Fim de quê? A fim de quê?
por Fernando Soares Campos
Destaque no portal do jornal russo Pravda, edição em português - 30.07.2017
Trecho:
Emancipação do indivíduo e terceirização de mão de obra e serviços
Nos primeiros momentos da popularização da Rede Mundial de Computadores, a Web, que tem como base a Internet, muito se falava (e ainda se insiste em afirmar) que o emprego formal estaria em extinção, que a tendência seria o empreendedorismo, a implementação de projetos individuais de geração de renda por produtividade, comissão, contrato temporário, consultoria, freelancer etc.; o autoemprego, o indivíduo como agente do seu próprio negócio, autônomo, profissional liberal, nas mais diversas atividades, desde engenheiros e técnicos a torneiros mecânicos, pintores, polidores e tantos outros menos qualificados. Tudo isso baseado no avanço das novas tecnologias da informática e robotização das linhas de produção.
Viver sem patrão, sem a monótona rotina de trabalho sob autoritárias chefias, também sem o caos estressante dos congestionamentos de trânsito ou as filas e superlotação dos transportes coletivos, talvez seja isso que chamam de "emancipação do indivíduo"; entretanto, já podemos observar que essa promessa não passa de um "salve-se quem puder".
A questão é que tudo isso está relacionado com o declínio do capitalismo e a crise econômica mundial, que revela o fracasso do modelo neoliberal, com a priorização e incremento da prática do rentismo, agiotagem e investimentos especulativos em geral. Tudo isso provocou, em alguns países do chamado Primeiro Mundo, um extremo desequilíbrio nos setores básicos da economia: primário, secundário e terciário.
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James Petras: EUA esmagam o Brasil para dominar a América Latina
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Para Petras, a condenação sem provas de Lula a nove anos e meio de prisão faz parte dessa ofensiva que, ao que se refere ao Brasil, teve sua primeira parte no impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff.
"No plano internacional, essa ofensiva significa a subordinação do Brasil aos mandos de uma potência imperial, e não me refiro somente aos EUA, mas também à União Europeia", disse.
Segundo o analista, o período de governo da esquerda na região "foi uma tática usada pelos EUA para se reorganizar, acumular forças e, chegado o momento indicado, lançar um contra-ataque", uma vez que os países não foram capazes de "desafiar abertamente os Estados Unidos".
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