Em festa tucana para Aécio com dinheiro público, povo pobre não entra.
Estudantes protestam com farinha
População excluída do evento
Excluídos da festa, muitos moradores reclamaram do fechamento da praça Tiradentes e do esquema de restrição de acesso às ruas próximas ao evento. Um grupo de cerca de 50 estudantes também protestou e vaiou durante toda a cerimônia. O barulho era notado no palanque, sem arrancar reações do senador Aécio Neves e demais autoridades.
Os jovens jogaram farinha no meio da rua.
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Facebookada
PQP!!! A POLÍCIA BRASILEIRA SENDO TREINADA POR MERCENÁRIOS?!
Empresa contratada para treinar PMs brasileiros é acusada de matar civis no Iraque. http://folha.com.br/no1443263
Policiais militares e agentes da Polícia Federal estão sendo treinados por paramilitares americanos para ações antiterrorismo durante a Copa. A empresa responsável pelo curso é a Academi, anteriormente conhecida como Blackwater, que atuou nas guerras do Iraque e Afeganistão com grupos de mercenários bancados pelo governo americano.
O curso para policiais brasileiros é uma parceria entre a empresa e a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos. Segundo a reportagem, o governo americano investiu mais de US$ 2 milhões nos últimos dois anos em treinamento para forças de segurança brasileiras em preparação para os megaeventos.
Leia a reportagem:
Paramilitares americanos treinam policiais brasileiros para a Copa
Patrícia Campos Mello
21/04/2014
A empresa americana Academi, que antes se chamava Blackwater, está treinando policiais militares e agentes da Polícia Federal para ações antiterrorismo na Copa.
A Blackwater ficou conhecida por agir como um exército terceirizado dos Estados Unidos, com mercenários atuando nas guerras do Iraque e do Afeganistão.
A empresa está envolvida em polêmicas. Ex-funcionários da Blackwater são acusados de terem matado 17 civis iraquianos no massacre da praça Nisour, em 2007.
Na semana passada, um grupo de 22 policiais militares e agentes federais brasileiros voltou de um treinamento de três semanas no centro da Academi em Moyock, na Carolina do Norte. O curso foi bancado pelo governo dos EUA e faz parte de uma série de ações de intercâmbio entre as forças policiais dos dois países.
"O foco do programa é passar as experiências práticas vividas pelas tropas americanas no combate ao terrorismo. Por isso, fomos enviados, pois somos a tropa especializada que será empregada durante uma ameaça de ataque terrorista em São Paulo", disse à Folha o tenente Ricardo Bussotti Nogueira.
Ele é comandante de pelotão do COE (Comando de Operações Especiais) em São Paulo. "O centro é incrível, tem tudo para qualquer ocorrência, até contêineres com cidades cenográficas; foi lá que os "seals" foram treinados para entrar na casa do Osama bin Laden", afirmou.
O treinamento "Interdição Marítima de Terrorismo" teve instrutores militares reformados, Navy Seals [força especial da Marinha] e membros da guarda costeira dos EUA.
O objetivo: "segurança portuária com foco em como terroristas operam em ambiente marinho e como reconhecer ameaças e mitigá-las quando necessário", segundo informa em seu site a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, que organizou o intercâmbio.
Cooperação
Segundo o governo americano, esse treinamento é apenas um entre diversos programas de cooperação militar.
"O governo americano gastou cerca de US$ 2,2 milhões nos últimos dois anos em cooperação com as polícias do Brasil para megaeventos", disse um funcionário do governo americano à Folha.
A Academi foi escolhida porque tem um centro de excelência, dizem os americanos. A empresa mudou sua diretoria e não é mais a Blackwater, acrescentam.
Segundo o tenente Nogueira, os americanos têm "know-how" de explosivos improvisados, ataques químicos e biológicos. No treinamento dos brasileiros também estavam militares da Índia e da Indonésia e "rangers" (membros de elite do Exército dos EUA).
A Blackwater foi a principal empresa terceirizada a fornecer serviços de segurança para os governo americano nas guerras do Iraque e Afeganistão e já treinou integrantes do exército afegão.
