Fernando Soares Campos
Em
2011, muita gente ficou estarrecida com esta notícia disseminada internet
adentro como sendo uma tremenda revelação:
Telegramas
revelam intenções de veto e ações dos EUA contra o desenvolvimento tecnológico
brasileiro com interesses de diversos agentes que ocupam ou ocuparam o poder em
ambos os países
Os telegramas da diplomacia dos EUA
revelados pelo Wikileaks revelaram que a Casa Branca toma ações concretas para
impedir, dificultar e sabotar o desenvolvimento tecnológico brasileiro em duas
áreas estratégicas: energia nuclear e tecnologia espacial. Em ambos os casos,
observa-se o papel anti-nacional da grande mídia brasileira, bem como
escancara-se, também sem surpresa, a
função desempenhada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, colhido
em uma exuberante sintonia com os
interesses estratégicos do Departamento de Estado dos EUA, ao tempo em que
exibe problemática posição em relação à independência tecnológica brasileira.
Segue o artigo do jornalista Beto Almeida.
O primeiro dos telegramas divulgados,
datado de 2009, conta que o governo dos EUA pressionou autoridades ucranianas
para emperrar o desenvolvimento do projeto conjunto Brasil-Ucrânia de
implantação da plataforma de lançamento dos foguetes Cyclone-4 – de fabricação
ucraniana – no Centro de Lançamentos de Alcântara , no Maranhão.
(Leia
completo clicando no título)
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Sim!
É sempre bom reavivar a memória dos desmemoriados, mas essa postura de FHC a
gente já conhecia desde os tempos em que ele pediu aos milicos chilenos para
soltar o parceiro Zé Serra do Estádio Nacional. De preferência não deixar nem
que o infeliz entrasse no campo de concentração improvisado pelos golpistas que
derrubaram o governo de Salvador Allende, pois Serrassuga teria sido preso por
engano. Era um dos "buchas" de FHC.
Hoje,
nós que fazemos a PressAA acreditamos que o “vazamento” desses tais telegramas não passou de uma espécie de
“cavalo de troia” para a equipe WikiLeaks e para o processador encefálico da
esquerda panfletária do Auriverde. Queriam adquirir a confiança das baratas
para, em seguida, borrifar inseticida sobre as coitadas.
Dizem que a barata seria o único ser vivo capaz de sobreviver a uma hecatombe
nuclear. O problema é que aqueles que pretendem estourar os miolos do Planeta
querem varrer da face da Terra exatamente as cucarachas, “baratas”, em
espanhol.
E
não foi sem razão que, logo em seguida ao “vazamento” dos telegramas sobre o
vendilhão da pátria Fernando Henrique Cardoso, o Coisa Ruim, falando o que
todos nós já sabíamos, mandaram pro WikiLeaks outra peça virulenta. Dessa vez
com absurdas acusações contra Lula:
A
informação é de um relatório divulgado pelo Wikileaks. Revoltados com a
provável escolha brasileira pelo caça Rafale, a empresa de espionagem dos EUA
lança a ideia de que Lula pode ter recebido propinas para dar preferência aos
franceses
No fim de fevereiro, o Wikileaks começou
a publicação de e-mails da companhia de inteligência global Stratfor. Com base
no Texas, a empresa tem, entre seus clientes, o Departamento de Defesa e de
Segurança Interna dos Estados Unidos. Entre algumas mensagens já disponíveis
para o público, a Strafor analisa as compras militares brasileiras e cita um
jornal “parceiro” da companhia.
Em
ruínas
Na mensagem que analisa as compras
militares, o analista de geopolítica da Stratfor cita fontes no consulado
norte-americano para questionar o Ministério da Defesa.
“Você está certo em se perguntar o que,
em nome de Deus, Brasília está fazendo. A Marinha brasileira é uma merda. É uma
piada, e eu sei porque eu falo com os militares do consulado o tempo inteiro a
respeito disso. A tentativa deles de adquirir um submarino nuclear não faz
sentido algum”, diz a mensagem, que também fala da compra dos caças Rafale.
“O fato de que eles querem o Rafale e o
Gripen é uma piada. O F-18 é o melhor equipamento. Nós os oferecemos um
excelente pacote, inclusive bastante transferência de tecnologia. (…) O Rafale,
mesmo com o preço reduzido, ainda está muito caro. E o Gripen é uma merda. Se
você compra o Gripen, você é uma Eslováquia”.
Para justificar a escolha brasileira
pelo Rafale, a empresa aponta que Lula
pode ter recebido propinas para dar preferência aos franceses.
“A compra dos submarinos é tão estúpida
que deve ter alguma compensação por trás. Lula provavelmente está procurando um
dinheiro para sua aposentadoria. A compra ainda veio no fim do seu mandato,
assim como os caças. O nosso Departamento de Tesouro é contra oferecer propinas
[PressAA:
Me engana que eu não gosto, mas me enrosco!], o que não nos permite fazer
grandes negócios num lugar corrupto como o Brasil”.
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Quando
eu era criança, costumava fazer isso: falava a verdade sobre minha participação
em certas travessuras, mas apenas
o que eu não tinha como esconder, a fim de adquirir a confiança da professora; em seguida, mentia acusando o coleguinha,
apontando-o como principal culpado.
Pois
deve ser assim que a turma do big stick
trabalha, usando ferramentas como o WikiLeaks e a presstitute: mandam verdades que todo mundo sabe há muito tempo,
com o propósito de autoafirmarem-se como fontes fidedignas (de pena); aí, em seguida, introduzem (epa!) meias verdades e completas mentiras, para fundirem a nossa cuca
de babaquara.
