segunda-feira, 29 de junho de 2020

Massacre do Caldeirão da Santa Cruz do Desterro

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Massacre do Caldeirão da Santa Cruz do Desterro


por Fernando Soares Campos
Portal Maltanet -- 28/06/2020

Trecho:

Sobre Canudos, quase todo brasileiro tem alguma informação, mesmo que seja apenas a de que ali ocorreu uma guerra, visto que, além da obra de Euclides da Cunha e tantas outras nela inspiradas, também o filme Guerra de Canudos foi um grande sucesso de público e palpites da crítica, além de ter sido premiado em importantes festivais. Muitos são os vídeos-documentários sobre aquele conflito, e a maioria dos professores de História recomenda a obra euclidiana aos seus alunos.

Porém, se o episódio de Canudos é conhecido mundo afora, principalmente através de “Os Sertões”, o mesmo não ocorre com acontecimentos idênticos que também tiveram como palco os sertões nordestinos, como, por exemplo, a destruição da comunidade Caldeirão da Santa Cruz do Desterro, no Sertão do Cariri (CE).

LEIA COMPLETO: http://www.maltanet.com.br/v2/literatura/2020/06/28/massacre-do-caldeirao-da-santa-cruz-do-desterro


Assista ao vídeo: 

O Caldeirão da Santa Cruz do Deserto(Completo) - Rosemberg Cariry 


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segunda-feira, 22 de junho de 2020

Se entrega, Corisco!

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Se entrega, Corisco!

por Fernando Soares Campos
Portal Maltanet -- 20 de junho de 2020

Lampião, o rei do cangaço, e Corisco, o diabo loiro, tinham por companheiras Maria Bonita e Dadá (é bom que se diga "respectivamente", porque naquela época certas liberalidades de hoje eram tidas como libertinagens, sem-vergonhices que os homens do cangaço não adotavam). Lampião morreu em combate em 1938, quando ele e Maria Bonita foram decapitados (ela capturada viva) e suas cabeças foram exibidas na feira livre de Santana do Ipanema, minha cidade natal, no sertão alagoano. Corisco e Dadá continuaram a luta. Em 1940 ele também tombou, e sua cabeça foi juntar-se à de Lampião no Museu Nina Rodrigues, em Salvador, onde ficaram expostas até 1969, como troféus das forças de repressão. Dadá, atingida por um tiro no pé direito, sofreu processo gangrenoso que lhe custou a amputação da perna.

Os grupos de cangaceiros certamente não eram formados por indivíduos santificados, entretanto muitas histórias que contam sobre eles não passam de fantasias ou mesmo difamações propositadamente plantadas nos tempos em que o presidente Getúlio Vargas pediu as cabeças dos cangaceiros, que haviam criado a ilusão de mudarem o status de "bandoleiros" para "revolucionários". Foi quando Lampião decidiu autoproclamar-se "governador dos sertões nordestinos".

LEIA COMPLETO: http://www.maltanet.com.br/v2/literatura/2020/06/20/se-entrega--corisco 


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domingo, 14 de junho de 2020

O torturador que diz não temer a verdade (Final)

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O torturador que diz não temer a verdade (Final)

por Fernando Soares Campos
Portal Maltanet 

Trecho:

O meu falante companheiro de carona se aproximou da base de uma escadaria e gritou para o andar de cima:

― Pai, chegamos! Pai, o senhor está aí?! ― voltando-se para mim, finalmente apresentou-se: ― Seu Fernando, eu sou Leonardo. Sou filho do suboficial Túlio, seu colega submarinista dos velhos tempos de guerra ― sorriu. ― Sente-se, fique à vontade. Quer água?

― Aceito ― respondi enquanto me acomodava numa poltrona.

Leonardo dirigiu-se para onde deve ser a cozinha da casa.

Descendo a escadaria, apareceu o velho Túlio. Esquelético, lento, passo a passo, com visível dificuldade de locomover-se.

Leonardo retornou à sala com uma jarra d’água e um copo, me ofereceu. Tomei água. Ele colocou tudo em cima da mesa.

O suboficial Túlio se aproximou de mim. Leonardo fez as apresentações:

― Pai, esse aí é seu Fernando, escritor. Ele foi seu colega na Marinha, no Submarino Bahia. O senhor se lembra dele?

LEIA COMPLETO: https://www.maltanet.com.br/v2/literatura/2020/06/13/o-torturador-que-diz-nao-temer-a-verdade--final

LEIA TAMBÉM (ou releia) AS PARTES 1 E 2:
Parte 1: http://www.maltanet.com.br/v2/literatura/2020/05/30/o-torturador-que-diz-nao-temer-a-verdade--parte-1
Parte 2: http://www.maltanet.com.br/v2/literatura/2020/06/07/o-torturador-que-diz-nao-temer-a-verdade--parte-2   





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segunda-feira, 8 de junho de 2020

O torturador que diz não temer a verdade (Parte 2)

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O torturador que diz não temer a verdade (Parte 2)

por Fernando Soares Campos
Portal Maltanet -- 07/06/2020

Trecho:

Em 2008, a presidenta Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil, falou que se orgulhava de ter mentido sob tortura, quando foi presa no final dos anos 1960, por fazer parte de grupo insurgido contra a ditadura civil-militar. “Me orgulho de ter mentido, o que estava em questão era a minha vida e a de meus companheiros. Aguentar tortura é dificílimo”, disse a ministra.

É preciso coragem para mentir àqueles que estão tentando lhe arrancar informações sob tortura, há que se ter talento para convencer os algozes. Até porque os gorilas, provavelmente, não acreditam nem mesmo quando o torturado está falando a verdade. Evidente, pois devem imaginar que a vítima está apenas querendo se livrar dos suplícios. Coragem ainda porque, se eles acreditarem no que lhes foi dito e em seguida descobrirem que foram enganados, o interrogado certamente será submetido a tratamento ainda mais violento.

Assim como a militante Dilma Rousseff mentiu no momento da apuração dos fatos e formação do processo judicial que viria a condená-la por participar de ações contra o regime ditatorial, eu também, em 1974, menti para os inquisidores de uma auditoria militar, prestei falso testemunho, com o propósito de livrar um amigo que se encontrava preso, enquadrado na Lei de Segurança Nacional, acusado de desacato à autoridade de um oficial da Marinha de Guerra e suspeito de participar de ações contra o modelo político-ideológico vigente.

LEIA COMPLETO: http://www.maltanet.com.br/v2/literatura/2020/06/07/o-torturador-qu...

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A Parte 1 de "O torturador que diz não temer a verdade" pode ser lida aqui: 


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