quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Rede Globo corta na própria carne e dispara bomba-traque! --- Conheça o principal recurso para edição de telejornalismo

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Bomba!

(Chamada)



Conforme revela com exclusividade o jornalista Ilimar Franco, na coluna Panorama Político, Henrique Fontana diz que, em apenas sete dias, o total de filiados ao partido aptos a votar na eleição interna cresceu 322%
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ILIMAR FRANCO04.09.2013

Compra de votos no PT
          Esta é a denúncia mais grave desde o mensalão. O deputado Henrique Fontana (PT-RS) acusa que há compra de votos na eleição para presidente do PT. “Desconfio de pagamento coletivo. Uma pessoa pagou para um grupo e isso é voto de cabresto”, diz. Ele conta: “184.893 filiados estavam aptos a votar em 28/8. Ontem, eram 780 mil os filiados que estavam em dia com a tesouraria”.
Não sou um candidato franco atirador. Sou candidato mas tenho a responsabilidade de quem é presidente do PT


Rui Falcão
Presidente do PT e deputado estadual (SP), sobre o clima do debate eleitoral no partido


[AA: Desculpem, é apenas um traque...]
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Um gesto contundente do Brasil
No calor do debate entre os ministros e a presidente Dilma para tratar da arapongagem americana, o ministro Celso Amorim (Defesa) sugeriu à presidente a adoção de um gesto forte, em matéria de relações internacionais, e convocar o embaixador do Brasil nos EUA, Mauro Vieira, para consultas. Amorim classificou a ação americana de “inaceitável”. Já o ministro Luiz Alberto Figueiredo (Itamaraty) sustentou que era mais adequado manter os canais de diálogo abertos. Outros sugeriram sanções, como a de suspender empresas americanas de atuar no Brasil. Um deles relatou que o Google foi proibido de atuar na China, sob a acusação de estar a serviço da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA.


Missões antiespionagem
A presidente Dilma decidiu pelo envio de missões de alto nível à China, à Rússia, à Alemanha e à França, para conhecer as tecnologias usadas por eles para a proteção de informações econômicas e tecnológicas consideradas estratégicas.

Incômodo silêncio 

Na reunião de emergência no Planalto, na segunda-feira, para debater a reação à espionagem dos americanos no Brasil, chamou a atenção de todos os ministros, e assessores presentes, o silêncio eloquente do general José Elito, comandante da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Nem o ministro Celso Amorim (Defesa) relatou informes dos comandos das Forças. 

Uma nova guerra fria
A avaliação predominante entre os ministros da presidente Dilma é a de que vão se deteriorar as relações internacionais. Creem que o ambiente tende a ficar mais carregado à medida que mais fatos da bisbilhotice americana vieram à público.

As nuances da transparência
A tendência no Senado é a de alterar a PEC do voto aberto apreciada pela Câmara. Os senadores não aceitam a divulgação de votações sobre vetos e aprovação de autoridades, onde apenas eles votam. Alegam que o Senado só aceita o fim do voto secreto no caso de cassação. Na Câmara, o líder do PR, Anthony Garotinho (RJ), reclamou do voto aberto para eleger o presidente da Casa.

Para a gaveta
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), desistiu de aprovar projeto que reduzia o tempo de propaganda eleitoral na TV nas eleições. A oposição ficou contra alegando que a proposta favorecia a presidente Dilma.

Roda, roda, roda
O Salão Verde da Câmara virou picadeiro ontem. Autorizados a pedido do deputado Cleber Leite (PRB), humoristas de TV maranhense fizeram lá seu cenário. Os atores de turbante e perucas vermelha, verde e azul dominaram a cena.

O governo Dilma está resistindo às intensas pressões de entidades sindicais para aprovar uma regulação do trabalho da imprensa.








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O PT e a reforma política, por Henrique Fontana

O Partido dos Trabalhadores nasceu com uma vocação democratizadora. Por um motivo simples: para se realizarem, os interesses dos trabalhadores, que são a ampla maioria da população, precisam de uma institucionalidade baseada nos valores da liberdade e da igualdade de oportunidades para intervir no cenário político. Sem democracia, os trabalhadores estão fadados a assistirem de longe o acordo político entre as elites. 

