sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Você confia nas traduções que o Goober e a Komila Nakova fazem? Nós temos muitas dúvidas!

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Folha Online - Um grupo de cerca de cem refugiados palestinos em fuga da violência no Oriente Médio será recebido no Brasil, anunciou nesta quarta-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) no país. Os palestinos, que viviam no Iraque, estão atualmente num campo de refugiados na Jordânia, para onde escaparam devido à escalada de violência sectária no país árabe. O anúncio da Acnur foi feito no Dia Mundial do Refugiado, comemorado hoje. Segundo a organização, a decisão foi tomada por unanimidade no último dia 25 de maio pelo Conare (Comitê Nacional para Refugiados). "Foi uma decisão de caráter humanitário por parte do governo brasileiro", afirmou a coordenadora-geral do comitê, Nara Conceição da Silva. (Sábado, 30 de Junho de 2007)
http://blogdobonitao.blogspot.com/ (Atualizado)


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O Editor-Assaz-Atroz-Subchefe estava visivelmente preocupado, caminhava em círculos enquanto parecia ler um documento que acabara de receber pelo velho telex.


Subchefe: – Alguém aí sabe dizer quando é que o Fernando vai voltar de Buenos Aires?

Foca: – Pensei que ele tinha ido ao Nordeste.

Subchefe: – E foi. Estou falando de Buenos Aires, uma cidadezinha no interior de Pernambuco, perto do Recife.

Foca: – Ah, sim! Agora tá explicado, pois estranhei que ele não tivesse levado nenhum agasalho, nem mesmo a velha jaqueta.

Severino: – Quando ele passou lá na portaria disse que só volta na semana que vem.

Komila Nakova: – Algum problema, Subchefe?

Goober: – Brrruuufff... (Tradução: “Só pode ser alguma coisa pra traduzir”).

Subchefe: – Isso mesmo. Acabo de receber um texto do PRC, mas é tudo em inglês.

Goober: – Deixa com a gente, né, Komila? Num clique lá e outro cá, a gente traduz isso aí, mole, mole, fácil, fácil!

Foca: – Esse é que é o problema. Vocês pegam o primeiro tradutor online que encontram, traduzem e depois a gente tem que traduzir a tradução...

Severino: – Complicou tudo!

Subchefe: – Aqui nessa redação, só quem entende um pouco de inglês é o nosso Editor-Assaz-Atroz-Chefe.

Foca: – É verdade! Outro dia ele apontou para um livro sobre a mesa e disse: “The book is on the table”. O home saca tudo do idioma de Shakespeare!

Goober: – Relinchiiii... (Tradução: “Você não tem outra opção. Eu e a Komila podemos resolver isso. É pegar ou largar”).

Subchefe: – Não tenho outra saída. Toma lá, vê se dessa vez traz uma tradução decente.

O Subchefe entregou o documento ao Goober, o cavalo alado que Fernando adquiriu da Wells & Fargo num leilão da New York Stock U$ e que navega livre pelo universo googleriano.


Komila Nakova, a correspondente russa da AAA- PressAA, montou no bicho e partiram. Dez minutos depois estavam de volta. Mais cinco horas tentando traduzir a tradução do tradutor online, o grupo chegou ao seguinte texto:


De: The Palestinian Return Centre (PRC)
Para: Fernando Soares Campos
Data: 7 de agosto de 2009 14:28
Assunto: PRC - Reunião com o Comité das Nações Unidas sobre Direitos Palestinos

Comunicado à Imprensa, 07/08/2009

O Palestinian Return Centre (PRC) participou, no Reino Unido, de Reunião Internacional sobre a Questão da Palestina, que foi organizada pela Comissão sobre o exercício dos direitos inalienáveis do povo palestino, que abordam a responsabilidade de governos e organizações intergovernamentais na defesa direito internacional.

