Arnaldo Jabor prometeu “caos” na Copa 2014
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'Semanas antes do início do mundial, comentarista da Globo prometeu, em rede nacional, que haveria caos e vexame internacional no que chamou de "Copa do Medo". Ele irá se retratar?
“O mais claro sinal de que vivemos uma mutação histórica é esta Copa do Medo. Há o suspense de saber se haverá um vexame internacional que já nos ameaça. Será péssimo para tudo, para economia, transações políticas, se ficar visível com clareza sinistra nossa incompetência endêmica, secular. Nunca pensei em ver isso. O amor pelo futebol parecia-me indestrutível”
“A Copa vai revelar ao mundo nossa incompetência”
Esses pensamentos de Arnaldo Jabor (acima), produzidos no início desse mês, refletem a expectativa de grande parte da imprensa brasileira com relação a Copa do Mundo.
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De Ruy Sarinho, jornalista pernambucano, a título de colaboração para com esta nossa Agência Assaz Atroz.
O PRECONCEITO,
A BURRICE
E A CAGADA DE FELIPÃO!
Ruy Sarinho *
Primeiro, o preconceito.
Felipão recusa-se a escalar ao mesmo tempo dois nordestinos neste time covarde, até então, do Brasi
Ele não coloca Hernanes – um dos poucos craques de verdade nesta equipe – porque já tem outro nordestino lá na frente, o brutamonte Hulk, pesadão, sem nenhuma leveza e a elegância dos verdadeiros jogadores do futebol-arte, e que entregou o gol de empate de bandeja aos bravos chilenos, tentou fazer gol com o braço e ainda por cima perdeu o pênalti.
Segundo, a burrice. E esta, com, vários capítulos.
Deixa Bernard no banco, um menino com talento, criatividade e uma vontade imensurável de mostrar seu belíssimo futebol, alegre e fumegante, bem diferente desse futebol apenas-força, sem o molejo e aquele jeito moleque de tocar a bola como um artista de circo. Prefere a força, somente força, como a do indefectível personagem verde da TV norte-americana, que parece não ter muita massa cinzenta dentro da caixa craniana. O pior é que o seu preferido esteja pesadão, parecendo mais com - um bote antigo nisso - companheiro das peladas do Colégio de São Bento de Olinda, da década de 1970, a quem todos chamavam de “Mãe Gorda”.
Por que não escalar Hernanes neste time de poucos talentos, enquanto insiste em Daniel Alves, a quem o fraco Patrick, do meu Sport, não fica nada a dever. Um medíocre chutador de bola, que quase entrega o ouro ao bandido, não somente neste jogo, mas nos anteriores.
Ainda no tópico da burrice, Felipão não tem o direito de deixar de fora deste time três jogadores: Maycon, Hernanes e Bernard.
Maycon é a solução mais simples, é só colocá-lo no lugar de Daniel Alves, um jogadorzinho de futebol limitado. Maycon não tem o direito, nem pode, de ser pior.
Quanto aos craques Hernanes e Bernard, não sou eu o treinador, nem tenho competência para isto. Mas Felipão tem, passou toda a sua vida no futebol e ganha milhões neste mafioso esporte, que o diga a FIFA; então, que resolva este nó.
Ou será que as empresas patrocinadoras é que mandam na escalação?
Cabe a Felipão encontrar a solução tática para escalar esses dois talentos do futebol brasileiro. Que faça sua cabeça funcionar; tire os craques do banco e mande-os para dentro do gramado, que é o lugar deles.
Ainda no item burrice, Felipão precisa ler a história de Pernambuco, para entender por que Hernanes tem na sua alma o sangue libertário de Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo, o genial e libertador Frei Caneca. Felipão, escale Hernanes, que ele, junto com o quase adolescente Bernard, vai libertar este timeco-força da mediocridade para os braços do futebol-arte, buliçoso, simples e alegre como o Gênio Carlitos e com as proezas dos pés de Neymar.
Felipão, conheça, também, a história, a origem, do menino simples da Zona da Mata pernambucana, Hernanes. Você vai ver que Frei Caneca o inspirou e que vai jogar com ele, se a sua teimosia tiver um fim ainda nesta Copa.
Felipão, não deixe Neymar sozinho! Forme um trio de artistas da bola.
E a cagada?...
Esta, tá na cara, ou melhor, tá nas calças.
Pode examinar as calças que Felipão usou no jogo, depois daquela bola do Chile na trave do Brasil já na prorrogação.
* Ruy Sarinho - Torcedor, jornalista e metido a “treinador” como 99,9% dos brasileiros
Facebookada
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Jornalista que chamou o nordeste de “aquela bosta” se defendeu com arrogância e mais agressões, enquanto Maitê Proença disse que declaração era justificável
A emenda saiu pior do que soneto. Eduardo Bueno, (*) comentarista do programa “Extraordinários” do canal SporTV, das Organizações Globo, chamou o nordeste de “aquela bosta” durante um debate (veja aqui). Diante de protestos contra preconceito e estereótipos, ao invés de se desculpar, ele tentou “se defender” com arrogância e mais agressões, piorando a situação (assista aqui).
PressAArt&Maña
Sob o patrocínio de Claro, Itaú, McDonalds, Ipiranga, Kia e Budweiser
Disse que estava “cagando” para os internautas que protestaram, a quem chamou de “idiotas” e “bando de babacas”.
Quis dar “carteirada” de intelectual no telespectador, afirmando que para discutir com ele sobre o Nordeste era preciso ler os 15 livros de Câmara Cascudo que ele diz ter lido. Depois, quase balbuciando em meio à intervenções de outro comentarista que procurava colocar panos quentes, disse que estava era “brincando”, como se reforçar estereótipos, preconceitos e alimentar ódios fossem brincadeiras aceitáveis.
Para piorar, a apresentadora Maitê Proença (**) disse que “essa gente é de uma leviandade…” (referindo-se a quem se sentiu ofendido, sobretudo nordestinos, mas também todos os brasileiros que amam o Nordeste), e concluiu: “O cara tem que entender que o contexto desse programa permite esse tipo de coisa”.
Quer dizer que o contexto do programa permite chamar o Nordeste de “aquela bosta”, tranquilamente? E leviano é quem se sente ofendido? E quem é chamado de “bosta” é que deveria pedir desculpas ao programa da poderosa TV GloboSat?
É por isso que é difícil assistir qualquer canal que seja das Organizações Globo. Nem jogo da Copa. Só contratam e só convidam quem detona o Brasil, o Nordeste, o povo brasileiro, nossa cultura, nossa gente. Chique, para eles, é Nova York, Milão, Paris, etc.
E os patrocinadores? Quando um executivo da Philips destratou o Piauí durante o movimento “Cansei”, houve um boicote geral, com ninguém comprando produtos da empresa. Será que a Claro, o Itaú, o McDonalds, a Ipiranga, a Kia e Budweiser (mesmo fabricante da Skol, Brahma e Antartica) querem ir pelo mesmo caminho?
Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons
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PressAA
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