-sal. Nesse ponto, Negri levanta alguns pontos relevantes, questões pouco enfrentadas por sucessivas políticas públicas: não se conseguirá desenvolvimento próprio de tecnologia se não for com empresas de capital nacional.

De fato, nos últimos anos há um deslumbramento com os grandes centros de pesquisa de multinacionais implantados especialmente no Fundão.. Em geral, considera-se que os ganhos do país se dão por formas indiretas, na qualificação de técnicos, em alguma melhoria da cadeia produtiva.

É pouco, segundo Negri.

Se se quiser tecnologia autônoma, que permita desenvolver grandes fornecedores globais, há que se ancorar o desenvolvimento em empresas nacionais. Foi assim na Noruega - considerada o grande modelo de desenvolvimento petrolífero. É assim nos estudos de Michael Porter, o maior industrialista contemporâneo

Em 2003, uma empresa norueguesa, a Aker Solution, estava prestes a ser adquirida por outra norte-americana. O próprio governo norueguês interveio, adquirindo parte do capital da empresa para impedir sua desnacionalização.

A grande oportunidade que se abre para a tecnologia nacional é que as dificuldades do pre-sal são de novas e nenhuma empresa estrangeira tem domínio sobre a tecnologia. Haverá, então, o aprendizado para desenvolver equipamentos e produtos.

É esse desafio que não pode ser desperdiçado.

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12 Setembro 2013

Segundo dados do IBGE, as vendas no comércio brasileiro tiveram alta de 1,9% em julho ante junho e registraram elevação de 6,0% em relação a igual mês de 2012

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Retrospectiva PressAA:



O ano de 2008 começou promissor e parecia que o Brasil iria brilhar em meio a um cenário internacional favorável. Entre abril e maio, o país recebeu de três fontes diferentes o tão sonhado grau de investimento (o que significa baixo risco para aplicações de estrangeiros).

Primeiro, em 30 de abril, foi a agência de avaliação de risco Standard & PoorŽs. Menos de um mês depois, a agência canadense DBRS tomou a mesma decisão. No dia seguinte, a Fitch também concedeu o grau de investimento.

Com a boa notícia, a Bovespa bateu sucessivos recordes de pontuação, chegando a 73.516,8 pontos em 20 de maio. Mas o tempo virou e, cinco meses mais tarde, em outubro, a Bolsa foi jogada abaixo dos 30 mil pontos.

A causa da virada foi a derrocada financeira global, que sacudiu a economia de todos os países em 2008 e teve início nos EUA um ano antes, com a crise do "subprime", como é chamada a modalidade de empréstimos de segunda linha no país. 

Apesar da crise, Petrobras colocará em operação nove plataformas entre 2009 e 2013

02/01/2009 

Nielmar de Oliveira

da Agência Brasil

Apesar da crise financeira internacional e do conseqüente adiamento da divulgação do Plano de Negócios da Petrobras para o período 2009/2013, a estatal manterá o ritmo de investimento, em 2009, contratando, construindo, e colocando em produção 20 plataformas nos próximos anos, segundo informações da Agência Brasil.

De acordo com a Agência, dessas, nove deverão começar a operar entre 2009 e 2013.

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Petrobras colocará em operação seis novas plataformas em 2013

RAMONA ORDOÑEZ 
Publicado: 

  • Capacidade das unidades é de 840 mil barris por dia
  • Produção vai compensar redução em outras plataformas


  • Navio-plataforma Cidade de São Paulo terá capacidade para 120 mil barris diários Foto: Divulgação / Petrobras

    Navio-plataforma Cidade de São Paulo terá capacidade para 120 mil barris diáriosDIVULGAÇÃO / PETROBRAS

    RIO – A Petrobras colocará em operação no próximo ano seis plataformas, que acrescentarão cerca de 840 mil barris de petróleo à capacidade atual da companhia. Segundo a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, três delas – a P-63, P-55 e a P-61 – são de produção única da companhia. Outras três – Cidade de São Paulo, Cidade de itajaí, e Cidade de Paraty – serão instaladas em campos do pré-sal, na Bacia de Santos, e parte da produção será dos parceiros da Petrobras nos blocos.

