sábado, 31 de julho de 2010

Agência Assaz Atroz PODE MAIS que o presidente Lula

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“Não posso dizer tudo [que pensa sobre a revista Veja] porque eu sou presidente da República, sabe?”

Mas nós aqui não somos presidentes nem mesmo de escola de samba, portanto podemos mais que Lula.

Assim sendo...

(in)Vejam bem: VÃO SE ROÇAR NAS OSTRAS, BABACAS!

Editor-Assaz-Atroz-Chefe

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Lula manda Veja às favas: "Eu não preciso deles para nada"

Numa de suas mais sinceras entrevistas desde que chegou ao Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que não apenas ignora as opiniões da Veja como também dispensa qualquer tipo de relação com a decadente revista da Editora Brasil. O depoimento foi dado na semana passada à repórter Adriana Araújo, do Jornal da Record.

Lula deixou claro que prefere a aprovação popular ao reconhecimento da grande mídia. “Se dependesse de alguns jornais, se dependesse de algumas televisões e se dependesse de algumas rádios — eu estou falando ‘algumas’, para não generalizar —, eu teria zero na pesquisa (sobre seu governo).”

Adriana perguntou, em seguida, qual é a resposta de Lula diante de uma caricatura grosseira que a Veja fez dele — “um rei com a coroa na cabeça e acima de todas as leis, que passa um mau exemplo para o cidadão brasileiro, desrespeitando as leis”. Foi o estopim para o desabafo do presidente — e uma quase promessa de expor, ao sair do governo, o que realmente pensa da Veja.

“Primeiro, eu não vejo essa revista — portanto, para mim não quer dizer nada isso. Como eu não preciso deles para nada — para nada, sabe? —, eles têm a liberdade de dizer o que eles quiserem a meu respeito. E eu quero ter a liberdade de dizer o que eu penso deles, do jeito que eu quiser”, declarou Lula. “Não posso dizer tudo porque eu sou presidente da República, sabe?”, explicou na entrevista.

Segundo ele, é possível que, ao fim de seu segundo mandato presidencial, todas as suas opiniões sobre a Veja venham à tona. “Um dia? Quem sabe?!”

Da Redação,
André Cintra

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http://www.youtube.com/watch?v=g20hobir9R4&feature=player_embedded

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Temendo ser preso, Diogo Mainardi foge

Por Altamiro Borges

Em sua coluna na Veja desta semana, Diogo Mainardi, o pitbul da direita nativa, deu uma notícia que alegrou muita gente. Anunciou que deixará o Brasil. Num texto empolado, ele não explica os motivos da decisão. A única pista surge na frase “tenho medo de ser preso” – será uma confissão de culpa? “Oito anos depois de desembarcar no Rio de Janeiro, de passagem, estou indo embora. Um vagabundo empurrado pela vagabundagem”. Concordo totalmente com a primeira descrição!

O enigmático anúncio levantou muitas suspeitas. Para o blogueiro Paulo Henrique Amorim, uma das vítimas das difamações e grosserias deste pseudojornalista, ele está fugindo para não pagar o que deve. “O Mainardi me deve dinheiro. Ele perdeu no Supremo Tribunal Federal, por decisão do Ministro Toffoli, recurso em uma causa que movo contra ele. Contra ele e o patrão, o Robert (o) Civita... Interessante é que o próprio Mainardi foi quem disse que só escrevia por dinheiro”.

Leia artigo completo no Blog do Miro...


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sexta-feira, 30 de julho de 2010

JABURU, ESCURINHO, A TOUCA DE VARGINHA (e trololós de campanha)

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Laerte Braga

À falta de programa, argumentos e qualquer vestígio de compromisso com o Brasil e os brasileiros a coligação PSDB/DEM/PPS parece que vai investir no medo. Receita de Regina Duarte. A ofensiva começa com a propaganda gratuita a partir do dia 17 de agosto.

José Arruda Serra interpretando o caçador que vai salvar Chapeuzinho Vermelho do Lobo Mau. Foi o que restou aos tucanos. Perdido por um, perdido por mil, afinal, estão investindo num “negócio” assim como um Paulo Maluf com alguma sofisticação.

Contam que Zezé Moreira, técnico da seleção brasileira na copa do mundo de 1954 e várias vezes do Botafogo e do Fluminense, chamou o excelente ponta esquerda do tricolor Escurinho (fez oitenta anos outro dia) e disse a ele que mirasse na bandeira de corner quando fosse chutar para acertar o gol. A expressão usada à época por Zezé é que Escurinho fazia tudo certo, mas tinha o pé torto. Lenda ou não, num sei, mas Escurinho deu um chute certeiro dentro da pequena área e Marcial goleiro do Flamengo fez uma defesa garantindo que a lei da gravidade pode ser desafiada. Assegurou o título ao Flamengo, naquele ano. O chute de Escurinho foi preciso.

O mesmo Zezé Moreira teria mandado colocar um barril num determinado ponto atrás do gol, num plano elevado e dito a Jaburu, centro-avante contratado ao Olaria, que quando fosse chutar tentasse alvejar o barril para acertar no gol.

Num Fla-Flu disputado num campeonato carioca, Fleitas Solich (um paraguaio) era o técnico do Flamengo e Zezé o do Fluminense. Naquele dia o tricolor estreava Humberto Tozzi, recém-chegado da Itália, veterano e centro-avante estilo rompedor. O primeiro tempo terminou com a vitória do Fluminense por quatro a um.

Incomodado com a goleada o compositor Ari Barroso, que narrava o jogo para a antiga TV TUPI, chamou o comentarista José Maria Scassa, ambos rubro-negros e disparou a pergunta – “Scassa, pelo amor de Deus, será que o Solich não percebeu que o Zezé escalou o Humberto para chutar para fora enquanto o Telê faz os gols?” Scassa concordou e ainda explicou as razões que levaram a Zezé Moreira escalar um centro-avante para chutar para fora e despistar a defesa do Flamengo. O jogo acabou quatro a três.

Em Varginha, terra visitada por ETs, um técnico de nome Baroninho resolveu que seu time, o Varginha Esporte Clube vai treinar com toucas, ao invés de coletes para diferenciar os titulares do reserva. Segundo o técnico, com apoio da diretoria, jogador de touca tem que olhar para cima, de colete distrai e olha para baixo e no “no meu time quem não olha para cima não joga”.


Tucano não dorme de touca e muito menos joga de touca. Inventaram agora um texto atribuído à apresentadora Marília Gabriela, já desmentido pela assessoria de imprensa da moça, descendo o sarrafo em Dilma Roussef. Assim, as declarações da veneranda senhora Regina Duarte reproduzidas com outra signatária. Invenção.

Deveriam ter tentado Ana Maria Braga. Em meio a uma receita de bolo ou coisa que o valha, dispararia seus medos. Com o cuidado, evidente, de não ter entre os convidados o jogador Petkovick. O moço disse a Ana que ao contrário do que havia sido afirmado pela apresentadora, não nasceu num país pobre, pois o “socialismo dava educação, saúde e emprego às pessoas, ao contrário de hoje, drogas, prostituição, etc”.

A verdade é que José Arruda Serra nem chuta no barril, tampouco mira a bandeira de corner, muito menos treina de touca. É um escárnio que num país como o Brasil uma figura dessas possa pretender ser presidente da República. Causa engulhos a possibilidade de imaginar que isso possa vir a acontecer, pois cada vez é mais remota essa possibilidade.

Mas é preciso não dormir de touca. São trapaceiros lato senso, não vão medir esforços e nem trapaças para tentar alcançar o objetivo.

Existe ainda uma boa parte do patrimônio público para ser vendido (a PETROBRAS e o BANCO DO BRASIL, por exemplo), rende uma bela propina e o Brasil é vital para a política de recolonização da América Latina pelos EUA. Arruda Serra é “funcionário” de Washington.

Jaburu e Escurinho foram profissionais dignos e honrados no exercício de suas profissões. O técnico Baroninho pode até ter razão. Mas a quadrilha tucano/DEM, com Roberto Freire capitaneando o PPS não dorme de touca.


Leva a sério o parecer de Roberto Campos a Paulo Maluf sobre investir cem milhões para ser presidente. O rendimento em cima do capital em quatro anos proporciona ganhos de dez vezes sobre esse capital.

E isso na década de 80, hoje o ganho é maior. E por trás de José Arruda Serra o golpe de 1964 com todo o seu aparato repressor e corrupto, comandado de fora, em nova roupagem.

Quem dorme de touca é quem acredita nisso, nessa gente.

E tem outra, a disputa eleitoral não tem só para contrapor-se a José Arruda Serra a candidata Dilma Roussef. Pelo menos, além de Marina da Silva (a verde que está vermelha com os seus financiadores), tem Ivan Pinheiro, Plínio de Arruda Sampaio e José Maria. Todos esses três, em seus programas e em suas condutas, passado, são figuras dignas e brasileiros maiores que qualquer bandido tucano, exatamente por serem brasileiros e não “brazileiros”.

