Carta aberta à Chanceler alemã Ângela
Merkel
Presidência da República Islâmica do Irã
Em nome de Deus misericordioso!
A Sua Excelência, Dra. Ângela Merkel Chanceler da República Federal da Alemanha
Excelentíssima Senhora Chanceler,
Eu não teria escrito esta carta, se a Alemanha não estivesse no centro do desenvolvimento da Ciência, Filosofia, Literatura, Arte e Política e se não tivesse desempenhado um papel importante e positivo nas interações internacionais em prol da paz; se algumas potências mundiais e certos grupos com uma vontade muito forte, não tivessem constantemente pressionado e apresentado a grande Alemanha como a vencida e a "culpada" da 2ª Guerra Mundial, e se não a tivessem chantageado continuamente; se a Senhora não fosse uma figura política que se encontra à testa da Alemanha com experiências amargas e outras boas, dividida em duas sociedades com regimes, normas, costumes e hábitos diferentes, com privilégios negados às mulheres em geral como, por exemplo, uma emotividade mais forte com manifestações de misericórdia divina a serviço do povo e com o dever comum de todos os crentes em preservar a dignidade e os direitos humanos, com a convicção de que todos somos crentes do Grande Deus que concedeu a todos nós uma dignidade com a qual pessoa alguma é maior ou mais importante do que outra, e que sob pretexto algum uma sociedade pode ser privada, limitada, destituída dos seus direitos e impedida no seu desenvolvimento; e, finalmente, se não existisse a opressão, embora diferente, contra os nossos povos e a nossa obrigação comum de promover a justiça como o fundamento mais importante para garantir a paz, a segurança e a justiça da Humanidade.
Excelentíssima Senhora Chanceler,
Os governos vêm e vão, mas os povos com a sua História, as suas culturas, características e os seus interesses ficam. As várias possibilidades e oportunidades que se apresentam aos regimes são efêmeras. Elas são muito valiosas e podem influenciar a evolução positiva ou negativa de um país. Os governos têm pouco tempo e muitas responsabilidades perante Deus e perante o seu próprio povo. Certas desenvolvimentos podem ter conseqüências regionais, continentais ou globais e jamais devem ser descuradas.
Há algum tempo que me debruço sobre a questão de saber por que motivo não permitem a alguns grandes povos, que ao longo da sua história desempenharam um papel importante na evolução material e espiritual da Humanidade em vários campos da Ciência, Cultura, Literatura, Filosofia e Política, de se apoiarem nos seus feitos históricos. Em vez disso, tentam constantemente submergi-los na nuvem obscura da humilhação, do sentimento, da vergonha e da culpa. O pesar aumenta quando observamos que certos responsáveis de um ou outro Estado toleram a humilhação do seu povo, e até a defendem. Não será este um fenômeno atual curioso?
Após a 2ª Guerra Mundial, os esforços da propaganda foram de tal modo extensos que alguns pensaram que tinham de carregar com uma culpa histórica e tinham de compensar, indefinidamente, os pecados dos seus antepassados.
A 2ª Guerra Mundial terminou com danos espirituais e matérias e com cerca de sessenta milhões de vítimas. É lastimável e doloroso quando pessoas são mortas. Em todas as religiões monoteístas e na consciência de todos os que são esclarecidos e puros, as pessoas de qualquer credo e raça, em qualquer lugar no mundo, merecem a vida, a propriedade, o ambiente familiar e o respeito.
A 2ª Guerra Mundial terminou há mais de 60 anos. Mas ainda hoje o mundo e alguns países sofrem com as conseqüências devastadores dessa guerra. Certos países continuam a ser considerados e tratados como Estados derrotados por alguns governos orientados para a violência e por grupos ávidos de poder e viciados na guerra, que se fazem passar por potências vencedoras.
A extorsão continua e ninguém pode questioná-la. As pessoas nem sequer podem indagar o motivo da extorsão, nem podem ocupar com o assunto, se não, arriscam-se à cadeia. Quanto tempo ainda terá de durar a extorsão e a humilhação do povo? Sessenta anos, um século, dez séculos, até quando? Lamento ter de lembrar que hoje, os "queixosos" constantes do grande povo alemão são alguns países ávidos de poder e os judeus que implantaram o seu regime de ocupação no Oriente Médio, através do poder das armas.
