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(Foi detonado o blog Agência Assaz Atroz (PressAA), a sede virtual da nossa satírica agência de notícias. Na primeira vez que excluíram este blog, conseguimos recuperá-lo, mas desta vez tudo indica que o Blogger Service não vai devolvê-lo ao público. Lamentamos.)
A nossa Agência Assaz Atroz adquiriu um drone, aviãozinho não tripulado, como aqueles que Obama autoriza que sejam disparados contra os povos do Oriente Médio, matando crianças, adultos e idosos.
Porém o nosso parte em missão de paz, tendo como finalidade resgatar (pretensão nossa) consciências adormecidas, em iminente perigo de mergulhar na mais profunda treva. Nosso drone também não é tripulado, nem manobrado ou teleguiado; é autônomo, autopropulsionado. Mas dá carona a quem tem mensagem de alerta.
Antes de fazer partir o nosso aviãozinho cibernético, vamos refrescar memórias.
O general Golbery do Couto e Silva, um dos mentores do
golpe civil-militar de 64, dizia que as extremas esquerda e direita políticas e sectárias do
Brasil pareciam querer se beijar: “São como as extremidades de uma ferradura, mirando-se, querendo se aproximar uma da outra”, concluía o general, eminência parda dos generais
ditadores.
E hoje? O que vemos hoje no Brasil,
em se tratando de militância política e legados ideológicos?
Ontem
jogaram pra cima de um dos nossos periodistas: “Esse negócio de ideologia é caretice,
coisa caduca!”.
Respondemos: “Caretice mesmo é acreditar que não existe
mais esquerda, direita nem meia volta volver. Pensar assim é senilidade precoce
ou de quem já está realmente caducando devido a idade”.
E completamos com esta outra
mensagem:
Com a queda do Muro de Berlim (1989), a
direita neoliberalista cantou loas anunciando o fim do comunismo, do
socialismo. Foi além, falou de um tal Fim da História, bradaram que já não
existia mais os conjuntos político-ideológicos de esquerda e direita,
tudo teria passado a ser “extremo centro” (usei esta esdrúxula expressão na
época dos acontecimentos e vi recentemente um sociólogo empregá-la). Na
verdade, o que eles queriam dizer era que, a partir dali, passaria a ser tudo
farinha do mesmo saco: “Somos todos iguais: corruptos, estúpidos e alienados”.
Para as elites endinheiradas, os paraísos fiscais protetores de suas fortunas;
para o lumpemproletariado, as pequenas propinas para o feijão com arroz e o
televisor com suas novelas, noticiários e programação geral fazendo as cabeças dos
pobres infelizes, que ficam cada vez mais matrixiados e mal
pagos.
E tem muito jovem na rua dizendo que está
participando de uma manifestação “apolítica”. Sabemos que muitos confundem “suprapartidária”
com “apolítica”. Mas tudo bem, pois, não faz muitos anos, um jovem
cantor-compositor brasileiro clamava: “Ideologia, eu quero uma pra viver!”.
Talvez ele não soubesse que tinha uma prontinha, atuante, desde que nasceu: a
ideologia burguesa dominante, alienante.
Mas vamos ao nosso Drone da Paz:
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Mensagem recebida por e-mail de nossa colaboradora Urda Alice Klueger:
Vai levar quem tiver a narrativa. A mídia e principalmente a Globo tem a narrativa. Quase toda a diversa pauta das passeatas é a pauta da mídia. Essa pauta é martelada todo dia na programação da TV brasileira e a grande maioria não consegue e não pode pensar fora dessa caixa. Não existem outras narrativas. O Governo do PT e o PT abriram mão de construir os meios para fazer essa outra narrativa. Nosso governo foi covarde até agora no enfrentamento da batalha da mídia. A batalha da narrativa. A mãe de todas as batalhas. Tudo indica que a narrativa da Globo vai domesticar e cavalgar a massa. Já aconteceu antes e a massa também gosta de se ver na TV. O pacífico vira passivo e o porradal serve para a Doutrina do Choque,
É como no boi, tudo se aproveita. Até o chifre.
