domingo, 30 de junho de 2013

Brasil se equipara à Rússia - Hélder Câmara & Anatoly Karpov

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Hélder Câmara recebe título de Cidadão Arujaense

O enxadrista olímpico Hélder Câmara recebeu na noite de quarta-feira, 26, o título de Cidadão Arujaense na Câmara Municipal. A outorga do título, solicitada pelo vereador Dr. Wilson Ferreira, foi concedida por meio do Decreto Legislativo nº192/13, de 14 de maio.

Participaram da solenidade, além do homenageado, o presidente da Câmara, Abelzinho, os vereadores Dr. Wilson, Júlio do Kaikan e Castelo Alemão, o vice-prefeito Luiz Bananeiro, o coordenador do movimento enxadrista de Arujá, Jorge Melecsevics, Procuradores de Justiça de São Paulo e jogadores de xadrez.

O homenageado é natural de Fortaleza e bicampeão brasileiro de xadrez. É irmão do também bicampeão brasileiro Ronald Câmara e sobrinho do arcebispo emérito de Olinda e Recife, Dom Helder Câmara.

Além da consagração nacional e internacional, o enxadrista representou Arujá em diversas competições.

O autor do pedido, em seu discurso, ressaltou a importância da notória contribuição de um enxadrista de reconhecimento internacional ao esporte de Arujá. “Esta era uma reivindicação antiga do movimento enxadrista arujaense. A homenagem é mais que merecida, pois, por onde Hélder Câmara passa eleva o nome da nossa cidade, tanto no Brasil, quanto no mundo”, afirma Dr. Wilson.

Melecsevics agradeceu aos vereadores e servidores da Câmara pela solenidade, aos convidados presentes e aos enxadristas arujaenses Antonio, Renato Kinoshita, Marcelo Tomaz, Leonardo Loddi, pelo empenho no esporte.

Breve em suas palavras, o homenageado, que está com 77 anos, brincou na Tribuna dizendo que não tem a mesma oratória que seu tio Dom Hélder Câmara. Ele agradeceu e nomeou as autoridades pela homenagem. “Em nome do presidente Abel Franco Larini agradeço pela honrosa homenagem e digo que Arujá é uma cidade muito querida para mim. Das que eu pude conhecer e representar está entre as minhas preferidas”.

Após a entrega do Título, Hélder Câmara autografou seus livros para os vereadores e participou de um simulado de xadrez com as autoridades e depois com os enxadristas presentes.

Trajetória profissional

Hélder Câmara integrou a equipe olímpica brasileira na Suiça, Alemanha, Iugoslávia, França, Malta e Grécia, nas décadas de 60, 70 e 80.

O enxadrista, outorgado em 1972 como “Mestre Internacional do Xadrez”, pela FIDE, representou o município de Arujá em três ocasiões: nos Jogos Regionais de 1991, e Guaratinguetá, sendo vice-campeão, 12ª na colocação geral do I Torneio Internacional Open Itaú do Clube de Xadrez de São Paulo, em 1991, e nos Jogos Regionais de Arujá, em 2009, aos 73 anos de idade.

O enxadrista também é autor de dois livros: “Caíssa: 64 crônicas de xadrez (2006)” e Diagonais: crônicas de xadrez (1996).


Kelly Passos
Assessoria de Imprensa

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O boi arrombando a cerca...

(Recebido por e-mail de um dos nossos correspondentes)

Vi a foto na UOL e achei lindo. Mas não sabia que era o Silvio, o nosso Silvio Mota, que com sua coragem honra a história de todos nós, junto com o povo brasileiro.

Parabéns, Silvio!
Beijo a todos,
Rose.


Vejam nosso querido amigo Sílvio Mota, em Fortaleza. 
Parabéns, companheiro!
Eli.
Vídeo: 
Silvio Mota peita PMs robocopes e sai na capa do New York Times 

O manifestante foi identificado como Silvio Mota. Esse senhor foi torturado durante a ditadura militar, foi preso político e lutou pela redemocratização do país. O ex-militante da ALN, hoje juiz federal aposentado, também faz parte do Comitê pela Verdade, Memória e Justiça do Ceará. 