Excelentíssima Senhora Chanceler,
Não pretendo esclarecer a fundo a questão do Holocausto. Mas não será falta de juízo pensar na possibilidade de algumas potências vencedoras da 2ª Guerra Mundial pretenderem arranjar um subterfúgio para humilhar continuamente o povo do país derrotado, minar a sua motivação e vitalidade, impedir a sua evolução e a sua merecida soberania? Além do povo alemão, os povos do Oriente Próximo e do Oriente Médio, e toda a Humanidade, ficaram prejudicados com a tematização do Holocausto.
Em conseqüência de terem transferido os sobreviventes do Holocausto para a Palestina, ocasionou-se uma ameaça constante no Oriente Médio para retirar as hipóteses de progresso e desenvolvimento das pessoas na região. A consciência da comunidade mundial sofre com os atos criminosos diários do ocupante sionista, como a destruição das casas e dos campos, a matança de crianças, os atos terroristas, os bombardeios etc..
Excelência,
Já tomou conhecimento do fato de que o governo sionista não tolera ao seu lado o regime democraticamente eleito pelo povo palestino, e que várias vezes provou não conhecer limites à sua agressão a países vizinhos?
Posto isso, resta saber se as potências vencedoras, especialmente a Grã-Bretanha, se tinham um sentimento de culpa em relação aos sobreviventes do Holocausto, por que não os instalaram em seus próprios países? Por que obrigaram, através de debates anti-semitas, os sobreviventes do Holocausto a emigrar para o país de outro povo? Sob o pretexto de abrigarem os sobreviventes do Holocausto, por que induziram os judeus de todo o mundo a emigrarem para a Palestina, de tal forma que a maioria dos habitantes da Palestina ocupada não é de judeus europeus? Quando a opressão e a eventual morte de pessoas é condenada numa parte do mundo, é possível apoiar a opressão, as matanças, a ocupação e o terror em outra região?
Excelência,
Seria preciso descobrir onde, nos territórios ocupados, os sionistas gastam os milhões de dólares que anualmente recebem dos cofres estatais dos países ocidentais. Esses dinheiros são gastos no desenvolvimento, na paz e no bem-estar das pessoas, ou na guerra contra os palestinos e na agressão contra os países vizinhos?
Será que o arsenal nuclear, em Israel, existe para defender os sobreviventes do Holocausto, ou representa um perigo constante para os povos da região, sendo um instrumento de ameaça, de invasão e defesa dos interesses de algumas potências no Ocidente?
Infelizmente, a influência dos sionistas na economia, nos media, e em alguns círculos políticos, colocou em perigo os interesses de muitos povos europeus, roubando-lhes muitas possibilidades e oportunidades. O pretexto para esta situação é o Holocausto.
Qual seria o papel e a situação de alguns países europeus, se não tivessem sido humilhados ao longo de sessenta anos?
Creio que concorda comigo que o desabrochar e o desenvolvimento de um povo está em estreita ligação com a sua liberdade, com o seu orgulho nacional e a auto-estima.
Felizmente, apesar de todas as humilhações e restrições, o povo alemão avançou muito no caminho do progresso, sendo hoje a Alemanha uma das potências econômicas da Europa, desempenhando um papel efetivo nas interelações internacionais. Mas imagine-se qual seria o papel que a Alemanha desempenharia junto das pessoas que amam a paz, junto dos muçulmanos de todo o mundo e dos europeus, e que influência ela teria sobre a paz no mundo, se não tivesse havido as mencionadas humilhações, se os seus governos se tivessem defendido da chantagem sionista e se não tivessem apoiado o maior inimigo da Humanidade.
Constato com pesar que nas interações globais, o papel da Europa está um tanto enfraquecido, de forma que em grandes desafios não conseguiu resolver os problemas sozinha. Também isto é compreensível porque as grandes potências extra-européias querem provar que a Europa não sabe ser auto-suficiente; elas criaram a impressão de que a Europa, sem a sua ajuda e ingerência, nada consegue.
Após a 2ª Guerra Mundial, também o nosso povo sofreu com a ingerência de algumas das potências vencedoras. Ao longo de muitos anos intrometeram-se em todos os nossos assuntos e não admitiam que o nosso povo continuasse a desenvolver-se e a progredir. Estas potências estavam interessadas na grande riqueza do nosso povo, sobretudo nas nossas fontes de energia. Para conseguirem os seus objetivos, derrubaram um governo legítimo e apoiaram um regime ditatorial até ao fim. E na guerra de Saddam Hussein contra nós, apoiaram Saddam e ultrapassaram de longe as fronteiras da humanidade.
