domingo, 29 de dezembro de 2013

Dilma, na surdina, dá uma de Jango e cede às pressões do MST e sindicalistas bolivarianos --- FHC, reforma agrária como nunca antes na História! --- Marina, fracassada como liderança, convoca Black Blocs para Copa 2014

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PressAA PIG:  Peritos do CCC XXI identificaram os líderes subversivos que, em 64, manobraram as massas e pressionaram o morto e sepultado ex-presidente João Belchior Goulart, o Jango, a fim de que este, no famoso Comício da Central, no Rio de Janeiro, assinasse os decretos de reforma agrária e de desapropriação das refinarias de petróleo de grupos privados. Tudo com o apoio de comunistas pró-China e União Soviética. Jango desapropriaria todas as propriedades de mais de 100 hectares localizadas em uma faixa de 10 km nas margens de ferrovias e rodovias federais.

Hoje vivemos um momento análogo às agitações de 64. A presidenta Dilma Rousseff, na surdina e tomada de um surto de populismo, querendo se equiparar ao seu criador, Luiz Infáscio, deixou-se pressionar pelo MST e sindicalistas bolivarianos e anunciou a desapropriação de 92 áreas, o equivalente a 193 mil campos de futebol, para fins de reforma agrária!


Acompanhe tudo nesta edição!

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Fuja para as montanhas: “Golpe comunista 2014 no Brasil” terá início em 1º de janeiro


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Baseado em texto publicado na CartaCapital

Criado para satirizar o temor de determinados setores conservadores (eles querem conservar o quê?) da sociedade, segundo os quais o Brasil estaria à beira de uma ditadura comunista, o evento “Golpe Comunista 2014 no Brasil” já tem perto de 77 mil pessoas confirmadas.

A página do “Golpe comunista 2014 no Brasil” foi criada no começo de maio deste ano no Facebook e vem abrigando dezenas de enquetes bem-humoradas de seus participantes, tais como:

Capa de iPhone com o Che Guevara, comprar ou não comprar?
a) Claro! Dá pra xingar muito no Twitter com estilo!
b) Lógico! Hay que revolucionar pero sin perder la fofura
c) Não, prefiro uma com a foto do Kim Jong-un.

Que traje usar no golpe?
a) Todo mundo nu!
b) Uniforme da FFLCH
c) Se for homem, ir de saia

Depois dos médicos, o que mais iremos importar de Cuba?
a) Mecânicos de carro vintage;
b) O cirurgião plástico do Zé Dirceu
c) Blogueiros

Qual será o nome da moeda após a libertação?
a) Dilmas
b) Moeda é coisa de burguês! Viva o escambo!
c) Companheiros

O que faremos se 100 mil pessoas confirmarem presença?
a) Faremos um Pyongyang shake. Harlem é um bairro estadunidense e imperialista
b) Faremos um Harlem Shake
c) Vamos dar as mãos. 1, 2, 3! Quem errar o passo, perde a vez.

O que faremos com o Facebook
a) Mudar a opção “curtir” para “apoiado camarada”
b) Mudar o nome para “Foicebook”
c) Mudar o fundo para vermelho.
Confira aqui a página do evento e todas as enquetes e confirme sua presença… ou não.

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27 de dezembro de 2013 

Twitter

Em sua conta no Twitter, nesta sexta-feira (27), a presidenta Dilma Rousseff anunciou a desapropriação de 92 áreas para fins de reforma agrária. Com a publicação do decreto no Diário Oficial da União, ela lembrou que, ao longo do ano, foram 100 imóveis desapropriados, o que cumpre a meta de 2013 e o compromisso do governo federal com a reforma agrária para beneficiar mais de 4 mil famílias.
“Assinei hoje decreto desapropriando 92 áreas para a reforma agrária. Com as oito áreas que já tinham sido desapropriadas ao longo de 2013, chegamos a 100 desapropriações. Assim, cumprimos a nossa meta de 2013 e nosso compromisso com a reforma agrária. As 92 áreas destinadas à reforma agrária por meio dessas desapropriações somam 193,5 mil hectares e beneficiarão 4.670 famílias. São áreas em 15 estados: BA, CE, ES, GO, MAMG, MT, PB, PE, PI, RN, SC, SE, SP e TO, além do DF”, afirmou a presidenta.
Além das desapropriações, Dilma anunciou a publicação de medida provisória que beneficia a liquidação de dívidas dos assentados e que prevê novas regras para concessões de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Ministério do Desenvolvimento Agrário


Sobre o Programa

Sobre o Programa
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) financia projetos individuais ou coletivos, que gerem renda aos agricultores familiares e assentados da reforma agrária. O programa possui as mais baixas taxas de juros dos financiamentos rurais, além das menores taxas de inadimplência entre os sistemas de crédito do País.

O acesso ao Pronaf inicia-se na discussão da família sobre a necessidade do crédito, seja ele para o custeio da safra ou atividade agroindustrial, seja para o investimento em máquinas, equipamentos ou infraestrutura de produção e serviços agropecuários ou não agropecuários.

Após a decisão do que financiar, a família deve procurar o sindicato rural ou a empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), como a Emater, para obtenção da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), que será emitida segundo a renda anual e as atividades exploradas, direcionando o agricultor para as linhas específicas de crédito a que tem direito. Para os beneficiários da reforma agrária e do crédito fundiário, o agricultor deve procurar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ou a Unidade Técnica Estadual (UTE).

O agricultor deve estar com o CPF regularizado e livre de dívidas. As condições de acesso ao Crédito Pronaf, formas de pagamento e taxas de juros correspondentes a cada linha são definidas, anualmente, a cada Plano Safra da Agricultura Familiar, divulgado entre os meses de junho e julho.

Mais sobre o Pronaf clique AQUI

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Presidente assina o maior número de desapropriações desde o início do governo
Com os decretos de ontem, governo atinge meta de desapropriar 100 propriedades para reforma agrária no ano
DE BRASÍLIA
A presidente Dilma Rousseff assinou ontem o maior número de desapropriações de terras destinadas à reforma agrária em um só dia desde o início de seu governo. [PressAA: Onde está a UDR?! Caiado por dentro ou por fora disso?!]

Foram 92 autorizações para retomada de áreas consideradas improdutivas pelo governo federal publicadas no "Diário Oficial" da União.

Além dos decretos, o governo editou uma medida provisória concedendo benefícios (subsídios e bônus) para a liquidação de dívidas de famílias assentadas e definindo novas regras para o crédito.

O viés de mudança na política agrária do governo teve início em outubro deste ano.

Antes, a presidente prometia submeter os futuros assentamentos no campo a estudos aprofundados de viabilidade econômica antes de assinar as desapropriações das áreas.

O objetivo dos estudos --segundo o discurso do governo na época-- era evitar a proliferação de assentamentos precários, como declarou em fevereiro o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral).

"É real e, infelizmente, verdadeiro que no Brasil há muitos assentamentos que se transformaram quase que em favelas rurais", disse Carvalho para justificar a orientação de Dilma --presidente que menos desapropriou áreas para assentamentos nos últimos 20 anos. [PressAA: Isso comprova o surto de populismo da presidente e a sua sujeição às pressões do MST e sindicalistas bolivarianos. Revela ainda a sua tentativa de reverter a queda de popularidade ocorrida depois do Levante de Junho!]

No início do ano, quando os estudos passaram a ser exigidos, a União alegava que não adiantava distribuir terra sem analisar se os assentados teriam condições de gerar renda suficiente. Peritos deveriam identificar a vocação agropecuária das terras, analisar as condições naturais e apontar políticas para ajudar os assentados. [PressAA: Isso no início do ano! Um ano não é tempo suficiente para analisar bulhufas! Estão com medo do golpe, a partir de quando realmente retomaremos o legítimo processo de reforma agrária interrompido com o final do governo FHC.]

O problema é que o Incra não conseguia concluir esses estudos a tempo. Procurado, Gilberto Carvalho não quis se manifestar sobre a desapropriação das 92 áreas.

