domingo, 6 de setembro de 2009

Pesquisadora inglesa revela: o Coisa Ruim sempre foi um entreguista de carteirinha

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Prosaico papiar de periodistas pauteiros da PressAA


Paul Long: -Cresce o movimento baseado na constatação elementar de que essa reserva petrolífera quilômetros abaixo da superfície do mar e da costa não teria sido descoberta por acaso. A reserva do pré-sal, anunciada ao mundo há dois anos, depois de uma série de pesquisas e estudos, já teria sido descoberta quando se planejava a privatização da Petrobrás com o nome de Petrobrax.






Foca: - Você está querendo dizer que o governo do Coisa Ruim já sabia da existência dessa reserva, mas escondeu o fato apenas para facilitar a venda da Petrobras a preço de banana em fim de feira?





Paul Long: - Existem muitos indícios de que foi isso que aconteceu. Era por isso que os peessedebistas e demo-pefelistas tratavam a Petrobras como dinossauro ou paquiderme. E não foi só o pré-sal, não! Os gringos que trabalharam sob os antigos contratos de risco encontraram muitas outras jazidas de petróleo em solo brasileiro e não informaram nada. Até hoje eles mantêm tudo mapeado e guardado a sete chaves. Se comprarem a Petrobras, aí, sim, vão fazer jorrar petróleo até na Lagoa Rodrigo de Freitas!

Foca: - Contratos de risco?! O que vem a ser isso?

Sind Kalista: - Durante a crise do petróleo, no auge da ditadura militar bancada pelas elites burguesas, o Brasil adotou os contratos de risco, que eram assinados entre a Petrobras e companhias particulares, com o propósito de intensificar as pesquisas e descoberta de novas jazidas. Pra se ter uma idéia, basta saber que empresas estrangeiras como British Petroleum, Shell, Elf, Exxon e Texaco, em doze anos de contrato, só encontraram uma pequena reserva de gás, exatamente na bacia de Santos. Quer dizer, isso foi o que eles informaram.


Foca: - Então, todo o petróleo que jorra em território brasileiro foi encontrado pela Petrobras?

Justus: - Algumas poucas empresas brasileiras que assumiram os contratos de risco descobriram pequenas jazidas em terra, no Rio Grande do Norte. O resto foi tudo descoberta da Petrobras.

Parceiro do Justus: - Isso mesmo! Mas a gente não pode esquecer que o governo do Coisa Ruim mandou vender grande parte das ações da Petrobras na Bolsa de Nova Iorque, por um preço irrisório... O que interessava a eles eram as propinas. O resto que se danasse!

Sind Kalista: - Fizeram pior! Afundaram a maior plataforma de prospecção de petróleo do mundo, a P-36. Nessa sabotagem morreram dez companheiros nossos. Arrombaram tanques de armazenamento de petróleo e oleodutos, provocando os mais apavorantes acidentes ecológicos ocorridos em território brasileiro. Tudo com o propósito de desvalorizar a mais importante empresa estatal do Brasil.

Foca: - Peralá!, pelo que tô entendendo, fizeram muita sacanagem com a Petrobras. A empresa escapou da ditadura militar, mas quase morre sob tortura no governo do Coisa Ruim.



Marakview: - Vocês conhecem o livro da pesquisadora inglesa Frances Stonor Saunders? Ela desmascara de uma vez por todas o Coisa Ruim! O sujeito, como cabo Anselmo, sempre foi um entreguista de carteirinha. O tio dele, general Felicíssimo Cardoso, costumava alertar: “Esse meu sobrinho não é de confiança”.




Foca: - Já ouvi falar nesse livro, é... deix’eu ver se lembro o título... É... “Quem pagou o pato?”. Confere?

Paul Long: - Quase isso, ou melhor, tem o mesmo sentido, mas o verdadeiro título é “Quem pagou a conta?”


Plantonista da PressAA no Planalto: - O próprio ACM, que sabia das coisas, quando estava brigado com FHC mandava suas farpas pra cima do colega vendilhão da pátria. Foi o Malvadeza quem disse: “Ele nunca sofreu na ditadura. Ele era o homem da Mercedes-Benz no Chile, nunca foi um verdadeiro exilado”.



Paul Long: - Fernando Henrique exilado?! Isso é conversa fiada! Logo após o golpe que derrubou Jango, em 1964, o Coisa Ruim saiu por aí espalhando que estava sendo ameaçado de prisão e se escondeu no Guarujá. Daí viajou para o Chile, ficando por lá até 1967. Quando fez sua parte no trabalho sujo de alcaguete, se mandou para a França. Agora entenda por que ele voltou para o Brasil em 1968, muitos anos antes da anistia. Sacou?

Akadêmiko: - Claro, o sujeito não era perseguido político coisa nenhuma! Tinha trânsito livre... A sua volta em 1968 foi para disputar uma cátedra de ciência política na USP. Conseguiu. Mas tinha outras tarefas a executar na condição de xis-nove do regime linha dura. Por isso mesmo, os golpistas resolveram aposentar FHC. Foi aposentado compulsoriamente. Quer dizer, se fosse realmente um militante de esquerda, não teria sido aposentado, seria apenas barrado. Isso se não fosse preso e torturado.

Foca: - E quais eram as novas tarefas do Coisa Ruim?



