quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Depois de os pardais do TSE aplicarem multas indiscriminadas contra Lula e Dilma, muda as regras de exigência de identificação do eleitor

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Kais Ismail

Certa vez, me comentaram que gostariam de ser sócio da Bike-Entrega, mas que não tinham dinheiro para entrar na sociedade.

De lá pra cá, até em um Ministério fomos parar.

Nesta altura do campeonato, onde existe uma imensa campanha de mobilização para a mobilidade urbana através do uso de bicicletas, momento em que grandes investimentos estão sendo feitos nas principais capitais visando este modal.

Como exemplo, a Houston que na ânsia de promover seu produto, investiu 15 milhões de reais para mostrar sua marca em uma novela. Mas isso não aumenta as vendas da Houston como aumentaria se as leis do CTB fossem respeitadas.

Estou desde 2008, e você vem sendo testemunha de que sou um dos poucos, dos raros, que aparecem na mídia brasileira batalhando unicamente pela segurança no trânsito. Onde todos ganham!

Há quem além de ganhar segurança, um ar melhor e a preservação do meio ambiente, também lucram. Os que vendem bicicletas, acessórios, aluguel de bicicletas públicas e qualquer outra atividade associada a bicicletas que de alguma forma gere lucros.

Nossa luta, pois sem o seu apoio não chegaria onde chegou, resultou em um diferencial raro. Temos uma marca, um conhecimento, propostas oficialmente aprovadas e publicadas pelo governo, e uma bandeira que se tornou grande, respeitada e única.

Mediante tudo isso, posso dizer-lhe, com convicção, que seu dinheiro não alcançaria um décimo do que sua escrita pode alcançar agora.

Têm sentindo eu estar fazendo um lobby a favor da segurança no trânsito, não só gratuitamente, mas pagando, por eu ser cidadão e empresário do ramo.

Entretanto, perde-se o sentido, quando o sacrifício pelo coletivo, coloca em risco o bem estar e segurança da minha família para favorecer outros também, quando outros não fazem força nem pra peidar, como já dizia Rita Lee.

Perdem-se também o sentindo comercial, quando esta batalha é apenas para garantir o mínimo para uma pequena empresa enquanto que ao mesmo tempo, o resultado desta batalha será muito lucrativo para gigantes empresas.

Portanto, estamos em situação de domínio de conhecimento e causa da única real chance delas lucrarem.

Com recurso e estrutura, temos como fazer um lobby de rápido retorno positivo.

Isso é o que nos falta. E isso, em valores, pela prospecção de vendas que eles terão quando houver segurança para os ciclistas no trânsito, será muito insignificante.

O que estamos fazendo, interessa muito às marcas de bicicletas, aos fabricantes de capacetes e a um grande leque de empresas.

Pela causa nobre e necessária, não acho que seja vergonhoso oferecer de forma mais intensiva e atuante, os nossos serviços a estas empresas.

Por tudo o que já fizemos, denunciamos, solicitamos, pagamos e sofremos, temos sim conceito e respeito para sermos remunerados para dar continuidade a esta batalha. Merecemos sim, condições de fazer todas as viagens necessárias, bater em todas as portas que deveriam estar abertas.

Cláudio errou ao afirmar que eu iria morrer, mas que não conseguiria reabrir a Bike-Entrega por questão de segurança. De fato, agora virou uma questão de honra: Enquanto não houver segurança para ciclistas, não colocarei mais nenhum ciclista pedalando. Entretanto, a Bike-Entrega pode se voltar à preparação de equipes enquanto são batalhadas as leis de segurança.

E esta equipe, é uma equipe de muita demanda e pouca oferta. Refiro-me aos mecânicos de bicicletas. Que são poucos os existentes agora. Imagina quando as metas foram alcançadas.

Acho que se ainda não consegui vender a loja, é porque lá dá pra fazer uma boa escolinha de mecânico de bicicleta para crianças carentes de 12 a 17 anos.

A idéia , através da Bike-Entrega, é que ela esteja na ativa atuando de forma social e educativa, para que quando a segurança esteja garantida e aí sim chegar a hora dos ciclistas, haverá mais mecânicos e menos traficantes.

Resumindo, pelo fato de não haver segurança, a operacionalização convencional fica interrompida e dá-se início a frente de uma batalha social-ecológia-econômica, patrocinado pela grande maioria interessada.

Olhando de fora, é tudo muito raro.

E por isso meu amigo, mediante a toda esta grandeza que pode se tornar minúscula ou muito maior, é que não posso mais ficar sem agir por não ter condições de contratar alguém do seu naipe.

Alguém que me entenda e traduza como só você sabe fazer, Fernando!

Não é agradável para eu ter que ficar pedindo-lhe favores e tampouco tenho como pagar-lhe por serviços de emergência. Por isso, proponho que você se torne sócio sem ter que colocar qualquer valor na aquisição de cotas. Apenas empenho e disponibilidade para fazer alguns textos. Pelo menos por agora. Entrando patrocínio para a escola de mecânicos e lobby pela segurança do trânsito, poderemos oficializar a sociedade em 50%. Caso queira oficializar desde já, pode ser feito também. Mas, aí estaria entrando em uma sociedade de uma empresa endividada e inoperante.

Phernandho, eu tenho certeza de que juntos chegaremos aonde você nunca imaginou onde pudéssemos chegar. Por isso, não agüento esperar e quero textos como parte de trabalho de um sócio, com os mesmos interesses que os meus.

Espero que entendas que na situação em que a empresa se encontra, ou age-se assim, ou enterra-se logo de vez.

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Kais Ismail, produtor publicitário e empresário, colabora com esta Agência Assaz Atroz.

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Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA

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