Enviado por Miguel do Rosário
Me dêem licença para interromper por um dia minhas investigações
sobre as maracutaias da Globo e me divertir um pouco. A coluna do Merdal hoje nos dá uma oportunidade ímpar de
aplicar aliviantes chutes verbais no traseiro de um cafumango.
Entendo que o excesso de adjetivos deve ser evitado em nome da
elegância e do estilo, mas creio que uma exceção, neste caso, é benvinda.
Sobretudo porque é uma chance de observarmos a maravilhosa contribuição do
Brasil ao patrimônio da língua portuguesa! Ao final do post, há um glossário,
para que ninguém me chame de “mulato pernóstico”, conforme a horrível expressão
racista usada pelas elites até os anos 60. E também para vocês verificarem que
tentei ser absolutamente preciso.
Como já chamei, com todo respeito, Ali
Kamel de sacripanta, procuremos outros epítetos para Merdal Pereira. Boa
oportunidade para tirar o pó dos cinco volumes do meu Caldas Aulete!
Merdal está tão pi-pi-ri-pi-pi-piradinho
com as denúncias contra o PSDB paulista que perdeu a pose. Sua coluna de hoje,
porém, pode fazer um grande mal à blogosfera: destruir o nosso querido professor Hariovaldo!
Sim, porque a coluna de Merval revela um
Hariovaldo de carne, osso e uma geléia estragada no lugar do cérebro. É uma
competição desleal com nosso humorista! Força, Hariovaldo!
Vamos ao Merdal:
Corrupção e democracia
Outro dia escrevi aqui na coluna, a
propósito das investigações sobre a formação de um cartel de empresas
estrangeiras na construção do metrô paulista, que “o pior dos mundos para a
democracia seria se ficar provado o que os petistas chapa-branca já dão como
certo nos blogs e noticiários oficiais: que o esquema seria uma espécie de
irrigação permanente de dinheiro ilegal para as campanhas eleitorais dos
tucanos desde o governo Covas”.
Foi o que bastou para que esses mesmos
pseudo-jornalistas a serviço do governo petista distorcessem minhas palavras,
atribuindo a mim a tese de que as acusações contra o PT são boas para a
democracia, e as contra o PSDB seriam prejudiciais.
(Para ler artigo completo, clique no título)
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Tucanos da Siemens e Alstom — Globo acha o povo bobo
Há mais de dez anos, os partidos
políticos, à frente o PT, que formam a coalizão para fortalecer a base política
e partidária do Governo trabalhista no Congresso Nacional, bem como no que diz
respeito ao controle administrativo dos ministérios têm sido acusados e
denunciados, sistematicamente, pela mídia burguesa de todo o tipo de corrupção,
sendo que incontáveis vezes as acusações sem perderam por si próprias, porque,
na verdade, não passavam de ilações e maledicências, que tinham a força de um
tiro nas águas de um rio ou lago.
Entretanto, tais acusações infundadas e denúncias
vazias causaram grandes transtornos e prejuízos profissionais, políticos e
pessoais a muitas pessoas, que tiveram suas vidas devassadas e que moralmente
sofreram com toda ordem de escárnio, deboche, e humilhação, ao tempo em que a
imprensa de mercado se negava a dar o mesmo espaço nas diferentes mídias que
tal sistema privado de comunicação controla aos políticos, às autoridades e a
muitos dos assessores para poderem ao menos dar explicações ou se defender.
Ministros caíram, a exemplo de Orlando Silva, dos
Esportes, e Carlos Lupi, do Trabalho, dentre outros, bem como a chefe da Casa
Civil da presidenta Dilma Rousseff, Erenice Guerra, que desde os tempos do
presidente trabalhista, Luiz Inácio Lula da Silva, sofria com as acusações de
uma imprensa irresponsável, facciosa e indiscutivelmente partidária e
ideologicamente de direita, que, indisposta a ouvi-la, a combateu
sistematicamente, até que Dilma a afastasse do cargo para que a ministra
pudesse se defender no Judiciário e, consequentemente, dar uma resposta à
sociedade brasileira quanto às acusações.
(Para ler artigo completo, clique no título)
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Recebida com entusiasmo em público e com ceticismo nos bastidores, a
presidenta Dilma Rousseff prometeu assumir pessoalmente a articulação política
com o Congresso e fazer reuniões quinzenais com deputados e senadores.