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Facebookada

De novo, não. De novo nunca mais.
Fortaleza - CE

"Não é verdade que os manifestantes provocaram o enfrentamento. A PM do Ceará mentiu, e a Rede Globo também."

O manifestante na imagem e autor dessa declaração foi identificado: chama-se Silvio Mota e tem 68 anos. Esse senh...Ver mais




Da série Imagens Históricas:



Foto extraída de...

Finalmente "Um artigo sério" na PressAA. Sério!


Está de volta o tema "redução da maioridade penal". 
No momento em que o Senado passa por sua maior crise de escândalos, senadores encontraram um meio de desviar a atenção do povo brasileiro, colocando em discussão Proposta de Emenda à Constituição que reduz a maioridade penal para 16 anos. 

Com um tema "polêmico", o Senado espera que a população esqueça os escândalos que abundam e medram na Casa.

(Para ler artigo completo, clique no título)

Mais Facebookada...

  • por Roberto Ribeiro
    Vocês que são jovens e adolescentes, e que estão indo às ruas ou usando a internet para protestar contra a Presidenta Dilma Rousseff, não se esqueçam de pedir desculpas aos pais e irmãos de vocês quando eles voltarem pra suas casas sem emprego. Os protestos contra Dilma vão causar a maior onda de desemprego da história do Brasil, comecem a rezar, e depois não digam que ninguém os avisou.


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Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA


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EM DEFESA DOS VÂNDALOS

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É. É isso mesmo que você leu! Cada um defende sua tribo. Esse locutor que vos fala já foi chamado de vândalo, sofreu prisão e respondeu processo por danos ao patrimônio público, numa passeata na Rua Uruguaiana, no Rio. Mas isso foi no século passado, em 1968. Acontece que agora muitos manifestantes, que podiam ser meus netos, são presos sob a mesma acusação com ou sem culpa no cartório. Do Oiapoque ao Chuí, a mídia jura que os vândalos tomam contam do país.
"VÂNDALOS PROVOCAM DESTRUIÇÃO EM MINAS" berra O Globo (27/6) em manchete de oito colunas. "MORADORES IMPROVISAM 'MILÍCIA' CONTRA VÂNDALOS NO RS" - grita a Folha de SP (29/6), informando em outro título: "NO RIO, 'PITBOYS' SÃO SUSPEITOS DE ATAQUES A CONCESSIONÁRIAS". Alguns apresentadores de telejornais chegam a encher a boca, saboreando cada letra da palavra.[AA: Isso aí é o mesmo que comer o melhor viradinho paulista no Rio e a melhor feijoada carioca em São Paulo: "Todos os jornais impressos deveriam ser comunitários, falariam de suas comunidades. Já os telejornais e emissoras de rádio é diferente..." (aproximadamente isso) - Alberto Dines. - “Nós somos muito arrogantes e os donos dos jornais, mais ainda”. (sic) - Franklin Martins - Ambos no Observatório da Imprensa na TV ]
Afinal, quem são os vândalos? Depende do momento, do lugar e de quem nomeia. Originalmente era uma tribo que falava vândalo, uma língua germânica, e que num conflito armado com o Império Romano saqueou Roma, destruindo muitas obras de arte. Por extensão, no séc. XVIII, na França, foram assim chamados os revolucionários que na luta contra o feudalismo e a monarquia arrasaram monumentos e prédios públicos. Na Avenida Paulista, há quinze dias, vândalo era todo e qualquer manifestante que protestava pacificamente. Hoje, nas capitais brasileiras, são grupos considerados pela polícia como baderneiros.  
Muito antes disso, Roma havia sido incendiada, mas não pelos vândalos. Durante dias o fogo consumiu a cidade, transformando o Templo de Júpiter num monte de cinzas. Até mesmo os que suspeitavam que o incendiário era o imperador Nero jamais usaram a palavra vândalo para designá-lo.
De Nero aos dias de hoje, ninguém que vandalizou em nome do Estado foi estigmatizado. O presidente George Bush também nunca foi chamado de vândalo, apesar de ter indignado a comunidade internacional quando comandou o saqueio no Iraque e destruiu, entre outros, o Museu de Arqueologia de Bagdá, sacrificando milhares de vidas humanas, inclusive de civis.
Wandali conquisiti
Ou seja, parece que bárbaros - como queria Montaigne - são sempre os outros, os derrotados, porque quem ganha tem o poder de nomear, de batizar, de dar nome aos bois, de classificar e de dizer quem é e quem não é vândalo. E no séc. VIII, os vândalos foram definitivamente derrotados: Wandali conquisiti sunt. Não sobrou nenhum para contar a história. Diz um provérbio da Nigéria: "enquanto os leões não tiverem seus próprios historiadores, as histórias de caça sempre glorificarão o caçador".
Um caçador de São Paulo, governador Geraldo Alckmin, com aquela cara de babaca - desculpem baixar o nível, mas que ele tem cara de babaca tem - e o prefeito da capital, Fernando Haddad - que não tinha, mas está se esforçando pra ter -  justificaram inicialmente a repressão policial. Naquele momento, para eles, quem protestava contra o aumento do preço da passagem de ônibus era vândalo. As manifestações cresceram, o governo recuou e finalmente reconheceu que nem todo manifestante era vândalo.
No Rio de Janeiro, o governador Cabral [Picolé do Caju?], com cara de Alckmin, declarou que a Polícia Civil havia identificado pelo menos cinco grupos que "vem cometendo atos de vandalismo, lesões corporais e furtos". Na lista, estão "os anarcopunks, os militantes de partidos políticos mais radicais (não mencionou quais), os brigões oriundos de torcidas de futebol, os neonazistas e os bandidos de facções criminosas". Faltou nomear mais dois grupos: a própria polícia que promoveu quebra-quebra e os revoltados, que estão putos da vida.
É o que os franceses chamam de ras-le-bol, ou seja, estar de saco cheio. As pessoas não aguentam mais engarrafamentos infernais, transporte coletivo precário, violência policial, insegurança, hospitais recém-inaugurados que não funcionam ou que desabam como no Ceará, estádios caindo como o Engenhão, obras superfaturadas, serviços de saúde e educação que atentam contra a dignidade humana, justiça lenta, enfim a impunidade dos vândalos de colarinho branco. Desconfiam do governo, do judiciário, do congresso, dos partidos políticos e não consideram as oposições alternativa de poder.
Alguns colunistas, assustados, de um lado com a rejeição aos partidos políticos e de outro com o quebra-quebra, tacharam esses manifestantes de vândalos, neonazistas, radicalóides sociopatas, pitboys de passeata ou, como quer Arnaldo Jabor, "vagabundos [Aposentados?], punks e marginais que se aproveitam sabendo que a polícia não pode matar". Não querem entender que as manifestações são sintomas da crise de representatividade na qual está mergulhado o país.
As evidências apontam muita gente boa entre os que inicialmente promoveram o quebra-quebra e que simplesmente estavam emputecidos. Usaram o modelo de linguagem da própria polícia que espalha terror e medo em comunidades carentes, como vem fazendo, no Rio, o Batalhão de Operações Especiais, que quebra, mata, esfola e saqueia.
Fioforum infra
Tem forte carga simbólica o fato de que a violência tenha atingido ônibus, pontos de ônibus, relógios públicos, radares, semáforos e equipamentos de apoio ao tráfego que foram destruídos, assim como alguns monumentos e prédios públicos pichados e depredados. Não se trata de defender o vandalismo, porque quem vai pagar a conta somos todos nós, mas de buscar as razões que levam pessoas a manifestarem assim sua indignação.
No século XIX, condições subumanas de trabalho, jornadas prolongadas, salários miseráveis, levaram trabalhadores ingleses da indústria nascente, entre eles mulheres e crianças, a destruírem máquinas e equipamentos industriais, num movimento que ficou conhecido como ludismo [Telejornacionais: "Bem que alertamos! É o lulismo!"] em referência a Ned Ludlam, líder do movimento. Karl Marx, que criticou o quebra-quebra, buscou ver a semente revolucionária que ele continha e que foi canalizado para a reivindicação de reformas sociais e políticas e acabou originando novos métodos de luta, com o fortalecimento dos sindicatos.
Esses movimentos sempre trazem mudanças. As cinco pessoas assassinadas no Morro do Borel é que deram origem, em 2004, à Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência, que está convocando agora uma manifestação pacífica neste domingo, durante a final da Copa das Confederações.
- "É muito difícil organizar uma manifestação pacífica na rua, no Brasil, porque o Estado é violento" disse a Folha de São Paulo Caio Martins, 19 anos, estudante de Historia da USP, que milita no Movimento Passe Livre (MPL) desde 2011. Ele condenou a polícia que na primeira passeata pacífica lançou uma bomba de efeito moral decepando um dos dedos de uma manifestante.
 É evidente que ninguém pode aceitar a destruição do patrimônio ou a agressão às pessoas, sejam elas promovidas pela polícia ou por manifestantes. No entanto, muitas vezes, o aparelho policial busca bode expiatório. Em 1968, num primeiro momento, fui acusado de ter incendiado uma viatura na Rua Uruguaiana. No final, acabaram me processando por haver rasgado a farda de um policial. Nenhuma das acusações era verdadeira.
Quando a Polícia pediu ajuda ao MPL para identificar os vândalos, seus integrantes se recusaram. Poderiam muito bem, reconhecendo que Wandali conquisiti sunt, citar um dos reis vândalos, não sei se Hilderico ou Gunderico: "Fioforum plus infra est" , ou como diria Cícero no senado romano: O buraco é mais embaixo.
Abaixo o vandalismo! Vivam os vândalos!
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José Ribamar Bessa FreireDoutor em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2003). É professor da Pós-Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-Rio), onde orienta pesquisas de mestrado e doutorado, e professor da UERJ, onde coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas da Faculdade de Educação. Ministra cursos de formação de professores indígenas em diferentes regiões do Brasil, assessorando a produção de material didático. Assina coluna no Diário do Amazonas  e mantém o blog Taqui Pra Ti . Colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz.

