segunda-feira, 24 de março de 2014

Lava Jato e Pasadena: Quem são os domadores de gabiru?

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Operação Lava Jato e Caso Pasadena
Já conhecemos alguns dos ratos, falta saber quem são 
os domadores de gabiru



Publicado por Partido Socialista Brasileiro (extraído pelo JusBrasil) - 3 anos atrás

O Porto de Suape continua a atrair investidores de várias partes do mundo. Nesta segunda-feira (5) foi a vez da empresa americana Oxbow Carbon Minerals LLC assinar dois acordos com a Petrobras para instalação de uma unidade de beneficiamento de coque um subproduto do petróleo que será produzido na Refinaria Abreu e Lima (RAL).

O acordo para trazer a Oxbow para Pernambuco começou a ser costurado ainda em 2007, durante visitas do governador e presidente Nacional do PSB, Eduardo Campos, a escritórios da empresa em Miami (EUA) e Roterdã (Hol). Os investimentos para a implantação de uma calcinadora giram em torno de R$ 350 milhões. A unidade irá transformar o coque verde em coque em pó. Apenas São Paulo detém este tipo de serviço em todo o país.

O governador Eduardo Campos explicou que a parceria entre a Oxbow e a Petrobras trará mais valor agregado ao coque saído da Refinaria Abreu e Lima. A Oxbow está desenvolvendo as modelagens e as possibilidades do que poderia ser uma planta como a que eles estão pensando em montar. A expectativa é da geração de 300 empregos diretos, disse Eduardo, após o evento realizado em Suape e que reuniu o diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, o presidente da RAL, Marcelino Guedes e o presidente da Tecop, subsidiária da Oxbow no Brasil, Jan Ruijsenaars.

Do total de petróleo que entra numa refinaria, o coque combustível utilizado também na produção do aço representa entre 5% e 10%. A Oxbow é uma empresa americana com mais de 100 anos de atuação e representada em todos os continentes com 20 escritórios. É a maior distribuidora de coque de petróleo do mundo, com remessas anuais de quase 11 milhões de toneladas. Em Suape, a produção pode chegar a 500 mil toneladas/ano.

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Inês Campelo/DP/D.A Press

Inês Campelo/DP/D.A Press
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PressAA
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Para melhor escolher nossos candidatos nas eleições de outubro, precisamos de resposta a determinados questionamentos

Quem são os padrinhos ou comparsas desse sujeito? Quem impôs seu nome para uma diretoria da Petrobras? Por que a presidenta Dilma, que (dizem) tinha pavor a ele, não conseguia tirá-lo de lá? Peemedebistas e malufistas (PP) têm mais pupilos nos cargos de confiança do governo federal. Quem é essa gente?

Por que, tão logo Paulo Roberto Costa foi preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, toda a imprensa empresarial noticiou o caso relacionando-o, imediatamente, à compra da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006? 

De forma sub-reptícia, logo em seguida passaram a dar maior importância ao caso Pasadena, sem focar com algum interesse o propósito da Operação Lava Jato. A impressão que agora tentam passar é a de que Paulo Costa fora preso em função (exclusiva) de suspeita no caso Pasadena. 

As coberturas também relacionaram-no, desde o princípio, a Nestor Cerveró, ainda num cargo de diretor da Petrobras. 

Se não podemos afirmar categoricamente, mas suspeitamos que a mídia empresarial já estava preparada para cobrir o caso dessa forma. Tudo indica que os "rebeldes" da base "aliada" já tinham informações sobre quem seria preso na Operação Lava Jato, daí terem criado todo o clima, a fim de tumultuar a verdade dos fatos, transferir responsabilidades e não deixar que tal operação se desdobre em apurações outras, certamente muito mais graves e importantes do que um prejuízo consequente de operações comerciais e disputa judicial, tudo já bastante notificado desde longa data. Tanto que Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró já são intimados, desde muito tempo, a depor para esclarecer por que a estatal brasileira adquiriu em 2006 uma refinaria em Pasadena (EUA) e quais são os seus papéis nessa transação.

Por que só agora a imprensa faz tanto barulho em torno do caso? Requentando-o com maior alarde do que quando, em outras ocasiões, falaram do caso, citando os dois, quando muito, em notas de rodapé.

Por que, agora, Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró são tratados, gradativamente, como elementos relacionados e indicados direta e exclusivamente por políticos do PT? Aos poucos, é como se não existisse uma coalizão governamental, e, provavelmente assim será, na mídia, até as eleições em outubro.

Os macacos cibernéticos pauteiros da PressAA querem só entender!

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Publicação: 20/03/2014 

Brasília, 20, 20 - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quinta-feira, 20 que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) "certamente" não indicou o ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró, para "roubar" a estatal. "Ele deve ficar tranquilo, o Delcídio", afirmou Renan. Renan e Delcídio têm trocado acusações públicas sobre quem seria o responsável pela indicação. Primeiro Delcídio acusou Renan de ser o padrinho de Cerveró. Logo em seguida, Renan rebateu e disse que a indicação era de Delcídio. Cerveró assumiu o posto de diretor internacional da Petrobras no início de 2003, primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Cerveró está no meio da polêmica que envolveu a presidente Dilma Rousseff na compra da refinaria de Pasadena (EUA) pela Petrobras, que já era considerada obsoleta em 2005. Quando Dilma era presidente do Conselho de Administração da estatal e ministra-chefe da Casa Civil, ainda no governo Lula, ela aprovou a transação, em 2006, com base em resumo feito por Cerveró.