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Laerte Braga é jornalista. Colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz

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CONVIVENDO COM FANTASMAS

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"Avancem para águas mais profundas" (Lucas 5,4)

Lúcia Nobre

Estava preparando o almoço, exatamente às 11 horas da manhã, em meu apartamento na praia de Pajuçara. Prédio antigo, já devem ter passado por ele, habitado ali, muitas pessoas que já se foram.

De repente, ouvi, vindo dos quartos ou banheiros, um sussurro de alguém como se estivesse muito cansado. Estremeci de medo, estava sozinha. E logo eu, que tenho medo dessas coisas, acredito nelas. Sou brasileira e mística. Podia ser alguém de casa, pensei. Não, não havia ninguém em casa, tinha certeza. Todos saíram. Todos? Estava mesmo sozinha? Parece que agora não mais estava. Para disfarçar, continuei o meu trabalho e pensei: ficarei só na cozinha. Não podia ficar só na cozinha, os banheiros teriam de ser lavados. Fortifiquei-me de coragem e fui. Entreguei-me à sorte. Nada aconteceu, só o medo. Que coisa feia, uma mulher adulta, mãe de filhas jovens, ficar com medo de fantasmas! Pensei mais uma vez, vou escrever sobre isso, será interessante. Peguei a caneta e o papel, comecei a escrever.

Ouvi os passarinhos espantarem-se. Eles estavam na área de serviço. Então, o barulho antes ouvido seria dos passarinhos? Claro que não. Estavam em outro ambiente. Continuei a escrever. Agora não estava com muito medo, queria mesmo que o fantasma desse sinal de vida. De vida? Sim, para que minha história se tornasse mais real. Eis que surge em minha frente... estava eu sentada no sofá da sala. Vi-me frente a frente com uma mulher bem alta, elegante, e dizia:

-Não deseje isso. Não é bom para nós, pessoas não mais terrenas.

- Não desejei nada, quem é você? Quis mentir diante do seu olhar instigador.

- Não minta, você quis a minha presença para tornar real sua história.

- Desculpe, achei impossível, por isso pensei.

Diante dessa situação, estava tremendo de pavor e pedi:

- Vá embora, não a chamei, perdoe-me.

- Agora é tarde, não poderei mais partir. Eu já morava aqui, só que ninguém antes havia desejado minha presença.

Eu não sabia o que fazer, não adiantava gritar, seria ridículo, ninguém acreditaria, poderia passar por uma louca gritando sem motivos. Esforcei-me e levantei-me. Ali, ela continuava a encarar-me, peguei uma panela de água quente no fogão e conjeturei: não adianta jogar porque é um espírito. Com o coração na mão, levei a água para matar os germes dos banheiros. Olhava só para frente, evitava olhá-la. Não sabia mais o que fazer diante daquela situação inusitada. Talvez pudesse sair de mansinho pela porta da frente.

Parecendo ler meu pensamento falou:

- Não adianta fugir, já lhe falei. Estarei sempre aqui, serei sua companheira quando estiver sozinha.

- Não acredito mais nisso. Acho que estou apenas imaginando tudo isso.

- Acredita agora? Disse a mulher, jogando ao chão um jarro de flores que estava sobre o centro da sala.

- Então diga o que quer. Reza? Diga o que posso fazer por você.

- Não pode fazer nada. Sou uma escrava de mim mesma. Vivi pouco nesta terra. Fui antes do tempo. Morei aqui logo que o edifício foi construído, talvez, uma das primeiras moradoras. Fiquei amarrada nestas quatro paredes por algo que não precisa saber. Não sairei jamais a não ser que ...

- Não acredito em nada que está falando, desapareça da minha frente.

- Só desaparecerei com uma condição.

- Uma condição? Fale que tenho muito que fazer.

- Troco minha vida por alguém de sua casa.

- Que história é essa? Não estou entendendo.

- Está sim.

- Pelo amor de Deus vá embora, deixe-me em paz.

- Deixe Deus fora disso. Ele não tem nada com isso, nem sei se ele existe.

- Claro que existe.

- Então, eu saio e levo uma pessoa sua.

- Vá embora que irei procurar algo que lhe devolva a paz.

- Não adianta. Sempre vou estar aqui enquanto não levar alguém. Este é o meu castigo ou o seu.

Apesar de insistir que vai ficar, a mulher como um relance, desaparece. E eu, como se tivesse despertado de um pesadelo, corri para atender à porta, pois a minha filha chegara do colégio. Não sei como nem porque esqueci o episódio vivido e não dei mais importância ao fato.

Passaram-se alguns dias até que eu ficasse sozinha novamente. Dessa vez, estava no computador retocando uns trabalhos. Senti um frio fora de comum. Pegando no meu pescoço, uma criança que nem sorria tal qual a mulher do outro dia. Dirigia-me a palavra com voz imperativa.

- Já resolveu? - Vai atender ao meu pedido?

Quis correr, quis gritar, aquela presença causava-me uma sensação horrível de medo, quase pânico.

- Não sei do que está falando. Quem é você ?

- Você já me conhece. Já lhe falei outro dia.

- Nunca o vi, por favor, vá embora.

- Estou como criança. O espírito não possui forma. Posso aparecer como mulher, como homem, como criança e até como animal.

- Quer reza. Vou mandar benzer este apartamento.

- Já falei o que quero e se não me entregar alguém da família, quero você mesma. Resolva, a decisão é sua. Não tenho muito tempo a perder.

Sai de relance, desta vez deixando um insuportável calor. Procurei ajuda de pessoas religiosas e, mesmo com rezas, não deixei de receber visitas inesperadas e indesejáveis. Desta vez, como da primeira, ouvi os pássaros movimentarem-se na área de serviço, onde eles ficam em suas gaiolas. Estremeci, porque, como das outras vezes, estava só. Até então não contei nada a ninguém. Fiquei com o pensamento que poderia estar imaginando. Fiz um esforço enorme e olhei em direção às gaiolas dos passarinhos. No lugar do passarinho preferido do meu marido, havia apenas um som que não era do passarinho.

- Não avisei? Este é apenas um aviso. Levei o passarinho, ele não voltará mais.

- Por quê? O que tem o passarinho com sua vida?

- Nada. É um aviso, já lhe falei. O próximo pode ser alguém de sua família.

Some a voz e também o passarinho, que não está mais na gaiola. Quando meu marido chegou, pediu explicação e eu apenas falei que não sabia de nada. Ele, inconformado, não entendia como o passarinho desaparecera da gaiola se esta permanecia com a porta fechada. Eu, para disfarçar, brincava: são mistérios...

- Filha, tem certeza que não abriu a gaiola? Perguntou quase sem prestar atenção na resposta, pois eu nunca havia chegado perto das gaiolas. Só ele cuidava dos passarinhos e com muito amor. Quantas vezes o surpreendi conversando com passarinhos ou mesmo colocando remédio em seu bico.

Imediatamente, sem nada comentar sobre o ocorrido, convenci a todos de casa a procurarmos outro apartamento, não dava mais para morar ali. O passarinho sumiu, não era minha imaginação, poderia acontecer coisa pior. Todos concordaram em procurar outro apartamento.

Quando estávamos nos preparando para nos mudar, estava eu sozinha quando a voz surgiu novamente. A mesma voz sem um corpo. Foi aterrorizante. Parecia um filme de terror.

- O passarinho sumiu, foi substituído por alguém da casa, mas vocês vão ter uma surpresa bastante desagradável. Aguardem.

A voz cala-se e, como se o filme de terror chegasse ao auge, entram por baixo da porta da frente diversas baratinhas que, imediatamente, invadem todo o apartamento, deixando-me atordoada, até angustiada. Dessa vez não pude esconder porque, como uma praga, elas invadiram e não houve veneno que as destruísse. A família, toda apavorada, sem demora, abandonou o apartamento. Ali não dava mais para continuar. Não contamos nada a ninguém, fomos embora e nos livramos dos fantasmas.

Alagoas na Net

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Maria Lúcia Nobre dos Santos, professora da Rede Estadual de Ensino do Estado de Alagoas e Rede Municipal de Ensino de Maceió. Autora do livro “Do índio a Collor”. Sergasa, 1992: resumo dos principais acontecimentos políticos, econômicos e sociais do Brasil. Especialização e Mestrado em Letras. Área de Concentração: Literatura Brasileira/UFAL. Dissertação do Mestrado: “A recriação do sertão no verso e na prosa - A harmonia da arte popular e erudita: uma incursão na tradição cultural brasileira na contística de Guimarães Rosa”, UFAL, 1999. Redação que se transformou no livro: A Arte Rosa do Popular ao Erudito. Edufal, 2000. Articulista, colabora com revistas e jornais impressos e internéticos. Perfil mais amplo de Lúcia Nobre pode ser lido no Portal Maltanet

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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Lou fala sobre sexo

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Orgasmo

Lou Micaldas

"...Raramente consigo atingir o orgasmo, sempre finjo, para não desagradar, ou para não parecer que sou ruim de cama... Sou muito insegura e tenho medo de perder meu companheiro..."

Esta é uma história muito mais comum do que imaginam homens e mulheres.

Na minha opinião, sempre é bom a mulher abrir o jogo quando não sentir o clímax, logo nos primeiros encontros, procurando indicar ao parceiro seus pontos mais sensíveis ao toque.