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Os jovens que não se “contaminaram” com a política realizarão uma obra-prima da política continental: o Golpe de Estado midiático
Os jovens do Movimento Passe Livre são muito simpáticos.
São “puros”: não se deixaram contaminar pela “maldição” da política.
São inflexíveis como os milenaristas: serão os portadores da Justiça, da Harmonia e da Paz.
Sua arma é a Constituição.
E são de Classe Média.
Clique aqui para ler o que Marilena Chauí acha da “classe média”.
Essas manifestações de jovens “puros” ou não dão em nada ou derrubam o Governo.
Na Praça da Paz Celestial não deram em nada.
Na Praça Tahir, no Cairo, derrubaram um ditador decrépito.
No Occupy Wall Street não deram em nada.
Na Plaza Mayor, em Madrid, elegeram um Generalíssimo Franco.
Aqui no Brasil, há uma singularidade.
Uma jabuticaba.
É a concentração da mídia, expressa na exorbitante hegemonia da Globo – clique aqui para ler “jornal nacional, 40 minutos de Golpe na veia”.
Não existe movimento de massa “ingênuo”.
Muito menos onde a Globo e o PiG (*) têm o poder excepcional que preservam, impunemente, no Brasil.
O movimento do Passe Livre ultrapassou o alcance das redes sociais.
Ele foi abduzido pelo PiG – e sobretudo pela Globo.
O Globo convoca as manifestações – dá endereços e tudo.
A GloboNews se auto-intitula Governo e diz o que o Governo deve fazer.
A Globo aberta dá uma de João sem braço: enaltece o caráter pacífico, “constitucional” dos manifestantes – mas desequilibra a cobertura.
A Dilma no jornal nacional fala 4 segundos e o pau na Dilma dura 40 minutos.
Omite que o Haddad abriu espaço para negociar COM os empresários donos de ônibus – enquanto seus repórteres tentam dar a impressão de que ele recuou covardemente.
O que está nas ruas é menos importante do que o que está no espectro eletromagnético – que, como até o Bernardão sabe, pertence ao conjunto do povo brasileiro.
Ainda bem que a Polícia Militar do Alckmin, tão eficiente em Pinheirinho e na USP, demorou uma eternidade para chegar à sede da Prefeitura.
Melhor para a Globo.
O movimento se transformou num surto de vandalismo, num caracazo, no centro de São Paulo – melhor ainda para derrubar a Dilma !
Onde já se viu uma Secretaria de Segurança não saber com a devida antecedência para onde vão 50 mil manifestantes ? – Clique aqui para ler “Alckmin recuou mais do que bateu”.
E os direitos constitucionais dos não-manifestantes ?
É o Golpe de dois dias que derrubou o Chávez: um Golpe da e na televisão.
Que poderia ter sido dado ontem, terça-feira, quando Dilma saiu de Brasília para encontrar o Lula em São Paulo, o que, na prática, significou a destituição do ministro zé da Justiça.
A “vacância” do poder, diria o grande estadista paulista Auro de Moura Andrade …
Não há passeatas ingênuas.
Não há 100 mil, 80 mil, 50 mil pessoas ingênuas na rua.
Ou isso não dá em nada, pela inconsistência de suas posições políticas.
Ou serão a bucha do canhão do Golpe contra a Dilma.
A Globo, como se sabe, não ganha eleição.
A Globo dá Golpe.
Deu ao levar a segunda eleição de Lula para o segundo turno, ao montar o jornal nacional com a edição do debate do Lula com o Collor e ao puxar o gatilho do revólver que apontava para o peito de Vargas.
Roberto Marinho não perdoa.
Ele tem interesses.
Ele sabe que “essa gente” que governa o Brasil há dez anos não é de confiança.
E os jovens do Passe Livre, que se banharam no Rio Jordão, são instrumentos ideais para um Golpe – dentro da “Constituição” !
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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Hoje no blog da redecastorphoto
A direita argentina, a esquerda brasileira e o apoio a Cuba
por Raul Longo [Também colaborador desta nossa Agência Assaz Atroz]
Pelas esquinas e entre algumas correspondências da internet venho ouvindo rumores de golpe em curso.
(...)