    — Vão entrar essas seis unidades novas de produção e a produção da Petrobras de terceiros vai aumentar bastante — disse Graça Foster.

    Destaque dos comentários:


    Carlos Henrique Xavier dos Santos 
    Atenção, paulistada. Bacia de Santos aí não significa Bacia "em" Santos; 80% dos poços da Bacia de Santos ficam em litoral do Rio de Janeiro (o poço de Tupi, o maior do Brasil, fica a 350km da praia de Copacabana em linha reta). Logo, quando o Rio se tornar um país, essa riqueza é somente para o povo fluminense! RIO DE JANEIRO INDEPENDENTE! O PETRÓLEO É NOSSO, O PETRÓLEO É DO RIO!

    (Para ler matérias, clique nos títulos)

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    Foi concluído hoje (13/5), na Baía da Ilha Grande (RJ), o deck mating da P-61, primeira plataforma do tipo TLWP (Tension Leg Wellhead Platform) construída no Brasil. O deck mating é uma operação para unir o casco ao convés da unidade. A construção da P-61 entra agora na reta final. Após a fase de integração, será instalada no campo de Papa-Terra, na Bacia de Campos. 

    O casco foi construído no Estaleiro BrasFELS, em Angra dos Reis (RJ), e a P-61 será nossa primeira plataforma TLWP. Esse tipo de unidade de produção é semelhante a uma semi-submersível, mas usa tendões verticais para a sua ancoragem, ao invés das linhas de ancoragem padrão. Essa tecnologia faz com a que a plataforma tenha uma baixa amplitude de movimentos, permitindo que as árvores de natal (equipamentos de controle na cabeça dos poços) sejam secas e instaladas no convés da TLWP, ao invés de submarinas, como nas plataformas do tipo SS (Semi-submersíveis) e FPSO (sigla em inglês que significa plataforma que produz, processa, armazena e escoa petróleo). 

    O Deck Mating 

    A operação de Deck Mating teve início no dia 2 de maio, quando o casco da P-61 saiu do estaleiro e foi rebocado e ancorado na baía de Ilha Grande, onde foram realizados vários testes de submersão. Durante a operação, o casco foi submergido e o convés foi transportado sobre uma balsa e posicionado sobre o casco. Com uma gradativa e controlada perda de lastro, o casco emergiu e levantou o convés até que balsa fosse retirada. Após as manobras, o convés foi acoplado ao casco definitivamente. 

    A P-61 será instalada no campo de Papa-Terra, no pós-sal da Bacia de Campos, e vai operar em conjunto com a P-63, que está sendo construída em Rio Grande (RS). A capacidade de produção do campo de Papa-Terra é de 140 mil barris diários e tem a participação de 62,5% da Petrobras como operadora e 37,5% em parceria com a Chevron. 



    18 de junho de 2013


    O navio-plataforma P-63 saiu nesta terça-feira (18/06), do Canteiro Quip/Honório Bicalho, na cidade de Rio Grande (RS), após serem concluídos os serviços de integração dos módulos e comissionamento da plataforma. A P-63 está entre as novas unidades que entrarão em operação em 2013, contribuindo para o aumento da produção de petróleo e o alcance da nossa meta de produção de 2,75 milhões de barris por dia, prevista para 2017. Com capacidade para processar 140 mil barris/dia de óleo e comprimir 1 milhão de m3/dia de gás, a unidade irá para o campo de Papa-Terra, no pós-sal da Bacia de Campos, que operamos (62,5%) em parceria com a Chevron (37,5%). A P-63 foi convertida em um FPSO a partir do navio-tanque BW Nisa, no Estaleiro Cosco, na China. A unidade chegou ao Brasil em janeiro deste ano para passar pelas últimas etapas de construção. Ao todo foram instalados e interligados 23 módulos da planta de processo. Os serviços  executados pelo consórcio formado pela Quip (Queiroz Galvão, UTC, Iesa e Camargo Correa) e a BWOffshore empregaram, no pico das obras, cerca de 1.500 trabalhadores. O FPSO P-63 atuará junto à plataforma P-61, primeira do tipo TLWP (Tension Leg Wellhead Plataform) construída no Brasil, que está em fase final de obra em Angra dos Reis (RJ). As unidades compõem o Projeto Papa-Terra, que prevê a perfuração, completação e interligação das unidades a 30 poços produtores de petróleo. Toda a produção da P-61 será transferida para o FPSO P-63, responsável pelo processamento, armazenamento e transferência do óleo extraído. Em função da necessidade de alteração do layout submarino dos poços, para atendimento a condicionantes do processo de licenciamento ambiental, serão realizadas obras complementares na P-63 na Ilha de Santana, em Macaé (RJ). 