CRÍTICAS

Após ser acusada de lentidão na reforma agrária por movimentos sociais, que sempre estiveram alinhados ao PT (sobretudo o MST), Dilma mudou o discurso em outubro, durante o lançamento do plano Brasil Agroecológico. 

Na ocasião ela assumiu --diante de uma plateia de representantes de movimentos do campo-- o compromisso de desapropriar 100 propriedades até o final do ano. [PressAA: Olha 64 aí, gente!]

Uma portaria do Ministério do Desenvolvimento Agrário publicada em 14 de outubro eliminou, para esse lote de desapropriações, a exigência da realização de estudos completos, que eram previstos na portaria anterior, editada pela pasta em janeiro.

"As 92 áreas destinadas à reforma agrária por meio dessas desapropriações somam 193,5 mil hectares e beneficiarão 4.670 famílias. Chegamos a 100 desapropriações. Assim, cumprimos a nossa meta de 2013 e nosso compromisso com a reforma agrária", disse Dilma no Twitter.

A área abrangida pelo decreto de ontem --que afeta 16 Estados-- possui um tamanho equivalente a cerca de 193 mil campos de futebol.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, negou que as críticas dos movimentos sociais tenham motivado a guinada na política agrária, mas admitiu que "faz parte dos movimentos sociais pressionarem o governo para que ele se torne mais ágil".
Dilma desapropriou 58 áreas em 2011 e 28 em 2012. Até outubro, quando desapropriou 8 áreas, ela não havia assinado nenhum decreto. Com 100 desapropriações no ano, ela soma agora 186 áreas no mandato --mais do que as 28 da gestão de Fernando Collor (1990-1992), mas menos que as 238 de Itamar Franco (1992-1994), as 3.532 de FHC (1995-2002) e as 1.990 de Lula (2003-2010).


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Relatórios

Segundo a Comissão Pastoral da Terra/CPT, entre 1992 e 1994, a média anual era de 367 ocorrências, envolvendo 214.653 pessoas. Entre 1995 e 1999, esta média aumentou: verificaram-se 667 conflitos com 508.507 pessoas envolvidas. Não obstante, houve uma redução de 5% da média anual de assassinatos relacionados às lutas por terra no governo de Fernando Henrique Cardoso. Isto não indica necessariamente o abrandamento da repressão mas, possivelmente, uma tendência de mudança nos procedimentos coercitivos.



Manuel Domingos 
       
1. Persiste a concentração da propriedade da terra


O presidente Fernando Henrique Cardoso anunciou, em janeiro de 2001, que a concentração da propriedade da terra no Brasil teria diminuído e que estaria ocorrendo uma verdadeira revolução democrática, produtiva e pacificadora no campo. Entre 1995 e 2000, seu governo teria assentado 482 mil famílias, ou seja, cerca de 2,4 milhões de pessoas. Neste período, 18 milhões de hectares teriam passado das mãos de latifundiários para a de pequenos proprietários. Ao seu ver, isto significava a concretização da “maior reforma agrária do mundo”.

Tais afirmações foram contrapostas por diversas entidades defensoras da reforma agrária, técnicos especializados e parlamentares. De fato, para chegar a estes números, o governo não apenas contabilizou antigos assentamentos como novos, mas reeditou uma prática conhecida na época da ditadura militar: considerou como assentamentos meros processos de regularização fundiária (reconhecimento formal de direitos sobre a terra).

Mesmo que os dados do presidente fossem corretos, caberia observar que o número de trabalhadores rurais tidos como assentados é inferior ao número de trabalhadores que abandonaram o campo em busca de melhores condições de vida. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/IBGE, entre 1995 e 1999, cerca de 4,2 milhões de pessoas deixaram a zona rural. Tal evasão está indiscutivelmente relacionada com o fato de 54% dos estabelecimentos agrícolas brasileiros apresentarem renda de longo prazo negativa ou nula.[1]

As estatísticas cadastrais revelam uma persistente concentração da propriedade da terra. De acordo com o Instituto de Colonização e Reforma Agrária/INCRA, entre 1992 e 1998, a área ocupada pelos imóveis maiores de 2.000 hectares foi ampliada em 56 milhões de hectares, o que representa três vezes mais que os 18 milhões de hectares que o governo afirma ter desapropriado durante seis anos. A área ocupada por 10% dos maiores imóveis do país cresceu, no período em referência, de 77,1% para 78,6% da área total. Conforme Hoffmann (1998), o índice de Gini, calculado com base nos dados oficiais, saltou de 0,831 para 0,843 (tabela 1).[2]

Refletindo a gravidade da concentração fundiária no Brasil e o vigor do movimento pela democratização da propriedade da terra, ampliaram-se os conflitos agrários. Segundo a Comissão Pastoral da Terra/CPT, entre 1992 e 1994, a média anual era de 367 ocorrências, envolvendo 214.653 pessoas. Entre 1995 e 1999, esta média aumentou: verificaram-se 667 conflitos com 508.507 pessoas envolvidas. Não obstante, houve uma redução de 5% da média anual de assassinatos relacionados às lutas por terra no governo de Fernando Henrique Cardoso. Isto não indica necessariamente o abrandamento da repressão mas, possivelmente, uma tendência de mudança nos procedimentos coercitivos.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra/MST considera que, no ano de 2000, cresceram os despejos, as prisões ilegais e os processos judiciais forjados. Isto sugere que os grandes proprietários, sem abandonar a violência privada, recorrem mais à intervenção formal do Estado. Em 2000, entre os catorze trabalhadores assassinados, onze eram militantes do MST.

2. O governo frente ao mundo rural


O otimismo do governante brasileiro demonstra um esforço sistemático de propaganda visando melhorar sua imagem desgastada. Acusado de menosprezar a economia rural e, em particular, os trabalhadores sem terra e os pequenos produtores, o presidente adotou novos programas de intervenção no quadro fundiário, seguindo a orientação do Banco Mundial. Estes programas integram o que vem sendo designado como “reforma agrária de mercado”, sendo parte destacada de uma proposta mais ampla: a construção de um “Novo Mundo Rural”.

O objetivo explícito do Banco é a atenuação dos efeitos sociais negativos da abertura unilateral, contínua e ostensiva da agricultura brasileira ao mercado internacional, combinada com medidas internas recessivas. O BIRD reconhece que, na primeira década de liberalização (1986-1996), o contingente de pessoas com renda de até U$ 1/dia na América Latina e Caribe cresceu de 59 milhões para 84 milhões. No campo, o agrupamento humano tido como extremamente pobre passou de 45,8% para 52,5% da população rural total, significando um incremento de 10 milhões de pessoas.[3]

A orientação política do governo brasileiro fez com que o país abandonasse a tradição de exportador agrícola e assumisse a condição de grande importador de alimentos. Apesar do aumento do volume da produção agropecuária, era registrada uma queda do valor bruto da produção de R$ 78,3 bilhões, em 1994, para R$ 72,4 bilhões, em 1999, segundo a Confederação Nacional da Agricultura/CNA. Estes dados podem explicar a razão pela qual a área cultivada foi reduzida em 200 mil hectares, na última década. Os efeitos sociais da política agrícola ficaram evidenciados com a necessidade de distribuição de “cestas básicas” a mais de um milhão de famílias da zona rural.

O “Novo Mundo Rural” é uma expressão utilizada para designar tanto as transformações em curso na realidade agrária brasileira quanto um paradigma a ser perseguido. As mudanças teriam como fundamento a introdução de tecnologia, a emergência de novas atividades no meio rural e o surgimento de novas configurações sociais. O progresso técnico, acarretando ganhos de produtividade na agricultura, haveria ensejado a formação de um “excedente de trabalho”. Assim, as famílias de produtores estariam empregando o tempo disponível em atividades não-agrícolas, com o objetivo de complementar suas rendas.