A democracia é um sistema em que cada pessoa tem o direito de dar opinião e se posicionar sobre os temas públicos e buscar, através de mediações institucionais, realizar na prática suas opiniões e defender os seus posicionamentos. Existem formas diferentes de dar vazão a esses interesses e posicionamentos - como sindicatos, associações e mesmo movimentos de ação direta -, mas a forma mais universal, aquela que possui a maior abrangência para racionalizar os interesses de determinadas parcelas da população ou, porque não dizer, de determinadas classes sociais, é o partido, uma instituição que serve para organizar as opiniões e os interesses dos vários setores em uma determinada organização social.

No Brasil, conquistamos muitas coisas nos últimos 30 anos. Mas ainda é preciso caminhar para concretizar essa visão de democracia. Assim como é fácil perceber que os próprios valores democráticos ainda não se enraizaram suficientemente na sociedade brasileira a ponto de orientar toda a estrutura do Estado e da própria sociedade. A dificuldade em tratarmos da questão da democratização da comunicação, por exemplo, é reveladora de que ainda existem setores sociais e econômicos que resistem à ideia de uma democracia plena e abrangente. 

Para o PT, portanto, a reforma do atual sistema político se enquadra no rol das lutas democráticas. O financiamento público, peça fundamental da reforma, realiza a ideia da igualdade de oportunidades para os vários matizes do pensamento se apresentarem como projeto político. O voto em lista, mesmo com as mediações necessárias com a atual maioria política no parlamento, é a realização da ideia de que os partidos são os instrumentos institucionais que precisamos reforçar para a produção da mediação entre a vontade das várias partes da sociedade com a universalidade do Estado. E a consolidação do sistema proporcional é a realização do espaço plural que está na origem da ideia democrática. 

Encarada desta forma, a reforma política é, provavelmente, a mais importante das reformas modernizadoras da sociedade brasileira e se constitui em uma das principais bandeiras do PT, porque com a proposta que estamos sustentando, consolidaremos um tipo de sistema político mais capaz de ampliar a consciência política da população e agregá-la aos processos decisórios. Para o PT, a reforma política é também uma reforma das práticas políticas, algo que originou a nossa própria existência como partido.

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Terça-feira, 3 de setembro de 2013 às 16:02

Dilma chega à Rússia para participar do G20


Presidenta Dilma chega a São Petersburgo, na Rússia. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma Rousseff desembarcou, nesta terça-feira (3), em São Petersburgo, na Rússia, onde participa, até a próxima sexta-feira (6), da reunião de cúpula do G20, acompanhada dos ministros Guido Mantega, da Fazenda, e Luiz Alberto Figueiredo, das Relações Exteriores.
Antes das atividades do G20, a presidenta terá encontros bilaterais com os presidentes da China, Xi Jiping, do Japão, Shinzo Abe, e da Coreia do Sul, Park Hein-hye. Ela ainda participa de reunião dos chefes de Estado do BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.


O G20

A reunião de cúpula do G20 é o principal foro internacional de discussão de matérias financeiras globais, que reúne como membros África do Sul; Alemanha; Arábia Saudita; Argentina; Austrália; Brasil; Canadá; China; Coreia do Sul; Estados Unidos; França; Índia; Indonésia; Itália; Japão; México; Reino Unido; Rússia; Turquia; e União Europeia.
Criado em 1999, em um período marcado por crises de balanço de pagamento que afetaram países do mundo inteiro, o grupo existiu primeiro em nível de ministros de finanças (no caso brasileiro, da Fazenda) por nove anos. Desde 2008, com a necessidade de uma maior cooperação internacional para que se desse uma resposta à crise iniciada naquele ano, chefes de estado e governo passaram a participar das reuniões do grupo. A partir de então, já foram realizadas sete cúpulas: Washington (2008), Londres e Piitsbug (2009), Toronto e Seul (2010), Canne (2011) e Los Cabos (2012).
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Brasileiro é falso moralista e duas-caras quando se trata de sexualidade, dizem historiadores


No carnaval, os desfiles das escolas de samba mostram mulheres seminuas a sambar. Emissoras de TV fazem a cobertura dos bailes gays nessa época. Telejornais exibem imagens da folia nos blocos em todo país onde a sensualidade rola solta.