Porém, se a mulher sempre fingiu, não considero uma boa alternativa confessar que nunca tenha chegado ao orgasmo, após tanto tempo. Esta atitude só provocaria uma sensação de que ele foi enganado, causando uma perda de confiança na parceira, e também nele, somando-se ainda um complexo de culpa ou de impotência por não ter conseguido satisfazê-la. Uma pergunta ficaria martelando na cabeça dele: então vivemos este tempo todo uma farsa? O que passou, passou, não precisa ser mencionado.

Reconheço que falar de sexo ainda é um tabu pra algumas mulheres. Mas o nosso site está aqui pra desinibir e desenterrar sentimentos sufocados. Antes tarde do que nunca!

Papo Firme

Em uma nova oportunidade, apresente-se firme e carinhosa, e conte pra ele quais as carícias que mais a excitam. Pegue a mão dele, carinhosamente, sensualmente, e leve aos pontos onde você sente mais prazer.

Muitas mulheres afirmam que só chegam ao orgasmo pela estimulação clitoriana e se sentem inferiorizadas por não conseguirem o mesmo êxito com a penetração. Este sofrimento é fruto da ignorância e de mitos criados pela cultura de filmes, ideais romantizados e preconceituosos.

O fato é que o orgasmo através da penetração vaginal também só é conseguido pela estimulação do clitóris, porque durante a penetração, o clitóris é atritado e massageado pelo dorso do pênis, enquanto os corpos se mexem em movimentos circulares, num vaivém.

O clitóris é um pequeno órgão protuberante, macio, localizado entre os lábios da vulva, na sua parte superior. É um ponto muito sensível, responsável por grande prazer sexual, e o principal órgão que leva ao orgasmo, desde que acarinhado, delicadamente com um dos dedos, ou pela língua, ou pelo pênis.

Esta informação deve ser esclarecida, pois a maioria dos homens desconhece a importância da estimulação clitoriana, que leva sua parceira à satisfação máxima. Por este motivo é que se deve aumentar o tempo da estimulação clitoriana.

Peça a seu parceiro mais e mais carinhos preliminares. Ele também sente prazer em ver a mulher excitada. Ambos precisam conhecer as preferências e os pontos sensíveis de seu par.

Quanto mais a mulher ficar excitada, maior será a lubrificação da vagina, facilitando o seu orgasmo e melhorando o desempenho do homem na hora da penetração.

Sexo Oral

É, sem sombra de dúvida, o melhor estímulo. Tanto homens quanto mulheres consideram seu efeito maravilhoso, quando não são reprimidos por questões culturais.

A fricção do clitóris com a língua produz uma sensação altamente prazerosa, tão melhor ou mais excitante do que com a ponta dos dedos.

Para os homens, a língua de sua amada lambendo a cabeça do pênis, ou chupá-lo como se fosse um sorvete provocam um enorme prazer. Este ato é considerado uma verdadeira entrega da mulher e uma demonstração de que a parceira está lhe oferecendo a maior prova de afeto.

É importante observar a reação de seu par. Nem tudo que agrada a uns é garantia de agradar a todos. O cuidado e o carinho são gestos que devem estar sempre presentes. Salvo algumas exceções: existem mulheres que gostam de palmadas, de tapas na face, e homens que gostam de levar chicotadas, etc. Porém, este já é um outro assunto e precisa ser bem esclarecido entre as partes.

Os parceiros nunca devem esquecer que as mulheres necessitam de mais tempo para se excitarem do que os homens. Por isto, é importante que eles percebam quando devem parar ou prosseguir – parar antes é um desastre recorrente –, respeitando o tempo e o ritmo de sua mulher.

Muitos são os motivos que podem influenciar negativamente a atividade sexual.

* Desgastes físicos e mentais, estresse, preocupações com movimento de pessoas pela casa, ansiedade pelo bom desempenho, poucas carícias preliminares, excesso de bebida alcoólica, ressentimentos com o parceiro, etc.

* Muitos pais escondem dos filhos que levam uma vida sexual com suas esposas, adiando o relacionamento sexual para um momento em que a casa esteja vazia.

* Também, os filhos julgam que seus pais, depois de "uma certa idade", já não fazem mais "essas coisas" e não fazem cerimônia em bater na porta do quarto deles, ou de chamá-los, sem se darem conta de que estão interrompendo um momento tão importante na vida conjugal de seus "velhos pais".

* Quantos casais que moram com os sogros também se privam do ato, "em respeito" a seus progenitores, adiando para tarde da noite. E os "velhos" costumam dormir tão tarde, que o amor sexual fica adiado pra "sine die".

DEPOIS DA REPRESSÃO, A EXPLOSÃO

Vale a pena recordar que antigamente elas escondiam toda a sexualidade: era feio, imoral, e aquela que deixasse escapar um orgasmo era considerada uma doente e devia ser tratada clinicamente!

A mulher deveria "servir ao homem" apenas com o intuito de satisfazê-lo e de procriar. Os tempos mudaram, as mulheres se libertaram sexualmente e saíram numa correria desabalada atrás da satisfação, há tantos anos reprimida.

Aí, deu-se o desequilíbrio, o que era "pecado" passou a ser obrigação. Agora, a mulher tem que gozar e sempre! Aquela que não consegue é doente, frígida, precisa de tratamento clínico! O ato sexual, tanto tempo reprimido, mal contido, se soltou e virou do avesso.

Infelizmente, manifesta-se visando a melhor performance de ambas as partes, restringindo-se às genitálias, com a preocupação voltada para o momento da penetração e da expectativa de orgasmo estonteante. Esta concepção empobrece o amor, diminuindo o prazer da carícia e dos jogos essenciais entre os parceiros.

O sexo é fonte de prazer. Não é uma gincana onde se disputa(m) o melhor desempenho dos desportistas. Isto só traz angústia, frustração. E o orgasmo se torna quase impossível de ser conseguido nessas condições.

Todos esses fatores prejudicam o clímax feminino e a realização do homem, pois este é um fenômeno gerado no cérebro, caracterizado pela liberação de substâncias cerebrais responsáveis pela sensação de prazer. Para se viver a sexualidade de forma sadia e plena é necessária que haja uma total parceria.

Dicas para melhorar a função orgástica da mulher:

Este exercício consiste num movimento de contração dos esfíncteres, como se você quisesse prender algo na cavidade uretral.

Procure manter a vagina assim pressionada por alguns segundos, depois solte-a e volte a contraí-la.

Introduza o seu dedo indicador na vagina e repita o movimento de pressão. Sinta os efeitos. Esta prática irá fortalecer os esfíncteres. Depois de entender o mecanismo, faça esse exercício sempre que se lembrar, em qualquer lugar, pois ninguém perceberá nada.

No momento da penetração do pênis, relaxe e se deixe penetrar. Nesse momento, experimente fazer os movimentos acima descritos. Você se surpreenderá com o prazer que irá sentir e com o prazer que irá proporcionar.

Posições que ajudam:

1 - O casal fica na posição “papai e mamãe”, com uma almofada colocada sob a região pélvica da mulher a fim de levantar seus quadris. Ela abre as pernas e o homem, deitado sobre ela, introduz o pênis na vagina. A mulher fecha as pernas e o homem sobe um pouco o corpo, procurando fazer com que o dorso do pênis, em contato com o clitóris, provoque um atrito durante o vaivém dos corpos.


2 - O homem deita e a mulher senta por cima, de frente pra ele e introduz o pênis, permitindo que o parceiro massageie o clitóris e acaricie os seios, aumentando a excitação e provocando uma sensação de maior prazer. Esta posição favorece uma excelente movimentação e ainda deixa o homem mais relaxado, facilitando o controle da ejaculação.

3 - O homem fica deitado e a mulher senta por cima, mas de costas para ele, um pouco inclinada para trás. Esta variação também permite que o parceiro fique com as mãos livres para acariciar os seios, as costas e a cintura da mulher.

4 - A mulher fica de quatro, ajoelhada, apoiada nos cotovelos e antebraços. O homem vem por trás e introduz o pênis na vagina, ficando com as mãos livres pra acariciar os seios e o clitóris.

5 - O homem deita por baixo, a mulher abre as pernas e introduz o pênis na vagina. Os dois fecham as pernas, a mulher se desloca um pouquinho para cima, de forma a encostar o clitóris no dorso do pênis.

Deixem os preconceitos, os mitos, os falsos moralismos religiosos. Libertem-se das ansiedades, das culpas e do medo do castigo!

Escutem os seus corpos, inovem sempre, criem juntos outras posições e não permitam que a relação entre numa rotina ou caia num ritual obrigatório, cercado de horários e restrições.
Voem alto, livres e aproveitem essa fonte inesgotável de prazer que o sexo oferece.

Lou Micaldas

PS: Volto a esta página para acrescentar parte da mensagem de uma "Velha Amiga" que pediu anonimato.

Lou, "A fantasia é excitante! Podemos imaginar tantas coisas... Deixar voar o pensamento, livre, solto, 'viajar'... Desprendendo-se do ato em si, da forma, da posição e principalmente da preocupação de chegar ao orgasmo. O nosso pensamento, silenciosamente, vai nos ajudando a chegar ao orgasmo de forma deliciosa..." "Velha Amiga," Anônima.

