domingo, 31 de maio de 2009

Fernando Soares Campos é entrevistado pela Nova Coletânea



1 - Como você definiria o escritor, o jornalista e a pessoa Fernando Soares Campos?

R: É difícil, para qualquer pessoa, definir-se a si próprio, sob qualquer dos aspectos sugeridos pela sua pergunta. Há sempre o receio de nos atribuirmos qualidades acima do merecimento; receio este que também pode nos levar ao outro extremo, à subestima, redundando naquilo que costumamos chamar de “falsa modéstia”. Além disso, tenho dificuldades em separar “a pessoa” de qualquer de suas atividades. Creio que os atributos pessoais de cada um de nós determinam o comportamento do indivíduo em qualquer campo de atuação. As características pessoais de uma pessoa, os traços marcantes do seu caráter, retratam o pai de família, a dona de casa, o profissional, o amador, o cidadão, o empregado, o patrão, o político, o eleitor... Entretanto, análises nesse sentido só podem ser feitas, com certa propriedade, por outra pessoa, nunca por nós mesmos. Eu jamais escreveria, por exemplo, uma autobiografia; pois, quando falamos de nossas próprias fraquezas, invariavelmente citamos apenas os “pecados menores”, mesmo assim dando um jeito de transformar nossa confissão em virtude maior, com a pretensão de estar sendo franco, autêntico, verdadeiro ao extremo. Definir a mim próprio? Bom, vamos saltar essa. Talvez um dia alguém possa, com toda franqueza, me dizer como sou de verdade. Só espero estar preparado para ouvir!

2 – Quando começou a escrever textos literários?

R: Como ocorre com a maioria dos escritores, comecei escrever ainda na infância, quando imaginava que, para ser poeta, bastaria saber rimar e metrificar, imbuído de profundos sentimentos capazes de transformar o mundo com um palavreado lamurioso. Logo descobri que poesia era coisa de poeta e, para o bem de todos e felicidade geral da literatura, abandonei a pretensa veia poética. Mas continuei acreditando que era dotado de vocação e habilidade para a prosa, que pode encerrar espontânea poesia. Senti a necessidade de desenvolver os talentos inatos, para tanto me dediquei à leitura, fui frequentador assíduo da Biblioteca Pública Municipal Breno Accioly. O Breno, de minha cidade natal, era contista, deixou uma obra importante. Foi contemporâneo e amigo de outro ilustre escritor alagoano, Graciliano Ramos. A leitura é mãe da escrita, e toda criança que aprende a gostar de ler sente-se inclinada a escrever.

3 - Onde nasceu e qual sua relação com o lugar em que mora?

R: Nasci em Santana do Ipanema, no Sertão Alagoano. Saí de minha cidade natal aos 17 anos de idade, porém ela nunca saiu de mim. Moro no Rio de Janeiro há muitos anos, mas já corri mundo, viajei pelo Brasil afora e até me estabeleci por algum tempo em cidades de diversos estados, a serviço de empresas para as quais trabalhei, ou mesmo instigado pelo espírito aventureiro, que, na juventude, é mais fácil a gente lhe dar vazão. Visitei terras estrangeiras, alguns países de nossa vizinhança territorial e ilhas-estado no Mar do Caribe. Gosto do Rio, me sinto bem aqui. Sempre que viajo, mesmo para a minha terra natal, ao voltar tenho a sensação de estar retornando às minhas origens. É estranho, mas é isso que acontece. É consequência de aqui ter constituído família e conquistado muitos amigos.

4 - Por que decidiu participar desta antologia?

R: Porque o organizador me inspirou confiança. Na internet encontramos muita gente tentando fazer o mesmo trabalho que Bruno Resende está fazendo, porém dá para notar que muitos deles colocam seus próprios nomes acima dos propósitos aos quais supostamente se dispõem, são pessoas ávidas por notoriedade. Em outros casos, o sucesso empresarial é basicamente o único objetivo. Não tenho nada contra quem almeja um ou outro, ou seja, sucesso empresarial ou notoriedade. As pessoas definem suas metas pautando-se por aquilo que mais lhes interessa, seja em estrito benefício pessoal ou visando o bem comum. “Cada um no seu quadrado”. Só não gosto de ser iludido, pois já não tenho idade para viver ilusões. Para os sonhos, sim, pois estes às vezes se tornam necessários à sobrevivência do indivíduo, e, quando isso acontece, eles se sobrepõem até mesmo às decepções. Reconheci em Bruno uma pessoa realmente empenhada em fomentar a produção escrita, mais especificamente a literatura que se produz em forma de arte, ao mesmo tempo em que busca meios para impulsionar o hábito da leitura, fazendo dela um prazer, e prazer é uma das maiores necessidades do ser humano. Identifiquei seriedade nesse trabalho. Foi por isso que decidi participar do projeto que, a cada dia e adesão, se torna realidade e ganha reconhecimento.

5- Fale-nos sobre sua atuação no jornalismo? O que defende?

R: Não sou jornalista diplomado, apenas colaboro para órgãos de imprensa. Em geral defendendo os direitos humanos. No final dos anos 1980, colaborei para a Folha de Pernambuco, como articulista. Naquela época eu militava em movimento social popular, secretariava as atividades de um grupo de associações de bairro. A entidade se constituía numa espécie de federação de conselhos de moradores da Zona Norte do Recife. Quando da minha participação na Folha pernambucana, ela era o segundo jornal de maior tiragem no Nordeste. Hoje é o primeiro. Os meus artigos eram assinados e acompanhados de créditos, aos quais foi adicionado o título de jornalista, pois o que eu fazia tinha características daquilo que chamam de jornalismo de opinião. Atualmente colaboro para diversos sites jornalísticos, com maior frequência para o Observatório da Imprensa e para o jornal russo Pravda, edição especial dedicada à Comunidade de Países de Língua Portuguesa. O diário espanhol La Insignia, que acaba de encerrar suas atividades, mantém nos seus arquivos uma série de artigos, crônicas e contos de minha autoria, resultado de três anos de colaboração. Estou sempre marcando presença na revista digital NovaE e no Portal Maltanet, este, lá de minha terra natal. Mantenho uma página pessoal no site Para Ler e Pensar, especializado em literatura. Outros ciberespaços que eventualmente republicam meus textos: Velhos Amigos, mantido pela carioca Lou Micaldas, O Lobo, dedicado ao jornalista e escritor Fausto Wolff, e Óleo do Diabo, do meu amigo Miguel do Rosário, jornalista e crítico de arte.

6 - Que outros livros você já publicou?

R: Minhas primeiras publicações em livro aconteceram em obras de autoria coletiva. Textos meus já foram editados pela PUC-Rio, em parceria com Loyola Editores, e pela Editora Museu da República. Tenho outros textos publicados em coletâneas de contos e crônicas laureados em concursos promovidos pela FESP-RJ. Até o presente, só editei um livro, digamos, solo: Saudades do Apocalipse, oito contos e um esquete. Em 1987, em Recife, escrevi duas peças de teatro, encenadas por grupos amadores, muito bem aceitas pelo público e até mesmo pela crítica especializada. Cheguei e me sentir incentivado a enveredar por esse caminho, mas fiquei por aí.

7- Que livro foi marcante na sua trajetória pessoal ou como escritor?

R: Muitos foram os livros que me impressionaram ao ponto de marcarem as diversas fases de minha vida, desde a infância, passando pela adolescência até alcançar a maturidade. Lembro-me que, ainda muito jovem, me deslumbrava com as narrativas de Júlio Verne. Muitos dos seus livros me encantaram: Vinte mil léguas submarinas, Viagem ao centro da terra, Da Terra à Lua, O raio verde, tudo me fazia sonhar. Sonhava com as aventuras e com os lugares descritos nas obras. Eu viajava nas obras de Júlio Verne, às vezes à noite, à luz de um lampião, pois ainda não dispúnhamos de luz elétrica no meu sertão. Mas existe, sim, um livro que mexeu profundamente comigo, posso dizer que abalou minhas fragilizadas estruturas mentais, me sacudiu, num momento em que eu estava precisando mesmo de um tratamento de choque. Trata-se de Não verás país nenhum, de Inácio de Loyola Brandão. Isso ocorreu em 1981. Eu navegava, à deriva, na casa dos 30. O gosto pelas aventuras estava se tornando, para mim, a única forma de sobrevivência, era a maneira que eu encontrava de manter uma espécie de lucidez insana. Mas fugia à busca da verdade, me agarra à realidade, como se esta fosse aquela; enfim, estava me alienando. O romance de Loyola Brandão me fez ir lá ao fundo do poço, resgatar valores desestimulados por uma sociedade que enaltecia o esforço individual como exclusivo meio de se conquistar... ou melhor – acho que isso define com mais precisão aquilo que vivíamos e ainda vivemos –, consumir felicidade.

8 - Como se dá o processo de criação das suas obras?

R: Isso eu também gostaria de saber. Às vezes, relendo alguns dos meus próprios escritos, tenho a impressão de que os redigi sob transe mediúnico. Estaria eu atendendo sugestões de entidades espirituais? Seria aquilo uma espécie de psicografia? Questionar nesse sentido é válido. Não foram raros os momentos em que me surpreendi com as sentenças que acabara de compor. Cheguei a me dedicar ao estudo do Espiritismo, através da chamada Codificação Kardequiana. Também li obras de Chico Xavier e Divaldo Pereira Franco, entre outros autores espíritas. Passei a acreditar que, quando da produção de obras literárias, qualquer autor pode receber influências extrassensoriais, ou extraintencionais, mas entendo que nada disso chegaria a ofuscar o mérito da autoria. A possibilidade de exercermos o livre-arbítrio nos leva a essa conclusão. Tentei compreender o ponto de partida das inspirações que despertam a criação literária, analisando dissertações sobre a verve, mas não encontrei nada muito esclarecedor. A ciência já avançou bastante no estudo da anatomia e do funcionamento da máquina cerebral. Neurônios, neurotransmissores, sinapses, tudo isso, a cada dia, se torna mais conhecido, promovendo enormes contribuições para a solução de problemas que nos afligem desde o princípio dos séculos. Mas certamente ainda ignoramos muito daquilo que o nosso cérebro é capaz. Enquanto isso, vamos escrever experimentando os inúmeros caminhos da criação literária.

9 - Em suas obras vemos o reflexo de grandes clássicos do pensamento universal, seja filosófico, seja literário. Que pensadores mais o influenciaram até o momento?