O nosso povo também sofreu com a ingerência dos que hoje levantam a voz em defesa dos Direitos Humanos. Ainda hoje muitos dos meus compatriotas sofrem das feridas dessa guerra.
A maioria das agressões provém dos que, após a 2ª Guerra Mundial, se arvoraram em vencedores e tudo se permitirão, e no fim da Guerra Fria o egoísmo e o expansionismo dessas potências foi-se intensificando e crescendo cada vez mais.
Somos de opinião que grande parte das pessoas e até organizações internacionais estão sob a influência da moral e atitude das potências vencedoras.
Na Assembléia Geral das Nações Unidas apresentei a posição do povo e do governo da República Islâmica do Irã. Será que, por exemplo, as normas e o direito de veto existentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas, são justas? Não será a hora de, através da cooperação dos governos independentes, esta situação, inaceitável para a consciência coletiva da Humanidade, que contraria a razão e a natureza humana, ser alterada? Ou pelo menos, para que haja mais justiça, mais países passem a ter o direito de veto?
Excelentíssima Senhora Chanceler,
Conhece as penas do mundo atual. Hoje, o sofrimento do povo iraquiano, cujo país está ocupado, que vive na incerteza e no terror cotidiano, é o sofrimento de toda a Humanidade. A constante intromissão de alguns países, obcecados pelo poder, nos assuntos internos de outros Estados, a renúncia dos povos ao acesso de tecnologias modernas, a constante ameaça com arsenais químicos, nucleares e de extermínio maciço, a rejeição de governos democráticos e de governos na América Latina, o apoio dado a golpistas e a ditadores, a proscrição de povos africanos, o abuso do vácuo do poder na África, a exploração dos interesses nacionais fazem parte dos atuais problemas do mundo.
Na minha carta ao Sr. Bush, Presidente dos Estados Unidos da América, elaborei uma longa lista dos problemas do nosso tempo.
Excelência,
Qual é a origem destes males e quanto tempo podem ainda durar? Não pensa também que os motivos destes males são conseqüência do fato de alguns dirigentes e algumas potências terem se afastado dos ensinamentos dos profetas, Abraão, Moisés, Jesus e Maomé, o último profeta de Deus? Em todas as religiões monoteístas, em que ambos acreditamos, existem estes ensinamentos:
▪ Deus é criador e senhor de tudo. Ele criou os homens livres e não permite que adorem outros deuses.
▪ Manda-nos adorar apenas a Ele e rejeitar tiranos e obcecados pelo poder.
▪ Manda-nos ser virtuosos, amar o próximo e ajudar os servos de Deus, ser misericordiosos, defender os que estão privados dos seus direitos e combater os déspotas.
▪ Deus dá dignidade humana às pessoas e não as quer ver humilhadas.
▪ Ele enviou os seus profetas com argumentos claros, com livros e consciência de justiça, e mandou as suas criaturas fazer justiça.
Baseados nos princípios comuns acima referidos, estamos convencidos de que:
▪ A verdadeira paz só poderá ser criada se assentar na adoração a Deus e na justiça.
▪ A paz, a tranqüilidade e a dignidade humana fazem parte dos direitos de todos os povos.
▪ A procura do progresso e do desenvolvimento, e a criação de existências, de mãos dadas com a espiritualidade, bondade e bem-estar, fazem parte dos direitos de todos os povos.
▪ Vós e nós, apoiados nos fundamentos das religiões monoteístas, podemos criar um novo movimento para concretizar estes grandes ideais humanos.
O nosso povo acredita nestes fundamentos e compromete-se a cumpri-los. A História demonstra que não é da natureza do povo iraniano atacar outros povos e países. Mas este povo também não tolera a opressão, nem a agressão. O mundo observou os oito anos de guerra contra nós.
Creio que ambos somos vítimas de opressão; aqueles países não respeitam os nossos direitos e exigem que prescindamos deles.
Fiquei muito satisfeito por saber que a Senhora Chanceler também fala sem rodeios e que é contra a guerra.
Excelentíssima Senhora Chanceler,
A natureza humana que procura Deus e a justiça no mundo foi despertada.
A tendência para o monoteísmo e a adoração a Deus está constantemente a aumentar.
Os povos já não toleram a opressão, humilhação e a privação dos seus direitos.
A situação atual do mundo não se diferencia da situação de ontem.