*Lou Micaldas é professora, formada pelo Instituto de Educação, e jornalista, criada e formada no Jornal do Brasil; administra o site Velhos Amigos e colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz





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"Dissidentes"? Talvez. Mas... do que dissidiam?

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Caros leitores, foi difícil fazer a postagem desta matéria. O nosso Editor-Assaz-Atroz-Chefe precisou tomar uma atitude considerada antidemocrática e até constrangedora.

Explico.

O cartunista escalado para criar uma charge ilustrativa para esta matéria, publicada originalmente no site do jornal russo PRAVDA, não conseguia conter a crise de riso da qual foi acometido ao final da leitura do texto. Foi então que o nosso editor chefe precisou agir como um ditador colonial-imperial-escravista, desses que mandam derrubar governos em repúblicas-satélite, e trancafiou o coitado numa sala sem ar refrigerado, apenas com o mínimo conforto padrão hotel 4 estrelas, até que ele se decidisse a trabalhar.

Resultado.

O coitado, não suportando a degradante situação a que fora submetido, fez o seu trabalho e foi liberado do castigo, voltando a ocupar o majestoso ateliê da sede de nossa agência, com o humano direito de usufruir de todas as mordomias disponíveis aqui na nossa redação.

Ao final do trabalho o nosso editor chefe questionou a performance da charge, que foi considerada pouco criativa, sem a expressão digna de figurar nas páginas de nossa agência. O cartunista defendeu-se alegando que, nesse caso, o verdadeiro espírito humorístico está no fato; não, no traço

Cordialmente.

Editor-Assaz-Atroz-Assistente

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Cubanos em Madri: os "dissidentes" se rebelam

“Aqui na Espanha eu não sou um homem livre, porque o MEU futuro não depende de mim e sim dos funcionários que me impõem as suas decisões” declarou um dos ex-presos cubanos.

Os primeiros ex-presos “dissidentes” que chegaram à Espanha fizeram declarações públicas que têm deixado os espanhóis boquiabertos: no mínimo eles esperavam palavras de agradecimento em vez das críticas que têm sido realizadas por parte dos recém chegados.

Todos, em sua aparência, estão muito bem de saúde. Mostram-se gordinhos e rosados e não famélicos como se dizia na imprensa antes de serem postos em liberdade.

Uma manchete no diário espanhol El Mundo diz hoje [17 de julho], na primeira página: “Dissidentes cubanos denunciam que na Espanha não são livres”. Foi o que disse um deles, Julio César Gálvez, quando lhe perguntaram como se sentia em Madri. A resposta foi: “Aqui na Espanha não sou um homem livre porque o MEU futuro não depende de mim e sim dos funcionários que me impõem as suas decisões”.

Outro deles, Normando Hernández, enfileirou os canhões para a hospitalidade espanhola quando disse: "Estamos em um hostal com outros imigrantes. Não temos neste hotel banheiros privados. Neste lugar não existe privacidade e me dizem que nos levarão para um povoado de Valencia para viver em instalações onde terei que conviver com umas 40 pessoas”.

Depois lançou um bombardeio carregado de mal agradecimento. Disse: "Creio que se o Governo de Zapatero se comprometeu a nos acolher, também terá que nos proporcionar o que nós merecemos como refugiados”, acrescentando na linha seguinte que era em Miami que ele queria viver.

Omar Saludes, outro dos liberados, atacou o Ministro de Relações Exteriores da Espanha, um dos que arquitetou a liberação dos dissidentes: “É inaceitável que o Ministro Moratinos peça que a Europa levante a “posição comum contra Cuba”, disse Saludes, desafiador e mal agradecido.

Os comentários dos espanhóis não se fizeram esperar. Um deles escreveu uma carta ao jornal El Mundo, de Madri, visando falar por todos os espanhóis. Disse o madrileno, indignado pela conduta dos recém chegados: “Eu creio que mandá-los de volta ao seu país é o mais acertado, lá o senhor com problemas de banheiro privado não terá nenhuma queixa, e podem contar ao seu presidente todos os seus problemas e queixas, assim como todas essas ideias maravilhosas de liberdade a custa de outros”.

Comentário que fez nosso Duende Madrileño [codinome utilizado pelo repórter] desde a capital espanhola, onde esteve de corpo presente na conferência de imprensa dos “dissidentes” liberados, que chegaram a Madri: “Se essa é a mostra, como será o pacote?!”.

(Traduzido por Roberta Moratori)

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quarta-feira, 28 de julho de 2010

"Ele vestiu figurino de direita troglodita" [Adivinha quem!]

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'Ele vestiu figurino de direita troglodita', critica petista

Autor(es): Vera Rosa
O Estado de S. Paulo - 27/07/2010


Presidente do PT saiu em defesa de Dilma e lamentou o que chamou de "discurso [br]da República Velha"


O presidente do PT, José Eduardo Dutra, afirmou ontem que o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, vestiu o figurino de "direita troglodita" e agora recebe instruções de "falcões do DEM" associados a "um índio". Foi uma referência jocosa aos conservadores norte-americanos e ao deputado Índio da Costa (DEM-RJ), vice de Serra.

"Serra está caindo no ridículo. Esse figurino de direita troglodita não assenta bem nele", insistiu Dutra. Ao saber que o adversário previu o aumento das invasões de terra caso a candidata do PT, Dilma Rousseff, seja eleita, Dutra reagiu primeiro com um "ai, meu Deus do céu!". Depois, disse lamentar que Serra ressuscite o que chamou de "discurso da República Velha".

Na semana passada, Dilma assegurou que, se vencer a disputa presidencial, as invasões de terra vão diminuir. "A reforma agrária tem de continuar, e não é porque o MST quer, mas porque é bom para o Brasil", argumentou.

[Clique na imagem para ampliar]
A campanha petista afirma que o número de ocupações caiu, em comparação com o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), graças ao programa de agricultura familiar. "Não pretendo ter complacência com ilegalidade, mas não trato os movimentos sociais como caso de polícia. Não coloco nem cachorro atrás deles nem dou pancada", devolveu Dilma, numa estocada em Serra, que enfrentou crise com os professores pouco antes de deixar o Palácio dos Bandeirantes.

Coordenador da campanha do PT, Dutra disse que Serra está nervoso e demonstra desespero. "Ele sabe que não é verdade que o PT tem relação com as Farc e com o Comando Vermelho e também sabe que o MST fez mais invasões no governo tucano, mas acabou sendo pautado pelos falcões do DEM e por um índio", provocou.

Foi Índio da Costa que iniciou a polêmica, quando, em entrevista afirmou que o PT tem ligação com as Farc e com o narcotráfico. O PT entrou com ação contra o vice de Serra por calúnia, injúria e difamação, além de pedir direito de resposta no site do PSDB. A solicitação foi aceita, mas a equipe tucana conseguiu liminar para suspender a decisão. O plenário do TSE voltará a analisar o assunto no dia 2 de agosto.

A estratégia do PT consiste em terceirizar os ataques a Serra, poupando Dilma do bate-boca. Nos últimos dias, porém, a petista tem reagido, sempre lamentando o que chama de "baixo nível".

Resposta. A assessoria do MST afirmou ontem que o movimento "mantém sua autonomia frente aos partidos políticos e candidaturas, mas repudia os retrocessos sociais simbolizados na candidatura tucana". A nota foi uma resposta às afirmações de Serra.

A assessoria disse ainda que o tucano "se vale de ameaças e tenta criar um clima de raiva contra o MST porque não possui um projeto que possa garantir a vida digna dos trabalhadores rurais e urbanos". "Ele representa os interesses do latifúndio improdutivo e do agronegócio, que não resolvem o problema das famílias sem-terra e não garantem o abastecimento de alimentos para a população brasileira", diz a nota.

COLABORARAM PATRÍCIA CAMPOS MELLO e RAFAEL MORAES MOURA
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terça-feira, 27 de julho de 2010

O FIM PROGRAMADO DE ISRAEL

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Jornal Expresso, de Lisboa, dá destaque ao crescimento demográfico dos árabes e ao próximo momento em que israelenses judeus serão minoritários em Israel
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Não se trata de uma bomba nuclear programada para arrasar Israel, coisa improvável mesmo se os iranianos tiverem a bomba, pois destruiria também os palestinos. É outro tipo de bomba, gerada na cama, entre gemidos e suspiros, é a bomba demográfica.

« O ventre da mulher árabe é a minha mais forte arma », dizia Yasser Arafat.

O jornal Expresso, de Lisboa, dedicou duas páginas, na semana finda, para essa questão, tantas vezes descartada pelos israelenses. As informações foram colhidas com o israelense Arnon Soffer, do Departamento de Geografia da Universidade de Haifa. Se em Israel há quase seis milhões de israelenses judeus, igual número de habitantes se obtém somando-se os árabes que vivem na Cisjordânia, na Faixa de Gaza e dentro de Israel.