R: É fácil compreender que na infância e na adolescência somos mais suscetíveis a influências. Certamente estas não ocorrem apenas naquelas fases, claro. Mas a formação religiosa, por exemplo, para quem a recebeu de forma sistemática e nos moldes em que a mim foi ministrada, pode vir a ser desastrosa, aniquiladora, ou, considerando os menores males que causa, inibidora, atrasando o processo de amadurecimento do indivíduo. Observe que eu não estou condenando os princípios religiosos em si, mas a forma como fui doutrinado na infância. Entretanto, ainda muito jovem, descobri que um dos melhores caminhos para superar uma educação extremamente conservadora, dogmática, é a literatura. Hoje entendo que, sob o ponto de vista das influências que recebemos durante toda a nossa existência, a diversificação das fontes literárias exerce importante papel na evolução do pensamento reflexivo e crítico do indivíduo. Provavelmente, qualquer pessoa que tenha tido oportunidade de optar por variadas fontes e delas tenha se utilizado, possua chances de refletir “grandes clássicos do pensamento universal”, conforme você diz ter identificado em meus escritos. Porém os reflexos que podemos identificar através das obras de um autor não são necessariamente possíveis anuências deste com aqueles que o influenciaram. A estética não é patrimônio de ninguém, e ao conteúdo de qualquer objeto artístico podem ser acrescentados outros valores; mesmo que de natureza física, mas também moral ou intelectual. O que é originalidade? Com quais critérios podemos qualificar de plágio qualquer obra? Creio que dizer aquilo que muitos já disseram, mas fazê-lo de forma diferente, renovada, elaborando textos sob ponderações fundamentadas na própria experiência, é o que podemos chamar de originalidade. Portanto, ao meu entender, originalidade literária seria a capacidade de se expressar de forma autêntica através de originais paráfrases! Mas, respondendo diretamente à sua pergunta, eu diria que os pensadores que mais me influenciaram foram aqueles com quem tive meus primeiros contatos, ainda em tenra idade: meus pais, meus avós, tios, tias, parentes e amigos da família, professores, catequistas, curiosos... Foi essa minha gente quem me fez situar no mundo, assimilando conceitos geográficos, econômicos, ideológicos, políticos e sociais. Depois vieram os clássicos do pensamento universal, lapidando, ou bagunçando ainda mais, tudo aquilo que aprendi naqueles primeiros tempos.

10 - Como conheceu a "Nova Coletânea"?

R: Através da aproximação, por estas vias virtuais, com Bruno Resende.

11 - Como vê a atuação do projeto no âmbito virtual?

R: Vejo que já extrapolou os limites do virtual, está ganhando terreno, conquistando a confiança de muita gente.

12 - A internet é um lugar propício para o desenvolvimento de bons escritores?

R: Sim, desde que o internauta-escritor identifique os caminhos mais apropriados. No começo pode perder algum tempo, mas com a experiência adquirida, depois de ter o computador infectado por todo tipo de vírus, aprende a varrer o lixo e se livrar das arapucas virtuais. Há quem diga que internet é 90% lixo e 10% aproveitável. Não posso afirmar que esse seja um bom referencial estatístico, mas acredito que todo lixo é de alguma forma reciclável. Precisamos apenas administrar nosso tempo, priorizando aquilo que consideramos proveitoso. Internet é lugar propício para bons e maus escritores, excelente ferramenta para ajudar os “maus” a se tornarem “bons”.

13 - Que mensagem deixaria ao novo autor?

R: Diria que podemos facilmente concordar que qualquer pessoa pode vir a ser “escritor”, e encontramos muita gente escrevendo com razoável mérito; no entanto, “escritor-pensador” é uma espécie mais rara. Não é tão comum encontrarmos escritores que manifestem vocação e talento através dos seus escritos. São poucos os que expressam verdadeira arte literária. Existe muita gente fazendo um arremedo de literatura; são aqueles que querem ser o outro, esforçando-se para se tornar um “clone” daquele escritor que mais o influenciou, ou simplesmente o impressionou. Acredito que, quando escrevemos, nos expressamos muito além daquilo que o conjunto de palavras e frases aparentemente tenta revelar. Mas creio também que seria praticamente impossível nos revelarmos por inteiro, sem reservas, sem qualquer traço de ambiguidade, com aquilo que falamos ou escrevemos, por maior que seja o tempo ou o espaço disponível. Ao leitor cabe ir muito além das ideias e propósitos do autor. E não estou me referindo àquilo que pode estar implícito simplesmente nas entrelinhas. Refiro-me a uma espécie de “aura” que emana de todos os textos, mas que só pode ser assimilada pelo leitor compenetrado da importância daquilo que está lendo e imbuído de aguçado senso crítico. Finalmente recomendo: não tenha medo do ridículo; caso contrário, é melhor não escrever nada, pois é inevitável passar por ele de vez em quando. Já ri muito dos outros, no entanto tirei melhor proveito quando ri de mim mesmo.

14 – Como o leitor poderia contatá-lo? Poderia indicar sua(s) página(s) na WEB?

R: Para contatos, troca de idéias e informações, podem usar meu e-mail à vontade: fernando.56.campos@gmail.com . As páginas na Web já foram citadas em pergunta anterior, pesquisas no Google levam diretamente a elas. Obrigado.

http://entrevistaescritores.blogspot.com/2009/05/normal-0-21-false-false-false.html

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sábado, 30 de maio de 2009

José Kassab e Gilberto Serra: "Vote in nóis!"

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ATUALIZADO EM 19 de agosto de 2009




Companheiros,

A Editora Fundação Perseu faz parte da diretoria executiva da entidade promotora da Primavera dos Livros.

Faltando 20 dias para o evento, a Secretaria Municipal de Educação [SP] resolveu cancelar o apoio comprometido.

É o modo com os tucanos tratam a Cultura em São Paulo.

Passem adiante, por favor.

Abraço,

Rogério Chaves
Coordenador editorial
Fundação Perseu Abramo

Notícias:

QUE FALTA DE EDUCAÇÃO!

Secretaria Municipal de Educação cancela apoio à Primavera dos Livros a 20 dias da realização. - 18/8/2009

Leia aqui a carta da presidente eleita da Libre e veja o ofício do Secretário Alexandre Alves Schneider

São Paulo, 18 de agosto de 2009.

Caros Editores,

Na quinta-feira 13 de agosto, via ofício (veja abaixo), seco e sem maiores explicações, o Secretário de Educação do Município de São Paulo, Sr Alexandre Schneider, informou à LIBRE, a 20 dias da realização da Primavera dos Livros de São Paulo, que não honrará o compromisso de financiar o evento conforme acordado com nossa entidade.

Até aquele momento tivemos quatro meses de trabalho intenso da LIBRE junto a Secretaria, oito reuniões e exigências de contrapartida da LIBRE para a obtenção do apoio financeiro, como a preparação de um dia com programação especial para professores e mediadores de leitura do município. Temos hoje 800 mediadores de leitura, inscritos para esse dia, temos convidados confirmados, lançamentos previstos e toda uma estrutura montada e comprometida com a produção do evento para esse dia e os três dias subsequentes.

A Prefeitura havia fechado seu apoio em parcos 60 mil reais, que somados ao apoio da Biblioteca Nacional, Imprensa Oficial de São Paulo (que está rodando 8 mil catálogos, 80 mil filipetas, 30 mil cartões, 2 mil cartazes!!!) e a arrecadação dos editores, tudo isso administrado pelos próprios editores envolvidos com a produção resultaria em mais uma Primavera dos Livros.

Bem, apesar desse desmando, estamos nos organizando para que a Primavera efetivamente aconteça, pois entendemos que a sua realização é o momento em que muitos editores apresentam seus livros ao público, num formato diferenciado e acolhedor, em um evento gratuito, em que descontos reais são oferecidos para professores e para o público em geral, sem privilégios de exposição ditados pela força econômica de uma editora sobre a outra.

Sabemos também que muitos de nós, com sérias dificuldades de colocação de nossos livros nas prateleiras das poucas livrarias da cidade de São Paulo, disputando espaço com os best-sellers, têm na Primavera um momento importante de apresentação de seus catálogos, que repercute ao longo do ano em adoções, indicações e conseqüente maturação da trajetória de muitos títulos. Por tudo isso e por todos os compromissos assumidos com empresas co-produtoras, não vamos recuar.

Mas precisamos entender e repercutir junto aos meios de comunicação e também entre os formadores de opinião que a Secretaria de Educação do Município de São Paulo, ao ignorar o seu papel de apoiadora de um evento que agrega mais de uma centena de editores - pequenos e médios empresários que têm como seu ofício a produção de cultura e conhecimento - não apenas descumpre vergonhosamente seu trato e sua palavra com a LIBRE, mas, sobretudo, desrespeita a população da cidade de São Paulo que tem na Primavera a oportunidade democrática de acesso a uma produção primorosa que não é oferecida nas feiras de alto custo, nem em muitas das livrarias da cidade. A Secretaria Municipal de Educação ignora que a Primavera é evento oficial do calendário cultural da cidade e faz suas escolhas. Devemos todos, editores e cidadãos cobrar responsabilidades e acompanhar os gastos públicos, verificando a forma como serão usados os recursos que até ontem estavam destinados ao apoio de evento destinado à difusão da leitura na cidade de São Paulo.

Todos os cidadãos da cidade de São Paulo viram as escolhas da Prefeitura durante esta semana, que determinou aumentos de gastos com propaganda e cortes vergonhosos no sistema de limpeza da cidade. As escolhas falam por si mesmas. A nós cabe tornar pública a irresponsabilidade na condução política da secretaria.

Diante de tamanho problema, o envolvimento de cada editor na produção da Primavera de São Paulo, será absolutamente necessário e nos dará força, e no dia 10, comemoraremos a abertura da Primavera sem contudo, deixar de expressar nosso protesto pela falta de seriedade da secretaria com os editores e o público leitor e o descompromisso das autoridades com este evento que há 8 anos vem fortalecendo o acesso à cultura na cidade de São Paulo.

Cristina Fernandes Warth
Pallas Editora
Presidente eleita da Libre

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Postagem original em 30 de maio de 2009

José Kassab e Gilberto Serra: "Vote in nóis!"


Gilberto Kassab, prefeito demo de São Paulo, mandou inaugurar a Escola Municipal de Ensino Fundamental Vila Santa Maria, em Cidade Dutra, Zona Sul da capital paulista, mas alunos de 5ª, 6ª e 7ª séries dessa unidade de ensino não têm tido aulas de matemática, história, português, geografia, informática e leitura.

Nas escolas estaduais, estas sob a responsabilidade do governo José Serra, aliado do demo Kassab, foram distribuídos livros pornográficos para alunos do ensino fundamental.

Serra é aquele que foi ministro da Saúde no governo da privataria de FHC. Sim, ele mesmo, o que se envolveu no escândalo dos sanguessugas... Isso mesmo, o caso das ambulâncias compradas de forma fraudulenta. É o próprio, sim, aquele que, quando era ministro e viajava em aviões da FAB, picava papel e jogava no piso da aeronave dizendo que era para os militares terem o que fazer, ou seja, limpar a sujeira que ele espalhava propositadamente.

Kassab é o tal que apareceu na TV correndo atrás de um trabalhador a fim de cobrir o infeliz de porrada porque estava reclamando do mau atendimento num posto de saúde.

Nas próximas eleições, Serra quer se tornar presidente da República; Kassab, sabe lá o diabo, deve se contentar em ascender à governança do Estado de São Paulo.

Em outros tempos, quando não tínhamos a internet, talvez as ações desses dois políticos da safra DEM-PSDB já tivessem sido deletadas de nossa memória e enviadas para a lixeira alzheimeriana.