A duplicidade ou multiplicidade de critérios nas relações entre os povos, já não durarão muito mais tempo.
Baseados nas suas nobres convicções, o Irã e a Alemanha poderão desempenhar, lado a lado, um papel importante internacionalmente.
Esta cooperação poderá fortalecer o papel da Europa na cena internacional e servir de exemplo para a cooperação entre os dois povos e os dois governos.
A cooperação do Irã e da Alemanha, dois povos amantes da paz, fortes e orientados para a cultura é, sem dúvida alguma, do interesse da Europa. Temos de acabar com os atuais males das relações internacionais, principalmente das interações entre os vencedores e os vencidos da 2ª Guerra Mundial. Muitos povos e governos vão acompanhar-nos neste caminho.
Temos de aniquilar a sombra pesada da 2ª Guerra Mundial e ajudar a comunidade mundial na promoção da segurança, da liberdade e da paz.
O povo iraniano e o povo alemão são dois grandes povos geradores de cultura, e precursores na Ciência, Literatura, Arte e Filosofia. Ambos são crentes e seguem os ensinamentos dos profetas de Deus. Têm ambos uma longa tradição em intercâmbio científico, cultural e comercial.
Sem dúvida, através da cooperação dos dois governos e o apoio dos dois grandes povos, será possível dar-se grandes passos na eliminação dos males do mundo.
Decisões corajosas são a base para a luta contra o mal, a injustiça, a humilhação, e para a defesa dos direitos dos povos.
Pelo que sei do povo alemão, ele já avança nesse caminho, tentando recuperar a sua soberania e emprenhar o seu elevado estatuto a favor da paz mundial. O nosso povo também pensa assim.
Através de uma ajuda mútua podemos convencer algumas potências de que o respeito pelos povos e os seus direitos é benéfico para toda a Humanidade. Os nossos dois povos e governos podem desempenhar um papel fundamental no restabelecimento da paz, da segurança e na defesa da dignidade humana, segundo os critérios dos dois países e os critérios internacionais.
Desejo-lhe a si, ao governo e ao povo alemão todo o êxito.
Saúdo os que se orientam pela Justiça,
Mahmoud Ahmadinejad
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Frau Merkel e sua mente empírica
Formada em física, a chanceler está apegada a um dogma: sem moeda única, haverá a volta às rivalidades destruidoras
Yannis Behrakis/Reuters - Heil Angela! Manifestantes comparam líder alemã a Hitler
Não é uma bilionária nem uma celebridade da mídia social, tampouco uma autora de best sellers. Numa época de espalhafato, é particularmente recatada. Segundo ela própria admite, quando jovem era um tanto desajeitada. Mas Angela Merkel, chanceler da Alemanha nos últimos 8 anos, tornou-se com toda a discrição a mulher mais poderosa do mundo.
Passei um dia com Frau Merkel na primavera de 2005, num piquenique debaixo de uma árvore num tranquilo ambiente rural, a uma hora e meia de carro de Berlim. Na época, ela era presidente da União Democrática Cristã (CDU) e se candidatara às eleições contra o social-democrata Gerhard Schroeder. Ela me telefonara semanas antes - naquele tempo, eu dirigia o Aspen Institute Berlin - convidando-me para participar de um grupo de especialistas em política externa que se reuniria para discutir a situação da Alemanha, da Europa e do mundo.
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Agência Assaz Atroz (PressAA)
Ahmadinejad: “O Irã é a única chance de sucesso que Obama ainda pode tentar”
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Detido em Budapeste o suposto [?] nazista László Csatáry
Budapeste: segundo um comunicado da Promotoria, o detido já foi interrogado, e as autoridades judiciais húngaras começaram o procedimento para que seja posto sob prisão domiciliar
O Centro Simon Wiesenthal (CSW) de Jerusalém responsabiliza Csatáry pelo envio de mais de 15 mil judeus a campos de extermínio durante a Segunda Guerra Mundial.
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Criminoso nazista mais procurado do mundo pode ter sido achado [?] em Budapeste
O criminoso nazista mais procurado do mundo, Ladislaus Csizsik-Csatary, também conhecido como László Csatáry, 97, pode ter sido encontrado em Budapeste, na Hungria. Ele é acusado de ter participado da morte de mais de 15 mil judeus durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45).
"Confirmo que Laszlo Csatary foi identificado em Budapeste", anunciou neste domingo (15) o diretor do escritório do Centro Wiesenthal em Israel, Efraim Zuroff, às agências internacionais de notícias.