Fora do Carnaval, São Paulo celebra a diversidade sexual e vira palco de uma das maiores paradas gay do mundo. Em 2009, a universitária Geisy Arruda teve de sair da faculdade em São Bernardo do Campo (SP) escoltada por policiais e ouvindo xingamentos por usar um vestido considerado justo e curto. A intolerância também frequenta a Avenida Paulista, local cujas câmeras ali instaladas costumam registrar, com frequência, ataques a homossexuais.

"A mesma avenida que abriga uma das maiores paradas gay do mundo é o lugar onde se mata homossexuais. É inadmissível. Somos pessoas de duas caras, falsos moralistas", afirma a historiadora Mary Del Priore, que estuda a sexualidade no Brasil ao longo dos séculos. Mary acaba de lançar o livro "A Carne e o Sangue" (Editora Rocco), que aborda o triângulo amoroso constituído por Dom Pedro I, a Marquesa de Santos e a imperatriz Leopoldina. "D. Pedro dizia que fazia ‘amor de matrimônio’ com Leopoldina e ‘amor de devoção’ com Domitila. Do sangue nobre cuidava a mulher, que lhe dava os filhos e era a matriz. O prazer era com a outra. A imperatriz era muito religiosa e tinha horror ao sexo. A marquesa, ao contrário. E D. Pedro era um inconsequente machista, que teve dezenas de amantes", conta Mary.

Segundo a historiadora, o papel da igreja na formação da nossa sociedade no século 19 ajudou a formar essa dupla moral. "A casa tinha de ser o exemplo da sagrada família de Maria, José e Jesus, voltada para os valores mais altos que preconizava a igreja católica. A igreja consagra o matrimônio como obrigatório. Mais do que isso: o sexo dentro do casamento tinha de ser higiênico e a única preocupação era a reprodução". De acordo com a pesquisadora, a igreja regulamentava inclusive o que deveria acontecer entre quatro paredes.

“Os beijos eram condenados. Os padres confessores perguntavam o que as pessoas faziam no quarto e reprovavam todo tipo de toque no corpo com objetivo de ter prazer. A posição da mulher sobre o homem era contrária à lei divina. E ficar de quatro seria uma forma de animalizar o ato. Esse casamento sem prazer vai incentivar o sexo prazeroso fora de casa", declara a historiadora. E ela inclui outro exemplo da ambiguidade moral do brasileiro: as pornochanchadas da década de 70. "Há vários estudos que mostram que esse foi um momento de revolução sexual. Mas uma característica comum nesse tipo de filme é que o homem que pega todo mundo está sempre atrás de uma virgem. E a prostituta sonha com casamento de véu e grinalda. No Brasil, a mulher sempre teve de ser pura, virgem, não saber de sexo. Isso depunha contra o sexo feminino até pouco tempo", comenta Mary.

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Prefeitura de São Petersburgo proíbe festival de cinema homossexual

02/10/2008

SÃO PETERSBURGO - As autoridades municipais de São Petersburgo proibiram nesta quinta-feira o festival de cinema homossexual "Boca a boca". Foram fechados dois clubes onde seriam exibidos mais de vinte filmes europeus, norte-americanos, latino-americanos e asiáticos sobre os problemas de homossexuais e lésbicas na sociedade atual, informou a agência Interfax.


As autoridades locais disseram que os clubes The Place e Sochi foram fechados por risco de incêndios. O ativista de direitos dos homosexuais Nikolái Alexéyev respondeu: "Eles não só impedem a celebração de atividades públicas das minorias homossexuais, como também proíbem as que acontecem a portas fechadas em locais privados".


Em junho passado, 13 pessoas foram presas ao tentar realizar em Moscou uma marcha pelos direitos dos homossexuais. A primeira e única, até agora, manifestação gay da história da Rússia autorizada pelo governo aconteceu em maio de 2006 e terminou em uma batalha campal na qual homossexuais foram agredidos por nacionalistas e ortodoxos.