Tal como nos países desenvolvidos, o campo brasileiro teria se transformado em decorrência de grandes e médias empresas agrícolas eficientes, da multiplicação das áreas de lazer e dos sítios residenciais de moradores urbanos. Na determinação do espaço rural, o trabalho propriamente agrícola estaria perdendo importância relativa. Conforme um defensor da construção do “novo mundo rural”, a reforma agrária já não precisaria mais “exibir um caráter estritamente agrícola”.[4] 


Cabe, entretanto, observar que o progresso técnico verificado na agricultura brasileira foi bastante centralizado nos grandes empreendimentos. A absorção de tecnologia, na verdade, aprofundou a dicotomia entre a agricultura moderna e a agricultura tradicional, onde predomina a atividade de subsistência. Em 1995, os estabelecimentos com menos de 20 hectares, representando cerca de 70% do total de estabelecimentos, detinham apenas 18,9% dos tratores utilizados na agricultura brasileira. Este panorama se agrava sobremaneira na região Nordeste, que abriga grande parte do contingente de pobres e apresenta um percentual mais elevado de pessoas ocupadas no trabalho agrícola.


Por outro lado, a diversificação de atividades na zona rural concentra-se em áreas restritas e não tem sido de porte a ensejar sólidas oportunidades de emprego para a grande massa de trabalhadores do campo, onde se verificam índices expressivos de pobreza. Entre 1990 e 1997, a proporção de pobres no meio rural aumentou de 39,2% para 58,3% da população total.[5]
Concluindo que a construção do “Novo Mundo Rural” estava em curso no Brasil, em 1996, o governo formula o PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), voltado, em tese, para os produtores tidos como mais eficientes e aptos para sobreviver numa agricultura crescentemente dedicada à competição mercantil.

O PRONAF logo incorporou o PROCERA (Programa de Crédito Especial para a Reforma Agrária). Numa postura muito criticada, o governo considerou como praticantes da “agricultura familiar” tanto os trabalhadores assentados quanto os empresários agrícolas modernos. Os assentados diferenciar-se-iam dos últimos apenas pela maior capitalização e conhecimento técnico. A consolidação dos assentamentos aconteceria com a superação destas diferenças. Em conseqüência, pequenos produtores e agricultores patronais passaram a disputar os mesmos recursos.
A adoção do PRONAF baseou-se na idéia segundo a qual o enfrentamento da tendência universal de redução das margens de lucros da agricultura e a emergência do agrobussines deveriam ocorrer através de uma combinação entre a eficiência produtiva e a produção em escala. No caso da produção de grãos, dada a concorrência internacional, somente as grandes e médias empresas teriam chances de sobreviver.

Quanto aos pequenos produtores, suas perspectivas estariam condicionadas à integração a empresas especializadas no atendimento a mercados consumidores cada vez mais sofisticados. Em outras palavras, o pequeno empreendimento deveria voltar-se para a chamada “agricultura de grife”. Neste domínio, a competitividade dos pequenos produtores dependeria de sua capacidade de absorver tecnologias produtivas e organizacionais.

O PRONAF, voltando-se para o estímulo à produção, ignorou os graves problemas de comercialização, em um contexto de depressão econômica. Com os custos de produção em movimento ascendente e os preços de comercialização em movimento inverso, este programa findou levando numerosas famílias a abandonar o campo. Apesar de duramente contestado, persiste como instrumento privilegiado do governo brasileiro na construção do “novo mundo rural”.


3. A “reforma agrária de mercado”


A ótica que orientou a criação do PRONAF passou a dirigir a intervenção do Estado no quadro fundiário brasileiro. Esta intervenção apresentou como novidade a chamada “reforma agrária de mercado”, ou seja, o estímulo a transações de compra e venda da terra, em detrimento da desapropriação dos latifúndios por interesse social, prevista pela Constituição. Para justificar a “reforma agrária de mercado”, o governo arguiu formalmente a lentidão dos processos de desapropriação, os freqüentes casos de superestimação das indenizações de imóveis desapropriados e os custos elevados dos assentamentos.

Não obstante, estas dificuldades eram motivadas pela falta de determinação política do governo. É evidente que cabe ao Estado inibir as práticas corruptas. Quanto à lentidão dos processos, decorria essencialmente da gestão burocrática dos organismos encarregados, a frente dos quais estavam, quase sempre, pessoas desinteressadas pela democratização do acesso a terra. No que diz respeito aos custos elevados dos assentamentos, o próprio governo revelou que haviam sido substancialmente reduzidos: se em 1995, os cofres públicos despendiam R$ 19.412 por família, em 2000, passaram a gastar apenas R$ 9.094.

Assim, a implementação da “reforma agrária de mercado” deve ser compreendida, em primeiro lugar, como a extensão, para o mundo dos trabalhadores rurais, de concepções neoliberais induzidas pelo BIRD. A intenção do Banco era testar a eficiência de sua proposta em países politicamente instáveis, a exemplo da África do Sul e da Colômbia. O Brasil foi incluído, sob a alegativa de que a intensidade das ocupações massivas de terra e a radicalização dos conflitos colocariam em risco os direitos de propriedade privada e os ajustes estruturais. Esta proposta representou também um esforço de contraposição ao MST que, de diversas formas, nos últimos anos, obrigou o governo a usar os instrumentos legais para desapropiar latifúndios e assentar trabalhadores. Para o Banco Mundial, dado os pífios resultados da “reforma agrária de mercado” colombiana, uma experiência exitosa no Brasil seria vital para a pretendida disseminação do modelo em outros países.[6]

A primeira tentativa orientada por esta agência foi o “Projeto-Piloto de Reforma Agrária e Alívio da Pobreza” no Ceará, conhecido como “Reforma Agrária Solidária”. Popularizado como “Cédula da Terra”, o programa foi estendido, em 1997, para outros estados nordestinos (Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Maranhão).

O “Cédula da Terra” adotou, como princípio, a rejeição do “paternalismo das ações do Estado”: o acesso à terra dar-se-ia através de operações normais de compra e venda, com cláusulas de financiamento que permitissem aos beneficiários condições “sustentáveis” de acumulação e melhoria da qualidade de vida. O governo pretendeu que os beneficiários, apesar de “pobres” e “marginalizados”, fossem “atores do processo” e não simples receptores do favor do Estado. Para a melhor defesa de seus interesses, os beneficiários deveriam ser “auto-selecionados” e organizar-se em associações. Os potenciais beneficiários precisariam mobilizar-se para participar do programa.

Os dois grandes objetivos do “Cédula da Terra” seriam, de acordo com o Ministro do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann, a alocação de novas fontes de recursos para a reforma agrária e a eliminação da burocracia inerente a vistorias e processos de desapropriação. Como justificativa para o programa o ministro arrolou, entre outros motivos, a necessidade de suprimir a fisionomia ideológica da reforma agrária, a necessidade de “pacificação” do campo, através da negociação direta entre os pretendentes a terra e os grandes proprietários, e a contenção de gastos públicos.

O “Cédula da Terra”, apresentado como “novo modelo de reforma agrária”, foi implantado com rapidez inusual para os padrões da intervenção do Estado no meio rural brasileiro. Entre 1997 e 2000, dispondo de U$ 150 milhões, dos quais U$ 90 milhões tomados de empréstimo ao Banco Mundial, o programa financiou, experimentalmente, a compra de terras para assentamento de 15 mil famílias.

Esta experiência apresentou problemas semelhantes aos que pretendia evitar: sua execução foi marcada por desvios de finalidade, fraudes na emissão de laudos técnicos, superavalorização de imóveis, desinformação dos beneficiários sobre o projeto e os compromissos assumidos...[7]

Não obstante, antes mesmo da conclusão do programa “Cédula da Terra”, o governo enviou ao Congresso Nacional o projeto de criação do “Banco da Terra” que, com algumas modificações, ampliava e consagrava a experiência. Com a aprovação do “Banco da Terra” pelo parlamento brasileiro, em 1999, o executivo passou a direcionar-lhe recursos orçamentários e solicitar empréstimo ao Banco Mundial.