(...)
Informante ganhou US$ 25 mil
Segundo o diretor do Centro Wiesenthal em Israel, as informações sobre o atual paradeiro de Csatary foram dadas por um informante em troca de dinheiro.
"Há 10 meses, um informante nos deu elementos que nos permitiram localizar Laszlo Csatary em Budapeste. Este informante recebeu US$ 25 mil, que prometemos em troca de informações que permitam encontrar criminosos nazistas", disse Zuroff.
Fonte: AFP e Efe/Uol
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A Lenda dos Túneis Nazistas em Blumenau - SC
A lenda conta que entre 1940 e 1945 foram construídos túneis subterrâneos na cidade de Blumenau/SC.
Blumenau é uma cidade que foi fundada por imigrantes alemães, em 2 de setembro de 1850.
Muitos dizem que os túneis serviriam para o escoamento da água das enchentes, outros dizem que era para uma ligeira fuga de Adolf Hitler quando ele viesse com o 3º Reich dominar o Brasil.
Um dos pontos ligados seria o Teatro Carlos Gomes, que fica situado no centro da cidade
O fato é que o teatro foi inaugurado no ano de 1939, mesmo ano em que iniciou-se a 2ª Guerra Mundial (1939 - 1945) e com recursos do governo alemão.
É importante lembrar que o teatro possui uma fachada em formato de um cap nazista.
Na ponta desse cap, há uma pequena varanda onde dizem que quando Hitler ganhasse a guerra, iria visitar todos os pontos de colonização alemã no mundo e fazer seu discurso lá de cima.
Mas voltando a lenda, os túneis serviriam para uma possível fuga de Hitler em caso de ataque quando estivesse visitando a cidade.
Esses túneis ligariam vários pontos do cidade, partindo do Colégio Pedro Segundo, passando pelo Colégio Sagrada Família e pelo Colégio Bom Jesus e finalmente chegando ao Teatro Carlos Gomes. Haveria também alguma saída dos túneis para o Rio Itajaí Açu.
As imagens abaixo mostram fotos da época em Blumenau, onde ocorriam desfiles nazistas durante a época da guerra:
O vídeo a seguir foi feito pela RBS, afiliada da Rede Globo em Santa Catarina. Trata-se sobre uma matéria dos túneis onde até mesmo foram investigar a galeria que há abaixo do Castelinho da Moellmann, onde hoje há as lojas Havan:
(Para assistir ao vídeo, clique no título)
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Envio crônica que, apesar de estar escrita há uma década, continua sendo muito atual.
Atenciosamente,
Urda.
Urda Alice Klueger*
O grande escritor estadunidense John Steinbeck, no seu incomparável livro “As vinhas da ira”, já em 1939 contou, nos menores detalhes, a história do nosso MST (há um filme, também). Vejamos o que diz ele no capítulo 4 desse alentado livro:
“(...) Nosso avô tomou conta destas terras e ele teve que lutar com os índios e expulsá-los daqui. E nossos pais nasceram aqui e tiveram que matar as cobras e arrancar as ervas daninhas. Depois vinha um ano ruim, e eles tiveram que fazer empréstimos. (...) E nosso filhos também aqui nasceram.(...) Um banco não é como um homem. Um banco é um monstro. (...) Queremos morrer aqui quando chegar a nossa vez de morrer. É isto que dá direito de propriedade, e não simples papéis, documentos escritos, cheios de números. (...) Os homens fizeram os bancos, mas não os sabem controlar. (...) Talvez a gente possa matar os bancos, eles são piores que os índios e as serpentes. (...) Nós podemos pegar nas nossas armas, como nossos avós fizeram quando vinham os índios. Podemos, sim.(...) Vocês serão presos se insistirem em ficar, serão mortos...(...) Mas para onde podemos ir? (...)”
Para quem se interessou, o meu exemplar tem 565 páginas em letras miudinhas. E sei que criou um escândalo nl.os Estados Unidos, quando foi publicado. Talvez porque contasse a verdade dos pobres, aquela que convinha à elite esconder. Porque não fica bem o mundo saber que lá no centro do poder também há gente tão sem terra quanto aqui. E nem fica muito bem a tantos de nós, descendentes de imigrantes, admitirmos que descendemos dos Sem-Terra da Europa. E então, tantos de nós, achando-nos seres superiores a estas coisas de pobreza, julgamo-nos no direito de criticar e condenar a esta gente cuja única esperança é a organização, a esta gente que perdeu sua terra, e que estaria morta ou mendigando, não houvesse o MST a aglutiná-la e a lhe dar forças para sobreviver. E cansamos de ver os nossos pares chamando a gente do MST de malandra, vadia, e por aí afora.