    Dados Técnicos - Dimensões do casco (compr. x larg. x alt.): 340 m x 58 m x 28 m - Acomodações: para 110 pessoas - Peso total do Topside (convés/módulos): 18.500 toneladas - Conteúdo Local da Unidade Estacionária de Produção: 65% - Produção de Petróleo: 140 mil barris por dia - Compressão de Gás: 1 milhão de m3 por dia - Injeção de água: 340 mil barris por dia - Investimento: US$ 1,3 bilhões

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    Boletim Portal Vermelho: Sex 13/09/13
    Portal Vermelho
    Destaques da edição de
    hoje do Portal Vermelho

    Mais flexível 
    Irã reafirma disposição para acordo sobre programa nuclear 
    Leia...
    Câmara
    Deputados aprovam Política Nacional de Defesa do Brasil 
    Leia...
    No Plenário
    Senadora Vanessa manifesta solidariedade aos cinco heróis cubanos 
    Leia...
    Baixo quórum
    Câmara adia votação do Estatuto do Judiciário para dia 25 
    Leia...
    Perspectivas
    Prefeitos buscam soluções em reunião com o governo federal 
    Leia...
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    por  13 Setembro 2013 

    Uma pesquisa publicada nesta sexta-feira revela que os americanos não estão embarcando no canto de guerra da Casa Branca.
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    O blog liberal (um dos poucos no WP) Plum Line, assinado por Greg Sargent, que analisa os números da pesquisa NBC/WSJ, transcreve as duas principais perguntas aos cidadãos:
    Como você sabe, há informações de que o governo sírio usou armas químicas contra seus cidadãos. O presidente Obama decidiu buscar apoio no Congresso para uma ação militar contra a Síria, em resposta ao uso de armas químicas. Você acha que os parlamentares devem aprovar um ataque militar contra a Síria, ou não?
    Sim, deve aprovar um ataque militar: 33%.
    Não, não deve aprovar um ataque militar: 58%.

    E ainda:
    Agora, mais especificamente. Se a ação militar americana na Síria fosse limitada a ataques aéreos usando mísseis de alta precisão lançados de navios americanos, apenas para destruir unidades militares e infra-estrutura usada para carregar armas químicas, neste caso você aprovaria uma ação militar na Síria?
    Sim, apoiaria: 44%.
    Não, seria contra: 51%.

    Sargent constata o óbvio. Os americanos não caem nessa conversinha de ataques cirúrgicos. Provavelmente inclusive porque eles não acreditam mais piamente na mídia, considera subserviente não apenas ao governo, mas à indústria bélica.
    Isso é um bom sinal, embora nada que se refira à indústria bélica americana mereça ser considerado com otimismo.
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    Leia também no Cafezinho...


    12 setembro 2013 

    No desespero por condenar petistas a todo custo, os ministros que defenderam a revogação dos embargos infringentes entraram em contradição consigo mesmos e negaram não apenas o Regimento Interno do STF como mais de 300 anos de tradição humanista de proteção do indivíduo contra o afã justiceiro do Estado.

    É o caso de lhes opor uma citação latina: 

    Allegans contraria non est audiendus.
    Aquele que dá declarações contraditórias não merece ser ouvido.

    (...)

    O que vai fazer bem ao Brasil não é ver Dirceu indo para cadeia, mas a oportunidade de debater, de forma livre, democrática e serena, sem a pressão desesperada e vingadora da grande mídia, os fundamentos e eventuais falhas do processo pelo qual ele foi condenado.