O “Banco da Terra” foi destinado a financiar a aquisição de propriedades e infra-estrutura básica para trabalhadores sem terra ou com terra insuficiente. Os beneficiários deveriam comprovar ter pelo menos cinco anos de prática em atividades agropecuárias. O limite máximo para os financiamentos ficou estabelecido em R$ 40 mil por família, com prazo para pagamento de vinte anos, carência de três anos e taxas de juros diferenciadas de 6 a 10% ao ano, conforme o valor financiado.

As severas contestações ao “Banco da Terra” por parte das entidades representativas dos interesses dos trabalhadores sem terra e dos pequenos produtores dificultaram o apoio do BIRD. As entidades consideraram que as proposições do “Banco da Terra” voltavam-se para os mais aquinhoados e não levavam em conta a difícil realidade do campo. Em razão das críticas foi criado, em 2000, o projeto “Crédito Fundiário e Combate a Pobreza Rural” (CFCP).

Este novo programa, ampliado agora para boa parte do território brasileiro, preservou as intenções originais do “Cédula da Terra” e manteve as mesmas condições de financiamento. Mas fixou o teto para concessão dos empréstimos em R$ 15.000,00, os juros em 6% ao ano e determinou a alienação fiduciária do imóvel financiado. Estabeleceu ainda os seguintes critérios para a seleção dos beneficiários: a) estar organizado em associação legalmente reconhecida, b) possuir renda familiar inferior a R$ 4.300,00 anuais, c) não ter sido anteriormente beneficiário do programa de reforma agrária, d) não ser funcionário público e f) contribuir com 10% dos custos dos investimentos comunitários.

A determinação do governo na formulação do CFCP, o volume dos recursos previstos (R$ 200 milhões, apenas para 2001), a ampliação da área de abrangência e, sobretudo, os cortes nos recursos destinados à desapropriação de latifúndios e assentamento de trabalhadores, deixam poucas dúvidas sobre a intenção de fazer com que a “reforma agrária de mercado” substitua os instrumentos, hoje disponíveis, para atenuar as pressões sociais provocadas pela elevada concentração da propriedade fundiária no Brasil. Esta proposição representa a alternativa do poder para o acesso à terra mediante a desapropriação por interesse social. Conforme os dados oficiais, entre 1998 e 2000, a área desapropriada caiu de 2,2 milhões de hectares para 474 mil e a capacidade de assentamento de 66 mil famílias para 15 mil (tabela 2).


4. Contestações à “reforma agrária de mercado”


As numerosas e generalizadas críticas à “reforma agrária de mercado” podem ser resumidas do seguinte modo:

- A tendência do mercado é a de ensejar a concentração fundiária, não o contrário. O processo de “modernização” da agricultura brasileira tem preservado e mesmo acentuado a histórica concentração da propriedade. Apesar da conhecida disponibilidade de terras agricultáveis no Brasil, cerca de 4,5 milhões de famílias de agricultores persistem sem acesso a terra;

- As negociações de terras são realizadas em condições desiguais. Ao contrário dos grandes proprietários, os trabalhadores interessados em adquirir terras vivem em extrema pobreza. Para garantir o acesso à terra, os beneficiários estão sempre dispostos a aceitar não apenas preços inflacionados como níveis de endividamento mais elevados. Nestas condições, não pode haver a “livre negociação entre as partes”, prevista pelos que conceberam a “reforma agrária de mercado”;

- O alegado processo de “auto-seleção” pretendido pelos programas de financiamento não ocorreu: nas “comissões de seleção” dos beneficiários, compostas de trabalhadores rurais e líderes comunitários, verificou-se a participação de “políticos”. O encaminhamento de listas de selecionados, por vêzes, foi mediado pela prefeitura. No meio rural, profundamente marcado pela dificuldade de distinção entre o interesse coletivo e o interesse individual, predominam as práticas ditas “clientelistas”. Assim, torna-se problemático evitar a ingerência de terceiros na seleção dos beneficiários de um programa de compra de terra;

- A dinamização do mercado, através de financiamento para aquisição de terras, é uma forma de valorizar o latifúndio improdutivo. A experiência do “Cédula da Terra” revelou inclusive o caso de proprietários que tomaram a iniciativa de organizar associações com candidatos à compra da terra para favorecer a negociação. A democratização da propriedade fundiária passa, obrigatoriamente, pela penalização dos latifúndios que não cumprem função social;

- A “emancipação” dos beneficiários do programa, tão logo adquirem a terra, é um artifício para desobrigar o poder público no que diz respeito a responsabilidade de viabilizar a transformação dos assentados em produtores independentes e economicamente consolidados. Sem assistência técnica e frente a uma política agrícola desfavorável, os beneficiários dificilmente poderão saldar suas dívidas. Como a expectativa de vida no campo é curta, parece improvável que possam deixar a seus filhos a terra como herança;

- Ao atribuir ao mercado a função de democratizar o acesso a propriedade, os governantes pretendem eximir o Estado de atribuições legais: a desapropriação dos latifúndios por interesse social é prevista na Constituição brasileira;

- A implementação da “reforma agrária de mercado” foi acompanhada de uma série de iniciativas, objetivando desestimular o vigoroso movimento de trabalhadores sem terra que exige a desapropriação de latifúndios. Entre estas destacam-se a criação de um departamento na Polícia Federal, especializado em “violações da propriedade rural”, a proibição de vistorias em terras ocupadas por trabalhadores e a interdição de acesso a recursos públicos, no caso de entidades envolvidas nas ocupações de latifúndios improdutivos;

- A “reforma agrária de mercado” representa uma maneira disfarçada de ajuda à grande propriedade: permite ao latifundiário capitalizar-se mediante alienação das piores áreas de sua propriedade, recebendo altas quantias, em dinheiro e à vista. Não constitui mera casualidade a experiência ter iniciado no Nordeste brasileiro.

Em resumo, a proposta de “reforma agrária de mercado” impulsionada no governo de Fernando Henrique Cardoso nega aos trabalhadores sem terra ou com pouca terra o acesso à propriedade fundiária. Se é verdade que a agricultura brasileira experimentou grandes transformações nos últimos anos, não significa que tenha perdido seus traços marcantes: o latifúndio, a grande lavoura voltada para o mercado externo e a monocultura.

Manuel Domingos é professor de Ciência Política do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará. É doutor em História pela Universidade de Paris.


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[1] ALVES, Eliseu et alii, O Empobrecimento da agricultura brasileira, in Revista de Política Agrícola, Ministério da Agricultura, n. 03, Brasília, 1999.
[2] HOFFMANN, Rodolfo, A Estrutura fundiária do Brasil de acordo com o cadastro do INCRA: 1967-1998, INCRA/UNICAMP, 1998.
[3] Núcleo Agrário da Bancada do PT na Câmara dos Deputados, Reflexões sobre a agricultura e a reforma agrária no contexto de um projeto democrático, popular e soberano para o Brasil, Brasília, 31.08.2001.
[4] SILVA, José Graziano da, Ainda precisamos de reforma agrária no Brasil?, in Ciência Hoje, vol. 27, n. 170, SBPC, São Paulo, abril de 2001.
[5] LEMOS, José de Jesus Sousa – Mapa da pobreza no Brasil : uma contribuição para construir uma pauta de agenda de desenvolvimento econômico sustentável para o país. Fortaleza, setembro de 1999.
[6] Conferência de Agricultura do Banco Mundial, Reforma agrária assistida pelo mercado, 1995.
[7] UNICAMP/USP/NEAD, Programa Cédula da Terra – Relatório de Avaliação Preliminar, 2000.