Agora podemos até acrescentar outras atrocidades cometidas por governantes como esses, despachar pelas nossas listas eletrônicas, postar em blogs, sites, comunidades de relacionamento e onde mais for possível, fazendo muita gente se lembrar com quem estamos tratando na hora de votar.

Vamos em frente, que 2010 se anuncia, prometendo uma batalha insana.

Lula vai de Dilma e PAC – dizem os seus adversários que isso é propaganda eleitoral fora de época.

O PSDB de Serra e demos aliados erguem o palanque com a CPI da Petrobras.

Bom, cada qual com seu cada qual.

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PressAA

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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Considerações sobre a tensão na Península Coreana

- Não fique triste, rapaz, você ainda terá um desses!


A imprensa brasileira tem enfocado a questão do teste nuclear realizado pela Coreia do Norte, dando destaque quase que exclusivo ao protesto internacional que a experiência bélica gerou. As redações, na tentativa de editar versão da performance kennediana no caso dos mísseis soviéticos em Cuba (1962), salientam a ameaça de retaliação por parte do governo Obama, que anunciou cerco à península asiática dividida em Coreia do Norte (pró-China) e Coreia do Sul (pró-EUA).

O Paralelo 38° serve de marco divisório entre as duas Coreias, conforme acordo firmado nas conferências de Yalta e Potsdam, em 1945, e aprovado pelas duas superpotências, EUA e URSS, logo após a Segunda Guerra Mundial. (Redefinindo o mapa mundial, esses encontros de cúpula também dividiram a Alemanha em Ocidental e Oriental, até a reunificação em 1990.)

Em 1950, a Coreia do Norte invadiu a Coreia do Sul e marchou sobre a sua capital, Seul. Deu-se início a uma guerra que durou três anos, na qual os EUA investiram todo seu poderio militar. O exército norte-americano chegou a invadir a Coreia do Norte até alcançar a fronteira com a China, e esta acabou entrando na guerra, que terminou com as Coreias separadas conforme o acordo de 1945.

Barack Obama considerou o teste atômico da Coreia do Norte "uma violação flagrante do direito internacional" e anunciou que iria "trabalhar com os nossos amigos e aliados para enfrentar esse comportamento." Como medida preliminar, o império yankee expediu “mandado de busca e apreensão” contra navios norte-coreanos suspeitos de portar armas de destruição em massa. De imediato ganhou o aval da Coreia do Sul, que se dispõe a auxiliar seu protetor nesta tarefa.

Rede de Correspondentes do Castor – alternativa para quem quiser estar mais bem informado

Através da Rede de Correspondentes (33 mil endereços eletrônicos) mantida pelo engenheiro aposentado Castor Filho, um dos muitos brasileiros indignados com as omissões, distorções, sofismas e falácias que definem o modus operandi da maior parte da imprensa brasileira, recebi e-mail veiculando artigo intitulado “Doublespeak on North Korea” (“‘Duplifalar’, agora, sobre a Coreia do Norte”) de Paul Craig Roberts, ex-secretário-assistente do Tesouro no governo Reagan. Co-autor do livro The Tyranny of Good Intentions (“A tirania de boas intenções”).

Transcrevo abaixo trechos do artigo de Paul Craig Roberts, traduzido pela linguista Caia Fittipaldi, membro da rede de correspondente do Castor:

"Obama conclama o mundo a enfrentar a Coreia do Norte" – diz a manchete. Os EUA, disse Obama, estariam firmes "para defender a paz e a segurança do mundo". Palavras de 'duplifalar', de 'duplipensar', à moda de 1984.

(...)

São os mesmos EUA que bombardearam a Sérvia, inclusive a embaixada chinesa e trens de passageiros; que entregaram a Sérvia a uma gang de traficantes muçulmanos, emprestando-lhes soldados da OTAN para proteger a 'operação'... do tráfico?

São os mesmos EUA responsáveis pela morte de um milhão de iraqueanos, e que deixam órfãos e viúvas onde quer que apareçam, e que converteram em refugiados 1/5 da população do Iraque?

São os mesmos EUA que impedem o mundo de condenar Israel pelo ataque assassino contra civis libaneses em 2006 e contra civis em Gaza em 2009, os mesmos EUA que dão cobertura ao assalto israelense contra a Palestina, que já dura mais de 60 anos, assalto e roubo que já produziu quatro milhões de refugiados palestinos, arrancados de suas casas, vilas, cidades, pelo terror e pela violência de Israel?

Os mesmos EUA que fazem hoje manobras militares em repúblicas ex-soviéticas e estão cercando a Rússia com um anel de bases de mísseis?

Os mesmos EUA que bombardearam o Afeganistão até converter o país num amontoado de ruínas, com milhares de civis mortos?

Os mesmos EUA que criaram um ano novo infernal no Paquistão, ataque que, só nos primeiros dias, produziu um milhão de refugiados?

“Paz e segurança do mundo”? Mundo de quem?


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A Coreia do Norte entendeu a ameaça de interceptação de seus navios por parte dos EUA e seu aliado como uma declaração de guerra e prometeu aplicar a Lei de Talião: olho por olho, dente por dente; caso algum barco sul-coreano ou americano invada suas fronteiras marítimas ou muito próximo delas navegue em atitude suspeita. O regime da República Democrática Popular da Coréia (RPDC) até já anunciou o fim do armistício que encerrou oficialmente a guerra travada entre o Norte e o Sul em meados do século passado.

A imprensa brasileira parece ignorar o fato de que o Brasil, neste exato momento, está empenhado em inaugurar embaixada em Piondjiangue (Pyongyang), apesar de sermos a primeira democracia das Américas a estabelecer relações diplomáticas residenciais com a Coréia do Norte.

Para o cargo de embaixador brasileiro junto ao governo norte-coreano, foi designado o experiente diplomata Arnaldo Carrilho.

Carrilho, com quase meio século de carreira diplomática, já representou o Brasil em 14 países, além de chefiar o Escritório de Representação do Brasil em Ramallah, capital provisória da Autoridade Palestina nos Territórios Ocupados. A cerimônia de entrega das credenciais do embaixador brasileiro ao presidente palestino Mahmoud Abbas foi adiada três vezes, em vista da intensificação do conflito entre israelenses e palestinos, e somente três meses depois de assumir o cargo, Arnaldo Carrilho pôde exercê-lo efetivamente.

Desta vez, em vista do agravamento das tensões na Península Coareana, o Brasil suspendeu temporariamente a instalação da Missão Diplomática residencial em Piondjiangue. Neste momento Arnaldo Carrilho se encontra hospedado na Embaixada do Brasil em Pequim, aguardando instruções do Itamaraty, que por sua vez aguarda resolução do Conselho de Segurança da ONU.

Falas do embaixador Arnaldo Carrilho em entrevista à BBC Brasil:

"O Brasil surgiria, e eu pretendo ainda que surja, como um proponente do diálogo". / "O que queremos é fazer a República Popular Democrática da Coreia do Norte sair do esconderijo onde está, desse isolamento onde está." / "Os canais de interlocução da Coreia do Norte estão meio entupidos. Com essa bomba, então, ficou muito entupidinho o negócio, então a ideia é o Brasil chegar e ajudar." / "O que estamos tentando com a embaixada em Pyongyang é demonstrar uma atitude 'possibilista'. É ver até que ponto existe a possibilidade de evitarmos este rompimento da adoção das resoluções internacionais."

O embaixador acrescentou ainda que, por enquanto, o Brasil não poderia fazer parte das negociações de desarmamento que envolvem o grupo de seis países formado pelas Coreias do Norte e do Sul e por Japão, China, Rússia e Estados Unidos.

"Nós não temos esta intenção manifesta, nem poderíamos apresentar-nos como candidatos, tendo em vista que ser observador do grupo dos seis países depende de um convite deles", afirma Carrilho. "Não podemos nos fazer convidar."

Confiante na elevada capacidade do embaixador Arnaldo Carrilho, envio-lhe votos de sucesso em sua nova missão.

Também publicado na revista digital NovaE
http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=1287

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Não pague pra ver, aqui você tem uma amostra grátis de como seria o Brasil nas mãos de Serra

Atualizado em 3 de agosto de 2010



Conversa Afiada do PHA


Serra não dá comida a professor de SP
Publicado em 02/08/2010

Comam brioche

Saiu na Folha (*) (na Folha !) online: 02/08/2010

São Paulo atrasa vale-alimentação de professores da rede estadual

FÁBIO TAKAHASHI – (que é bom procurar outro emprego … – PHA)

Professores da rede estadual de São Paulo não recebem desde fevereiro o auxílio alimentação, utilizado para gastos em supermercados. Segundo o governo Goldman (PSDB), houve problema no sistema que fornece informações para o pagamento, que será solucionado nos próximos dias.

Os valores atrasados serão pagos, afirma a Secretaria de Gestão. A pasta não soube informar quantos dos cerca de 200 mil docentes estão sem receber o benefício.

A Apeoesp (sindicato dos professores) afirma que já recebeu dezenas de consultas de educadores, que reclamam da falta de pagamento ou de valores abaixo do correto. O benefício varia de acordo com a carga horária do professor. A quantia máxima é de R$ 80 mensais.

“Com o nosso salário, cada centavo faz falta. Estou pedindo dinheiro para o meu pai para comprar comida ou pedindo para comprar fiado no mercado”, diz um professor de português da região de Campinas (interior de São Paulo). O docente tem carga horária semanal de 30 horas e recebe R$ 1.500 de salário bruto. “Além de atrasar, o vale não é reajustado há dez anos”, completa o docente.

COXINHA

O valor dos vales foi alvo de críticas durante a greve dos professores no primeiro semestre, que durou um mês e acabou logo após o então governador, José Serra (PSDB), deixar o cargo para concorrer à Presidência.

Como forma de protesto, os grevistas fizeram almoço com coxinhas na avenida Paulista, em alusão ao valor de cada vale, R$ 4. A categoria pedia que o valor do benefício fosse multiplicado em quase quatro vezes. O governo dizia não haver condições financeiras.

Segundo a Secretaria de Gestão, o problema no sistema ocorreu após a inclusão neste ano de duas jornadas na carreira dos professores –eram apenas duas.
Com a falha técnica, “uma parcela dos professores passou a receber pagamento do beneficio a mais ou a menos”, afirma nota da pasta.

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Atualizado em 8 de julho de 2010


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Postagem atualizada em 1 de dezembro de 2009




28/10/2008 - 18h47

Serra, do PSDB, e Arruda, do DEM, ensaiam aliança para 2010, em Brasília

RENATA GIRALDI

da Folha Online, em Brasília

Em nome de uma parceria técnica destinada à melhoria de moradias populares, os governadores de São Paulo, José Serra (PSDB), e do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM) sinalizaram nesta terça-feira a eventual aliança política para 2010. Ambos trocaram elogios mútuos na presença de líderes nacionais dos dois partidos políticos.

A justificativa oficial para o encontro dos dois governadores e das demais autoridades foi a assinatura de um convênio técnico para cooperação em habitação popular. O objetivo é executar programas de regularização fundiária, urbanização e capacitação profissional.