A Secretaria de Segurança para Grandes Eventos diz que o programa foi uma parceria com a Embaixada dos EUA, ofertada por agentes do Regional Security Office -Agência de Segurança Regional da embaixada. Segundo a secretaria, "não houve indicação prévia de que haveria terceirização dos instrutores." [Grifo AA]
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No blog da redecastorphoto...
17/4/2014, Kremlin, Moscou (excerto da entrevista, em 2h59’43”)
Excerto traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Temos uma pergunta em vídeo, que chega do nosso call centre. Anna, por favor.
ANNA PAVLOVA: Temos um vídeo surpresa, que me parece sensacional. Foi enviado pela pessoa que provocou uma revolução na informação, ao expor o programa de vigilância em massa que afetou milhões de pessoas em todo o mundo. Sr. Presidente, há uma pergunta do ex-agente de segurança Edward Snowden.
VLADIMIR PUTIN: É mesmo?
EDWARD SNOWDEN: Zdravstvuyte. Queria perguntar-lhe sobre a vigilância em massa de comunicações online e sobre a coleção gigante de gravações privadas, feita por serviços policiais e de inteligência.
Recentemente, os EUA, duas investigações independentes da Casa Branca, além de uma corte federal norte-americana concluíram que esses programas não têm efeito no trabalho de conter o terrorismo. Declararam também que são intromissão inaceitável na vida privada dos cidadãos – indivíduos que jamais foram suspeitos de ter feito qualquer coisa errada ou de qualquer atividade criminosa; e que esses programas não são o meio menos intrusivo acessível para aquelas agências, em seu trabalho de investigação.
Tenho ouvido alguma discussão pública sobre o envolvimento também da Rússia em políticas de vigilância em massa. Por isso, gostaria de perguntar ao senhor:
A Rússia intercepta, armazena ou analisa, seja pelo método que for, as comunicações de milhões de indivíduos? E o senhor acredita que o simples objetivo de aumentar a efetividade da inteligência ou de investigações policiais justificaria pôr sociedades inteiras – não só alguns indivíduos – sob vigilância? Obrigado.
KIRILL KLEYMENOV: Sr. Presidente, o senhor entendeu a pergunta?
VLADIMIR PUTIN: Sim, alto e claro.
KIRILL KLEYMENOV: É pergunta técnica, profissional, do Sr. Snowden. O senhor fala inglês, como vemos, nos encontros com governantes estrangeiros. Mas tentarei traduzir a pergunta para o público que nos assiste.
VLADIMIR PUTIN: O inglês norte-americano é um pouco diferente...
KIRILL KLEYMENOV: Tentei escrever a pergunta, que tem alguns aspectos técnicos...
VLADIMIR PUTIN: Pelo que compreendi, ele quer saber se os russos fazemos vigilância eletrônica em massa.
KIRILL KLEYMENOV: Ele falou de vigilância em massa das comunicações online e da coleção, no sentido de arquivarem e guardarem gravações privadas. Disse que uma corte federal nos EUA concluiu que esses programas não são efetivos para conter o terrorismo. É importante admissão de um fato. Disse também algo sobre intromissão na vida privada dos cidadãos comuns. O Sr. Snowden também disse que tem visto a discussão pública lançada na Rússia, sobre esse tópico. No final, pergunta ao senhor se a Rússia intercepta, armazena ou analisa, seja pelo método que for, as comunicações de milhões de indivíduos. E quer saber se o senhor crê que essa vigilância em massa seja justificável.
VLADIMIR PUTIN: Sr. Snowden, o senhor é ex-funcionário de inteligência, e eu também trabalhei para uma agência de inteligência. Falemos como profissionais que sabem do que falam. Para começar, a Rússia tem leis que regulam estritamente o uso de equipamento especial pelos serviços de segurança, incluindo equipamento para gravar conversas privadas e para vigilância de comunicações online. Todos os agentes têm de obter uma ordem de corte de justiça para poder usar aquele equipamento num caso específico. Assim sendo, pelo que determina a lei russa, não há, nem pode haver, vigilância em massa, indiscriminada.