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27 de dezembro de 2013 


"Ex-senadora Marina Silva, que tentou criar um partido, a Rede, cujos líderes estiveram diretamente envolvidos na organização de manifestações e até em depredações de patrimônio público, como no caso do Itamaraty, exalta os protestos de junho e pede mais em 2014; "voto nessa bela multidão que foi às ruas como personalidade do ano de 2013 e desejo-lhe mais força e criatividade para renovar a democracia no Brasil em 2014", diz ela



A ex-senadora Marina Silva quer multidões nas ruas em 2014. Em artigo publicado nesta sexta-feira na Folha de S. Paulo, ela elege o manifestante como "a personalidade do ano" de 2013 e pede mais protestos no ano que vem, que será marcado pela Copa do Mundo e pelas eleições.


"Essa nova militância, que chamo de ativismo autoral, pois não se submete a direções partidárias ou sindicais, ONGs ou lideranças carismáticas, produz uma nova agenda em que as prioridades não são manipuladas. Assim, no país do futebol, tornou-se possível fazer da Copa das Confederações uma ocasião para reivindicar mais saúde e educação", diz ela.

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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA



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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Patrulha Ideológica: "Atenção, Joaninhas! Racismo na Floresta da Tijuca! Um bando de Mico-Leão-Lourado ataca um Sagui!"

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24/12/2013 

Velha mídia quer a Presidência de presente de Natal

Enquete feita entre colunistas do mais tradicional veículo da velha mídia mostra o que eles pretendem em 2014: mandar na política e ditar a opinião pública

Antonio Lassance


Arquivo

O jornalista Ancelmo Góis fez uma enquete junto a outros colunistas do jornal O Globo para saber o que eles esperam de 2014. Merval Pereira espera que as coisas continuem ruins no ano que vem, mas acha que vão piorar. Carlos Alberto Sardenberg, Míriam Leitão e Zuenir Ventura torcem por mais protestos – “protestos vigorosos”, quer Sardenberg. Ricardo Noblat pediu a Papai Noel que dê discernimento aos brasileiros para escolher o próximo presidente da República. Se é para dar, supõe-se que é porque ainda não temos.

A enquete deixa claro o que o mais tradicional veículo da velha mídia está preparado para fazer em 2014. É o mesmo que fez em 2013: pegar carona na insatisfação popular para tentar influir decisivamente no mundo da política. Desgastar aqueles de quem não gosta para dar uma força àqueles que são seus prediletos.

A mídia que foi escorraçada das ruas e teve que mascarar as logomarcas de seus microfones quer repetir o que sempre fez em eleições presidenciais: entrar em campo e desempenhar o papel de partido de oposição.

As corporações midiáticas se organizam para, mais uma vez, interferir no resultado das eleições porque disso depende o seu negócio. De novo, entram em campo para medir forças. Já estão acostumadas a partir para o tudo ou nada. Vão testar, pela enésima vez, a quantas anda seu poder sobre a política. Disso fazem notícia e assim agem para deixar os políticos e os partidos de joelhos, estigmatizados, envergonhados e obsequiosos. 

Como nos ensinou Venício Lima, uma Presidência, um Congresso e partidos achincalhados são incapazes de propor uma regulação decente da mídia, nem mesmo para garantir a liberdade de expressão, a diversidade de fontes de informação, a pluralidade de opiniões e um mercado da comunicação não cartelizado.

Em 2013, as corporações midiáticas, mais uma vez, anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar. E não é que o tal do mundo não se acabou? Quando os protestos de junho tomaram as ruas, o preço do tomate tinha ido às alturas. O PIB de 2012 se tornou conhecido e seu crescimento havia sido próximo de zero. Os reservatórios estavam bem abaixo do normal e "especialistas" recomendavam rezar para que não houvesse apagão. O caso Amarildo fez derreter a quase unanimidade que havia em defesa do projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (as UPPs). 

Parecia que o país ia mal das pernas e que um modelo de governança estava esgotado e ruindo. Tudo levava a crer que a presidência Dilma havia entrado em um beco sem saída. Mas saiu. Ela recuperou sua popularidade, enquanto seus adversários potenciais caíram em preferência de voto e aumentaram sua rejeição. 

O ano terminou melhor do que começou, para o governo e para o País. A inflação vai fechar dentro da meta. Assim deve permanecer no ano que vem, por mais que alguns analistas queiram, usando razões que a própria razão desconhece, nos fazer crer que o limite da meta é algo fora da meta (quem sabe os dicionários, no ano que vem, tragam um novo sentido para a palavra “limite”). Não houve apagão e as térmicas foram desligadas mais cedo do que se imaginava. 

O crescimento do PIB, em 2014, deve ser maior do que o deste ano. Educação e saúde terão mais recursos e têm saído melhor na percepção aferida em pesquisas. O Brasil, no ano que vem, continuará com um dos maiores superávits primários do mundo, ainda mais com a entrada de novos recursos vindos da exploração do pré-sal e das concessões de infraestrutura.

Mas os pepinos continuam sendo muitos. Alguns serão particularmente difíceis de se descascar no ano que vem. Um é a ameaça de as agências de avaliação de risco rebaixarem a nota do Brasil. Outro é o descrédito das políticas de segurança pública, em todos os estados, mas respingando no Governo Federal.

O terceiro e, possivelmente, o mais explosivo, seria o mesmo de 2013: uma nova onda de aumento das tarifas de ônibus, o que tradicionalmente acontece no primeiro semestre de cada ano. A derrota do aumento do IPTU em São Paulo, na Justiça, tirou do mapa a única situação que se imaginava sob controle. O eixo Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte é o que mais preocupa o Planalto. Se algo der errado, no ano que vem, terá como epicentro provável essas três capitais, podendo alastrar-se para as demais.

Os protestos de 2013 foram uma tempestade perfeita. Várias questões mal resolvidas e acumuladas no estresse diário dos cidadãos se transformaram em revolta nas ruas, juntando alhos e bugalhos. Imprevisíveis, tempestades perfeitas, como foram as jornadas de junho, são também difíceis de se repetirem. Difíceis, mas não impossíveis.

Basta um pequeno risco para se ter uma grande preocupação. Os três problemas mais sensíveis do momento (a percepção internacional sobre a economia do país, a segurança pública e as tarifas de ônibus) conformam a agenda prioritária do primeiro trimestre de 2014 a ser toureada diretamente pelo Palácio do Planalto. Os meses de janeiro a março de 2014 serão mais agitados do que o normal, pelo menos, na Esplanada dos Ministérios.

O trimestre seguinte, de abril a junho, será o período mais crítico. Ali se concentram as datas-base da negociação trabalhista de várias categorias; a briga de foice de muitos interesses para entrarem na pauta do esforço concentrado do Congresso; o período final do acerto das candidaturas presidenciais e estaduais; finalmente, claro, a Copa do Mundo de Futebol.

Que venha 2014. Que venha mais ousadia de todos os governos e partidos. Que venham mobilizações em favor dos mais pobres e com os mais pobres nas ruas, com suas organizações sociais, populares e seus partidos -  até para que os partidos possam abrir menos a boca e mais os ouvidos. Que os brasileiros mostrem que a voz das ruas não é aquela fabricada pelas manchetes das corporações midiáticas. Que a opinião pública mostre, ao vivo e em cores, que a sua verdadeira opinião é normalmente o avesso da opinião publicada. Que venham surpresas, pois são delas que surgem as mudanças.

(*) Antonio Lassance é cientista político.


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A verdade que a burguesia e a direita não querem ver e aceitar

Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre


O Partido dos Trabalhadores é integrado por vários grupos políticos, muitos deles de força ideológica socialista, comunista, que se dividem em subgrupos considerados radicais. Eles desejam uma solução política que ao menos domestique o capitalismo selvagem que viceja no Brasil, um sistema econômico não filosófico, mas que apenas tem por finalidade primordial favorecer o lucro em detrimento da maioria da população de qualquer país.