E a coisa se complica para Israel ao se saber se a população israelense cresce no ritmo de 1,3% ao ano, enquanto os árabes progridem no dobro, 2,5%. Atualmente, vivem dentro de Israel 20% de cidadãos árabes e muitos israelenses deixam o país anualmente em consequência da falta de segurança para o futuro da família.

Soffer argumenta haver três maneiras de se impedir que Israel passe a ter uma maioria de população árabe – voltar a encorajar a imigração de judeus para Israel (nos EUA vivem praticamente tantos judeus quantos os que vivem em Israel, 5,28 milhões; no Canadá são 374 mil, e na Argentina e Brasil somam 280 mil, e mais de 1,5 milhão na Europa); investir na educação das mulheres muçulmanas, já que normalmente têm menos filhos, e não anexar a Cisjordânia, dentro do projeto de uma nação para dois povos.

Sergio Dellapergola, da Universidade Hebraica de Jerusalém, acha que a melhor solução seria a dos dois Estados, um israelense e outro palestino, mas depois de um acordo de mudanças de fronteiras pelo qual o Estado de Israel englobe as atuais colônias da Cisjordânia, onde vivem 300 mil colonos, em troca de parcelas de Jerusalém e da chamada Linha Verde, habitadas por árabes.
Entretanto, essa solução possível no papel tem como ferrenhos opositores os judeus ultraortodoxos, ainda sonhando com o Grande Israel ou um retorno às antigas fronteiras bíblicas. Ora, segundo Soffer, se esta hipótese fosse viável, os judeus israelenses seriam minoritários, mesmo se os judeus ultraortodoxos têm também muitos filhos.

Diante da intransigência dos judeus ultraortodoxos que se negam a ceder a Cisjordânia aos palestinos, Soffer - conta o jornal Expresso - diz ter mais medo dos judeus fanáticos que dos árabes. E, repetindo o que muitos israelenses começam a pensar, afirma - «se depender de mim, meus netos não viverão num Estado religioso típico da Idade Média. Iremos todos viver em Portugal»

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Rui Martins é ex-correspondente do Estadão e da CBN, após exílio na França. Autor do livro “O Dinheiro Sujo da Corrupção”, criou os Brasileirinhos Apátridas e propõe o Estado dos Emigrantes. Vive na Suíça, colabora com os jornais portugueses Público e Expresso, é colunista do site Direto da Redação. Colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz

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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Tesouro de Tolo

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Gosto muito das citações que o Brizola Neto faz de conversas que teve com seu avó, o saudoso Leonel Brizola, que tanta falta está nos fazendo nos dias de hoje. É o Neto falando do que aprendeu e do que desenvolveu a partir dos avoengos conselhos. O neto evoluindo em sua maneira de enxergar o mundo politicamente (existe outra?) e fazendo isso da maneira mais naturalmente humana que conheço.

Encontrei hoje no Tijolaço do Brizola Neto essa (abaixo) apresentação de vídeos em série por ele intitulada “O dinheiro e a ficção do dinheiro”.

Achei muito interessante o trecho em que Brizola Neto diz: “Meu avô me contava que, nos anos 50, a ideia de inflação era a de emissão de moeda ‘sem o suficiente lastro em ouro’”.

Lembrei-me do meu pai, que também me ensinou isso, e eu nunca havia atualizado esse conceito. Quer dizer, nesse sentido eu vivia, até horas atrás, nos anos 50.

Sobre a emissão de papel-moeda, fiz, em 2005, um comentário na lista da Universidade Nômade (antes de o Giuseppe Cocco me expulsar de lá devido a uma discussão que tive com a Caia Fittipaldi, que hoje é minha muito estimada amiga). Comentei sobre aquele casal de brasileiros evangélicos presos nos EUA, lembro-me que eu disse que os EUA provavelmente não se interessariam em receber de volta sua própria moeda podre, o dólar, fabricado numa indústria qualquer de papel e celulose e enviado para pagar propinas no resto do mundo. Extrapolei no comentário dizendo que os EUA preferem que fiquemos com aquele papel sem “lastro”; e eles, com as matérias básicas que fornecemos ao mundo e com os seus derivados. Lembro-me ainda que alguém me corrigiu sobre uma bobagem que realmente acabei dizendo mais adiante. Mas tudo que eu falava estava relacionado com essa questão: emissão de papel-moeda sem o devido fundo que assegurasse seu real valor, pois eu continuava pensando que a inflação seria gerada apenas pela emissão de dinheiro sem a devida garantia do Tesouro Nacional, que deveria ter ouro suficiente para estabelecer o real valor da moeda.

Não sou economista e nunca me interessei muito pela matéria. Estou sempre dependente das análises de especialistas.

Recomendo que você, leitor, leia a nota do Brizola Neto e assista aos vídeos por ele indicados. Creio que algumas pessoas muito bem informadas e os PhDs em qualquer coisa haverão de dizer que se trata de um filme para o “Jardim da Infância Bob Fields”; para mim, foi curso de pós-graduação.

Aí está a nota do Brizola Neto e, no final desta página, os vídeos por ele postados. Porém, antes de assisti-los, leia também o texto satírico que publiquei no diário espanhol La Insígnia naquele mesmo ano de 2005, intitulado “Renda per capita de Absurdil”. Quem sabe você vai conseguir resgatar algum conceito na área de Economia, o qual tenha sido revogado hoje de manhã no caixa de um banco, hein?!

Brizola Neto: O complicado discurso econômico muitas vezes encobre realidades que, explicadas de maneira simples, em seu contexto histórico são de uma clareza meridiana. Meu avô me contava que, nos anos 50, a ideia de inflação era a de emissão de moeda “sem o suficiente lastro em ouro”. Não é possível que alguém hoje, com conhecimento de economia repita este conceito, mas foi ele e sua maior referência até o fim da 2a. Guerra, quando a Conferência de Breton-Woods, em 1944, quando o padrão-ouro foi substituído pelo dólar como referência de valor nas relações econômicas mundiais.

Neste filme de animação
, Paul Grignon explica a natureza do dinheiro, dos juros e do sistema bancário, e coloca questões fundamentais como: “Porque é que os governos optam por pedir dinheiro emprestado – com juros associados – aos bancos privados, quando poderiam simplesmente criar todo o dinheiro que necessitassem, sem quaisquer juros?” O filme me foi sugerido pelo leitor Paulo Bulgarelli, no Brizolaço, e achei tão legal e didático que resolvi partilhar com todos.

Posto aí em cima a parte 1, de cinco vídeos, legendados. A parte dois, a três, a quatro e a cinco e final podem ser acessadas clicando em cada link que aparece ao final do vídeo, na própria tela de exibição, na parte de baixo, onde aparecerá a parte seguinte, depois de você asistir cada capítulo.

Tijolaço

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Renda per capita de Absurdil


Fernando Soares Campos – Brasil, janeiro de 2005


Absurdil é uma republiqueta perdida entre o Atlântico e o Pacífico, lá todos os cidadãos pagavam a mesma taxa de imposto, não importava se o sujeito ganhava uma relíquia (RL$, a moeda corrente de Absurdil) ou mil relíquias, a taxa de imposto era a mesma: 20%.

A distribuição de renda em Absurdil somente podia ser comparada à de um certo país sul-americano, pois, dos seus 1010 habitantes, 1000 ganhavam RL$10,00/ano, cada; enquanto os 10 privilegiados cidadãos faturavam RL$10.000,00 anuais, cada. A renda bruta da população era, portanto, RL$110.000,00 anuais. Em cima disso, os cofres públicos de Absurdil arrecadavam RL$22.000,00 por ano, deixando para a população RL$88.000,00. Assim, a renda per capita líquida dos absurdileiros era de RL$87,12. Este era o quadro macroeconômico de Absurdil, e assim vivia seu povo, numa tranqüila e eterna infelicidade.

Um dia a população rebelou-se e colocou outro presidente no poder. Já nos primeiros momentos, o novo mandatário e seu gabinete ministerial trataram de acelerar o PIB que, há muitos anos, andava em baixa. O presidente correu mundo para vender os produtos absurdileiros no exterior. Conquistou mercados que nunca haviam sido bem explorados pelos governos anteriores. Incentivou a qualificação da mão-de-obra local e promoveu melhores condições de trabalho, além de apoiar o empresariado, combatendo o contrabando, estimulando pesquisas científicas e melhorando a qualidade dos seus produtos,. Esses foram alguns dos fatores que impulsionaram a economia de Absurdil. Foi tudo muito surpreendente, em pouco tempo, o país apresentou resultados estatísticos que assombravam os descontentes: superavit astronômico!, risco Absurdil despencando; era o mundo passando a acreditar e respeitar aquela ex-republiqueta casa-de-mãe-joana.

Chegada a hora, o novo governo, que havia prometido mudanças na área econômica e social do país, tomou as primeiras decisões: a partir daquele momento, os absurdileiro mais pobres passaram a ganhar RL$11,00 por ano, e, igualmente, foram aumentadas as rendas de cada um dos 10 privilegiados para RL$11.000,00 anuais. No entanto, a taxa de IR de Absurdil foi modificada: os menos favorecidos passariam a pagar 15% de IR e os privilegiados 30%. No primeiro ano de governo, a renda bruta da população bateu recorde:RL$121.000,00. Descontados RL$ 1.650,00 da renda total de RL$11.000,00 da camada mais desgraçada, e RL$33.000,00 dos privilegiados que ganhavam juntos RL$110.000,00 por ano, a população em geral ficou com RL$86.350,00, o que representou uma renda per capita de RL$85,49.

