De Ruy Sarinho, nosso correspondente, jornalista-radialista pernambucano:
Amigos,
Segue artigo-denúncia sobre um crime contra a história da comunicação: a morte da Rádio Clube de Pernambuco pela Rádio Globo.
Um abraço,
Ruy Sarinho
“Alô, Nordeste”, Mataram a Nossa Rádio
Clube!
Atenção! Esta notícia deveria sair
nas páginas policiais: "Morte anunciada. Acabam de matar a Rádio
Clube de Pernambuco, a PRA 8!"
Choram as ondas do rádio.
A gula insaciável pelo poder, pelo
dinheiro e pela manutenção do monopólio da comunicação brasileira, que alimenta
o repugnante Clã Marinho, decretou o dia 03 de fevereiro de 2014 como o dia da
morte da Rádio Clube de Pernambuco, a Primeira Emissora de Rádio do Brasil e da
América Latina. Um assassinato da cultura, da história do rádio, por cabeças
imbecis e inescrupulo$as.
A partir desta data, quem sintonizar
a frequência AM de 720 KHz não vai mais ouvir as vinhetas da Clube e sim da
globalizada Rádio Globo, uma emissora que impõe uma programação pasteurizada
País afora. A Globo vai na contramão do rádio, que tende a revalorizar as
programações locais, regionais, com a cara de cada região e não essa coisa
insossa de programação em rede que tentaram difundir mundo afora a partir da
globalização neoliberal “made” in Tio SAM. Com finalidade de acabar com as
culturas e identidades locais.
A saída do ar da Rádio Clube de
Pernambuco, a PRA 8, é um crime!
Que mudasse de mão, mas continuasse
Rádio Clube de Pernambuco.
Uma emissora de rádio antes de ser
uma propriedade de empresários gulosos e espertos é uma concessão pública que
deveria ter como principal finalidade o serviço público ao seu ouvinte, com
objetivos educativos, sociais e de defesa dos direitos humanos. E cultura local
é direitos humanos.
Certas estão a Argentina e a
Venezuela, que criaram suas leis para controlar as empresas de comunicação de
seus países, que, como no Brasil ainda hoje, eram manipuladas e pautadas pelos
EUA.
E isto feito na Argentina e Venezuela
nunca foi, e nem será, censura.
Sou jornalista provinciano, mas nunca
me prostituí, nunca vendi a minha pena, os meus princípios, e defendo esse
controle da mídia.
Censura é o que fazem esses donos da
comunicação no Brasil, com seus monopólios, que sempre conseguiram eleger quem
queriam, até antes da chegada da internet.
Aqui, em Pernambuco, teve colunista
que se demitiu de um grande Jornal da Capital por não se submeter às ordens do
patrão, tido como democrata, que proibia qualquer crítica a um então governador
que hoje não passa de um político morto, apesar de estar com mandato na mão.
Isto é que é censura e acontece também na telinha da Globo e jornalões
diariamente.
Até agora, não ouvi um único
parlamentar pernambucano protestar contra o enterro precoce da Rádio Clube de
Pernambuco, o que é lamentável.
É verdade que a Emissora vem de longo
processo de decadência, com dirigentes, com comandos incompetentes, ou mal
intencionados. Muita gente se fez às custas da Rádio Clube. “Gente de bem”, de
paletó e gravata, os chamados “empreendedores”. Enquanto a Rádio foi indo ao
fundo do poço.
Mas nada justifica a morte anunciada
da Emissora da Rua do Veiga.
Por que nós, brasileiros, e
pernambucanos em particular, negamos a nossa memória, cultural e histórica?
Parece que temos vergonha de guardar
para sempre o que foi construído no passado, amparados numa falsa e burra
modernidade, que não passa de falta de cultura característica de uma elite
econômica e política deseducada. Burra. Ou colonizada, propositadamente
treinada para não preservar as nossas raízes, a nossa identidade, sob o
preconceituoso, e excludente discurso, também escroto, de uma tal meritocracia.
A mais recente vítima dessa falta de
memória chama-se Rádio Clube de Pernambuco, a PRA 8, o “Canhão do Nordeste”,
que com os seus 100 Kilos de potência varreu o Nordeste, e o Brasil e o Mundo -
através das suas ondas curtas - até algumas décadas atrás, com um rádio de
sotaque genuinamente pernambucano, nordestino, como a alma de nossa gente.