Prosélito: - Angariar a simpatia da inlectualidade tupiniquim! Arregimentar intelectuais brasileiros para as fileiras dos entreguistas! O primeiro passo foi a criação do Cebrap, o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, uma instituição financiada pela CIA, através da Fundação Ford, que, de cara, forneceu 180 mil dólares ao agente FHC. A pesquisadora inglesa Frances Stonor Saunders fala, no seu livro, em 145 mil, mas a primeira remessa foi mesmo de 180 mil. E hoje há quem calcule que o repasse total, durante alguns poucos anos, foi de 800 mil a 1 milhão de dólares. Não sei se a pesquisadora cita em seu livro, mas, além do Cebrap, o Coisa Ruim, na época, trabalhou no Centro de Estudos Latino-Americanos da Smithsonian Institution


Foca: - Smithsonian Institution?! Que diabos vem a ser isso? Deix’eu ver se encontro alguma coisa....

O Foca digita o nome da instituição e logo aparece a ficha na tela do monitor:

“A Smithsonian Institution (Instituto Smithsoniano) é uma instituição educacional e de pesquisa associada a um complexo de museus, administrada e fundada pelo governo dos Estados Unidos. Com grande parte de seus prédios localizados em Washington, DC, o instituto compreende 19 museus e sete centros de pesquisa, e tem 142 milhões de itens em suas coleções. A Smithsonian Institution foi fundada para a promoção e disseminação de conhecimento pelo cientista britânico James Smithson (1765-1829). No testamento de Smithson, ele declarou que se o herdeiro, seu sobrinho Henry James Hungerford, morresse sem deixar descendentes, o patrimônio dos Smithson deveria ser doado ao governo dos Estados Unidos para a criação de um "estabelecimento para a expansão e difusão de conhecimento entre os homens". Após Henry James morrer em 1835 sem deixar herdeiros, o presidente Andrew Jackson informou o Congresso do patrimônio de Smithson, que consistia de 100,000 moedas de ouro e 500,000 dólares (9,235,277 em valores de 2005). A Smithsonian Institution foi então estabelecida como um truste por uma lei do Congresso, sendo funcionalmente e legalmente um órgão do governo dos Estados Unidos.”

Arca d’Itam: - Engraçado, o Glauber Rocha denunciava tudo isso, ainda em 1969. Estive com ele, então, em Veneza, e viajamos juntos de carro, com Rosinha, até Paris. A tchiurma, principalmente cineastas, já avançava os primeiros ataques ao seu caráter e sanidade mental. Diziam que Glauber era louco! Depois nos revimos em Roma, na virada do ano, quando ele insistia, na casa do Barcelloni e nas conversas de restaurantes e bares, nas implicações do Cebrap com a Ford e a CIA.



Foca: - É o que falam até hoje sobre o Glauber, que ele era maluco, piradão, coisas assim...

Arca d’Itam: - E assim foi, no correr de 1970 a 71, período em que teve de reexilar-se e fazer filmes para comer, por sinal obras-primas, no Congo-Brazzaville, onde fez "Der leon has sept cabeças", e na Espanha, com a produção de "Cabezas cortadas". Sem ter nunca sabido que, na Tailândia dos anos 50 e 60, os agentes do Pentágono e da CIA eram pagos mediante o narcotráfico, acusava a introdução da maconha na mocidade de classe média, como coisa da colusão de ambos órgãos. De igual maneira, o Cebrap de FHC foi instituído com a grana dos EUA, a fim de conquistar a intelectualidade bempensante do Brasil e preparar uma alternativa civil para comandar o País, em seguida aos militares.

Fulirado: - E conseguiram?! Canalhas! Os descarados ainda querem voltar!

Arca d’Itam: - Glauber expressava essas coisas e deixou tudo por escrito. Vejo agora que a pesquisadora inglesa teve de muito investigar um assunto em que o grande cineasta se obstinava por espalhar, sem sucesso, suas conclusões "loucas", a ponto de vir a ser isolado da convivência com seus co-irmãos do Cinema Novo. Quando, em 1974, hipotecou solidariedade ao general Geisel, ele já se certificara que um Albuquerque Lima ou um Euler Bentes eram o que menos desejavam os falcões de Washington.

Retrô: - Só agora estou entendendo aquela atitude de Glauber em relação ao general Geisel, a quem ele chamou de “estadista”. Foi aí que o Jaguar barrou um artigo dele no Pasquim.

Arca d’Itam: É preciso que se perca de vez o tom jocoso dos que se referem a Glauber Rocha ou contam lances de sua vida, como se vê no já clássico "Glauber, o filme - Labirinto do Brasil", de Silvio Tendler. Ele jamais quis ser pesquisador ou estudioso, por metodologias de praxe, mas convém não ficar em brancas nuvens o que dizia.


Kon Kluzão: - Porra!, acho que já nem preciso ler o livro “Quem pagou a conta?”. Todo mundo já sabe a resposta, foi o povo brasileiro. A privataria que o Coisa Ruim promoveu só serviu para locupletar as novas revelações da corruptália e enriquecer ainda mais os que comeram no cocho da ditadura.


Editor-Assaz-Atroz-Chefe: - É preciso ler, sim! O livro revela muito mais do que foi dito e ouvido aqui. Nada de se sentir assaz esclarecido apenas através de conversas de botequim ou de um prosaico papiar de periodistas pauteiros da PressAA.







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PressAA

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2 comentários:

Sérgio Campos disse...

Isso explica o medo das dondocas: Danuza e Regina, de Lula e Dilma. É claro que com FHC e sua gang elas estão bem mais "seguras". O infame é a garantia da futilidade das elites brasileiras, que se contentam com as migalhas de seus donos da parte "de cima" da América.

Osvaldo Palmeira disse...

Comprei o livro à bastante tempo após ler uma reportagem jornalística (coisa rara hoje em dia) na Tribuna da Imprensa.

É estarrecedor, mas não é nenhuma novidade, os fatos relatados pela jornalista britânica. Apenas enriquece com detalhes o grau de influência dos americanos pelo mundo afora, e nós na era triste de FHC embarcamos nesta.