Entretanto os miseráveis ficaram menos miseráveis, passando a receber RL$9,35 líquidos por ano, quando recebiam RL$8,00, e os privilegiados continuaram com seus privilégios, só que um pouco menores, bobagem: RL$7.700,00 líquidos anuais, cada, contra os RL$8.000,00 que ganhavam no governo anterior. Mesmo começando a recuperar suas "perdas" com o aumento da produção e das novas oportunidades, os privilegiados chiaram. E chiaram muito!! Queriam o poder de volta. Precisavam convencer a população de que aquilo tudo era ruim para ela. Foi aí que tiveram uma brilhante idéia: pegaram as estatísticas do ano anterior e extraíram aquele item que indicava "queda" na renda per capita, em relação àquele período. Com esse suposto paradoxo econômico, os privilegiados gritaram veementemente para os absurdileiros mais pobres:

- Vocês foram enganados!!! A renda per capita caiu de RL$87,13 para RL$85,49.

Moral da história recente de Absurdil: Os números não mentem; quem mente são os numerólogos quando mexem nos seus numerários.

La Insígnia – diário espanhol

Não perca a série de vídeos indicada pelo Brizola Neto



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domingo, 25 de julho de 2010

Ricardo Kotscho (sáb, 24/7) e Luis Nassif (dom, 25/7) analisam aspectos das pesquisas Datafolha e Vox Populi

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Datafolha X Vox: que se passa?

É normal que dois institutos de pesquisa apresentem resultados diferentes, mesmo que os levantamentos tenham sido feitos na mesma semana. Estranho é quando apresentam resultados absolutamente iguais, tanto no primeiro como no segundo turno, como aconteceu recentemente com os empates apontados por Datafolha e Ibope.

Mas os mais recentes levantamentos divulgados na sexta-feira pelo Vox Populi (pesquisa encomendada por TV Bandeirantes e iG), e neste sábado pelo Datafolha, nos mostram números tão díspares que a gente começa a se perguntar o que estará acontecendo com os institutos na campanha presidencial deste ano. Tem alguma coisa errada.

Fora de qualquer margem de erro nas duas pesquisas, a diferença somada chega a 9 pontos, como podemos observar nos números apresentados:

Vox Populi: Dilma 41 X Serra 33 (margem de errro de 1,8 ponto)

Datafolha: Serra 37 X Dilma 36 (margem de erro de 2 pontos)

Ou seja: no Vox Populi, a diferença é de 8 pontos a favor de Dilma; no Datafolha, Serra aparece um ponto à frente, o chamado empate técnico. Pelos números do Vox, Dilma estaria a um passo de levar a eleição no primeiro turno.

Que se passa? O principal motivo sempre apontado quando aparecem números tão conflitantes é a diferença na metodologia utilizada pelos dois institutos. Acontece que, tanto Vox Populi como Datafolha, não mudaram suas metodologias, são as mesmas de sempre.

Enquanto o Datafolha faz seus levantamentos em lugares públicos de grande movimento, entrevistando aleatoriamente os transeuntes, o Vox vai às casas das pessoas, tanto nas áreas urbanas como nas rurais.

Pode residir aí o diferencial: ninguém vai mandar um pesquisador para o meio do mato onde não há circulação de pessoas. Nos pequenos municípios, que eu conheço bem, só há maior movimento nas áreas urbanas nos finais de semana, em dias de feira _ e os dois levantamentos foram feitos em dias úteis.

Mesmo assim, desta vez ficou muito grande o abismo que separa os dois institutos. Descarto a conclusão simplista feita por muitas pessoas de que um é pró-Serra e o outro pró-Dilma, até porque o faturamento destas empresas e a sua sobrevivência dependem basicamente da sua credibilidade.

Minha mulher, a pesquisadora Mara Kotscho, foi uma das fundadoras do Datafolha e eu fui testemunha da seriedade dos profissionais deste instituto nos muitos anos em que trabalhei no jornal. De outro lado, tenho o maior respeito por Marcos Coimbra, o responsável pelo Vox Populi. Daí a minha estranheza com estes últimos resultados.

Fora estes levantamentos que vêm a público, as campanhas dos principais candidatos dispõem de pesquisas constantes, o chamado “trakking”, com um acompanhamento quase diário das oscilações dos números. Os candidatos e seus marqueteiros sempre sabem antes do que nós o que está mudando nos gráficos de intenções de voto. Por isso, eles mudam suas estratégias de acordo com o humor dos eleitores.

Foi o que aconteceu nos últimos dias, quando o candidato da oposição demo-tucana abandonou sua versão ”Serrinha Paz e Amor”, enaltecendo Lula quando vai ao Nordeste, onde ele é mais fraco, e batendo de leve no governo e na sua candidata quando vai ao Sul, seu principal reduto eleitoral.

A partir da desastrada entrevista do vice Indio da Costa no último final de semana, em que associou o governo e o PT às Farc e ao narcotráfico, Serra se viu na obrigação de defendê-lo e também partir para o ataque, saindo dos cuidados recomendados por seus marqueteiros para não bater de frente com a popularidade do presidente Lula.

Neste ponto, pelo menos, o Vox Populi e o Datafolha estão de acordo. Lula mantém 78% de aprovação no Vox, com apenas 3% de ruim e péssimo, e 77% no Datafolha, que dá 4% de ruim e péssimo. Na pesquisa espontânea do Datafolha, Lula ainda aparece com 4% das intenções de voto, “candidato do Lula” com 3 e “candidato do PT com 1 _ números que tendem a ser incorporados aos 21% de Dilma (contra 16% de Serra).

Também com seus números nas mãos, Dilma Roussef fez o caminho inverso: baixou a bola, viajou menos e colocou a campanha em banho maria, preparando-se para os próximos embates na televisão. Para ela, ao que parece, quanto menos marola, a esta altura da disputa, melhor.

Nos dois institutos, Dilma aparece na frente tanto na pesquisa espontânea como na projeção para o segundo turno, e com a menor rejeição (Serra tem 26% e, Dilma, 19%) _ três importantes fatores que pesam na balança a seu favor. Marina Silva, a terceira via, continua praticamente no mesmo lugar, desde que lançou a sua candidatura no ano passado: tem 8% no Vox e 10% no Datafolha. Os nanicos não passam de 2%.

Agora, só nos resta esperar pelo próximo Ibope para, quem sabe, desempatar esta guerra de números, a apenas nove semanas das eleições. Na opinião dos caros leitores, quem está certo: o Vox Populi ou o Datafolha?

Em tempo: a esta altura, mais de três da tarde do sábado, vocês já devem estar sabendo, mas não posso deixar de registrar. Depois toda a lambança feita pelo Ricardo Teixeira na véspera, o Mano Menezes aceitou ser o novo técnico da seleção. Resta saber quanto tempo ele vai aguentar. A seleção virou mesmo brincadeira da CBF.

Autor: Ricardo Kotscho

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A Falha do Datafolha ou a Folha do Datafalha?

Decifrando o Datafolha

Enviado por luisnassif, dom, 25/07/2010 - 14:09

Conversei agora a pouco com Marcos Coimbra, do Vox Populi, para entender as discrepâncias entre os dados do Vox e do Datafolha e tirar as dúvidas finais sobre o tema.

A explicação é claríssima.

Dentre os diversos cortes a serem feitos no universo dos entrevistados, um deles é entre os com telefone e os sem telefone.

No caso do Vox Populi, as pesquisas pegam todo o universo de eleitores. No caso do Datafolha, há um filtro: só se aceitam entrevistados que tenham ou telefone fixo ou celular.

Há algumas razões de ordem metodológica por trás dessa diferença.

A pesquisa consiste de duas etapas. Na primeira, os entrevistadores preenchem os questionários com os entrevistados. Na segunda, há um trabalho de checagem em campo, para conferir se o pesquisador trabalhou direito.

No caso Vox Populi, o entrevistador vai até à casa do entrevistado. A checagem é simples. Sorteia-se uma quantidade xis de casas pesquisadas e o fiscal vai até lá, conferir se o entrevistado existe, se as respostas são corretas.

No caso Datafolha, é impossível. Por questão de economia, o Datafolha optou por entrevistar pessoas em pontos de afluxo. Como conferir, então, se o pesquisador entrevistou corretamente, se não inventou entrevistados?

Em geral, um pesquisador consegue fazer bem 20 entrevistas por dia. O Datafolha anunciou ter realizado 10.000 pesquisas em dois dias, 5.000 por dia. Dividido por 20, são 250 entrevistadores. Como conferir a consistência dos questionários? Só se tiver o telefone no questionário.

É por aí que o Datafolha escorrega. O campo telefone é de preenchimento obrigatório. Com isso, fica de fora uma amostragem equivalente a todos os sem-telefone.