Por
que esse segundo “vazamento”, essa “filtragem”, não repercutiu tanto nos meios
panfletários da esquerda nem da direita cabocla?
Por que nem mesmo o PIG autóctone, nossa presstitute, deu importância a esse
segundo “vazamento” de “informações”, “filtradas” por WikiLeaks?
Certamente
porque as “informações” contidas nessa segunda “filtragem” são pra lá de absurdas.
Apesar de que os sujeitos que mandaram esse traque, esse segundo “vazamento”, devem ter pensado que estavam distribuído-o em boa hora, pois isso ocorreu no início de
2012, quando o PIG começava a se preparar para envolver Lula com o julgamento
do “mensalão”.
Mas
é muito absurda essa “informação” filtrada por WikiLeaks, pois foi o governo
Lula quem barrou o projeto entreguista de FHC em relação ao Centro de Lançamentos
de Alcântara, que seria transformado em latrina dos EUA.
Nós que fazemos a PressAA não estamos
afirmando que Assange é um pau-mandado ou um manipulado (“Matrixiado”, como diz
Komila Nakova). Nada disso. Longe do nosso alcance está a verdadeira verdade dos fatos. Nós
só estamos cafungando, a fim de entender toda essa confusão em torno do caso
Assange, Rafael Correa, Inglaterra, EUA e seus pit bulls diplomáticos. Deixamos isso bem claro em “Porque mandamos em frente a entrevista como ex-agente do KGB Daniel Estulin”.
Defendemos
a liberdade de Julian Assange como defendemos a nossa própria liberdade.
Entretanto, nesse caso específico, defendemos com maior ênfase a
inviolabilidade da Embaixada do Equador na Inglaterra.
Rafael
Correa desativou uma base militar dos EUA em território equatoriano (como Lula teria
que fazer se o projeto do entreguista FHC tivesse se concretizado).
Essa
matéria foi publicada na Edição 438 do Jornal Inverta, em 12/08/2009
No dia 15 de julho, os Estados Unidos
começaram a se retirar da base militar de Manta, situada estrategicamente no
meio da costa do Equador com o Oceano Pacífico. Desde sua campanha
presidencial, o presidente equatoriano Rafael Correa defendia que não renovaria
o acordo, assinado com o governo estadunidense em 1999, fato este relacionado
com o “acidente” de avião que matou a ministra da defesa equatoriana, Guadalupe
Larriva, em janeiro de 2007, logo quando o novo governo do Movimento Alianza
País assumiu. A devolução oficial da base ao Equador se dará em setembro deste
ano.
Esta base, entretanto, foi fundamental
para os Estados Unidos nas operações militares que coordenou na região. Criada
no ano em que o controle do Canal do Panamá passou para os panamenhos, supõe-se
que foi em Manta onde se montou e apoiou o bombardeio colombiano no território
equatoriano em 2008 que resultou na morte de 27 pessoas, entre elas o
guerrilheiro Raul Reyes. Este episódio revelou mais uma vez o caráter fascista
do governo de Álvaro Uribe e foi rechaçado por praticamente todos os países da
América Latina.
(Leia matéria completa clicando no
título)
Mas
Correa não tem poder para desativar as dezenas de bases norte-americanas que cercam
os bolivarianos neste momento. Ameaçadoras!
Mário
Augusto Jakokskind, jornalista, profundo conhecedor de política internacional, tratando
da questão do asilo de Assange na Embaixada do Equador, diz em um dos seus
últimos artigos:
"O episódio comporta outras
leituras [PressAA: Nisso concordamos, e é isso que
estamos tentando fazer, mil leituras], por exemplo, a escolha de Assange em
pedir asilo ao governo do Equador. Ele fez uma opção política por entender que
o governo equatoriano de Rafael Correa, ao contrário do que afirma a mídia de
mercado, respeita as liberdades de expressão e imprensa."
E
mais adiante:
"O caso Assange é um exemplo
concreto da importância de se manter essas liberdades e se ele optou pelo
Equador não deixa de ser também um recado segundo o qual confia nas autoridades
do país sul-americano no sentido de garantir o trabalho que vem e continuará
desenvolvendo com total liberdade."
Ora,
Rafael Correa já tem problemas demais pra resolver! Ele, Chávez, Cristina
Kirchner, entre outros, já enfrentam graves problemas criados pelo inimigo
comum: o imperialismo colonialista. Não precisava de um "recado" de
Assange admitindo que confia "nas autoridades" equatorianas, pois
podemos até conjecturar que nem mesmo Rafael Correa confia em todas as
autoridades do seu país. Como Fernando Lugo provavelmente não confiava em todas
as autoridades paraguaias, até que ficou provado que talvez só pudesse confiar
em meia dúzia, se muito!
Zelaya
também provavelmente confiava em seus subordinados, mas não em todos, até que
ficou provado que não poderia confiar em nenhum.
Foi
por isso que fizemos essa charge para a nossa postagem sobre...
Quanto
à revelação sobre o entreguista FHC, através dos tais documentos “vazados”, esta
nossa Agência Assaz Atroz já havia publicado, em 2009, um Prosaico papiar de periodistas pauteiros da PressAA, que discutiam
sobre alguns temas de interesse de nossos leitores.
Se
quiser ler, ou reler, é só clicar no título abaixo:
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Ilustração:
AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons
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PressAA
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