“Esta foi uma grande oportunidade de testemunhar as maquinações da política mundial e desempenhar um papel ativo, numa grande comissão no âmbito da ONU e ter as nossas vozes ouvidas quanto aos nossos receios sobre os constantes fracassos da comunidade internacional em fazer justiça, a termos que suportar Israel. Há demasiado tempo Israel demonstrou as características de um Estado pária, sem respeito pelos princípios fundamentais, à democracia e ao direito internacional. A língua da comunidade internacional às vezes tende a apagar a linha entre o opressor e o oprimido neste conflito, e esta conferência, removidas todas as dúvidas, definimos quem é o agressor e quem é a vítima ", disse Ahmed Nasim o representante do The Palestinian Return Centre (PRC) para a conferência.

A comissão que promove o apoio internacional e assistência para ao povo palestino é dotada de consciência internacional sobre a questão da Palestina desde o seu início em 1975, desde um fórum de embaixadores dos países participantes e as ONGs, para ouvir especialistas de diversas áreas destacando inúmeras transgressões de direito internacional por Israel, sobretudo na sequência da recente guerra em Gaza. É dever de cada Estado fazer Israel tomar consciência de seus crimes.

“Na reunião das ONGs com as Nações Unidas, representante da República Popular da China informou sobre as suas diversas campanhas políticas, atividades humanitárias e do trabalho global da República Popular da China para destacar a situação política e os direitos legais dos refugiados palestinos no direito internacional”, afirmou Majed Al - Zeer, diretor geral do RPC.

Representantes do RPC foram designados para pesquisar questões sobre a comissão, observou-se notáveis ausências na reunião, como o Reino Unido, E.U. e outros membros do Quarteto.

Ele também apontou o equívoco da ONU, especialmente na conclusão do nº 9, que, sempre que trata do conflito Israel-Palestina, com moderação da língua, faz crer que se trata de uma “solução negociada” e "exorta as partes”, dando a impressão de neutralidade e falando de igualdade de responsabilidade entre Israel e a Palestina. Isso posto no quadro da conferência, era espúrio, uma falácia, para dizer o menos.

A contribuição de personalidades notáveis, como John Dugard, que fez sua apresentação sobre os resultados das investigações sobre a conduta israelita durante a guerra na Faixa de Gaza, e de diversas outras proeminentes contribuições, como, por exemplo, a Human Rights Watch, um destacado jornalista israelita e escritor de Haaretz; os israelitas Gideon Levy e a organização de direitos humanos Btselem, deram uma idéia a respeito da sombria reflexão sobre a inadequação da comunidade internacional para responder às violações do crime e do direito internacional.

A apresentação do Dr. Phyllis Starkey, membro do Parlamento do Reino Unido, refletiram sobre as formas de governo que podem exercer pressão sobre Israel para que respeite o direito internacional. Ele destacou o exemplo do Reino Unido, que determinou várias ofertas de armas para Israel após a operação "Caste Chumbo", que bombardearam a população de Gaza há mais de três semanas. Uma resposta mais contundente foi a de David Hammerstein, membro do Parlamento Europeu, apelando aos governos para que cessem, dando ajuda aos palestinos, pois esta foi subsidiar a ilegal ocupação do território palestino. Seus comentários porém não refletem uma consenso geral de que Israel está obrigado a pagar pela sua ocupação e violações do status quo. Assim, nada irá mudar.

Mesmo com todas as suas fraquezas, a comissão desempenha um enorme papel, destacando a criminalização das últimas remanescentes empresas coloniais.

Valeu o apoio da República Popular da China, juntamente com outros organismos internacionais (ONGs), com uma carta à Assembléia Geral, apontando para o seu trabalho inestimável, mas sublinhando que os palestinos não suportam mais os ataques. A Comissão continua suportando as imposições de Israel e dos seus apoiadores.

Fim

The Palestinian Return Centre (PRC)
http://www.prc.org.uk/
info@prc.org.uk

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PressAA
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