Comentário: Rússia dá bom exemplo ao mundo.

Leia arquivo do blog A Verdade:


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- por Paulo Nogueira

Se a Globo confessar todos os pecados, o confessionário ficará ocupado por muitos anos.

Mas é de uma confissão específica que vamos tratar: o apoio ao golpe de 1964. A confissão, expressa numa nota publicada ontem, teve ampla repercussão, como era de esperar.

A questão mais intrigante, para mim, é: o que a Globo pretendeu com isso? A única hipótese lógica que encontro é que ela quis fazer uma ação de marketing que limpe uma marca – ela própria – que, como os protestos de agora mais uma vez mostraram, sofre uma colossal rejeição dos brasileiros.

São remotas, remotíssimas na verdade, as chances de que isso melhore o drama da má reputação da Globo.

(...)

Se realmente quiser melhorar sua imagem, a Globo terá mais sucesso com ações concretas.
Uma delas, que poderia ser a primeira, é pagar o que deve à Receita Federal depois de ter sido flagrada numa fraude fiscal na compra dos direitos da Copa de 2002.

O problema é que, para isso, não bastam palavras. É preciso colocar dinheiro: 1 bilhão de reais em valores atuais.

E quem acredita que a Globo põe a mão no bolso, mesmo em situações escandalosamente claras como aquela, acredita em tudo, como disse Wellington.

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De...
 Informativo assinado por 111.950 comunicadores
...para a PressAA...


Ali Kamel ganha processo contra blogueiro que o chamou de ator pornô

     
O diretor geral de jornalismo e esporte da Rede Globo, Ali Kamel, ganhou na Justiça do  Rio de Janeiro a indenização de R$ 50 mil por danos morais contra o Senhor Cloaca, responsável pelo blog Cloaca News.
0-ali kamel-numero1-globo"Número 1" do jornalismo da Rede Globo vence mais uma ação judicial (Imagem: Reprodução/Memória Globo)Em 2008, o blog publicou a informação de que Ali Kamel teria sido ator de filmes pornográficos durante a juventude, nos anos 80, e que teria estrelado a obra Solar das Taras Proibidas. O Senhor Cloaca ainda deverá arcar com os custos processuais e honorários de advogados.
De acordo com o colunista Lauro Jardim, do ‘Radar On-line’, da Veja, a sentença informa que “não se compreende – senão pelo intuito de arregimentar seguidores de gosto duvidoso e pela prática de sensacionalismo e de inexplicável ataque pessoal ao autor e à emissora e que trabalha – o interesse em trazer à tona o nome de ator pornô que acabou por não ganhar expressão em correlação ao nome do autor – conhecido jornalista que galgou degraus dentro dessa mesma profissão”. Cabe recurso.
O executivo da Globo já moveu e ganhou ações judiciais por danos morais contra outros blogueiros, como Luiz Carlos Azenha e Rodrigo Vianna, que deixaram a reportagem  Globo e atualmente integram o quadro da TV Record. Os jornalistas foram condenados também por fazer referência à atuação de Kamel em filmes eróticos.
O ex-editor do ‘Jornal Nacional’ em São Paulo, Marco Aurélio Mello, foi condenado em março deste ano por ter publicado no blog Doladodelá uma versão distorcida aa discussão entre a família do diretor global e um vizinho do prédio onde moram.
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Fausto Wolff teve também algumas participações no cinema.7 Em 1977, foi co-roteirista do filme dinamarquês Jorden er flad, no qual igualmente foi ator. Fez ainda pequenos papéis em filmes dirigidos por amigos seus - como Tanga (Deu no New York Times?) (1987), do cartunista HenfilNatal da Portela (1988) e O Viajante (1999), ambos de Paulo César Saraceni.


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Saudades do Velho Lobo


Na semana passada, o Mario Adolfo me presenteou com algumas fotos que nós fizemos juntos com o escritor e jornalista Fausto Wolff, quando ele esteve em Manaus para lançar o livro À Mão Esquerda.