Mas na prática Arruda e Serra indicaram que a união entre os dois e seus partidos está evoluída. O governador do Distrito Federal brincou que estava "copiando" um projeto do colega de São Paulo.

"Estamos copiando o que deu certo, já copiei experiências do Paraná, que deram certo. Algumas experiências de Minas Gerais e agora essas experiências de São Paulo, só tenho a agradecer ao governador Serra", disse Arruda --único governador do DEM. Serra retribuiu afirmando que o "que é bom deve ser copiado".

Oficialmente, ambos desconversaram sobre a possibilidade de aliança tendo Serra como cabeça de chapa e Arruda, na vice. A opção foi partir para um discurso diplomático e nada agressivo inclusive ao tratar da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), nome apontado como candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sua sucessão.

"Não estou especulando para 2010", afirmou Serra, esforçando-se para escapar das perguntas sobre sua candidatura para presidente da República. "O fundamental agora é tratar do governo do Estado", disse ele.

Segundo o governador, ainda é cedo para dar início à campanha presidencial. "São dois anos. Ainda falta muito tempo. O que a gente tem de fazer é administrar da melhor forma possível [o Estado de São Paulo] e de tal forma que dê certo", afirmou ele.

A cerimônia, na qual Serra e Arruda estavam presentes, também participaram dela os ex-ministros Eduardo Jorge (PSDB), Pimenta da Veiga (PSDB) e José Jorge (DEM), além do presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u461464.shtml
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Esquema desvia R$ 40 mi do Detran [SP]

Pagamentos de contratos para emplacar carros seriam superfaturados em 200%; laranjas controlam empresas

Marcelo Godoy

Empresas contratadas pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para emplacar veículos em São Paulo são acusadas de fraudes que deram prejuízo estimado de pelo menos R$ 40 milhões. Delegados e empresários são suspeitos de participar do suposto esquema milionário. Laranjas controlariam a principal empresa contratada pelo departamento.

A fraude principal seria o superfaturamento de até 200% da medição dos serviços contratados. Ela envolveria centenas de Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans) de São Paulo - o Estado tem 344. O esquema era simples. As Ciretrans enviavam todo mês ao Detran um documento atestando que a empresa emplacara mais carros do que havia efetuado. O atual diretor do Detran, Carlos José Paschoal de Toledo, suspendeu os pagamentos nos últimos três meses e constatou que as empresas deviam receber só um terço do que pleiteavam. Passou a pagar só o que devia.

Os pagamentos a mais eram feitos sem que os gestores dos contratos - alguns deles carcereiros - confrontassem a prestação de contas das empresas com os registros de veículos emplacados nas Ciretrans. Eram as prestações de contas das empresas que serviam de comprovação para a liberação dos pagamentos pelo governo. Quem mandava pagar com base nesse documento era a Divisão de Administração do Detran.

O esquema começou a desmoronar quando o presidente da Associação dos Fabricantes de Placas de Automóveis, Hélio Rabello Passos Junior, denunciou o caso à Secretaria da Segurança Pública em 3 de julho. O titular da pasta, Antônio Ferreira Pinto, determinou a apuração. Passos Junior afirmava a existência de irregularidades no cumprimento dos dez contratos do Detran com as empresas Cordeiro Lopes e Centersystem - elas negaram as acusações. As empresas assinaram em 2006 os contratos com o Detran depois de vencerem licitação oferecendo o menor preço.

Deveriam fornecer a placa comum por R$ 2,2 em São Paulo (Centersystem) e R$ 4,5 no restante do Estado (Cordeiro Lopes). E aí é que começavam os problemas. Os valores são, segundo Passos Junior, inexequíveis, pois abaixo do preço de custo fixado por laudo da Universidade de São Paulo (USP). Como as empresas conseguiam fornecer placas por esse preço? Segundo Passos Junior, por meio de uma série de fraudes. Ao depor na Corregedoria da Polícia Civil, ele enumerou 14 tipos delas que, somadas, teriam causado prejuízo em R$ 40 milhões - a Centersystem recebeu R$ 9 milhões pelos serviços de janeiro de 2008 a julho deste ano e a Cordeiro, R$ 64,8 milhões.

O empresário relata que já havia batido em muitas portas para contar o que sabia, inclusive na do então diretor do Detran, delegado Ruy Estanislau Silveira Mello, para que práticas abusivas e ilegais cessassem. "Mas nada foi feito. O Detran decidiu prorrogar tais contratos, contrariando novamente os princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade e eficiência", afirmou, ao depor. Mello diz que mandou apurar tudo e informou os superiores.

OSASCO

Um mês depois de o empresário fazer a denúncia, assumiu a Ciretran de Osasco o delegado Gilberto Barbosa da Silva. Logo no primeiro mês no cargo, o delegado foi conferir a prestação de contas da Cordeiro Lopes. Esta dizia ter direito a receber R$ 277,7 mil pelos serviços de lacração em junho, referentes a 13.590 veículos emplacados.

"Todavia, a Ciretran de Osasco expediu para lacração 4.007 documentos, constatando-se uma diferença a mais de 9.853 casos", diz relatório do delegado. Só naquele mês, a empresa teria recebido R$ 200 mil a mais. Em junho, a Cordeiro havia dito que tinha R$ 346 mil a receber. "A realidade a receber gira em torno de R$ 80 mil." Haveria também nesse mês um superfaturamento na medição do serviço de cerca de R$ 260 mil.

Diante disso, o delegado informou os chefes e o Detran. A iniciativa ajudaria a formar a crise que levaria à mudança da direção do Detran - Mello foi substituído em outubro no cargo por Toledo. Ao depor, o delegado Silva contou que foi procurado por representantes da Cordeiro Lopes que "insistiam em convidá-lo para um almoço". Uma funcionária da empresa disse que ele "não sabia a força que eles tinham". "Apesar de todas essas intimidações, estou com a consciência tranquila, pois fiz o que era meu dever."

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091130/not_imp474090,0.php

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SP e DF fazem acordo em saneamento

Quinta-feira, 03 de Setembro de 2009

Duas das principais empresas de saneamento do país planejam unir forças para atuarem juntas em futuras oportunidades de negócios. A Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo), vinculada à Secretaria de Saneamento e Energia do estado de São Paulo, e a Caesb (Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal) assinaram quinta-feira (03/09), às 18h, um termo de cooperação técnica para a realização de parcerias em projetos relacionados a água, esgoto, resíduos sólidos e geração de energia no Brasil e no exterior, na presença dos governadores José Roberto Arruda(DF) e José Serra (SP).

O acordo, com validade de cinco anos, prevê a transferência de tecnologias para a redução e controle de perdas d’água, desenvolvimento conjunto de softwares e sistemas de automação, compartilhamento de experiências em captação de recursos financeiros nos mercados de capitais, entre outras ações.

A solenidade aconteceu na sede do governo do Distrito Federal e contou com as presenças do governador de São Paulo, José Serra, do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, da secretária de Saneamento e Energia do estado de São Paulo, Dilma Pena, do presidente da Sabesp, Gesner Oliveira, e do presidente da Caesb, Fernando Leite e outras autoridades locais.

Sabesp

Esse é o sexto convênio interestadual firmado pela Sabesp no País. A empresa já tem acordos com as concessionárias do Rio Grande do Sul (Corsan), Alagoas (Casal), Paraíba (Cagepa), Santa Catarina (Casan) e Espírito Santo (Cesan). No exterior, a companhia assinou em janeiro um termo de cooperação com o Instituto Costarricense de Acueductos y Alcantarillados (Aya), da Costa Rica, e, recentemente, com a Agbar, da Espanha.

Os termos assinados com a Cesan e a Casal, por exemplo, possibilitaram a assinatura de contratos de prestação de serviço. As Leis Estaduais 12.292/2006 e 1.025/2007 permitiram à Sabesp atuar fora do Estado e no exterior, em áreas como drenagem, resíduos sólidos e energia.

Para a Sabesp, principal empresa de saneamento da América Latina e a quinta maior do mundo por número de clientes, essas parcerias refletem a necessidade cada vez maior do intercâmbio de tecnologias e práticas entre as empresas de saneamento, com o objetivo de aprimorar a prestação dos serviços e, com isso, atingir a universalização do abastecimento de água, coleta e tratamento dos esgotos para a população, além da oportunidade de atuação fora do estado de São Paulo.

Caesb

A Caesb atende a 99,45% da população urbana do Distrito Federal com distribuição de água tratada e 93,5% com coleta de esgoto. 100% do esgoto coletado é tratado. Os 7% não atendidos são, em maioria, de condomínios não regularizados, que existem em grande número no DF, mas a situação está sendo superada por uma política de inclusão dessa população. A Caesb, a partir da Lei Distrital nº 2.416/1999, também, ampliou sua área de atuação para fora do DF, com parcerias de serviços de saneamento sendo executados no Mato Grosso e Maranhão, Amapá, Rio Grande do Norte e experiências no exterior.

A escassez na disponibilidade de água é hoje o maior desafio para a Caesb. Com demanda em torno de 8,0 m3/s no DF, há uma dificuldade de abastecimento na região em um futuro bem próximo. Para enfrentar esse problema, a empresa tem atuado em três frentes: aumentar a eficiência no uso da água; melhorar a qualidade das águas dos mananciais; e incorporar novos mananciais.

Outra preocupação da Caesb é com o saneamento básico no Entorno do Distrito Federal (cidades pertencentes ao estado de Goiás, mas circunvizinhas a Brasília, com atividades relacionadas à capital federal). Como essas localidades têm nível de atendimento de saneamento muito baixo, elas acabam sendo fontes de contaminação das águas do DF.

Para fazer frente a esses desafios, a Caesb e a Saneago criaram um consórcio que hoje atende a esse município. As obras de um sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário, em Águas Lindas, já foram iniciadas. Agora, o acordo com a Sabesp reforça a Caesb para vencer esses desafios.

http://www.saneamento.sp.gov.br/noticias/2009/Setembro/03_09.html




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Postagem atualizada em 24 de novembro de 2009













Governo paulista é permeado por gastos desnecessários, promessas não cumpridas, altas tarifas, precarização do serviço e escândalos. Se você vota em José Serra, ainda há tempo para mudar... Não queira para o Brasil o que Serra faz por São Paulo!

Por Douglas Yamagata


Propaganda é a alma do negócio

Propaganda: Os gastos com propaganda do governo Serra saltaram de R$ 88 milhões em 2007, para R$ 202 milhões em agosto de 2009, podendo ultrapassar a R$ 300 milhões até o final de 2009.

Geração de Emprego e Renda: estão previstos recursos de R$ 1,3 milhão. Foram gastos R$ 0,00 (zero) até o momento (agosto/2009).

Saneamento: estão previstos recursos de R$ 3,2 milhões em apoio à implantação de Política Estadual. Foram gastos R$ 0,00 (zero) até o momento (agosto/2009).

Agência de Desenvolvimento: estão previstos recursos de R$ 132 mil em apoio à criação da agência. Foram gastos R$ 2 mil até o momento (agosto/2009).