Contudo, apesar de o PT ser um partido de esquerda e, mais do que isto, ocupa majoritariamente e politicamente o espaço à esquerda do espectro ideológico no Brasil, a agremiação política mais poderosa da América Latina é, na verdade, um partido reformador e não revolucionário, como muitos socialistas queriam, inclusive eu, o autor deste artigo.

O PT é um partido transformador, e, consequentemente, apresentou nas eleições ao povo brasileiro um programa de governo e um projeto de País que viabilizasse as mudanças esperadas há décadas pela sociedade. Válido é salientar que desde o último governo do estadista trabalhista Getúlio Vargas o Brasil e seus consecutivos governantes se recusaram a mexer nas estruturas de um País agrário que foi edificado por intermédio do trabalho escravo e que tem uma das "elites" mais perversas e violentas do mundo.

(Para ler artigo completo, clique no título)
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To Remember Again...



SAMBA DO CRIOULO ASSAZ ATROZ

Foi lá na Terra Santa
Onde nasceu Jota Kristo
Que a galera palestina
Arresolveu se assentar
Mas Adolfo Hitler
Tinha outros pretendentes
E obrigou os sionistas
A acabar
Com com aquela gente

Lá! Iá! Lá Iá! Lá Iá!
O bode que deu
Vou te contar...(bis)

Oooo... Netanyahu
Que também é
Um desses Zé Mané
Queria ser dono do mundo
E se elegeu Bush Segundo

Das estradas do Egito
Seguiu pra Bahia
E falou com Caetano
No programa do Jô
Declarou seu amor
E aliou-se ao baiano
Da união deles dois
Ficou resolvida a questão
E foi proclamada
A escrotidão...
E foi proclamada
A escrotidão...

Assim se conta
Essa história
Que é dos dois
A maior glória
Shiiiimon Peres virou bomba
E Obama
É uma explosão também...

Oh Oh! Oh Oh Oh Oh!
O pau tá levantado
Ou já baixou...(bis)
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TERRORISTAS/SIONISTAS CONTRATAM ESCOLA DE SAMBA CONTRA AHMADNEJAD

Laerte Braga

Grupos empresariais e banqueiros sionistas (judeus) contrataram passistas de escolas de samba do Rio de Janeiro para manifestações em Ipanema, contra a visita do presidente do Irã Mahamoud Ahmadnejad ao Brasil. O presidente do Irã chega nesta segunda-feira a convite do governo brasileiro.

A manifestação terrorista/sionistas falou em direitos humanos. Milhares de palestinos foram mortos por terroristas de Israel desde 1948 em ações criminosas condenadas por organizações internacionais de direitos humanos, pela ONU. Essas violações persistem e o governo de Israel mantém hoje um muro que separa palestinos de judeus, em terras palestinas, onde tomou conta de água palestina em nome do lucro, do terrorismo sionista e da barbárie que é marca registrada do Estado de Israel.

A contratação de sambistas, passistas, baianas, a realização do protesto em Ipanema mostra o que pensam e como enxergam o Brasil os terroristas de Tel Aviv.

Israel falar em direitos humanos é mais ou menos como Beira-mar dizer que não tem nada a ver com o tráfico de drogas.

Há uma clara tentativa de pautar a política externa brasileira pelo consórcio terrorista EUA/ISRAEL. O general Shimon Peres, presidente de Israel e notório assassino de palestinos, esteve há dias no País em visita não programada, mas insinuada, na tentativa de esvaziar o impacto da visita do presidente do Irã e buscar apoio junto a organizações internacionais que atuam no País (PSDB, FIESP/DASLU, DEM, PPS, etc).

Peres, com apoio da mídia estrangeira que opera no Brasil, organizações GLOBO, FOLHA DE SÃO PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO, REDE BANDEIRANTES, etc, etc, chegou a dar palpites na questão do pré-sal, sugerindo que o Brasil entregue essa riqueza a grupos estrangeiros (sionistas, naturalmente, são os principais acionistas da Cervejaria Casa Branca).

Agentes do MOSSAD, principal braço do terrorismo de Israel agem à larga no Sul do Brasil, onde existe uma grande colônia palestina e árabe de um modo geral. E o quinto maior reservatório subterrâneo de água doce, o Aqüífero Guarani. Estão interessados na pilhagem dessa água, como fizeram na Palestina.

Mahamoud Ahmadnejad é um professor universitário, foi eleito e reeleito presidente do Irã pelo voto direto do povo iraniano, enfrentou e venceu uma tentativa de golpe montada pelos EUA e por Israel e é fácil entender as razões que levam o reich sionista a tentar isolar o Irã do resto do mundo.

A perspectiva de um equilíbrio militar e econômico no Oriente Médio começa a colocar em risco as políticas expansionistas e brutais de Israel ao longo desses anos.

Boçalidade é o que caracteriza a ação de Israel em relação aos palestinos. Apropriação da água de territórios da Palestina, destruição de casas, de estruturas capazes de assegurar a sobrevivência do povo palestino (indústria, comércio), numa ação contínua, planejada e com apoio dos governos norte-americanos.

Prisões indiscriminadas, tortura, estupro de mulheres palestinas, o repertório que aprenderam com Hitler.

O único acordo de paz ou tentativa de tal, firmado no governo do presidente Clinton, entre Yasser Arafat e o então primeiro ministro de Israel o general Ytzak Rabin terminou com o assassinato de Rabin por um fanático sionista e abriu caminho para a ascensão de um dos mais perversos e sanguinários líderes dos últimos tempos, o general Ariel Sharon, responsável pelos massacres de Sabra e Chatila, onde até os rebanhos foram mortos e degolados na sanha criminosa do sionismo.

De lá para cá Israel em momento algum disfarçou suas políticas terroristas.

Há uma clara tentativa de criminalizar desde países que buscam resistir à barbárie do capitalismo norte-americano ou do nazi/sionismo, a movimentos populares como o MST no Brasil, tudo desembocando na percepção que nosso País tornando-se senhor do seu destino passa a influir de maneira decisiva no contexto político, econômico e militar em todo o mundo e isso não interessa nem a norte-americanos e nem a sionistas.

Ao contratar passistas e integrantes de uma escola de samba para tentar despertar a atenção das pessoas e criar um clima de repúdio à visita de um presidente de um país amigo, organizações sionistas brasileiras agem de forma descarada e nivelam o povo brasileiro por baixo, mais ou menos como aquele negócio de escolher a gravata de Willian Bonner para as mentiras do dia no JORNAL NACIONAL (nacional deles).

Qualquer dia vão escolher a cueca, a meia, enquanto torturam, matam, roubam e permanecem impunes.

Existem mais de 50 decisões da ONU condenando Israel por violações de direitos humanos (não conhecem isso, sionistas são inumanos) e nenhuma delas é acatada ou respeitada. O respaldo da Cervejaria Casa Branca ao governo terrorista de Tel Aviv é pleno e absoluto.

O Holocausto, uma realidade a que foram submetidos judeus, ciganos, homossexuais, negros, é hoje uma realidade imposta ao povo palestino pelos sionistas, pelo estado terrorista de Israel, sem diferença alguma.

A decisão do governo brasileiro de receber o presidente do Irã diz respeito ao Brasil e não a Israel, ou a norte-americanos.

Como disse o presidente Chávez é hora de começar a discutir a Quinta Internacional como forma de organizar em todo o mundo a resistência às hordas de bestas feras dos EUA e de Israel.

Ressuscitaram a suástica.

O jornalista Laerte braga é colaborador desta nossa Agência Assaz Atroz

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Comentários...

2009/11/29 gloria mendes
Existe grandes diferenças entre o que foi feito na Alemanha e o que é feito pelo Estdo de Israel, destacando que a guerra durou alguns anos e boa parte do mundo se reuniu para que ela chegasse ao fim.

O Estado de Israel foi imposto ao mundo e tenta-se convencer que o que acontece por lá é justo. Hitler entrou para a Historia como um monstro. Não sei como será contada a historia que estamos vivendo. Sim, a semelhança é o processo de extermínio a que a população palestina é submetida.