O rebuceteio rolou na casa do Joaquim Marinho, que tinha sido companheiro de batente do velho lobo na extinta revista Status.


Vasculhando o computador, encontrei esse texto do Márcio Pinheiro, que foi publicado originalmente no caderno Literatura, do jornal Zero Hora, alguns dias depois da morte do escritor. Curtam.



Contrariando a nobreza européia que seu nome carregava, Fausto Wolff – nascido Faustin von Wolffenbüttel – optou pela versão reduzida e preferiu o lado plebeu da vida. 


Como definiu Millôr Fernandes, parceiro de Pasquim, “Fausto Wolff, em toda parte, procurou e conviveu com os da sua estirpe – escritores, cineastas, poetas e grã-finas. E com os da sua laia – bêbados, putas e brigões”. 


Seu perfil, era o de um homem de excessos. Mais de 1m90cm, voz tonitruante, capacidade infinita para tomar chopes e steinhagers. Tantos exageros cobraram seus preços e, no dia 5, Fausto Wolff morreu de uma infecção generalizada. Estava com 68 anos.

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Trajetória da mítica figura do jornalista e empresário Roberto Marinho

Gabriel Collares

Doutor em Comunicação pela ECO-UFRJ. Docente da Faculdade de Comunicação da UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora (MG)

1 – INTRODUÇÃO [Epa!]


A tradição contemporânea ocidental delegava ao historiador a legitimação do acontecimento. Pierre Norra afirma que cabe agora à mídia este papel onde somente por intermédio dela é que o fato se concretiza.

"Acontecimentos capitais podem ter lugar sem que se fale deles. O fato de terem acontecido não os torna históricos. Para que haja acontecimento é necessário que seja conhecido" (1)

As versões da história fornecidas pela Imprensa forneceriam à sociedade um mosaico onde a partir da junção dos relatos fragmentados de cada veículo de comunicação compor-se-ia o "real". No Brasil, em especial, isto se torna problemático na medida em que, somado ao monopólio dos meios de comunicação, apresentam-se os donos das empresas jornalísticas como ícones transformadores da identidade nacional.

Aos empresários não é conveniente ater-se em apenas relatar o acontecido, mas sim tentar persuadir o receptor de que aquela versão produzida é definitiva. Cabe a estes homens o monopólio da história.

"Os media transformam em atos aquilo que não teria sido senão palavra no ar, dão ao discurso, à declaração, à conferência de imprensa a solene eficácia do gesto irreversível". (2)

Nas sociedades de consumo, o sistema tende a alimentar a chamada fome de acontecimentos. Pierre Norra coloca que "(...) é próprio do acontecimento moderno encontrar-se numa cena imediatamente pública, em não estar jamais sem repórter-espectador nem espectador-repórter" (3). Os meios de comunicação de massa aperfeiçoam seus dispositivos técnicos para atingir a um público consumidor cada vez mais abrangente.

Os mass media se caracterizam, entre outros, justamente por envolverem máquinas na mediação da comunicação: aparelhos que possibilitam o registro permanente e a multiplicação das mensagens, onde podem atingir simultaneamente uma vasta "audiência".

(...)


Quando foi lançado, O Globo procurou se posicionar no mercado optando por ser um vespertino eminentemente carioca. Para tanto, Roberto Marinho patrocinava a Orquestra Sinfônica; foi ele também quem ajudou na organização do primeiro desfile de escolas de samba do Rio de Janeiro.

As editorias com mais destaque eram as de PolíticaSociedadeCidade. Na sua concepção, as notícias mais importantes deveriam estar necessariamente na primeira ou na terceira página.

Porém, é sabido que o sucesso do jornal se deve em grande parte ao jornalista Evandro Carlos de Andrade. Caso único na história do jornalismo brasileiro, permaneceu por quase três décadas como diretor de redação do jornal O Globo. Foi ele quem profissionalizou a redação e tornou o jornal competitivo: contratou profissionais, organizou as faixas salariais, lançou a edição de Domingo — dia em que o Jornal do Brasil reinava absoluto —, adquiriu máquinas off-set, reformou graficamente o jornal — inclusive com a introdução de cores — e partiu para a conquista dos anunciantes.