Temos, agora, aqui no Vale do Itajaí, o nosso primeiro acampamento do MST. Já estive lá, já conheci as pessoas, já vi a extrema pobreza material em que vivem, mas também vi o tamanho da esperança que têm. Aconselho aos que criticam irem lá darem uma olhadinha. Não entro nos detalhes de como um acampamento é bem organizado porque não é esta a intenção desta crônica – queria, aqui, falar de um deles, uma daquelas pobres almas que um banco, um dia, enxotou da terra para a beirada de uma cidade, bem igualzinho ao que acontece em “As vinhas da ira”. Trata-se do seu João, também conhecido como seu Gaúcho. Tentando sobreviver, um dia ele chegou às beiradas de Gaspar com uma pequena família, e, com certeza, também como no livro citado, foi a falta de ter como sobreviver que implodiu a sua pequena família, que fez com que sua esposa fosse embora. O fato é que seu João ficou sozinho com dois filhos pequenos, e teve o cuidado de obter a guarda deles. Viviam do jeito que dava, até que, lá por março deste ano, seu João teve o azar de ser atropelado – e acabou ficando três meses fora de combate, de cama. Pai preocupado, na ocasião pediu ele à Justiça que cuidasse das suas crianças – e foram elas recolhidas a um abrigo, lá em Gaspar.
Mas o seu João se restabeleceu, e foi buscá-las. E pensam vocês que devolveram as crianças a ele? Devolveram nada! E apenas começara a Rua da Amargura do seu João. Por sorte, logo em seguida, foi ele achado por seus pares, aqueles iguaizinhos aos personagens de “As vinhas da ira”, e levado para o acampamento do MST. Hoje, ele é um dos líderes do acampamento, onde ajuda a organizar a vida das cem famílias que lá estão – mas é ele como uma árvore sem raízes, é um pai sem as suas crianças. E onde estão elas? Estão num abrigo lá em Gaspar, e sei que lá elas ficam pedindo por ele, e uma ainda é bem pequenina, tem só três anos. As pessoas que estão entre o pai e os filhos dizem ao pai que é melhor as crianças ficarem no abrigo, porque lá “tem conforto, têm televisão...” – e o amor, onde fica? As crianças do seu João têm mais é que ficar com ele. E está aí o Natal, e essa pequena família vai estar separada. Onde está a Justiça? O que dá a ela o direito de tirar de um pai as crianças que ele ama?
Quem ler “As vinhas da ira”, com certeza se emocionará até as lágrimas no epílogo, diante da extrema solidariedade existente entre a gente miserável que vive a história do livro. Penso que não será menor a solidariedade que as crianças do seu João receberão no organizado acampamento do MST aqui vizinho. Só falta a Justiça ser justa.
Blumenau, 15 de Dezembro de 2002.
*Urda Alice Klueger, Escritora, historiadora, doutoranda em Geografia pela UFPR. Colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz.
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Alta do dólar, pessimismo econômico
e pajelanças da especulação
Há um pessimismo generalizado, entre os comentaristas
econômicos dos jornalões brasileiros, em relação ao desempenho da economia. Ele
faz parte da partidarização, apontada em entrevista a O Estado de S.
Paulopelo economista Luiz Gonzaga Belluzzo, do comportamento desses
analistas que, segundo ele, perdem-se em pajelanças e se afastam da necessária
objetividade de suas avaliações da economia do país.
Por José Carlos Ruy
(...)
Apesar do quadro difícil,
o ministro Guido Mantega acredita que a economia brasileira evolui
“razoavelmente bem”, como disse na sexta-feira (16), considerando sem
fundamento o pessimismo manifestado em muitas análises que apostam em um PIB
estagnado no 2º semestre e num crescimento anual de apenas 1% em 2014. “Não tem
fundamento nenhum”, disse, enfático. Segundo ele, os investimentos vão sendo
retomados e melhorou a confiança e ânimo dos empresários. “O grande evento
deste segundo semestre será as concessões, que irão dinamizar a economia
brasileira”, disse, citando os leilões de rodovias, aeroportos, portos,
petróleo e energia.