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  • Simone Campos curtiu isto.
  • Fernando Soares Campos Meu caro editor Jesús Gómez Gutiérrez, de saudades também alimentamos nossos corações. Quando tiver um tempinho disponível, leia este repeteco que fizemos na nossa satírica Agência Assaz Atroz. Boa sorte aos espanhóis amanhã no Maracanã. (Mais ainda pra nós, brasileiros, ou para os nós brasileiros.)

  • Jesús Gómez Gutiérrez Ex editor, compañero; pero si te dije alguna vez eso, lamento no habérmelo aplicado (con más regularidad) a mí mismo XD



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Mensagem e texto recebido por e-mail de nossa colaboradora Urda Alice Klueger:

O gigante acordou ou levantou para fazer xixi?


Quebrar e depredar é uma atitude válida quando é política, direcionada, com manifesto e não quebra-quebra aleatório. Você acha que o banco te explora quando pega o extrato? Quebre o banco e piche: “Parem de me explorar, safados!”. Acha que o Cabral merece ter a casa quebrada para sentir a fúria? Quebre e deixe um recado. Pichar muros com dizeres políticos é política, é revolta legítima. Mas não destrua patrimônio particular de trabalhadores que são tão explorados quanto todos nós. Ele está do seu lado. Ele é você! Direcione sua fúria, se a fúria é sua linguagem. Mas durma com essa: trabalhadores vão limpar toda a sua fúria amanhã pela manhã. E custa caro. E eles vão dizer que custa mais do que custa de fato, como sempre. Ponha esse dado na balança e peça ao menos desculpas.

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"Tá legal, eu aceito o argumento, mas me altere o samba tanto assim, olha que a rapaziada está sentindo a falta de..."


Argumento

Paulinho da Viola


(Colaborou para esta edição o índio Anhangá, que baixou aqui no terreiro Assaz Atroz por volta da meia-marafa)

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Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons

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