"Na primeira vez, estivemos apenas os dois, na casa do Cosme Velho. Ele queria me ouvir, saber o que eu achava que deveria ser um jornal moderno, ágil... Ao ‘fechar negócio’, ele disse: ‘Eu não agüento mais levar tanto furo!’ Embora ainda estivéssemos no apogeu da ditadura, o Dr. Roberto já tinha a percepção de que aquilo ali não ia durar. Começamos então, eu, o Zé Augusto Ribeiro e o Henrique Caban, a mexer no jornal tendo como meta principal conquistar a mocidade, a universidade. O caderno de vestibular foi idéia do Caban, assim como o suplemento do Vestibular (...) O Jornal de Bairros foi sugestão do Dr. Roberto. E não foi uma coisa assim, ‘vamos planejar um jornal assim e assim...’ É: ‘quero em uma semana’ (risos) Caderno de TV? ‘Sim, quero para Domingo’. E saiu tudo numa semana!" (13)

Em julho de 2000, Evandro Carlos de Andrade completou cinco anos à frente da Central Globo de Jornalismo. Antes, trabalhou por 24 anos como diretor de Redação do jornal O Globo. Os jornalistas que tiveram a oportunidade de trabalhar com ele são unânimes em afirmar que Evandro sempre foi um chefe duro, obsessivo, mas que, em contrapartida, sabia reconhecer o mérito de uma boa reportagem.. O mesmo se classificava da seguinte maneira:

"Eu sou a favor do Poder exercido com autoridade! (...) Eu não tenho espírito de turma, não tenho grupo de amigos, profissionais que eu proteja; eu nunca toleraria formação de igrejinha, de grupinho no lugar que eu trabalhasse! Eu trabalho voltado exclusivamente para o bom resultado!" (14)

Sobre os políticos, o diretor nunca escondeu de ninguém sua predileção por Antônio Carlos Magalhães. Aliás, tanto Evandro Carlos de Andrade como Roberto Marinho procuraram dar espaço ao político nas Organizações Globo. Nesta entrevista, Evandro discorre sobre os políticos que admira:

"Antônio Carlos Magalhães nas circunstâncias do Brasil é um grande político, porque tem uma extraordinária percepção do sentimento do povo. Ele, na Bahia, como o Sarney, no Maranhão, andam na rua sem segurança. ACM é hábil, sabe até onde vai, não ultrapassa o ponto, tenta ocupar todo o espaço que estiver disponível. Indiscutivelmente um grande político!" (15)

Embora a história oficial registre, não foi divulgado ao grande público o fortalecimento do jornal graças as benesses do governo militar. Anúncios oficiais de página inteira, isenção de impostos e outra regalias fizeram com que o vespertino desbancasse os concorrentes. Em contrapartida, O Globo portava-se como um jornal chapa-branca a favor das elites e comprometido com a ditadura. Outra estratégia adotada foi se valer da "máquina" dasOrganizações Globo para vender o produto jornal na televisão e na rádio.


(...)

Em 1994, foi a vez de Fernando Henrique Cardoso aparecer como o candidato ideal para, mais uma vez, derrotar as forças progressistas:

"Em 1994, além dos óbvios interesses de classe, a Globo tinha seus próprios temores, pois parte de seu império de concessões de rádio e TV, e seus projetos de TV a cabo, não tinham base legal sólida e muitas concessões caducariam nos anos próximos. A legislação brasileira, mesmo incompleta, não permite tal concentração de canais numa só empresa." (47)

Vale salientar que o mesmo discurso discriminatório foi usado novamente contra Lula em 1994. 

Numa tentativa de esvaziar o debate, a esposa de Fernando Henrique Cardoso, Ruth Escobar [?], disse: 

"Nesta eleição há duas opções, a escolha é entre um encanador e um Jean-Paul Sartre". 