‹‹A expansão dos Estados Unidos sobre o continente americano, desde o Ártico até a América do Sul, é o destino de nossa raça››
Portanto, sem medo e sem susto parti para Foz do Iguaçu, convidado pelos companheiros da Associação José Martí a participar da XXI Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba.
Bons companheiros, agradável viagem e talvez tenha até me lembrado de outras semelhantes, ainda na adolescência, quando se preenchia as horas de estradas cantando bobagens como: “O Brasil vai lançar foguete/ Cuba também vai lançar/ Cuba lança! Cuba lança! Quero ver Cuba lançar!”
Bobagem de garoto, mas então a marchinha me dava uma sensação de identificação à luta pela autonomia do povo cubano. Os anos passaram e, contrariamente, desde 1964 nos tornamos ainda mais subjugados.
(...)
Pelo que comentam os brasileiros que visitam Buenos Aires ou amigos argentinos que me visitam, me é bastante perceptível a consciência da esquerda daquele país e a consistência do apoio aos inegáveis avanços políticos sociais do continente na última década. Já o apoio a Cuba pela esquerda brasileira me pareceu dúbio, pois a maioria dos que se inscreveram para comentários às exposições dos especialistas cubanos mais evocaram seus feitos depondo contra o atual governo do Brasil, do que sugeriram alguma ação que pudesse elevar a compreensão de nosso povo sobre as realidades ali demonstradas.
Um culpou o governo Dilma Rousseff por se aliar aos Estados Unidos no bloqueio à Ilha Caribenha. Por pouco não exigiu uma declaração de guerra, mas pretende imediato rompimento de relações com o ainda ontem maior parceiro comercial do Brasil que hoje ocupa a segunda posição, atrás da China.
Outra, apresentando-se como representante de movimento internacional de esquerda, acusou nossa Presidenta por não aceitar a vinda dos médicos cubanos. Depois de a lembrarem ser o governo Dilma quem os requer e o Conselho Federal de Medicina quem desaprova, decidiu por si que se Dilma realmente pretendesse a atuação dos médicos de Cuba junto às comunidades não atendidas pelos formados no Brasil, nada a impediria.
Mais uma “brilhante” dedução foi a da ativista que recriminou a permissão do governo brasileiro à vinda de Yoani Sánchez, exultando-se pela participação nos manifestos que da Bahia transformaram a agora já esquecida agente da CIA em vedete da mídia nacional por mais de uma semana.
[AA: Quem conta com uma esquerda dessas não precisa de golpistas de extrema direita]
(Clique no título e leia artigo-relatório completo no blog da redecastorphoto)
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E ouça a Rádio Vermelho...
Reinaldo: As manifestações e a cobertura oportunista da mídia
"A defesa do direito de lutar é fundamental para a democracia. foi para isso que derrubamos a ditadura há quase 30 anos e derrotamos nas urnas, em 2002, os candidatos das classes dominantes". Esse foi o tom de mais uma reflexão do jornalista e editor do Vermelho, José Reinaldo Carvalho, ao avaliar as manifestações em São Paulo e no Brasil.
(Clique no título, ouça a Rádio Vermelho e se atualize navegando pelo Portal)
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Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons
Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons
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PressAA
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2 comentários:
Caro Fernando,
Acho extremamente equivocada essa colocação do PHA: "Ainda bem que a Polícia Militar do Alckmin, tão eficiente em Pinheirinho e na USP, demorou uma eternidade para chegar à sede da Prefeitura."
Hoje cedo postei um vídeo que mostra a polícia em pose de cara de paisagem diante de um assalto em plena paulista e comentei que todos da cadeia repressiva deveriam ser presos.( http://gilsonsampaio.blogspot.com/2013/06/nao-basta-impinxar-alckimin-tem-que.html )
Não houve demora, digamos, operacional, como comemora PHA, prá mim ficou claro que Alckimin tensionou a corda prevendo o rompimento.
Abraços
http://infinitoaldoluiz.blogspot.com.br/2013/06/para-voce-que-esta-gostando-de.html Caro amigo, convido-o a esta leitura. Para você que está gostando de protestos e outras orquestradas armadilhas, saiba que o Abu Ghraib agora é aqui, no Brasil.
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