Recuperação de Mananciais: estão previstos recursos de R$ 106 milhões na Recuperação do Alto Tietê. Foram gastos R$ 10 mil até o momento (agosto/2009).

Policiamento Comunitário: estão previstos recursos de R$ 650 mil em investimentos. Foram gastos R$ 105 mil até o momento (agosto/2009).

Vigilância Epidemiológica: estão previstos recursos de R$ 382 mil no combate à dengue. Foram gastos R$ 153 mil até o momento (agosto/2009).

Programa de Saúde da Família: estão previstos recursos de R$ 34 milhões em investimentos. Foram gastos R$ 12 milhões até o momento (agosto/2009).

Inteligência Policial: estão previstos recursos de R$ 253 milhões em investimentos. Foram gastos R$ 76 milhões até o momento (agosto/2009).

Um mau pagador de promessas

José Serra não cumpriu até agora nem metade das promessas de campanha. Nas áreas de saúde, educação, transporte e segurança, ele não atingiu nem 40% das metas.

Na educação há problemas de gestão tais como: capacitação de professores, material didático errado e problemas nas reformas e construções de novas escolas.

No setor de habitação, não foram cumpridas metas de urbanização de favelas, construção de moradias e financiamentos.

Uma epidemia de violência e crimes

Dos 12 indicadores de criminalidade, divulgados pela Secretaria de Segurança Pública no primeiro semestre de 2009, 10 tiveram aumentos expressivos.

Latrocínio: aumento de 79,3% em relação ao mesmo período de 2008.

Estupro: aumento de 16,9% em relação ao mesmo período de 2008.

Roubo de veículos e cargas: aumento de 20% em relação ao mesmo período de 2008.

Homicídios: SP atingiu taxa de 11 casos por grupo de 1000 habitantes, considerado epidemia pela Organização Mundial de Saúde.

Seqüestros: aumento de 75% no 2º trimestre – comparado com o mesmo período de 2008.

Investimentos: Em 2008, houve corte de R$ 580 milhões em segurança.

Instalações para Polícia Civil: promessa de 40 instalações, sendo que foram entregues apenas 13 até o momento (agosto/2009).

Recursos: corte em R$ 650 mil em recursos ao policiamento comunitário.

Presídios: promessas não cumpridas de 40 mil novas vagas e 49 presídios.

Um crime contra a Saúde do Povo

Houve a entrega do Sistema Único de Saúde às Organizações Sociais (privatização e terceirizações).

Esquema de “duas filas” ampliou a demora no atendimento do SUS e discriminação na porta de entrada.

Em 2008, R$ 585 milhões deixaram de ser aplicados na saúde da população.

De 2000 a 2008, o governo tucano tirou R$ 3,3 bilhões do setor de saúde, suficiente para construir 66 hospitais de 250 leitos.

Além de tudo, faltam médicos, leitos e remédios, em conseqüência da política adotada pelo PSDB.
A educação em crise permanente

A educação na gestão tucana distribuiu livros com erros grosseiros, unidades depredadas, profissionais mal pagos e altos índices de analfabetismo.

São Paulo está em 14º lugar em 2008, nas avaliações de desempenho escolar do MEC.

O Estado de São Paulo possui 1,4 milhão de analfabetos, sendo que a taxa de adultos é 4,7% mais alta do que países como a Argentina (2,8%).

Trabalhador em segundo plano

Apesar da inscrição de 900 mil pessoas, o programa de frente de trabalho e qualificação, menos de 200 mil foram beneficiadas.

O Banco do Povo deveria conceder 140 mil empréstimos, sendo que mal chegou a 60 mil.

Funcionalismo sofre com o arrocho

O governo de São Paulo não garante o salário-mínimo regional aos servidores.

Na iniciativa privada um auxiliar de serviços gerais recebe R$ 505, enquanto que o servidor paulista recebe pela mesma ocupação R$ 133 (sem bônus e gratificações).

Serra desobedece a data-base dos funcionários públicos, não implanta planos de carreira, discrimina aposentados e pensionistas nos benefícios, amplia a terceirização dos serviços.

Os trabalhadores do Estado “mais desenvolvido” do pais recebem um mísero tíquete de alimentação de R$ 4,00.

Metrô: atrasos, panes e mortes

Os governos tucanos de 1995 à 2009, construíram apenas 2 km por ano em linha do metrô de São Paulo.

Os metrôs de SP possuem um média de 9 passageiros por metro quadrado, enquanto que o tolerado é de 6 passageiros.

Os passageiros do metrô de SP sofrem diariamente com panes, atrasos, filas e megalotação, por falta de investimentos, manutenção e planejamento.

São Paulo, terra dos pedágios

Desde o inícios dos mandatos do PSDB no governo de São Paulo, o número de pedágios foram multiplicados por 4 e suas tarifas são as mais altas do mundo.

Em 1997, eram 40 pedágios – agora, são 163. Devem chegar em breve à 170.

Os pedágios de São Paulo são seis vezes mais caras que as tarifas das rodovias federais.

Os 21,6 milhões de veículos que pagam tarifas nos pedágios, deixam em média R$ 126 por segundo nos pedágios, e os lucros devem superar a R$ 4 bilhões este ano.

Rodoanel: supercaro e atrasado

O trecho Sul foi cotado inicialmente em R$ 2,5 bilhões para ser entregue em novembro de 2009. Deve passar dos R$ 4,5 bilhões e deve ser entregue só em 2010 antes das eleições.

Imposto alto e pagamento adiantado

Governo Serra passou a cobrar antecipadamente o ICMS, prejudicando vários setores produtivos, micro e pequenos empresários.

A carga tributária paulista subiu de 9,10% para 9,77% do PIB, de 2007 para 2008.

Blindagem e falta de transparência

Mesmo com acusações de pagamento de propinas às empresas Alstom e Siemens, o governo Serra continuam com contratos com estas empresas.

Com a Alstom são R$ 9,6 bilhões em contratos firmados desde 1989.

No governo Serra, os contratos com a Alstom somam R$ 2,08 bilhões.

Máfia das casinhas

A Assembléia Legislativa investiga irregularidades e fraudes em licitações no CDHU. Estima-se que foram 60 contratos irregulares da companhia, de 2001 a 2007, num total de R$ 135 milhões.
Fonte: extraído da Cartilha “Arrocho, Descaso, Má Gestão” – publicada pela Bancada do PT na Alesp - 2009

Postado por Douglas Yamagata

http://douglasyamagata.blogspot.com/2009/11/governo-serra-arrocho-descaso-ma-gestao.html





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Postagem atualizada em 16 de novembro de 2009

Para ver em tamanho ampliado, clique nas imagens






No governo Serra, estudantes têm que pagar por uniforme e prova

"Estava na secretaria, conversando com a vice-diretora, quando uma outra funcionária disse: "ela está com uniforme pirata" e acabei levando uma advertência". Quem faz o relato é Camila Carolina Bonfim, estudante da EE São Paulo, que é uma escola pública tida como referência na rede paulista. Detalhe: a escola cobra R$ 20 pela camiseta e R$ 50 pela calça.

A medida exótica não vale apenas para uniformes, mas também para as provas. Para ter o xerox do exame e não precisar copiar as questões da lousa, com papel trazido de casa, cada aluno paga R$ 2.

Por óbvio, as práticas são contra a lei, já que trata-se de colégio da rede pública e gratuita, custeada pelos impostos pagos pela população.

Além de ilegal, as cobranças trazem constrangimentos aos alunos. "Se quer uniforme barato, que vá estudar perto da sua casa", foi a resposta ouvida por Camila ao justificar que confeccionou a peça por conta própria por ser mais barata que as "oficiais". Os alunos que se recusam a pagar a "taxa" da prova têm ainda o número de suas matrículas escritos no quadro negro.

Pega no contrapé, a direção da escola afirma que a prática foi suspensa e diz que o recurso das provas era repassado à Associação de Pais e Mestres e o dos uniformes, diretamente ao fornecedor.

Para Arthur Herculano, presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES), "a medida é um absurdo contra os estudantes e mostra o total descontrole da secretaria de educação com as escolas da rede pública estadual".

"Mais uma vez o estado de São Paulo protagoniza um vexame nacional. A dupla José Serra/Paulo Renato estão arruinando o ensino público estadual", completa Arthur. É o jeito tucano de governar que não para de surpreender - ou melhor, de escandalizar -, principalmente na área educacional.

De São Paulo,

Fernando Borgonovi

Publicado no Portal Vermelho


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Toneladas de livros novos, edições 2009, que deveriam ser distribuídas entre os alunos de escola da Rede Estadual de Ensino Público do Estado de São Paulo foram jogadas no lixo

Veja o vídeo no blog NaMaria News, especializado nas questões de educação no governo Serra. Lá você encontrará muitas matérias tratando de graves problemas ocorridos nessa administração.

Observe, no vídeo, que a apresentadora do programa, para esconder a cara de Serra (que não é citado na reportagem, nem ele nem o secretário de Educação do Estado), diz que foram livros da ".. rede estadual de Ribeirão Preto". Putz!

http://namarianews.blogspot.com/2009/10/o-silencio-dos-inocentes.html

Entrevistaram a vice-diretora da escola (pegaram a coitada de "bucha"). Ela ficou nervosa e descarregou dizendo: "Deve ser aluno que jogou".





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ATUALIZADO EM 19 de agosto de 2009




Companheiros,

A Editora Fundação Perseu faz parte da diretoria executiva da entidade promotora da Primavera dos Livros.



















Faltando 20 dias para o evento, a Secretaria Municipal de Educação [SP] resolveu cancelar o apoio comprometido.











É o modo com os tucanos tratam a Cultura em São Paulo.











Passem adiante, por favor.











Abraço,

Rogério Chaves
Coordenador editorial
Fundação Perseu Abramo

Notícias:











QUE FALTA DE EDUCAÇÃO!











Secretaria Municipal de Educação cancela apoio à Primavera dos Livros a 20 dias da realização. - 18/8/2009

Leia aqui a carta da presidente eleita da Libre e veja o ofício do Secretário Alexandre Alves Schneider

São Paulo, 18 de agosto de 2009.

Caros Editores,

Na quinta-feira 13 de agosto, via ofício (veja abaixo), seco e sem maiores explicações, o Secretário de Educação do Município de São Paulo, Sr Alexandre Schneider, informou à LIBRE, a 20 dias da realização da Primavera dos Livros de São Paulo, que não honrará o compromisso de financiar o evento conforme acordado com nossa entidade.

Até aquele momento tivemos quatro meses de trabalho intenso da LIBRE junto a Secretaria, oito reuniões e exigências de contrapartida da LIBRE para a obtenção do apoio financeiro, como a preparação de um dia com programação especial para professores e mediadores de leitura do município. Temos hoje 800 mediadores de leitura, inscritos para esse dia, temos convidados confirmados, lançamentos previstos e toda uma estrutura montada e comprometida com a produção do evento para esse dia e os três dias subsequentes.