A mídia como um todo funcionou como uma caixa de ressonância das elites a fim de que fosse veiculado que Lula acabaria com o Real, a inflação voltaria e o país se veria em um caos sem precedentes. A retórica usada pela Globo foi a de que Lula não estava preparado para governar, o que encontrou eco na parcela da população de baixa renda já acostumada com sua baixa auto-estima. O preconceito foi uma das armas utilizadas.

(Para ler matéria completa, clique no título)

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de: Paralerepensar 
para: *Fernando Soares Campos
data: 4 de setembro de 2013 17:46
assunto: LINK DE DESTAQUE para o seu texto "Blogs do PIG, demagogia e plágio ",

Prezado escritor Fernando, agradecemos e informamos, que foi colocado um LINK DE DESTAQUE para o seu texto "Blogs do PIG, demagogia e plágio ",  setor "ARTIGOS E CRÔNICAS". Este texto  ficará neste espaço durante 1 semana, ou até ser substituído por outro mais recente. Clique na página principal, setor "ARTIGOS E CRÔNICAS" e confira: http://www.paralerepensar.com.br#link_de_destaque
  
Abraços,
Albertino Fernandes (Construtor)
Para você que pensa e atua!

Leia também...


JORGE HESSEN
 A EDUCAÇÃO ESPÍRITA CONSTITUI-SE A BASE PARA A CRIANÇA SAUDÁVEL 
Recentemente assisti a um documentário assombroso, noticiando sobre a adolescência e a juventude dessas “ex-misses mirins”. Muitas delas foram forçadas pelos pais a participar desses concursos peculiares. Registra o documentário que a maioria dessas crianças se transforma em pessoas com dramas psiquiátricos profundos, e algumas mergulham nos subterrâneos das drogas e do meretrício. No epílogo do programa, ficamos sabendo que ao início dos problemas pessoais dessas crianças, na fase pré-adolescente, a maioria dos pais abandona as filhas ao “deus-dará”, na vida mundana.

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No blog da redecastorphoto...


China: Comunismo e Confúcio

People’s Daily Online, Pequim
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu


Com a escala da guerra já em expansão, o número de mortos subindo, dissemina-se a ideia de que a guerra síria alcançou o ponto mais crítico. Com a atenção fixada nas rápidas modificações da situação de guerra, muitos parecem ter esquecido que, nos primeiros dias, a tragédia síria chegou a ser vista no ocidente como extensão da “Primavera Árabe”.

Hoje, o tiroteio em Damasco já fez sumir do radar mundial a difícil situação na Tunísia, na Líbia, no Egito – campos principais da “Primavera Árabe”.

Mas quando a atitude cega, de só ver a ação em torno, dá lugar ao pensamento racional, vê-se claramente a evolução do processo da “Primavera Árabe” – e uma tendência à guerra aberta aparece logo à vista, bem clara.

Por isso os círculos ideológicos nos EUA trataram logo de rebatizar como “guerra civil na Síria” o que em outros locais foi a tão popular “Primavera Árabe”. E assim a realidade tornou-se afinal novamente transparente.

Há duas considerações que explicam o rebatizamento da “Primavera Árabe”, agora chamada “guerra civil na Síria”: primeiro, que, no calor da hora, uma “revolução” sempre se parece mais a uma tempestade, que a alguma “primavera”. Todos aqueles países continuam em tumulto, com as respectivas economias em frangalhos.

Segundo, que reconstruir a ordem não é coisa fácil. Quem perca a direção do desenvolvimento só gerará em torno de si caos em grande escala. 

Mapa da Primavera Árabe
(clique na Imagem para aumentar)

Uma página árabe na internet lembrou em artigo, há alguns dias, que o nome “Primavera Árabe” dado ao torvelinho por que passam a Ásia Ocidental e o Norte da África mostra que os EUA ainda tentam controlar a “campanha” e conduzi-la na direção de alguma democracia de modelo norte-americano (quando então a “primavera” estaria desabrochada em maduro e feliz verão). E esse impulso, que tem raízes num preconceito ideológico, impediu que os países ocidentais mantivessem a compostura e a decência.

(Para ler completo, clique no título)
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Ilustração:  AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA

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