A Rádio Clube de Pernambuco foi
Escola do Rádio Brasileiro. Mestres da comunicação, como Chico Anísio, por
exemplo, iniciaram seu sucesso profissional nos seus microfones, aqui em
Pernambuco. O título desta despedida-denúncia é uma marca que faz história, o
Programa “Alô, Nordeste!”, comandado por Elias Lourenço que liderou durante
muitas décadas a audiência das madrugadas nordestinas e que foi afastado anos
atrás porque um idiota de Brasília que veio (des)comandar a Emissora o
considerou velho e ultrapassado. Hoje, Elias Lourenço continua fazendo sucesso
nas madrugadas pela Rádio Folha FM e do incompetente que o demitiu não se sabe
nem o nome. Deve ser um desses tais “empreendedores” espertos e falantes que
pululam por aí. Imagino a saudade e tristeza de Geraldo Leal, Elias Lourenço,
Aldemar Paiva e tantos outros que vivenciaram por dentro a história da Rádio
Clube.
É de fazer chorar!
Um pouco desta bela História
Há 95 anos no ar, a Rádio Clube de
Pernambuco, a PRA 8, foi a primeira emissora de rádio do País e da América
Latina, fundada em 06 de abril de 1919 por um grupo de amigos amadores
liderados por Augusto Joaquim Pereira, com edital de criação publicado pelo
Diario de Pernambuco. As primeiras instalações situavam-se no Parque 13 de
Maio, passando em 1923, com a entrada de Oscar Moreira Pinto, a funcionar na
Avenida Cruz Cabugá com um pequeno equipamento de 10 watts que possibilitava a
irradiação das suas ondas no Centro da Cidade e em alguns bairros da Cidade.
Esta façanha colocou Pernambuco no pioneirismo da radiodifusão no Brasil.
A Rádio Clube de Pernambuco também
deu o pontapé inicial no radialismo esportivo, realizando a primeira
transmissão ao vivo no Norte-Nordeste, com a narração de um jogo feita pelo
locutor Abílio de Castro, em 1931. A partir daí a Emissora passou a
liderar o jornalismo esportivo no rádio com a melhor aparelhagem técnica e
maior potência de transmissão. Já nas décadas de 1960 e 1970, com equipe
especializada, manteve liderança absoluta nas transmissões esportivas do
Nordeste Em 1936 sua potência já era de 50 Kilowatts chegando tempos depois aos
100 Kilos que a tornaram o “Canhão do Nordeste”, marca usada até os dias
atuais. Ainda nesses anos a Clube já contava com um grande quadro de locutores,
jornalistas, artistas e produtores que era responsável por uma programação
popular que incluía radionovelas e programas de auditório. Até uma maravilhosa
orquestra a Emissora passou a ter com a contratação do genial Maestro Nélson
Ferreira, que encantava Pernambuco e o Brasil.
Outro marco da Rádio Clube de
Pernambuco foi o Repórter Esso, surgido no País em 1941 e que um ano depois
passou a ser transmitido pela nossa PRA 8 com os
ouvintes ao pé do rádio para se informarem sobre tudo o que acontecia na
Segunda Guerra Mundial. A partir de 1952 a Rádio Clube de Pernambuco
passou para as mãos dos Diários Associados, empresa fundada pelo jornalista e
empresário Assis Chateaubriand, responsável pela instalação da televisão no
Brasil numa época em que se achava desnecessária essa inauguração da TV no
País.
Olinda, 2 de fevereiro de 2014
Ruy Sarinho (Cidadão pernambucano, ouvinte da Rádio Clube e jornalista).
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Domingo, 02 de Fevereiro de 2014
Iemanjá: Rui Costa e Wagner não aparecem; [ACM] Neto irá à tarde
por Evilásio Júnior / Juliana Almirante
Foto: Ag Haack/ Bahia Notícias
Escolhido pelo PT para disputar a sucessão de Jaques Wagner ao governo estadual, o secretário da Casa Civil, Rui Costa, ainda não marcou presença nos festejos da Rainha do Mar neste domingo (2). A assessoria do pré-candidato informou ao Bahia Notícias que ainda não sabe se ele irá à celebração que ocorre no bairro do Rio Vermelho. No entanto, o petista poderá comparecer à tradicional feijoada oferecida pelo partido durante a tarde. Já o governador Wagner, mesmo em ano eleitoral, repetiu a tradição de outros anos e também ficou de fora da festa. O prefeito ACM Neto (DEM), apontado como “líder da oposição” para a disputa nas urnas em outubro, agendou a visita aos festejos de Iemanjá para as 14h.
Humor
Viomundo
Sardenberg pede emprego para quem não quer, nem precisa de emprego
publicado em 31 de janeiro de 2014
por Luiz Carlos Azenha
Vários leitores, nos comentários, nos
chamaram a atenção para a fala do economista Carlos Alberto Sardenberg no Jornal da Globo sobre a
taxa recorde de desemprego. Deveria ser uma notícia boa, certo?