A Prefeitura havia fechado seu apoio em parcos 60 mil reais, que somados ao apoio da Biblioteca Nacional, Imprensa Oficial de São Paulo (que está rodando 8 mil catálogos, 80 mil filipetas, 30 mil cartões, 2 mil cartazes!!!) e a arrecadação dos editores, tudo isso administrado pelos próprios editores envolvidos com a produção resultaria em mais uma Primavera dos Livros.

Bem, apesar desse desmando, estamos nos organizando para que a Primavera efetivamente aconteça, pois entendemos que a sua realização é o momento em que muitos editores apresentam seus livros ao público, num formato diferenciado e acolhedor, em um evento gratuito, em que descontos reais são oferecidos para professores e para o público em geral, sem privilégios de exposição ditados pela força econômica de uma editora sobre a outra.

Sabemos também que muitos de nós, com sérias dificuldades de colocação de nossos livros nas prateleiras das poucas livrarias da cidade de São Paulo, disputando espaço com os best-sellers, têm na Primavera um momento importante de apresentação de seus catálogos, que repercute ao longo do ano em adoções, indicações e conseqüente maturação da trajetória de muitos títulos. Por tudo isso e por todos os compromissos assumidos com empresas co-produtoras, não vamos recuar.

Mas precisamos entender e repercutir junto aos meios de comunicação e também entre os formadores de opinião que a Secretaria de Educação do Município de São Paulo, ao ignorar o seu papel de apoiadora de um evento que agrega mais de uma centena de editores - pequenos e médios empresários que têm como seu ofício a produção de cultura e conhecimento - não apenas descumpre vergonhosamente seu trato e sua palavra com a LIBRE, mas, sobretudo, desrespeita a população da cidade de São Paulo que tem na Primavera a oportunidade democrática de acesso a uma produção primorosa que não é oferecida nas feiras de alto custo, nem em muitas das livrarias da cidade. A Secretaria Municipal de Educação ignora que a Primavera é evento oficial do calendário cultural da cidade e faz suas escolhas. Devemos todos, editores e cidadãos cobrar responsabilidades e acompanhar os gastos públicos, verificando a forma como serão usados os recursos que até ontem estavam destinados ao apoio de evento destinado à difusão da leitura na cidade de São Paulo.

Todos os cidadãos da cidade de São Paulo viram as escolhas da Prefeitura durante esta semana, que determinou aumentos de gastos com propaganda e cortes vergonhosos no sistema de limpeza da cidade. As escolhas falam por si mesmas. A nós cabe tornar pública a irresponsabilidade na condução política da secretaria.

Diante de tamanho problema, o envolvimento de cada editor na produção da Primavera de São Paulo, será absolutamente necessário e nos dará força, e no dia 10, comemoraremos a abertura da Primavera sem contudo, deixar de expressar nosso protesto pela falta de seriedade da secretaria com os editores e o público leitor e o descompromisso das autoridades com este evento que há 8 anos vem fortalecendo o acesso à cultura na cidade de São Paulo.

Cristina Fernandes Warth
Pallas Editora
Presidente eleita da Libre

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Postagem original em 28 de maio de 2009











Serra e Kassab mandam brasa na Educação


Frustrada nova investida do governo José Serra com o propósito de elevar o nível de educação dos alunos da Rede Pública de Ensino do Estado de São Paulo!

28/05/2009 - 08h47

Livro para adolescentes é entregue a crianças em SP
da Folha Online

Um livro destinado a adolescentes com frases do tipo "nunca ame ninguém. Estupre"; "Tome drogas, pois é sempre aconselhável ver o panorama do alto"; e "Odeie. Assim, por esporte"; foi entregue a alunos de faixa etária de nove anos da rede pública de ensino do Estado de São Paulo, conforme revela reportagem publicada na edição desta quinta-feira da Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

O texto assinado pelo jornalista Fábio Takahashi revela que foram distribuídos 1.333 exemplares da obra "Poesia do Dia -Poetas de Hoje para Leitores de Agora".
Até o escritor Joca Reiners Terron, autor do texto mais criticado pelos docentes, "Manual de Auto-Ajuda para Supervilões", informa que a publicação não é indicada para crianças de nove anos.


Após questionamento da Folha, a Secretaria da Educação da gestão José Serra (PSDB) decidiu ontem retirar os livros das salas de aula. Os exemplares, no entanto, permanecerão nas escolas, para consulta de alunos mais velhos.

Reincidente

Essa não é a primeira vez que uma obra polêmica é destinada a alunos da rede pública em São Paulo. Livros contendo expressões como "chupa rola", "cu" e "chupava ela todinha" foram distribuídos pela Secretaria Estadual da Educação de São Paulo como material de apoio a alunos da terceira série do ensino fundamental. O fato levou o governador José Serra (PSDB) a prometer punição para os responsáveis.

Em março deste ano, a pasta de Educação foi duramente criticada por professores da rede estadual por causa de erros em 500 mil livros didáticos distribuídos.

Um livro didático de geografia, usado por alunos da 6ª série do ensino fundamental nas escolas públicas, mostrava o Paraguai duas vezes em um mapa da América do Sul e exclui o Equador. O problema aparece tanto nos livros destinados aos estudantes quanto nas publicações destinadas aos professores.

À época, a secretaria creditou o problema a editora que o produziu e informou que determinou a troca das publicações com erros.

* * *

Conforme anuncia a matéria, isso não é coisa pra criança, mas sim para adolescentes, ora!

O poeta e intelectual Marcolino Camata Sette, membro rijo do Primeiro Comando Cultural do Estado de São Paulo, reclamou que uma poesia de sua pena, intitulada “Quando você for votar...”, foi excluída da lista dos escritores que participaram da obra didática "Poesia do Dia -Poetas de Hoje para Leitores de Agora", inserida na grade curricular das escolas paulistas.

Quando você for votar...
(Marcolino Camata Sette)

Quando você for votar...
Se liga nisso, me’rmão,
Vote em Serra, presidente,
Pai da nossa educação,
Comprometido co’a gente,
N’alma tem corrupção.

Quando você for votar...
Faça boca de urna bandalha,
Se encontrar no caminho
Um indesejável petralha,
Mande bala sem carinho,
Não tenha dó do canalha!

Quando você for votar...
Tenha sempre em suas mãos
O santinho Serrassuga
E o "Manual dos Supervilões”
Só assim você evita
Perder voto pra bundões.


O chefe do Departamento de Pornodidática da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, Vatho Mano Asterisk, explicou que a Asponaria do governo de São Paulo aconselhou a não-inclusão da poesia de Marcolino Camata Sette na obra "Poesia do Dia - Poetas de Hoje para Leitores de Agora", em vista do possível protesto dos seus adversários políticos, que alegariam propaganda eleitoral fora de época. “Lamentamos pelo colega Camata Sette”, concluiu Vatho Mano Asterisk.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

PyCyCy ataca população no atacado - "Como nos velhos tempos, hein, Joe?!"

- Mãos ao alto! O voto ou a grana!
- Não, chefinho! A fala correta é: "O voto e a grana, ou a vida!"
- E por que não "o voto, a grana e a vida?"
- O senhor é demais, chefe!

Os Imprestáveis
Dramático thriller policial de Ali Komelo. Cocô-produzido pelo seu filho Eliotary Néscio e sua linda secretária Anytha Akino Pall View.
Sinopse
Eram decorridos precisamente nove anos do século XXI quando soaram os alarmes do PIG (Partido da Imprensa Golpista). Era o redator-chefe da quadrilha informado a Joe Morengueira, ex-candidato à Presidência da República, agora candidato a candidato, os resultados de pesquisa do Voks Phodili dando conta da súbita subida de sua mais temível adversária na preferência dos eleitores. JM, il capo di tutti capo, saca sua tenebrosa winchester e aponta para um grupo de trabalhadores que se concentra em frente ao bunker do Champs-Élysées protestando contra ações do Center of Corrupcion Policeman (versão do acrônimo português PyCyCy).
Cotação: clássicos 10%
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domingo, 24 de maio de 2009

O petróleo é nosso, meu!




A gente vê com os olhos que Deus nos deu e a terra há de comer,
mas enxerga com a alma que o diabo tem autoridade para prender.



O senador zapeava seu telecinevisor de 52”, imagem digital de última geração. Na mão direita, o controle remoto; na esquerda, fino scotch em finíssimo copo de cristal; na bunda, couro lustrado de bisão abafando os flatos. Cansado de procurar alguma coisa que valesse a pena assistir, o senador parou de clicar o controle e deixou rolar na tela um comercial da Petrobras, no qual um frentista da BR Distribuidora convida um freguês a conferir a tecnologia da empresa espiando através do duto de abastecimento do tanque de combustível de um carro. O cliente se inclina e olha pelo bocal. Surgem imagens de laboratórios, plataformas offshore, plantas petroquímicas, técnicos e trabalhadores em geral em atividade.

Delirando sob o efeito das doses de scotch e de alguns papelotes que cafungara, o senador saltou bruscamente do sofá e se pôs a ziguezaguear pela sala vociferando colérico:

– O apedeuta está enganando o povo! Isso é enganação! Propaganda enganosa! Marketing eleitoreiro!

O fleumático mordomo se aproxima e tenta acalmar o patrão:

– Tranquilize-se, Sirrr... Lembre-se do seu colesterol, tenha calma, excelência...
– Calma?! Como posso ficar tranquilo diante de tão ardiloso embuste?!
– Do que vossa excelência está falando?
– Não lhe interessa, seu pachorrento! Avise ao motorista que vou sair.
– Sim, meu amo, já estou indo... – diz o mordomo deixando a sala.

Minutos depois o senador entra na limusine blindada.

– Pra onde vamos, excelência? – pergunta o motorista.
– Toca para o posto BR mais próximo.
– Mas eu já abasteci o carro hoje, senhor...
– Não lhe perguntei nada, dei apenas uma ordem!
– Perdão, excelência...

Chegando a um posto de bandeira BR, o motorista estacionou ao lado de uma das bombas e, atendendo orientação do senador, mandou completar o tanque.

Durante o trajeto, o senador havia cheirado mais um papelote e bebericado seu scotch preferido. Sua mente atingiu um pico de devaneio somente experimentado no dia em que, discursando na tribuna do Senado, ameaçou dar uma surra no presidente da República.

Concluído o abastecimento, o frentista se preparava para colocar a tampa no bocal do tanque, o senador saiu do carro e ordenou:

– Segura aí, ô da bomba, quero dar uma espiadinha nesse fosso...

“?!”, “!?”, pensaram o motorista e o frentista.

Com o olho colado no bocal do tanque, o senador sentiu a limusine tremer... Alucinante espetáculo projetou-se em sua mente: gigantesco meteoro se choca contra a Terra provocando catastrófico terremoto de amplitude global e abrindo gigantesca cratera, pela qual manadas de dinossauros vão sendo tragadas! Ele vê terópodes, saurópodes, anquilossauros, estegossauros, ceratopsídeos, ornitópodes, paquicefalossauros, enfim, todas as jurássicas famílias que se pode encontrar na Wikipédia, despencando no rombo provocado pelo asteroide na crosta terrestre. Sob efeitos especiais e ao som de “Abertura 1812”, de Tchaikovsky, que serve de trilha sonora para o alucinogênico flashback do senador, em câmera lenta as monstruosas criaturas vão se contorcendo e derretendo, como numa surrealista pintura de Salvador Dali, até se transformarem em viscosa substância hidrocarbônica...