Segundo Marcos Coimbra, do universo pesquisado pelo Vox Populi, 30% não têm telefone nem fixo nem celular. Se se fizer um corte dos entrevistados, para o universo dos que têm telefone, os resultados do Datafolha batem com os do Vox Populi – diferença de 1 ponto apenas.

Quando entram os sem-telefone, Dilma dispara e aí aparece a diferença.

É possível que, mesmo telefone sendo de preenchimento obrigatório, o Datafolha inclua os sem-telefones? A resposta tem que vir do Datafolha.

Se não incluir, está explicada a difença, o que compromete mais uma vez a reputação técnica do Instituto. Se diz que inclui, o caso pode ser mais grave e escapar das diferenças metodológicas.

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Melhor que isso, só se o Miguel do Rosário nos brindar com uma daquelas suas abalizadas análises e interpretações de pesquisas eleitorais no ÓLEO DO DIABO. Aguardemos
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ZÉ MELO NO ESPOCA-VELHA

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Quando cheguei no aeroporto Eduardinho, em Manaus, às 6 horas da manhã dessa quarta-feira, a primeira coisa que vi foi a careca do candidato a vice-governador, José Melo Merenda (PMDB – vixe, vixe). Fiquei em pânico. Senti que a presença dele ali, naquele momento, era uma ameaça ao curso de História do Médio Rio Negro que eu ia dar para professores e lideranças indígenas em Barcelos.

– “Minha santa periquita! Não vou poder viajar. Meu requerimento, dessa vez, vai ser indeferido” – pensei, sem tirar os olhos de cada passo do Melo Merenda, que estava inquieto, caminhando de lá pra cá, como um leão sem juba dentro de uma jaula.

O requerimento em questão é uma estratégia para dominar o medo de viajar de avião. Foi inventado pelo meu amigo Marcus Barros, ex-reitor da Universidade Federal do Amazonas e ex-diretor do IBAMA, na época em que ele e eu fazíamos parte do sindicato nacional dos professores universitários e viajávamos muito. Com o requerimento, conseguíamos dominar o nosso medo, que algumas vezes beirava ao pânico. Seu uso pode ser útil aos que sofrem da mesma fobia.

Trata-se de uma técnica simples que, de saída, procura identificar as causas do temor de um acidente aéreo. Descobrimos que a origem do nosso era o receio de uma punição divina – merecida, diga-se de passagem – pelos pecados que cometemos. Marcus agora anda mais calmo, mas pecava muito contra o 6º mandamento. Mais tímido, eu também, na minha juventude, andei pecando, embora só em pensamento, contra o 9º mandamento, sobretudo quando o próximo não estava próximo. De qualquer forma, éramos dois pecadores.

– Parceiro, quem entra num avião carrega consigo os próprios pecados. Aí, se todos os assentos forem ocupados apenas por pecadores, o peso dos pecados, auxiliado pela lei da gravidade, vai derrubar o avião. Precisamos de crianças inocentes viajando que funcionem como contrapeso – dizia Marcus, com o olho rútilo e os lábios trêmulos. Fazia sentido. Tinha lógica. Por isso, a gente ficava com o pescoço francês na mão, quando embarcava num avião.

Vai daí que no momento do check-in, procurávamos observar se havia crianças embarcando. Em caso afirmativo, a gente ficava aliviado e impetrava uma espécie de habeas corpus preventivo, numa conversa olho no olho com o Todo Poderoso. Fazíamos um requerimento oral em forma de oração, com as seguintes palavras:

Excelentíssimo Sr. Todo Poderoso,

Os abaixo assinados se dirigem a Vossa Excelência para expor e requerer o que segue.

Considerando:

1. Que os requerentes sempre obedeceram oito dos dez mandamentos;
2. Que a carne é fraca, e os requerentes, algumas vezes, transgrediram o 6º e o 9º mandamentos, que são os mais fáceis de ser perdoados;
3. Que os requerentes estão profundamente arrependidos e fazem firme propósito de emenda;
4. Que alguns passageiros deste voo são criancinhas e, em caso de acidente aéreo, pagarão pelos nossos pecados, o que não é justo;

Diante dos fatos aqui expostos, requerem:

1. Que o Senhor Todo Poderoso tenha piedade dessas crianças inocentes e não deixe o avião cair.

Nesses termos

Pedem Deferimento

Diante de argumento tão convincente, o Supremo Arquiteto do Universo sempre deferiu o pedido, porque não podia permitir que o justo pagasse pelo pecador. Com o medo assim dominado, viajávamos com tranquilidade.

Acontece, leitor (a) que nessa quarta-feira não havia uma só criança no salão de embarque, o que já me deixou nervoso. E ainda por cima, lá estava o Zé Melo Merenda, que transgrediu quase todos os mandamentos, carregando consigo toneladas de pecados. Aquele aviãozinho da Trip não aguentaria sobrevoar com os pecados do Melo.

O José Melo foi agente da Assessoria Especial de Informação da UFAM (AESI) na época da ditadura militar e levantou falso testemunho, transgredindo o 8º mandamento. Ainda por cima pecou contra o 11º mandamento, que não estava escrito na tabua de Moisés, mas faz parte da tradição oral: “Não dedurarás teu próximo”. Mas seus pecados cabeludos foram cometidos quando ele era secretário de educação e estão relacionados aos ovos da merenda escolar.

Na época, o deputado Luis Fernando Nicolau denunciou o desvio de duas mil toneladas da merenda escolar, no valor, então, de R$ 6 milhões, o equivalente a 215 caminhões entupigaitados de alimentos. Acusou diretamente o governador Amazonino e seu secretário de educação José Melo como responsáveis pelo desfalque.

O Tribunal de Contas da União (TCU) fez uma auditoria, procurando os ovos nas notas de empenho e nas notas fiscais. Descobriu que a SEDUC pagou por eles um preço muito superior aos valores do mercado e que os ovos do Melo eram superfaturados. Os auditores visitaram as escolas do Amazonas, na hora do recreio, para ver se os ovos eram hipernutritivos e constataram que não estavam sendo consumidos. Deram uma incerta nos armazéns das empresas fornecedoras, que eram os fiéis depositários das mercadorias, e nada encontraram. Os ovos desapareceram.

Na realidade, muitos alimentos, incluindo ovos e suco concentrado, nunca chegaram à rede escolar, embora tivessem sido pagos antecipadamente. O TCU concluiu que houve superfaturamento na compra de alimentos com recursos do governo federal durante as administrações dos secretários Manoel Veríssimo e José Melo. Na época, o repórter Serginho Bartholo registrou o voto do ministro relator do processo, Paulo Afonso Oliveira, que considerou improcedentes as explicações de Melo e Verissimo.

Por isso, leitor, quando vi o José Melo no Eduardinho, carregando com ele o peso de várias toneladas de merenda escolar e os recursos desviados da Fundação de Assistência ao Estudante (FADE), tremi nas bases. “Se ele entrar no avião, eu não viajo, não corro esse risco nunca” – pensei, ainda mais porque não havia crianças no pedaço, me impossibilitando de usar o requerimento. Alguém aumentou meu pânico, dizendo que o ex-governador Eduardo Braga também ia viajar com o Melo em campanha pelo interior.

"Danou-se!" – pensei. Zé Melo e Eduardo Braga juntos no mesmo avião – o Dudu depois da variação patrimonial declarada no Imposto de Renda – é uma bomba na iminência de explodir. Felizmente para todos os passageiros, os dois tomaram um jatinho particular, nos livrando da companhia indesejada. Parece, no entanto, que o destino do Melo era o mesmo que o meu: Barcelos. Ontem à noite, no forró do ‘point’ de Barcelos, um barzinho chamado Espoca-Velha, vi uma careca parecida com a dele sacolejando o esqueleto e rodopiando no salão de dança. Eu, hein, Rosa? Vade retro, capiroto!
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José Ribamar Bessa Freire é professor universitário (Uerj), reside no Rio há mais de 20 anos, assina coluna no Diário do Amazonas, de Manaus, sua terra natal, e mantém o blog Taqui Pra Ti

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sábado, 24 de julho de 2010

Por enquanto, de acordo com pesquisa Vox Populi, Dilma teria 11 milhões de votos à frente de Serra

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Dilma: oposição é incapaz de ampliar o Bolsa Família

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse hoje que a oposição não é capaz de aumentar o alcance do programa Bolsa Família, como vem prometendo. Segundo ela, isso foi demonstrado na administração de programas sociais de São Paulo.

“Eu disse que é impossível que ele [o candidato da oposição] faça isso [duplicar o Bolsa Família]. Ele tinha três programas sociais em São Paulo no período que foi governador. O Renda Cidadã, que era o principal deles, reduziu-se. Não se ampliou”, disse, durante sabatina do Portal R7.

Segundo ela, o estado de São Paulo tem 1,1 milhão de pessoas que recebem o Bolsa Família, porém esse número deveria alcançar 1,4 milhão. “Nós não conseguimos cadastrar. Eles foram governantes do município e não conseguiram cadastrar 300 mil pessoas.”