Por meio de nota ao jornal

O Estado de S. Paulo

, Dilma justificou a decisão dizendo que só apoiou a medida porque recebeu "informações incompletas" de um parecer "técnica e juridicamente falho". A Petrobras acabou desembolsando US$ 1,18 bilhão na operação. A compra é investigada por Polícia Federal, Tribunal de Contas da União e Congresso por suspeitas de superfaturamento e evasão de divisas, informou o

Estado

nesta quarta-feira, 19.

O "resumo executivo" sobre Pasadena foi elaborado em 2006 pela diretoria internacional da Petrobras, então comandada por Cerveró, que defendia a compra da refinaria como medida para expandir a capacidade de refino no exterior e melhorar a qualidade dos derivados de petróleo brasileiros. Conforme o

Estado

revelou na edição de hoje, Cerveró, responsável pelo parecer "falho", viajou de férias para a Europa. Ele é, atualmente, diretor financeiro da BR Distribuidora.

"O Delcídio deve estar preocupado com relação à indicação, mas eu queria, de antemão, dizer que o Delcídio não deve ficar preocupado. O Delcídio certamente não indicou Cerveró para roubar a Petrobras", disse Renan. "Ele (Cerveró) ter ficado na Petrobras é imperdoável. O Delcídio tem de pedir a saída dele", defendeu o presidente do Senado.