Ficou assim, segundo o comentarista
global, que parece abrir com um ato falho:
“Nos temos aquela história, alguns
até dizem que os números mostram qualquer coisa que você quiser que mostre,
basta torturá-los que eles entregam. Nós temos aqui alguns indicadores
importantes, o primeiro deles que eu acho que é importante ressaltar é essa
queda no número de pessoas trabalhando.
Isso aqui é comparação mês contra o
mesmo mês do ano anterior. Então por exemplo em dezembro de 2012 havia 3% a
mais de pessoas trabalhando que um ano atrás. Reparem que a coisa foi caindo,
né.
Aqui, estabilizou em setembro, agora
em outubro, novembro e dezembro você teve queda, quer dizer, nesse último
trimestre do ano tinha menos gente trabalhando que no último trimestre de 2012.
A população ocupada diminuiu.
Como é possível isso ocorrer e ao
mesmo tempo você ter uma queda da taxa de desemprego?
A explicação tá aqui, ó, primeiro
você tem isso aqui, População Economicamente Ativa, que é todo mundo que tá
trabalhando e as pessoas que querem trabalhar e não conseguem emprego. Então
são os 96% que estão trabalhando e os 4% da taxa de desemprego.
Repare aqui, tava crescendo 1,7% [em
2012], cresceu 0,6% no ano passado, a população cresce mais do que isso,
portanto tem mais gente sem trabalhar. E esse número fica expresso aqui ó,
nesse índice de participação. Tá aqui, ó, dos brasileiros em idade de trabalhar
57,8% [estavam ocupados em 2012], no mês passado ficou em 56,7%, quer dizer,
diminuiu o número de pessoas que podem trabalhar e estão trabalhando.
Pergunta: Sardenberg, e por que esse
número de pessoas que não trabalham, não querem trabalhar, não procuram
emprego, aumenta? Tem uma explicação?
Não tem uma explicação assim medida,
mensurada. Mas você tem umas hipóteses muito boas: renda familiar maior, quer
dizer, a família já tá com a renda suficiente, não precisa mais gente de
trabalhar; jovens ficando mais tempo na faculdade, isso é um bom sinal;
aposentados, no Brasil é normal que o aposentado volte a trabalhar, mas parece que
o número tá diminuindo, menos aposentados estão voltando a trabalhar e também
beneficiários de programas sociais; e finalmente, que é o dado mais negativo,
que é o nem-nem, são jovens que não estão habilitados, não
trabalham e nem estudam. Esse é o grande problema.
O resumo da ópera é o seguinte: todo
mundo que precisava trabalhar e que quer trabalhar tá trabalhando, agora
precisa criar empregos para atrair esse pessoal aqui”.
PS do Viomundo: O
“teste de hipóteses” é uma das notáveis contribuições de Ali Kamel ao
jornalismo brasileiro; Sardenberg conseguiu pedir a criação de empregos para
pessoas que não querem, nem precisam trabalhar. Ao fim e ao cabo, transformou o
recorde histórico numa notícia meia boca, com o apoio de gráficos e barras
cintilantes. “Bom jornalismo”, diriam alguns.
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De...
...para a PressAA...
Confira os 5 casos em vídeos
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- Publicado em Sexta, 31 Janeiro 2014
- Escrito por Jacqueline Patrocinio
A saída de Osmar de Oliveira do ‘Jogo Aberto’, da Band, dessa quinta-feira, 30, rendeu muitos comentários nas redes sociais. Alguns torcedores apoiaram a postura do jornalista, outros criticaram a atitude dele, que deixou o programa irritado após ser interrompido pelos colegas.
Dr Osmar não foi o único; Confira outros casos
(Imagem: Reprodução/Band)
Poucos minutos depois, Dr Osmar retornou ao estúdio, dizendo que “amigos corintianos” tinham ligado pedindo que não deixasse a atração. O fato é que o desentendimento não é novidade na TV brasileira e o comentarista não foi o primeiro a abandonar um programa ao vivo.
O Comunique-se resgatou casos que ficaram na memória dos telespectadores. Confira os vídeos:
José Carlos Lippi desabafa e sai nervoso- TV Cidade
Hit na internet em outubro de 2013, o comentarista do ‘Esporte Cidade’, da TV Cidade de Teresópolis, ficou extremamente aborrecido com a produção do programa, soltou um palavrão e foi embora durante a transmissão, ao vivo. Ele desabafou, dizendo que muitos convidados tinham oportunidade de falar livremente, mas que na sua vez de fazer análises não havia tempo suficiente. “Todo mundo fala e eu não posso comentar nada!'', indignou-se. Após o “ataque de fúria”, a situação foi contornada e o profissional seguiu na emissora.
Confira os 5 casos em vídeos
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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons
Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons
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PressAA
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