Dilma disse que há uma diferença entre dizer e fazer. “Quando eles [a oposição] puderam mais, eles eram governo, fizeram menos. Nós, quando pudemos mais, fizemos mais. E fizemos isso na pior época. Quando a gente fez o [programa] Bolsa Família percebemos que tinha inflação em descontrole, uma dívida com o FMI [Fundo Monetário Internacional] e, além disso, não tínhamos dinheiro para nada.”

Os programas sociais do governo Lula, ressaltou ela, não são um anexo ou plataforma de eleição. Dilma voltou a lamentar as práticas políticas e a falta de propostas da oposição. “Eu espero que não seja uma guerra, espero que seja uma luta democrática”, disse.

Salário mínimo

Dilma assumiu o compromisso de manter a atual política de reajuste do salário mínimo, que já garantiu aos trabalhadores e aposentados aumento real de mais de 70% durante o governo Lula. Segundo ela, a valorização do salário mínimo, a geração recorde de empregos formais e as políticas sociais foram responsáveis pela saída de mais de 24 milhões de brasileiros da linha de pobreza e a ascensão de 31 milhões de pessoas para a classe média.

A candidata do PT elogiou o papel das Forças Armadas no país hoje e disse que em muitos locais são eles que garantem o sentimento de nacionalidade e até são responsáveis pela saúde e a educação de qualidade. Segundo ela, os militares podem cumprir também um papel importante na estratégia e na indústria de defesa.

A petista voltou a afirmar que o aborto deve ser tratado pelo aspecto da saúde pública e que não defende a prática. Segundo ela, o aborto é uma violência contra a mulher e que não conhece nenhuma mulher que defenda o aborto como prática. Segundo ela, nos casos previstos em lei, o Estado tem que garantir um tratamento adequado para as mulheres que precisam passar por esse procedimento. Ela disse novamente que defende que os direitos civis dos casais heterossexuais sejam estendidos para os casais homossexuais.




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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Serra: "Enfiar em debate gente que não tem representatividade não leva a nada"

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Página 64

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra (PSDB), cobrou nesta sexta-feira (16) que a presidenciável Dilma Rousseff (PT) participe de debates durante a campanha. Serra deu entrevista para a Rádio Jornal, em Pernambuco, quando disse que é preciso contrapor ideias dos candidatos sobre temas como o Movimento Sem-Terra e os seus currículos. “De fato, a Dilma precisa começar a andar com as pernas dela. Ela não vai ser nomeada pelo Lula e pelo PT. Não existe terceirização de cargo de presidente”, disse Serra.

O tucano lembrou que a petista não participou de sabatina realizada pelo Jornal Folha de S. Paulo. Na época, a assessoria de Dilma justificou a necessidade de realizar o evento em outra data por causa de viagem ao exterior. Dilma e Marina Silva (PV) não participaram de evento semelhante promovido pela Confederação Nacional da Agricultura. “Vamos expor as ideias. O Brasil precisa continuar indo para frente.”

O candidato do PSDB questionou, porém, as regras que exigem debates na televisão com todos os partidos. “Enfiar em debate gente que não tem representatividade não leva a nada”, disse. O tucano fez uma ressalva à participação de Plínio Arruda Sampaio (PSOL). Serra disse que o PSOL é um partido que tem ideologia, com a qual não concorda, e que Plínio é um político de trajetória que precisa ser respeitada.

Ao comentar o andamento de obras do governo federal em Pernambuco, ele fez críticas à condução dos projetos pela ex-ministra-chefe da Casa Civil e atual candidata pelo PT. Ele usou a afirmação como oportunidade para dizer que quer comparar suas realizações no ministério da Saúde e do Planejamento, além de suas atividades parlamentares, com as ações de Dilma.

O tucano disse que recentemente dirigente do MST declarou voto em Dilma por sua suposta ligação com o movimento e tolerância em relação a invasões e que isso merece ser debatido. No começo do mês, Dilma rebateu acusações de ligação com o movimento. Ele fez ainda uma citação positiva a Marina, afirmando que ela tem propostas e é representativa dentro da sociedade.

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O Índio das costas de Serra está falando, fechem os olhos, tapem o nariz e mantenham a cera no ouvido

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ÍNDIO QUER APITO OU QUER LEVAR UM PITO?

Celso Lungaretti (*)

Quando o deputado federal Índio da Costa (DEM/RJ) foi anunciado como vice de José Serra, andou se falando que o motivo seria a notoriedade supostamente adquirida como relator da Lei da Ficha Limpa.

Para mim continuava um desconhecido, e bem pouco ilustre. Tive de buscar informações sobre ele nos Googles e Yahoos da vida. O mais significativo foramsuas contribuições ao folclore político:

discursou na Câmara Federal pedindo a proibição de coxinhas e pirulitos em cantinas escolares;
apresentou na Câmara Municipal carioca projeto de lei para que fossem multados os cidadãos que dessem esmola a pedintes;
tentou proibir o comércio ambulante nas ruas do Rio, o que eliminaria da paisagem carioca os tradicionais vendedores de mate e biscoito de polvilho.

Logo conclui que não passava de um novo Enéas Carneiro.

Aliás, a tal Lei da Ficha Limpa é uma besteirinha digna do barbudo que berrava "meu nome é Enéas!": apenas vai tumultuar o processo eleitoral e desperdiçar espaços do noticiário com escaramuças inócuas e inúteis. [Para quem quiser saber mais, recomendo meu artigo O povo como objeto, não sujeito, das mudanças; e o de Ana Helena Tavares, Quando a limpeza não cheira bem.]

Também cheguei a escrever que o tal Índio da Costa não passava de um Fernando Collor em miniatura.

No fundo, isso me ocorreu mais por causa do visual jovem e dinâmico -- na minha avaliação, o fator determinante de sua inclusão na chapa de Serra.

Por quê? Porque o ex-presidente da UNE, pessoalmente, dá a impressão de que hoje só serve para presidir asilo.

Fiquei chocado com sua entrada na sabatina da Folha de S. Paulo: caminhando meio encurvado, sisudo, parecia bem mais acabado e, até mesmo, fisicamente menor do que imagina quem o vê na TV.

O público, cuja grande maioria era de seus admiradores, demorou alguns constrangedores segundos para decidir se era ele mesmo, Serra, quem tinha adentrado o palco. Aí começaram a soar, timidamente, os aplausos.

Então, para contrabalançar a aparência nada exuberante nem vigorosa do Serra, colocaram ao lado dele um sujeito com jeitão de surfista Zona Sul do Rio. Fica parecendo um papai bem gasto com um filho garotão.

Será que vai funcionar? Na sociedade do espetáculo e da falsidade, tudo é possível.

Só que os caras pálidas esqueceram de contar ao Índio o que dele se esperava: exibir a estampa que o Grande Espírito lhe deu e nada dizer além de obviedades e platitudes, porque tirocínio político Tupã não lhe concedeu.

Numa entrevista ao portal Mobiliza PSDB, entretanto, ele quis mostrar-se um vice de verdade -- e, verdadeiramente, fez pensarmos num aspirante a Mussolini ou Salazar dos trópicos.

É mesmo um Collor em miniatura -- mais direitista ainda do que o original.

Acusou o PT de ligação com o narcotráfico, com a guerrilha das Farc e com o que "há de pior", expondo-se a uma óbvia interpelação judicial que o obrigaria a provar as afirmações ou reconhecer tê-las feito levianamente.

E, como se tivesse uma bola de cristal que não apresentou ao distinto público, antecipou que Dilma Rousseff, uma vez eleita, vai apoiar-se em remanescentes do escândalo do mensalão (leia-se Zé Dirceu). Eis as frases:

"Quem nos garante que no dia seguinte à eleição ela não vai fazer o que no Brasil é comum entre criatura e criador? Dá um chute no Lula e vai governar sozinha, com as garras do PT por trás dela."

"Em janeiro, se a Dilma é [sic] eleita, o Lula volta para casa. Mas o PT fica, com todos aqueles mensaleiros. O Lula tem poder sobre eles, mas eles têm muito poder sobre a Dilma."

Finalmente, como moleque exibido a vangloriar-se de proezas imaginárias, disse que, durante visita a Cuba, fazia questão de mostrar a todos uma revista provocativa (qual, a Veja?):

"Ia para tudo que era canto com ela debaixo do braço. Até queria ser preso, para ver como é que era lá em Cuba essa história que tanto falam. Mas é um horror aquilo. Vocês não podem imaginar. Coitado do cubano!"
As bobagens prosseguiram no Twiter, com Índio da Costa assim reagindo à observação de Dilma de que ele seria "um vice caído do céu":

"Para uma atéia, deve ser duro ter um adversário que cai do céu".

Também a acusou de "dissimular sobre religião". E o melhor veio no fim:

"Ela nem consegue olhar nos olhos do eleitor. É uma esfínge [sic] do pau oco."
Para devorá-lo, a esfinge não precisaria nem propor um enigma difícil. Pedir-lhe que decifrasse a expressão "santo do pau oco" já seria suficiente...

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Assaz Atroz Especial: O vídeo que Serra deve assistir todas as noites no escurinho do sarcófago


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Celso Lungaretti, jornalista, escritor e ex-preso político anistiado pelo MJ. Mantém o blog Náufragos da Utopia





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