Súbito, o senador se ergue e urra qual jurássico animal feroz:

– Incrível! Fantástico! Extraordinário!

O frentista fala para o motorista:

– É isso aí, companheiro, o petróleo é nosso, meu!

Ao que o alucinado senador rebate:

– Nosso?! Muito mais que isso, seu protegido do apedeuta! – batendo no peito, berra a plenos pulmões: – O petróleo somos nós!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Raul Longo, forte concorrente do Professor Hariovaldo Almeida Prado



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FÉ DEMAIS NUNCA É POUCO! NOVENA CONTRA OS FERNANDOS SOARES DA INTERNET!
Por Raul Longo

Esse tal de Fernando Soares Campos eu conheço, não é de hoje. Até que escreve bem, o peste, mas ao invés de usar o talento para enaltecer as ações edificantes de gente séria, prefere se dedicar à galhofa, mofa, troça, achincalhe de personalidades como Collor de Melo, Fernando Henrique Cardoso, Garotinho e outros políticos que engrandeceram o Brasil de dívidas e fizeram o que éramos até 2002.

Lembram-se? Dá ou não dá saudade? O Brasil sempre envolvido nos grandes movimentos internacionais! Dava uma crisezinha lá no México, ou na Rússia, lá íamos nós ao FMI, ao Clube de Paris! A China reajustava sua capacidade de produção industrial, respondíamos com um tsunami de desempregos. Aquilo sim é que era país globalizado! Não esse Brasil inativo, alienado de hoje. Em meio a uma crise internacional desse tamanho, todo mundo comprando automóvel novo, as lojas vendendo eletrodomésticos como nunca, até pobre comprando casa própria! Onde já se viu isso? Bolsa sobe, dólar cai, combustível não aumenta, juros abaixa e nem tchum de inflação, em pela crise internacional! Tem coisa errada aí!

Totalmente fora de contexto! Fora da realidade mundial! Que Brasil é esse minha gente? Aonde vamos parar, desse jeito? Não dá pra ter calma! Afinal, somos dos Estados Unidos ou não somos?

A culpa é desses Lulistas como o tal Soares Campos reconhece aí, em todas as letras e na maior desfaçatez!

E olhem só quem o publica! Se fosse o óleo bento, o óleo de São Lourenço, o óleo do Coração de Maria, das chagas do autoflagelo da Opus Dei do Alckmin, vá lá! Mas é Óleo do Diabo! Coisa mesmo de um desqualificado! Qual indivíduo sadio faria um blog com esse nome? Isso é coisa de um tal de Miguel do Rosário. Rosário é o que tem de rezar a mãe que pariu esse enviado das trevas!

Qual a intenção do insidioso? Só porque a sigla do PFL, que foi a saudosa ARENA, antes a patriótica UDN, se fez DEMO dos castelos e senhores de escravos, esse tal de Rosário pretende exorcizar, com seu óleo dos diabos, a Tradição, a Família e a Propriedade! É muita pretensão! Va-de retro!

Definitivamente é preciso acabar com essa raça! Nem que isto custe a Petrobrás, que já era mesmo pra ser Petrobrax há muito tempo! Hoje era para ser como a Vale que nem é rio, nem é doce e só vale a quem e ao que interessa, livre de sustentar a vagabundagem desse povinho caipira, como tão bem definiu publicamente nosso grande e saudoso FHC, o verdadeiro Fernando! Grande São Fernando divisor das águas Amazônicas, Atlânticas, São Francisco, Capibaribe e Tietê! Aquilo sim foi um Moisés das eras das trevas!

Mas vamos lá! Leiam a matéria do tal Soares Campos abaixo e depois voltem para esta análise realista e profunda de nosso ponto de vista abalizado em toda a verdade e razão à qual fomos iniciados pelas bênçãos da mídia.

Por falar em mídia, observem que o Soares Campos já inicia a peroração culpando a Globo. A Globo é o Cristo desse país! Tudo é culpa da Globo!

Agora, lembrar que a Globo apoiou incondicionalmente a Sacro Santa Ditadura Militar, ele não lembra! Lembrar que a Globo foi a única que nunca divulgou nem explorou ou tirou proveito das multidões do Movimento da Diretas Já, não lembra! Isso ele omite! Omite que a Globo apoiou a guerra do Vietnam, a guerra do Golfo, invasão do Líbano, do Afeganistão, do Iraque e de Gaza!

Omite que a Globo sempre foi fiel aos interesses do capital sionista e dos Estados Unidos, desde que se associou ao Grupo Time-Life, num esforço que a tornou a maior empresa de comunicação suplantando a concorrência: Chateaubriand que morreu e o espólio foi negociado por Silvio Santos; e Wallace Simonsen, dono da Panair, a maior companhia aérea, e da Excelsior, a emissora líder de audiência na época, que suicidou-se por não mais suportar as pressões da ditadura militar.

E assim chegamos ao padrão global no nosso vazio cotidiano comum de novela e Faustão nos finais de semanas, sem contar o fascinante Big Brother Brasil. Querer o quê de melhor na vida? É mais do que o suficiente pra um sujeito nascer, se criar, casar, ter filhos e morrer. São gerações e gerações globais, num projeto de perpetuidade do poder da idiotice, sempre precedentes internacionais!

Não é ótimo? Pensem bem: pra quê precisávamos da Panair e da Excelsior se tivemos a Varig e a Globo apoiando e apoiados pela ditadura, a CIA, o Pentágono e todo o governo dos Estados Unidos, não é mesmo?

A onipresente Globo que fez o Collor! Quem seríamos sem o Collor de Melo? Quem seríamos sem o Fernando Henrique Cardoso? Tudo se deve a Globo! Inclusive o termos nos livrado do Chico Buarque de Holanda. Por conta, sem contar com a censura da ditadura, por mais de uma década Chico Buarque não aparecia na tela da Globo nem como Julinho da Adelaide.

Pra quê? Pra cantar samba fora de carnaval? Carnaval é na Globo! Carnaval das gostosas peladas, de peitão de fora! Das globelezas! Quem quer saber de negros, de prostitutas, de moleques de rua, travestis, bordéis, Áfricas e nordeste?

Brasil que é brasil, brasil que serve e presta pra alguma coisa, tá é na Globo. Na chacota do Jô Soares, no comentário refinado do Arnaldo Jabor, na voz do Galvão Bueno existe um Brasil muito mais tragável, viável, inteligível.

Há dois brasis: o da Globo, confortável e cotidiano, e o Brasil incômodo desses Soares Campos incapazes de compreender as sutis previdências da Miriam Leitão.

Se a Globo e a Miriam Leitão falaram que a Petrobrás roubou 4 bilhões, é porque roubou! Se fossem trilhões, quatrilhões, quintilhões, seria tudo verdade e pronto! Quem é que fala mais verdade do que o colorido padrão global? A verdade é aquilo que se vê com os olhos, compreendem?

Esse Soares Campos parece que não enxerga! Como é que a Petrobrás, que estava pra ser privatizada na bacia das almas, pelo ínclito Fernando Henrique Cardoso, hoje pode faturar mais do a Microsoft? Tá na cara! É mesmo como disse a Leitão. A Leitão falou, acontece! Há quanto tempo ela vem falando que o Lula é uma crise? E o que deu? Crise Mundial e Gripe Suína! Exatamente!

Esse Campos aí não tem abertura nem percepção, sensibilidade para as intrínsecas e sutis relações entre Leitão, PIG e Gripe Suína! É ou não é um apedeuto? Apedeuta? Quê importa o gênero, se o sexo é o pai e a mãe de todas as ignorâncias? E, pra disfarçar, o sujeito ainda tenta depor contra a finesse, educação e elegância do senador Arthur Virgílio, um verdadeiro dândi da política oposicionista!

Arthur Virgílio e o filhote de ACM, tão bonitinho, tão engraçadinho, provocando o Presidente do país pra trocar sopapos. Mais sutis que eles, só um hipopótamo ou o Heráclito Fortes procedendo a higiene íntima dentro da banheira ou de um pântano africano.

Esses sim (a exceção dos hipopótamos da África), são os legítimos representantes da sociedade brasileira. Fazem lembrar aquele senador dos Estados Unidos ao dizer que a violência é tão norte-americana quanto a torta de framboesa. Ou era cereja? Maçã?

Não importa! importa é que nesse mais ao sul dos Estado Unidos é tudo muito global, tudo tem muito a ver com a programação da Globo que educou nossa juventude nas últimas décadas, ensinando a deseducar os filhos, bater nas mulheres, desmontar boate na porrada, fazer valer os direitos sexuais e impor os orgulhos e as certezas no American Way of Life.

Pois é essa Globo que nos resgatou do atraso devolvendo-nos ao isso é que é da vida contemporânea, a acusada por este Soares Campos no libelo abaixo, onde o indigitado covardemente alia-se a um traidor conhecido como Luís Carlos Azenha que, tendo trabalhado e aprendido com a Globo, fica revelando as estratégias de marketing político da organização, através do www.viomundo.com.br que não se deve nem olhar. Vigie seu filho! Esse endereço tem de ser proibido! Censurado!

Enfim... Na matéria que abaixo reproduzo como alerta, se pode conferir até onde vai a maledicência dessa gente que chega até mesmo a por em dúvida as razões meramente acidentais dos alguns bilhões de dólares e umas quantas vidas humanas que foram ao fundo com o naufrágio da P-36, aquela maravilha de plataforma marítima importada pelo governo FHC.

Ora! Queria o que o senhor Soares? Que nada afundasse para não poluir o oceano? Será possível que esse indivíduo não assistiu ao Leonardo di Caprio no Titanic? O que tem na cabeça esse homem que quer comparar a qualidade da plataforma estrangeira e naufragada, com a produção naval cabocla?

E daí que plataforma brasileira tem menos custo para o país, emprega mais técnicos e mão de obra brasileira, e não afunda? Não afunda, mas não tem glamour, não dá cinema nem Globo! É como o prêmio que o Lula ganhou da UNESCO. Que adianta ganhar prêmio internacional do que for e de quem for, se não é notícia da Globo? Quem faz a importância de um prêmio ou de um acontecimento qualquer, é a Globo! A Mirian Leitão, por exemplo, nunca ganhou prêmio internacional nenhum, mas ela é Globo.

Esse Fernando Soares não passa de um frustrado porque não é da Globo. É só por isso que ele põe em dúvida a gestão da Petrobrás pelo FHC. Será que não consegue perceber que a Petrobrás é mero delírio de outro caipira que andou escrevendo umas bobagens pra crianças de antigamente.

Dizem... Corre história de que a Petrobrás foi uma reivindicação popular, surgiu do movimento "O Petróleo é Nosso", multidões defendendo soberania nacional e essas besteiras que tanto entusiasmam certos Fernandos, embora outros, como o Iluminado Henrique Cardoso, estejam pouco se lixando. Claro! Muito melhor mudar pra Petrobrax e vender tudo pros capitais estrangeiros. Afinal esse negócio de petróleo brasileiro é só história de Sítio do Pica-pau Amarelo.