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dom, 23/03/2014 

COMPLEMENTO E RESUMO DO QUE NASSIF JÁ TROUXE SOBRE O NÃO-ASSUNTO

Boa Nassif, já estava escrevendo sobre exatamente isso que não preciso mais mencionar, e alguns complementos. Vamos a eles:
A COMPRA:
1) Não sabemos em que condições a belga comprou a refinaria. Por ex. se a família estava com a corda no pescoço, se a refinaria estava inoperante, se foram assumidos compromissos e passivos não inclusos no preço, etc.
O fato é que se alguém comprar um Gol usado, que vale 30 mil no mercado por 2 mil e depois eu faço sociedade nele pagando 10 mil não significa que fiz um mal negócio. Pelo contrário. 
Portanto, comparar o preço de oportunidade da belga com o que foi pago pela Petrobrás é irrelevante e incorreto. O que importa é quanto valia a refinaria no mercado e quanto se pagou por ela.
2) A belga (pelo que se divulga), pagou 42 e investiu 84. Portanto no momento que a Petrobrás chegou, o valor pago pelos belgas estava em 126, e não 42. A mídia fica papagueando 360 sabendo (ou não) que foi 360, mas 170 foi de estoque, comercializado em seguida (sem lucro, vamos ajudar os papagaios na conta: -170+170=nada).
3) Como se deve saber, o valor de mercado de uma refinaria é considerado pelo valor de sua produção. Em NENHUM MOMENTO, a Petrobrás ofereceu pela refinaria um valor acima do mercado. Pelo contrário o valor de 190 significava um pagamento cerca de $ 4 mil por produção, quando outras petroleiras na mesma época estavam pagando 9 mil por produção.
4) Como os papagaios de (e da) míRdia deveriam saber, construir uma refinaria custa muitos bilhões e leva anos. Portanto, a decisão de compra uma já pronta por 190 para processar óleo que não conseguíamos processar à época e tinhamos que vender barato foi estrategicamente boa (e barata!).
RESUMO DA COMPRA: Os belgas gastaram (pelo menos) 126 milhões, vendendo sua metade por 190 milhões. Supondo que seja só isso, a petrobrás pagou, em momentos diferentes de mercado (valor e demanda do óleo) uma refinaria valorada em 380, comparado aos 124 dos belgas. Comparação irrelevante, pois como já dito, o valor pago não influi no negócio (bom pros belgas, não cedíveis a terceiros"), mas sim o valor de MERCADO. A Petrobrás pagou um valor bem menor que o do mercado, por uma refinaria estrategicamente desejável e bem localizada.
A DECISÃO. culpas e responsabilidades:
5) Querer insinuar que a Dilma decidiu mal e sozinha é pura guerra (SUJA) politico-eleitoral, obviamente. A decisão foi COLEGIADA (e pelo que li, UNÂNIME), por empresários privados como Gerdau (que tem empresas até nos EUA), Fabio Barbosa (presidente do Santander e da Febraban, hoje presidente da Abril/Veja, Sendas (rede nacional de supermercados), Hadadd (ex Banco Garantia), Roger Agnelli (Bradesco e presidente da Vale). Sem citar os demais, já é suficiente para saber que não tem bobinho decidindo pela compra.
6) O problema está em que as informações sobre os itens que levaram a transformar um bom negócio em um negócio ruim (mas não ilegal ou imoral, apenas contingências de qualquer negócio e empresa) não foram passadas aos decisores. 
7) Por tais circunstâncias, qualquer que seja a razão (ex: negociadas depois) isso deve ser investigado e esclarecido, mas é evidente que se houve incompetência, ma fé (não estou sequer dizendo que houve, apenas que deve ser esgotado. Em qualquer hipótese, não será este conselho o culpado, tão somente o responsável pela decisão mal assessorada. E unanimemente, todos os decisores se mantém unidos nesta questão: decidiram com falhas de informações.
8) Se a míRdia quer sangue (e não tirar votos da presidenta), que investigue os negociadores das cláusulas e dos detalhes do negócio, Não o conselho. Até a "insuspeita" Abril/Veja já isentou o conselho neste caso.
9) Ainda assim, as tais cláusulas não são ilegais ou incomuns. Obviamente poderiam alterar a decisão (e acho que alteraria). Cláusulas de compra por sócios remanescentes é comum até em contratos societários, desde o direito de preferência até a obrigação (put option). O único ponto que não entendi é se a Petrobrás poderia inverter a oferta: "não pago, vc paga pra mim o mesmo valor e eu saio". 
10) Quanto a cláusula Marlin, apesar de ser (no Brasil) cláusula leonina, o piro que ela trouxe foi aumentar o "break-even" da Petrobrás no percentual de 6,9% (obviamente desinteressante, mas não necessariamente desastroso). Se a refinaria der lucro acima disso, não há prejuízo nenhum para a Petrobrás: apenas um lucro menor que a da sócia entre 6,9% e 13,8%. E um prejuizo maior e órfão, se abaixo deste breakeven de 6.9%. Portanto, indesejado, mas não desastroso. E ao saber disso, a Petrobrás (conselho) tentou desvencilhar-se desta (escondida) cláusula e do negócio, como é de se esperar.
11) Infelizmente, o sócio (digamos nescrupuloso) ao invés de negociar, partiu para o litígio (lógico, estava com a put option e o queijo na mão). E a Justiça americana penalizou a Petrobrás (2 coelhos numa cajadada).
12) Daí a Petrobrás teve que pagar mais 296 milhões, totalizando na compra 486 milhões, FORÇADA pela justiça americana. Do resto propagado indecentemente pela míRdia, uns 300 foram de estoque (ativo) e o resto de custos juduciais, advocatícios e financeiros (custos que acontecem em qualquer negócio e empresa).
13) Notar que a própria justiça americana, ao valorar a parte belga em 294 milhões, disse que a refinaria valia quase 0,6 bilhão! O que é bem mais do que a Petrobrás pagou inicialmente. Ou seja, em todos os momentos, os valores pagos pela Petrobrás (valor/produção) foram MENORES que os do mercado.
RESUMO DA VENDA:
A Petrobrás pagou 484 pela refinaria que já teve oferta (neste momento de mercado) de 180. Portanto, estaria perdendo no negócio cerca de 300 milhões. Isto sem considerar os resultados de cerca de 16 BILHÕES de receita advinda no período.
Se der prejuízo, os 300 milhões (fora os forçados custos judiciais de ~300) serão aumentados. Se der um lucro de míseros 4%, toda a "operação PASADENA" será POSITIVA, trazendo lucro à toda a operação, sem prejuízo algum, quanto mais "1,18 bilhão" (que já de demonstrou ser de no máximo 0,6, com os custos judiciais).
RESUMO DA ÓPERA (bufa):
Uma decisão acertada (com base nas premissas e dados utilizados pelos decisores) que, pela desconsideração de cláusulas desconhecidas e de risco e das mudanças de cenário (preços do óleo, pré-sal, uso inescrupuloso de prerrogativas pelo sócio e decisões da justiça americana a seu favor), tornou-se um negócio ruim (mas que ainda assim não necessariamente trará prejuízos, que hoje não superariam 0,4 bi, se for o caso da revenda). Poderá no entanto vir a dar lucros e até ser vendida por um valor positivo no futuro. gerando receitas enquanto isso, mesmo não sendo mais estratégica.
O que deve ser investigado (e não é o conselho): (a) Porque as cláusulas não foram destacadas ou resubmetidas, se negociadas depois? ; (b) Se a claúsula camuflada permitisse, porque a Petrobrás não inverteu a oferta, saindo ela do negócio? (se não permite, já está respondido, voltamos ao (a) acima.
O resto é similar a transformar caixa 2 de coalizão de campanha em "mensalão". E disfarçar mais de uma centena de bilhões em trensalões e demais roubos públicos, privatarias e quetais. Não eventuais negócios meros ruins que fazem parte de qualquer empresa no mundo.
Convido e desafio os criadores de escândalos contra o governo e a Petrobrás (demotucanos, míRdia e seus papagaios) a demonstrar que não é isso (não me venham por favor com mi-mi-mis, trololós e nhenhenhéns de arredondamentos e diferenças irrelevantes).


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Facebookada

Mais uma da série "Respostas Rápidas para Coxinhas'
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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA



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