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    Eduardo Guimarães, Blog da Cidadania





    Ministro se irrita com tentativas de Marco Aurélio Mello e Gilmar Mendes de pressionar Celso de Mello a votar contra recursos de réus do mensalão. Dupla ofende recém-chegados ao STF

    Redação, RBA


    12 setembro de 2013

    Paulo Nogueira, Diário do Centro do Mundo

    “Por acaso, acompanhei a sessão do STF na Globonews. Vi, no Twitter, que podia ver o julgamento ao vivo lá com um mero clique.

    O que mais de chamou a atenção foi o planeta paralelo em que jornalistas e comentaristas da Globonews parecem viver.

    Neste PP, chamemos assim, os brasileiros parecem realmente clamar pela condenação e prisão dos réus do mensalão. E podem provocar tumultos nas ruas do Brasil se seu clamor não for acolhido pelos senhores membros do STF.

    Invoco mais uma vez Wellington: quem acredita nisso acredita em tudo.

    Mas uma jurista convocada para opinar sobre a sessão de ontem parecia acreditar. Ela disse que, embora tecnicamente os embargos infringentes simplesmente “existam”, os juízes poderiam votar contra ele caso considerassem que a sociedade assim deseje.

    Pausa para rir.”
    Artigo Completo, ::AQUI::


    12 setembro de 2013



    “O julgamento de ontem, da AP 470, deslindou de forma didática o perfil dos Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

    O Ministro Luis Roberto Barroso mostrou, finalmente, seu estilo. Foi de uma cortesia a toda prova. Recolheu inúmeras declarações de Ministros do STF favoráveis aos embargos infringentes. Por cortesia, não mencionou declarações dos Ministros presentes.

    Enfatizou o cansaço geral com o julgamento, e o clamor de "milhões" pelo final rápido. Mas colocou o prpincípio basilar, intemporal,  legitimador da justiça contra todos os arbítrios: a defesa dos direitos individuais, para pavimentar seu voto em favor dos embargos infringentes.

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    Artigo enviado a esta nossa Agência Assaz Atroz pelo autor, Roni Chira, a título de colaboração...





    mascaras1
    Na sessão desta última quinta-feira, disse o ministro Barroso que “vota com sua consciência e não se pauta pelo que vai sair no jornal do dia seguinte”. É o resumo da ópera 470 – vulgarmente conhecida como Mensalão do PT: submeter-se ou não à Globo?

    A estratégia preparada por Joaquim Barbosa foi a de isolar o derradeiro voto (que desempatará em 6 x 5 para um dos lados) para a próxima sessão, quarta-feira que vem, e assim jogar o ministro Celso de Mello aos leões da mídia durante os próximos 7 dias.
    Se resistir à pressão vulcânica que o aguarda nesta semana, na mídia, e acabar por aceitar os tais embargos infringentes – adiando ou apagando para sempre as capas que o PiG sonha imprimir há 8 anos –, Celso de Mello salvará o STF (e, mesmo, a consciência dos outros cinco ministros que tentam “executar” o PT sumariamente).
    Por outro lado, se o ministro dobrar-se à vontade da mídia e consentir que se algeme os petistas em praça pública(da), realizará o sonho de curto prazo de Globo, Folha, Estadão e Veja. Neste caso, ao contrário do que muita gente pensa, a novela estará longe de terminar. Além de transformar o STF na casa da mãe Joana da Globo e abrir precedentes para outros linchamentos nos mesmos moldes da 470 em qualquer tribunal do Brasil, a prisão de Dirceu, Genoino, J. P. Cunha e Delúbio levará o caso à Corte da OEA – que tem o poder de anular o julgamento ou partes dele. Isso significaria mais desmoralização ao STF e seus atores. Não só no Brasil, mas aí sim, perante toda a comunidade jurídica internacional.
    Os ministros que votaram pela degola imediata dos réus parecem não se importar em serem achincalhados por quem entende de direito penal. Parece que o que mais aterroriza Barbosa e os demais que votam com ele é a opinião publicada na imprensa. Desde o início do julgamento ficou evidente sua postura político-partidária a serviço de interesses escusos.
    Ao PiG só interessa uma coisa: algemar e fotografar. Mais tarde podem anular o julgamento, pouco importa. O estrago já estaria feito: finalmente o PT estaria “em cana”.

    (Leia completo clicando no título)


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    Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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    PressAA


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