E o Soares, tão infantil, fica chafurdando em antigos e periódicos vazamentos daqueles bons tempos quando, vez por outra, se coloria de óleo as águas dos mares do litoral paulista, os contornos da Baía da Guanabara e de Todos os Santos, do nordeste e de uma ou outra bacia hidrográfica.

Aquilo era muito bom! Ajudava a especular com o preço da gasolina, com a venda da Petrobrás, com a marinha mercante internacional e, ainda por cima promovia algum interesse nas colônias de pesca por outro meio de sobrevivência. Olha aí como tá essa gente hoje: só pescando dia a dia, naquela vagabundagem própria de quem não tem nenhum outro maior interesse na vida.

Claro que tem de acabar com isso! Como é que pode 8 anos de governo Lula sem vazamento de oleoduto, sem aumentar preço de combustível, auto-suficiência de produção, primeiros lugares do ranking do faturamento mundial, investimentos em projetos sociais, de educação, cultura, pesquisa?

E ainda isso de plataformas marítimas produzidas aqui mesmo, dando emprego pra um monte de caipira vagabundo!

Graças à Deus Todo Poderoso temos um Arthur Virgílio, uma Miriam Leitão, uma Rede Globo para defender nossos direitos de sermos todos estadunidenses de respeito, e acabar de vez com a raça dessa Petrobrás e desses brasileiros pelos próximos 30 anos.

Viva Konder Borgh! Viva a Petrobrax de Fernando Henrique, o grande!

Leiam aí a matéria do tal Fernando Soares e acendam vela à Santa Mirian, o Leitão do dia de Ação de Graças, pra trazer uma gripe suína no sujeito. Valei-nos Ministro da Saúde José Serra! Que os porquinhos espirrem em toda a raça lulista! Em todos os Fernandos Soares Campos da vida!

Saravá!

Raul Longo
www.sambaqui.com.br/pousodapoesia

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Sem a internet, Lula já teria caído



Por Fernando Soares Campos



Lembro-me bem o que aconteceu quando deflagraram o escândalo do “mensalão”. Nos primeiros momentos, só a oposição tinha voz na imprensa nacional, até porque, ao ser deflagrado o escândalo, os aliados do governo emudeceram. Alguns parlamentares do PT debandaram do partido na hora primeira. Os poucos que tentavam esboçar qualquer reação eram logo rechaçados por um turbilhão de informações mal cruzadas, ou, no mínimo, ridicularizados. Com o passar do tempo, algumas vozes foram se disseminando pela internet, e muito se esclareceu sobre a verdade dos fatos. Se não existisse a internet, não tenho dúvida, o governo Lula teria sido golpeado, como Jango em 64.

A CPI da Petrobras, aprovada sexta-feira, 15/5, foi arquitetada sob inspiração de matéria publicada pelo jornal O Globo, que acusa a diretoria da empresa de haver aplicado indevidamente, ou seja, com efeitos retroativos a 2008, as determinações de uma Medida Provisória que só teriam validade a partir do ano base 2009. A própria Miriam Leitão, pitonisa da ciência econômica a serviço das Organizações Globo, declarou em seu blog: “Hoje, a oposição numa manobra intalou [está grafado assim mesmo, portanto não sei se o erro de digitação deve ser atribuído à falta de “s” ou à troca de “e” por “i”!] CPI para investigar a Petrobras, isso por causa da matéria do Globo, do último domingo, mostrando que a empresa deixou de pagar mais de R$ 4 bilhões por conta de uma manobra contábil”. Essa é mais uma das provas irrefutáveis de que o grosso da imprensa brasileira se transformou no PiG, Partido da Imprensa Golpista, com poderes mais expressivos que os próprios partidos de oposição, pois é quem pauta suas decisões.

O senador Arthur Virgílio, líder do PSDB no Senado, rebatendo críticas do governo à instalação da CPI da Petrobras, chamou o presidente Lula de autoritário. É o mesmo Arthur Virgílio que já chegou a dizer que daria uma surra no presidente da República. O Virgílio que, em uma única sessão da CPI dos Correios, chamou Lula de “idiota” por 17 vezes. “Volto a dizer que nós temos um presidente que é um completo idiota ou é um corrupto... O Brasil tem que ter muita atenção porque, no mínimo, estamos a ser governados por um idiota”, concluiu Arthur Virgílio naquela reunião.

O senador amazonense, em 2005, se tornou porta-voz da oposição e brilhou (ofuscou?!) nas telas de TV a cada fanfarrice que arrotava. Os objetivos do neovestal Virgílio eram claros e indecorosos: defenestrar um governo democraticamente eleito, sem que contra este pudesse ser provado qualquer ato de corrupção; de lambuja, gerar patrimônio eleitoral visando às eleições de 2006. Virgílio e seu parceiro Jorge Bornhausen (DEM-SC) chegaram a anunciar o fim da “raça petista”. Resultado: Arthur Virgílio se candidatou ao governo do Estado do Amazonas e teve 5% dos votos; Bornhausen anunciou que estava abandonando a vida política, declaração para inglês cego ouvir.

Há quem diga que o objetivo principal da manobra tucana que fez aprovar a abertura da CPI da Petrobras é desmoralizar projeto do governo que pretende criar uma agência estatal para administrar as reservas do pré-sal, com 100% de suas verbas oriundas do Tesouro Nacional. Ou seja, sem sociedade direta no âmbito dos interesses privados. Quer dizer, alguma coisa com traços de soberania nacional, o que assusta os avelhantados neoliberais, viciados às regras impostas por Wall Street, FMI, Bird ou qualquer instituição estrangeira.

Outras opiniões surgem, sem que uma inviabilize as outras, apenas se somam para revelar o “pragmatismo” de uma oposição empenhada em desestabilizar o governo Lula a qualquer custo.

O jornalista Luiz Carlos Azenha, no site Vi o Mundo, trata o assunto por outro ângulo: “CPI da Petrobras: O objetivo é produzir manchetes para o Ali Kamel [diretor-executivo de jornalismo da Rede Globo]”

“Uma CPI como a da Petrobras fornece o argumento essencial para Kamel e seus asseclas: estamos apenas ‘cobrindo os fatos’, argumentam. Já escrevi aqui ene vezes sobre 2006: capas da Veja alimentavam o Jornal Nacional, que promovia a devida ‘repercussão’, gerando decisões políticas que alimentavam outras capas da Veja, que apareciam no JN de sábado e geravam indignação em gente da estirpe de ACM, Heráclito Fortes e Arthur Virgílio. Só essa ‘indignação seletiva’ é capaz de explicar porque teremos uma CPI da Petrobras mas nunca tivemos uma CPI da Vale ou das privatizações”, diz Azenha, ex-funcionário da Globo.

Até mesmos os acidentes que provocam catástrofes ambientais, muito frequentes na era FHC, oriundos de acidentais vazamentos de petróleo nos tanques e navios da Petrobras, praticamente pararam de acontecer nos últimos anos. O espetáculo midiático promovia, com compreensível facilidade, verdadeiras ondas de sentimentalismo, comoção e arroubos do tipo grinpiciano (vai perder seu tempo indo ao dicionário). Mas ninguém se preocupou em instalar CPI para apurar responsabilidades sobre tantos acidentes, apesar dos fortes indícios de ação criminosa, com rastros de sangue, corrupção e cheiro de sabotagem com o objetivo de desmoralizar a Petrobrás e entregá-la de vez à sanha do capital estrangeiro via testas-de-ferro domésticos.

Imagine se a Plataforma P-36 tivesse sido explodida e afundada durante o governo Lula. A P-36 foi a pique na era FHC e ficou por isso mesmo. Eu nunca soube de alguém que tivesse sido punido, ou sequer responsabilizado, por aquela tragédia. O caso ficou registrado em nossa memória apenas pelo espetáculo que as emissoras de TV realizaram, transmitindo ao vivo os agonizantes momentos do afundamento da maior plataforma de prospecção de petróleo do mundo, que até hoje serve de mausoléu submarino para os 11 trabalhadores que ela arrastou consigo.

A revista Época, edição 150, de 02/04/2001, até que deu a pista:

Tragédia prevista

“Investigação do Congresso sobre mortes na plataforma da Petrobrás vai abranger a compra de componentes baratos e de qualidade duvidosa. [Nada de CPI, apenas investigação, conforme se pode fazer hoje caso exista alguma suspeita de irregularidade contra a atual administração da Petrobras]

(...)

“Uma das evidências foi encontrada em correspondência de agosto de 1998 enviada pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Carlos Delben Leite, ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP) sobre conseqüências práticas de mudanças na política de compras da Petrobrás durante a gestão do ex-presidente da estatal Joel Rennó.

“Nos relatórios, a Abimaq informa que a Petrobrás passou a aceitar a troca de equipamentos com certificação internacional de qualidade por outros, mais baratos, comprados na China, na Espanha, em Portugal e na Itália. Como exemplo, a entidade apresentou ao Senado uma relação de 35 contratos da estatal com a Marítima – entre eles o da P-36. As encomendas superam US$ 4 bilhões. Confirmam o empresário German Efromovich, dono da Marítima, empresa com capital de US$ 10 milhões, como intermediário de mais de 80% das compras realizadas pela estatal na gestão Rennó. Delben Leite denuncia no texto a substituição de válvulas, bombas, compressores e redutores, entre outros componentes certificados, por ‘equipamentos fabricados, principalmente, na China sem os requisitos e exigências aprovados’.

“O documento enviado ao Senado há 32 meses alertava: ‘Uma pequena válvula de segurança ou de produção, de valor unitário de algumas dezenas de dólares, pode comprometer todo um equipamento de milhões de dólares, podendo causar incalculáveis prejuízos de ordem material e até danos pessoais’. Segundo Delben Leite, a Petrobrás não exigiu da Marítima nenhum tipo de certificação para os equipamentos das plataformas contratadas, incluindo a P-36.

“A partir de 1995, a Petrobrás passou a comprar plataformas sob a forma de pacotes fechados...”

Leia a matéria completa, é muito interessante, bastante esclarecedora, mas foi incapaz de gerar uma CPI.

Também não perca matéria publicada no site Ambiente Brasil, sobre Os Principais Acidentes com Petróleo e Derivados no Brasil.

Tudo catalogado em ordem cronológica e acompanhados de sinopses sobre os sinistros.

A internet dificulta o golpe perpetrado na Rua Rio de Janeiro, em Higienópolis, São Paulo. Como PSDB, Veja & CIA articularam segundo golpe de estado em sete anos. Uma história de assassinatos, corrupção, abuso de menores e roubo. Confira: “Golpe de Estado em Andamento no Brasil: Revelações Estarrecedoras”. É antigo, mas vale a pena ler de novo.

Sem a internet, dificilmente Lula teria sido eleito; se fosse, não assumiria; se assumisse, teria sido golpeado com muita facilidade. O PiG é forte, é Golias, mas a internet tá assim de Davi!


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