Dado que os criminosos, inclusive os terroristas, usam esses modernos sistemas de comunicação para sua atividade criminosa, os serviços de segurança têm de ter meios para poder responder adequadamente, e usam equipamento moderno para combater o crime, inclusive o terrorismo. Sim, nós fazemos isso. Mas não em vasta escala, nem arbitrariamente.
Espero – desejo sinceramente – que nós jamais venhamos a agir desse modo. Além do mais, nós não temos, nem todas as capacidades técnicas, nem todo o dinheiro com que os EUA contam para essa finalidade.
Mas o aspecto principal é que, felizmente, os serviços de segurança russos são rigorosamente controlados pelo estado e pela sociedade, e a operação desses serviços é estritamente regulada por lei.
Nota dos tradutores
[*] Programa “Direct Line with Vladimir Putin”, transmitido ao vivo pelos canais Channel One, Rossiya-1 e Rossiya-24, pela rádio FM Mayak e Vesti FM e pela Radio Rossii [a íntegra do programa está em tradução].
_______________________________________________________________________________De...
Boletim de Atualização - Nº 385 - 22/4/2014
...para a PressAA...
O futuro da internet em debate no Brasil
CATEGORIAS: CAPA, COMUNICAÇÃO, CONHECIMENTO LIVRE, CULTURA, INTERNET
20/04/2014
Dois eventos globais paralelos tentam, esta semana, assegurar liberdade na rede, num mundo ameaçado por autoritarismos, vigilância e censura. Será possível?
Por Maurício Ayer e Antonio Martins
O sociólogo catalão Manuel Castells, autor de A Sociedade da Informação; o engenheiro inglês sir Tim Berners-Lee, que criou a World Wide Web; o músico e ex-ministro brasileiro Gilberto Gil, cujo currículo inclui participação destacada na conferência internacional que debateu, em Túnis (2005) o futuro da internet, têm uma tarefa árdua, esta semana, em São Paulo. Junto com oitocentos representantes (de duzentos países) e com outros intelectuais e ativistas destacados, eles tentarão afastar sombras que pairam sobre o futuro da rede mundial de computadores – e, em muitos sentidos, da democracia.
Como permitir que a internet continue a alimentar a esperança de comunicação direta, sem intermediários e fundamentalmente desmercantilizada, entre os seres humanos? De que modo evitar que ela seja contaminada pela espionagem maciça, censurada por governos autoritários ou reduzida a um espaço mercantil, em que o grande poder econômico controla os fluxos de informação relevantes? Estes são alguns dos temas da Net Mundial e Arena Net Mundial, eventos marcados para 22 a 24 de abril, no Hotel Grand Hyatt e Centro Cultural de São Paulo.
Os encontros não têm poder mandatório. Invenção recente, a internet surgiu, além disso, numa época de crises de hegemonias, instituições e projetos. Continuará, nos próximos anos, ameaçada por governos, grandes empresas e agências militares de atuação global, como a NSA norte-americana.
Mas sobre a rede agirá, também, um contrapoder notável. Exercido pelas sociedades civis – de forma ora explícita, ora difusa –, ele tem sido capaz de manter um grau de liberdade surpreendente, se se levam em conta as turbulências do cenário global. Derrubou leis autoritárias. Driblou tentativas de censura. Estimulou o surgimento de plataformas que multiplicam a colaboração (como a Wikipedia), os diálogos (como as redes sociais) e as trocas não mediadas pelo dinheiro (como os sistemas de compartilhamento de música, livros e outros bens culturais). Criou formas embrionárias de democracia pós-estatal (uma delas é o Comitê Gestor da Internet brasileiro, o CGI.br). Articular este contrapoder, prepará-lo para os desafios mais duros que virão, é, provavelmente, o que se pode esperar de melhor dos encontros desta semana.
(Para ler completo, clique no título)
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Ilustração:
AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons
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PressAA
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