A opinião pública mundial talvez não enxergue o que acontece e talvez ainda permaneceremos assistindo aos campos de concentração dos nossos tempos.

Como disse Bretch em uma de suas peças: O nazismo retornará com outra roupagem pois se ele vier iqual será reconhecido.

Boa paródia!

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Prezada Glória:

Hoje existem mais de mil cidadãos israelenses, judeus, presos por crimes de consciência. Julgado e condenados pela justiça de Israel. Ou são soldados que se recusam a cumprir ordens de prisão, demolição de casas, tortura, ou que denunciam assassinatos de palestinos, estupros de mulheres palestinas, ou mesmo professores, jornalistas, intelectuais de um modo geral, para que Israel retome o processo de paz nos termos do acordo firmado entre Yasser Arafat e Ytzak Rabin (assassinado por um fundamentalista judeu e que permitiu a ascensão da extrema-direita em limites como antes agiam, melhor dizendo, de forma disfarçada, ou como disse Brecht e você lembrou bem, com outra roupagem).

Você fala em "o Estado de Israel foi imposto". É uma verdade e o Holocausto, real, brutal,, serviu apenas como pretexto para esse mea culpa das grandes potências, após o final da Segunda Grande Guerra, já que a região em poder dos palestinos era alvo de frequentes atentados de organizações terroristas sionistas, de extrema-direita, comandadas por Menaghen Beguin, ex-primeiro ministro. Antes do Estado de Israel ser imposto Beguin e seu grupo explodiram um hotel matando várias pessoas, cito apenas um dos atos do grupo.

Com a "imposição" do Estado de Israel e a ascensão do "moderado" Ben Gurion, o físico Albert Einstein, de convicção e fé judias, divulgou uma carta no NEW YORK TIMES, onde denunciava que as organizações de extrema-direita estavam destruindo o sonho de um Estado de Israel democrático e tomando caminhos perigosos, apossando-se de aparelhos estatais a serviço do fundamentalismo, descaracterizando o que ela chamou de "sonho".

Na carta o físico cita, nominalmente, o líder da extrema-direita Menaghem Beguin, a quem chama de terrorista.

A morte de Ben Gurion trouxe à cena política a primeira-ministra Golda Meir e de lá para cá, a exceção de Rabin, curiosamente um general com atuação destacada na guerra dos seis dias, contra o Egito e a Jordânia (a Síria também) todos os demais governantes de Israel, inclusive os trabalhistas (Shimon Peres é trabalhista, considerado por lá de centro-esquerda) submeteram-se a ditadores, essa é a expressão correta, como Ariel Sharon.

Quando o atual primeiro-ministro de Israel afastou-se de cargo na primeira vez que o ocupou, respondeu a vários processos de corrupção, assim como Sharon e seus filhos.

Era o debate entre a Israel dos "sonhos" e a Israel braço terrorista dos EUA no Oriente Médio, a luta entre esses dois lados.

O aparelho estatal foi dominado pelos falcões, são terroristas, sejam os militares de carreira, os tradicionais, seja o MOSSAD, seja o núcleo político de decisão e sejam, principalmente, os grupos econômicos judeus/sionistas (é diferente de ser judeu) que atuam nos EUA, tem grande poder econômico e financeiro, controlam e elegem parlamentares, organizações e grandes empresas (Dick Chaney, ex-vice de Bush é um deles), sobretudo empresas de ponta no setor de armamentos, como grandes bancos, ou seja, aquilo que Eisenhower chamou de "complexo militar industrial" (e Eisenhower era um general), com isso intimidam presidentes (Obama assim que foi indicado na convenção do seu partido correu a uma entidade, a maior, sionista para garantir apoio a Israel sem o que não teria o voto judeu e principalmente, o dinheiro judeu/sionista).

Israel hoje é um campo de concentração para os próprios judeus e o sonho de que falava Einstein. Uma ditadura travestida de democracia, militarizada a pontos absurdos, inclusive armas nucleares e como você bem afirmou, com as características da época, do momento, sendo real, como você também afirmou, o genocídio do povo palestino.

Para você ter uma idéia, o controle da água em Gaza, em território palestino, entre outras coisas, a barbaridade do racionamento para os palestinos, causa prejuízos fantásticos à economia palestina. É que em Gaza é grande a produção de flores e hortiprodutos para exportação. Há cerca de três anos atrás, antes da destruição deliberada de Gaza, por ali saiam 150 mil caixas de tomates diariamente para a Arábia Saudita e outros países árabes. A economia prosperava, pois a exportação de flores era um negócio rentável para os pequenos proprietários, não há latifúndio ali, nem tem como, já que a exportação se dava acentuadamente para países europeus.

Como se vê, por trás da legítima defesa do direito de existir, que usam e esgrimem como argumentos, existe o totalitarismo econômico do capitalismo e na forma mais cruel e perversa, o genocídio contra um o povo, no caso os palestinos.

É engraçado que eu recebi um mail mais ou menos um mês atrás, de um sionista indignado com um artigo que eu havia escrito e fora publicado num jornal alternativo de Israel, reclamando do meu "anti-semitismo", do meu "preconceito" e citando os palestinos como "povo imundo que será empurrado e eliminado até o último homem".

Mais ou menos como aquele filme de Kulbrick, onde a democracia de repente "escapa" e a mão direita sobe e grita Heil Hitler.

A paródia do Fernando é boa sim, a realidade ali é dramática e o envolvimento do Brasil, que muitos ignoram, está no fato que residem aqui, na região da Tríplice Fronteira, milhares de palestinos. Têm o comércio como atividade principal. Lá, no governo FHC agentes do MOSSAD trabalhavam à vontade e a CIA chegou a insinuar que bin Laden lá esteve para justificar uma base já que "terroristas" enviavam grandes somas em dinheiro para a AL QAEDA.

FHC não conseguiu vencer a resistência de setores militares para que a tal base fosse implantada, está lá o Aquífero Guarani e Lula cortou de vez o assunto.

E as "grandes somas em dinheiro" eram economias de palestinos aqui residentes, para suas famílias na Palestina, muitas vezes mulheres, filhos, mães, enfim, como fazem muitos brasileiros que estão no exterior.

Por trás de tudo isso, tenha a certeza, existe a grande desfaçatez do capitalismo, do império norte-americano que até bem pouco controlava Israel e hoje está em mãos de grupos sionistas, são os principais acionistas dos EUA.

Isso pode resultar em sérios problemas, já que o Irã, mesmo sem as armas nucleares qaue Israel tem, tem grande capacidade de defesa.

Um bom dia,

Laerte Braga

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Do jornalista e escritor pernambucano Urariano Mota, colaborador desta nossa Agência Assaz Atroz, sobre... 

França sonha com a África 


Em 26 de dezembro de 2013 22:59, urarianoms <urarianoms@uol.com.br> escreveu:

Racismo em uma ilustração do site de Fernando

Caro amigo Fernando
 
Uma mensagem sua, onde aparecia uma caricatura de judeu acima de Obama e o presidenet francês, mereceu uma justa reprovação de um amigo judeu, quando encaminhada por Arthur Poerner, neste termos:
 
"Arthur, companheiros
 
Você, Arthur, militante de longa data e reconhecida estirpe, acabou de dar uma bola fora. A caricatura que abre a sua matéria tem um conteúdo claramente antissemita e não fica nada a dever à propaganda nazista.  Trata-se da velha, repisada e sempre desmentida história de que os judeus comandam o mundo e que a eles obedecem os governos das grandes nações.  Uma visão que generaliza, que estigmatiza e que não dá conta do caráter de classe (que nada tem a ver com grupos étnicos ou religiosos) de quem tem o poder nesses países. Lamento profundamente que você tenha se prestado a esse papel e sugiro, como companheiro que o respeita de longa data, que você retire, com desculpas, esta caricatura sórdida de sua mensagem. Não deixe que essa mancha empane o seu valoroso currículo.
 