Esse otimismo é partilhado
pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de
Andrade. Para ele, todos os setores da indústria estão com visão mais otimista
sobre o crescimento e a rentabilidade dos negócios, e há alguns segmentos que
chegam a projetar um crescimento de até 14% em 2013.
Segundo Mantega, embora a
volatilidade da situação atual do dólar não permita muitas previsões, a curto e
médio prazos a tendência é de desvalorização do real e de outras moedas
emergentes ante ao dólar. Mas nem tudo está perdido, pois o real desvalorizado
representa um estímulo para o aumento da competitividade da indústria
brasileira. “Não sei se vai permanecer sequer este câmbio porque estamos num
momento de volatilidade. Enquanto o Fed não deixa muito claro aquilo que vai
fazer em relação aos estímulos monetários, o mercado vai especulando, vai, digamos,
mudando de posições”.
Ele garante que a situação
do dólar, embora estressada, está sob controle. E mandou um recado aos
especuladores: “Eu só queria dizer que câmbio do Brasil é flutuante. Ele flutua
para os dois lados, tanto para a desvalorização como poderá flutuar para a
valorização (do real). Não se esqueçam que isso já aconteceu recentemente. É
preciso tomar cuidado para não se entusiasmar e achar – como tenho visto alguns
analistas – que esse câmbio vai muito longe”. Segundo ele, há um componente
especulativo na alta do dólar, apesar de haver também um ajustamento do valor
da moeda. “Esse é um movimento de ajustamento, mas que tem alguns componentes
especulativos. Você sabe que vai diminuir o estímulo monetário americano, você
não sabe quando nem como”, disse. E citou o colchão de segurança que o Brasil
tem para enfrentar as dificuldades, e a especulação: “Não há nenhum temor de
que possa haver algum problema maior, a situação está sob controle”, disse. E o
Brasil tem US$ 370 bilhões em reservas caso seja necessária uma intervenção
mais forte no câmbio.
(Para ler artigo completo, clique no título)
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Coluna Econômica - 22/8/2013
A lógica da alta do dólar é a seguinte.
Com a crise financeira, o FED (Banco Central norte-americano) inaugurou uma era de ampla liquidez, injetando dólares a rodo na economia. Nos EUA, o excesso de dólares provocou uma queda nas taxas de juros de curto prazo. Com a economia norte-americana estagnada, os dólares ficaram empoçados nos bancos. E os investidores foram atrás de outras oportunidades de ganhos, vindo aportar em economias emergentes.
Esse movimento acabou realimentando os circuitos especulativos e promovendo a apreciação das moedas nacionais – especialmente do real.
***
A falta de coragem de enfrentar essa apreciação, o medo de uma desvalorização do real pressionar mais a inflação, fez com que a política monetária fosse condescendente com o câmbio, mantendo a herança maldita de apreciação que vem desde o governo Fernando Henrique Cardoso.
(...)
*** Há dois pontos a se considerar para não repetir a escrita. O primeiro, é que o FED estuda maneiras de promover o enxugamento dos dólares sem influenciar em demasia as taxas de juros de curto prazo.
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Leia também...
SAIBA PORQUE A DESVALORIZAÇÃO DO REAL NÃO ATINGIA A PATOTA DE FHC
A desvalorização do real também faz parte do repertório de escândalo da gestão tucana. FHC segurou de forma irresponsável a paridade entre o real e o dólar, para assegurar sua reeleição em 1998, mesmo às custas da queima de bilhões e bilhões de dólares das reservas brasileiras. Comprovou-se o vazamento de informações do Banco Central.
O PT divulgou lista com o nome dos 24 bancos que lucraram muito com a mudança cambial e outros quatro que registraram movimentação especulativa suspeita às vésperas do anúncio das medidas. Há indícios, publicados pela imprensa, de que havia um esquema dentro do BC para a venda de informações privilegiadas sobre câmbio e juros a determinados bancos ligados à patota de FHC.
No bojo da desvalorização cambial, surgiu o escandaloso caso dos bancos Marka e FonteCindam, “graciosamente” socorridos pelo Banco Central com 1 bilhão e 600 milhões de reais. Houve favorecimento descarado, com empréstimos em dólar a preços mais baixos do que os praticados pelo mercado. O pretexto é que a quebra desses bancos criaria risco sistêmico para a economia.