Renato"
 
Eu creio que ele tem razão. Em resposta, fiz ver a Renato que você não é antissemita, e num ato falho usou uma ilustração que dá margem a confundir judeu com o Estado de Israel, opressor e fascista. O amigo sabe que há dentro de Israel judeus de esquerda que se opõem às agressões contra os palestinos. Ese é o caso também do Renato da mensagem.
 
Abraço
Urariano

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Caro Urariano, muito boa a sua mensagem, me informando sobre a infeliz reprovação do judeu. Trabalhei para grandes empresas, inclusive para uma cujo diretor-presidente, proprietário, era judeu. Ele e a vice-presidente, sua esposa, além de alguns diretores filhos e filhas. Nos dávamos muito bem. Foi um dos melhores empresários que conheci. Também me relacionei com muitos judeus pequenos e médios empresários comerciantes aqui no Rio, tudo gente da melhor qualidade, confiavam muito em mim.
 
Bom, reprovação infeliz, pra mim; justa, pra você.

Você diz que cometi um "ato falho", e eu torço para que você não saiba bem o que é um ato falho, pois, assim sendo, seu julgamento seria fruto de mera ignorância, o que se tornaria facilmente perdoável. Não cometi ato falho porque não existe em mim nenhuma má intenção reprimida que possa ter escapado num ato falho. Montei a charge consciente do que estava fazendo. Se estou errado, é bom que se conteste, como fez o judeu melindrado, acreditando que falo pelos cotovelos. Não, eu estou fundamentado.

A charge é bastante clara, ela identifica duas instituições sionistas, AIPAC e CRIF, "instituições", nem mesmo expressa toda a ideia do sionismo, mas tão somente de instituições do Estado de Israel. É basicamente como se eu estivesse falando de embaixadas dos EUA ou de qualquer outro país. Trato de instituições sionistas, só; não de povo judeu, não de semitas, não de religião, não de etnia, não de povo. E concordo com muito do que leio sobre o poder e influência do Estado de Israel sobre o império do terror e seus aliados. Só isso. 

Poderia ter feito uma charge com Obama montado nas costas de François Hollande, e este com a bandeja oferecendo o mundo ao de cima, mas concordo que a escala hierárquica, no atual momento político, é essa, ou seja, estes dois estão se sujeitando ao Estado de Israel. E não estou falando fundamentado em artigos de opinião, mas sim em matérias muito bem elaboradas, escritas por muito bons jornalistas, intelectuais, competentes analistas... 

Se no passado, antes da fundação do Estado de Israel, alguém falava dos judeus generalizadamente, mas hoje, não. Hoje a gente tem uma visão bem mais precisa, falamos de um Estado, não de um povo. 

Eu poderia me estender nessa questão, mas prefiro deixar essas outras mensagens, postagens antigas, apenas uma amostra grátis de muitas outras que já publiquei.

Abraços
Fernando
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De A Voz da Vila para a PressAA...


Tentativa de sequestro e tiroteio nesta quinta-feira na Rua Rodésia

27 de dezembro de 2013
assalto_na _rodesia
Ford Edge da vítima foi deixado na calçada ao lado do Maximiliano. Foto: JLT
Um policial federal foi baleado após trocar tiros com dois homens que tentaram assaltá-lo na Rua Rodésia, na tarde desta quinta-feira (26.12).
Houve troca de tiros e a vítima foi ferida, sendo levada para o Hospital das Clínicas. Não há informações sobre o seu estado de saúde.
Fabio Marcondes Pereira, o policial, estava parado em seu carro, em frente à Mercearia São Pedro, quando foi abordado.

Presume-se que os assaltantes queriam fazer um sequestro relâmpago. No entanto, temendo ser identificado e morto, Pereira reagiu e chegou a balear um dos bandidos.
De acordo com a Rádio Jovem Pan, um dos assaltantes foi deixado ferido em frente ao Hospital Bandeirantes, no bairro da Liberdade.
O caso foi registrado no 14° Distrito Policial.
POLICIAL PASSA BEM
O Hospital das Clínicas emitiu um comunicado à Imprensa, na tarde desta sexta-feira, informando que o policial Fábio Marcondes Pereira está bem e não corre risco de vida.
O bandido atingido por Pereira morreu, segundo noticiou o saite R7.
Prezados leitores: este blog estará em recesso até a segunda quinzena de Janeiro. A todos, boas festas e um 2014 cheio de boas notícias.
Comentários
















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De Julio Cesar Montenegro Bastos, jornalista, Fortaleza (CE):
Fernando
 
nada de novo no front casa grande
afinal entre segurança armada
cercas guaritas elevadas
cães de guarda
latindo rosnando desinformação
os fortes contra os nativos
continuam combativos
mesmo gordos e light
 
elite que entre $eu$ abrigos
atravessa blindada
ruas cada vez mais frequentadas
pelos das senzalas
nativos mistos  brancos africanos
vozes descobrindo que
para serem ouvidas
precisam ser gritadas
ou empunhando armas
letalmente apontadas
 
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de: Ricken Patel - Avaaz.org 
para: "fernando.56.campos@gmail.com"
data: 27 de dezembro de 2013 21:27
assunto: 24 mesea para salvar o mundo - 50.000 e subindo!
enviado por: bounces.avaaz.org
assinado por: avaaz.org
Uau! Chegamos aos 50.000 em apenas alguns dias! Vamos continuar - Aqui está o e-mail: 

Cara comunidade da Avaaz,
Este talvez seja o email mais importante que eu já escrevi para nossa comunidade

A cientista Julienne Stroeve estuda o gelo da região do Ártico há décadas. Todos os anos no verão ela viaja para o norte para medir a quantidade de gelo derretido. Ela sabe que as mudanças climáticas estão contribuindo para o gelo desaparecer rapidamente, mas durante sua última viagem ela ficou ainda mais surpresa com o que viu. Grandes áreas onde antes existia apenas gelo estavam descobertas – é pior do que imaginávamos

É sobre isso que os cientistas têm nos alertado. À medida que a terra aquece, surgem "pontos de ebulição" que aceleram o aquecimento descontroladamente. O aquecimento derrete o gelo do mar do Ártico e destroi um grande "espelho" branco que antes refletia o calor para fora da nossa atmosfera. Mas com o derretimento, o calor é retido nos nossos oceanos, contribuindo para derreter mais gelo, em um efeito dominó. Tudo fica fora do controle. Em 2013, tudo – tempestades, temperaturas – chegou a níveis jamais vistos. 

Podemos impedir isso se agirmos rápido e em conjunto. Diante desse pesadelo que pode nos levar à extinção, poderemos criar um futuro inspirador para nossos filhos e netos. Um futuro verde, limpo e em equilíbrio com o planeta que permite a nossa vida. 

Temos 24 meses até a Conferência de Paris, escolhida por líderes de governo como o momento para determinar o destino de nossos esforços para acabar com as mudanças climáticas. Parece muito tempo mas não é. Serão 24 meses para colocar as pessoas certas no poder, levá-las para a conferência, mostrar-lhes um projeto, fazê-las se responsabilizarem por ele e se comprometerem com a transparência. Somos nós contra as empresas de petróleo e o cinismo. É possível vencer. Temos de vencer. Mas para isso precisamos dar a largada nesta corrida com toda a nossa energia e dezenas de milhares de promessas de apoio -- somente processaremos sua doação se atingirmos a nossa meta. Para alcançarmos o mundo com o qual sonhamos, vamos tornar isto realidade: 

Clique aqui para se comprometer com o que puder, nós somente processaremos sua doação se alcançarmos nossa meta de 50,000 mantenedores:
SIM, VOU ME COMPROMETER COM R$3 POR SEMANA 

SIM, VOU ME COMPROMETER COM R$5 POR SEMANA 

SIM, VOU ME COMPROMETER COM R$8 POR SEMANA 
Para se comprometer com um valor diferente dos acima, clique aqui. 
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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA


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