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Comunidade:
147 membros
FHC se reelegeu em 1998 com um discurso que pregava "ou eu ou o caos". Segurou a quase paridade entre o real e o dólar até passar o pleito. Vencida a eleição, teve de desvalorizar a moeda. Há indícios de vazamento de informações do Banco Central. O deputado Aloizio Mercadante, do PT, divulgou lista com o nome dos 24 bancos que lucraram muito com a mudança cambial e outros quatro que registraram movimentação especulativa suspeita às vésperas do anúncio das medidas.
_________________________________________________________________________________Médicos cubanos deixam 14 mil usuários sem assistência em Odemira, Portugal
«A situação é tão mais grave porquanto “oficialmente” o problema não existe, uma vez que há médicos cubanos em Portugal a prestar provas e a aguardar certificações, enquanto os utentes desesperam, mantendo-se no limite mínimo os serviços em Odemira, sem médico os serviços de saúde em S.Teotónio e Sabóia, e, apenas com um médico em Vila Nova de Milfontes, para além de outras extensões encerradas, como S. Martinho e Luzianes-Gare».
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Recebido por e-mail:
Recebido por e-mail:
Enquanto a choldra estúpida brasileira ladra contra a vinda de médicos
cubanos para onde a máfia de branco não quer
ir, Portugal não quer que eles vão embora:
Alguns desses estúpidos ladram que esses médicos são guerrilheiros disfarçados.
Nem sessões de descarrego na igreja do Edir Macedo, onde elas são ministradas com caibros de peroba dados de quina, curam esses
estúpidos.
Para eles, só os redentores AK-47.
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Silvio de Barros Pinheiro
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MAIS MÉDICOS: CUBANOS CHEGAM JÁ !
“Mais Médicos” é o Bolsa Família da Saúde. Padilha vem aí, Alckmin !
O Conversa Afiada reproduz informação da Carta Maior:
EXCLUSIVO: CHEGAM 400 MÉDICOS CUBANOS
Nesta quarta-feira, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anuncia a formalização do acordo com Cuba para a vinda de 400 médicos ao Brasil. Outros 1.500 profissionais cubanos devem desembarcar um pouco mais adiante. A decisão reflete um novo momento do programa ‘Mais Médicos’ que ,progressivamente, furou o bloqueio duplo da má vontade conservadora e do elitismo corporativista.
Lançado em oito de julho, a iniciativa ataca fatores emergenciais e estruturais que multiplicam áreas desassistidas no país. O Brasil tem apenas 1,8 médicos por mil habitantes; a Argentina tem 3. O governo quer elevar o índice brasileiro para 2,5 por mil. Precisará de mais 168.424 médicos. As escolas brasileiras formam cerca de 18 mil médicos por ano. Mais de 3.500 municípios aderiram ao programa.
O ministro Padilha pretende acudir a emergência com a vinda imediata de profissionais estrangeiros; e corrigir a usina estrutural desse hiato incorporando as escolas de medicina à política da saúde pública no Brasil. De dois modos: incentivando a formação do clínico-geral e transformando a residência médica em prestação de serviço remunerada no SUS.
O acordo com Cuba, bombardeado originalmente, foi revalidado pelo próprio boicote corporativista, que tornou explícita a indiferença das elites em relação aos segmentos mais vulneráveis da população. Foi obra da paciência política do governo.
Hoje, mais de 54% dos brasileiros declaram-se favoráveis à vinda de estrangeiros para socorrer as regiões distantes e periferias conflagradas. Mais que uma vitória isolada, o Mais Médicosdescortina uma nova família de políticas públicas, que convoca a universidade se incorporar ao do passo seguinte do desenvolvimento brasileiro.
PS: como se percebe, o Bessinha presta singela homenagem à Privataria Tucana e a trensalão de idêntica procedência. Esse Bessinha … PHA
No blog da redecastorphoto...
MK Bhadrakumar, Indian Punchline
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Violência das forças armadas contra manifestantes no Egito |
Será que a União Europeia morderá o tanto que está ladrando? Se se lê o jornal egípcio Al-Ahram, está ali bem claro que o chefão egípcio, general Abdel Fattah al-Sisi, já concluiu que a União Europeia não passará de atos pro forma em que manifestará preocupação com o golpe e a repressão; só isso e não irá além disso. Em resumo, a agência Itar-Tass entrevistou os sujeitos errados, dos quais ouviu que países europeus decretarão (decretariam!) um embargo de armas contra o Egito.
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Ilustração: AIPC – Atrocious International
Piracy of Cartoons
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PressAA
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