Tem Mais...
Em mais uma derrota do governo [AA: e, principalmente, do povo brasileiro], e com
atuação explícita do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), a PEC
(Proposta de Emenda à Constituição) que torna obrigatória a execução financeira
de emendas parlamentares foi aprovada na noite desta terça-feira (6) pela
comissão especial criada para analisar o projeto. O texto deverá ir a votação
no plenário da Câmara nesta quarta-feira (7).
Numa quebra de protocolo, a interferência
direta do presidente da Casa envolveu até mesmo o cancelamento das votações
previstas no plenário da Câmara.
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Quatro
meses atrás, o Globo alarmava o País com a inflação dos alimentos e a
apresentadora pendurava seu colar de tomates no pescoço; nesta quarta, com a
queda da cesta básica em 18 capitais, o que não acontecia desde 2007, uma nota
discreta no caderno de economia; como dizem os americanos, "good news is
bad news"
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De...
...para PressAA
Ministro das Comunicações
pode tirar RedeTV do ar?
PEDIDO DE CASSAÇÃO
Dilma encaminha solicitação de sindicato
à pasta comandada por Paulo Bernardo
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No blog Taqui Pra Ti, do nosso colaborador José Ribamar Bessa
Freire:
Comentário e resposta na postagem da crônica CARTA ABERTA AO PAPA
Vânia Novoa Tadros comentou:
05/08/2013 - 17:09:40
Hoje está na Folha de São Paulo o que eu já vinha escrevendo há
muito nos blogs e sites:" O Lula está recomendando aos seus militantes
guerra nas redes sociais." Então o Papa Francisco poderia fazer uma
revolução e não seria elogiado por petista. Eles precisam de um Cristo para
desviar a atenção do corrupto, ineficiente, atabalhoado E sem projeto político
governo do PT
Fernando
comentou:
05/08/2013 - 17:54:29
Prezada Vânia, grato pela informação. Eu não havia tomado
conhecimento da orientação desse que é um dos nossos líderes. Não dá pra ler
tudo que recebemos aqui na nossa satírica Agência Assaz Atroz, apesar de que
duvido muito que Lula tenha usado expressões como "guerra na
internet". Se o fez, está errado, a guerra é difusa e confusa, como a
Trolha de São Paulo ou de outro santo qualquer; também como a cabeça de muitos
de seus leitores. Em todo caso, é possível que ele tenha falado dessa forma; afinal,
a ciberguerra taqui pra ti e para todos, demo-craticamente, não é mesmo? Bom,
vamos à luta... digo, ao front... Abraços – Fernando Soares Campos –
Editor-Assaz-Atroz-Chefe.
Na...
Qui 08/08/13
Lula: a revolução nas
comunicações está nas redes sociais
Leia
também :
Caretice
de pau: Acusado de desviar 425 milhões de
reais do metrô, Alckmin cobra mais investimentos de Dilma
“Não existe mais nenhuma razão de se manter o bloqueio [de Cuba] a não ser a
teimosia de quem não reconhece que perdeu a guerra, e perdeu a guerra para
Cuba”, disse dia 30, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao discursar no
encerramento da 3ª Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo,
patrocinada pela Unesco.
Ele conclamou Obama
"ter a mesma ousadia que levou seu povo a votar nele" e mudar os rumos
da política externa para Cuba e América Latina.
Com relação aos assuntos
do continente, Lula disse que o desafio dos presidentes e líderes não é só
promover a qualidade de vida e bem-estar, mas a integração latino-americana.
“Vocês não podem voltar para
suas casas e simplesmente colocar isso [a participação no evento] nas suas
biografias. É necessário que vocês saiam daqui cúmplices e parceiros de uma
coisa maior, de uma vontade de fazer alguma coisa juntos mesmo não estando
reunidos [fisicamente]”, afirmou Lula, dizendo que a tecnologia atual permite
maior integração.
Lula propôs uma
"revolução na comunicação" radicalizando o uso das redes sociais para
contrapor a velha mídia do contra. O recado foi: nós não podemos depender dos
outros para publicar o que nós mesmos devemos publicar.
“Nem reclamo, porque no
Brasil a imprensa gosta muito de mim”, ironizou o ex-presidente. E deu a sua
opinião sobre a razão pela qual a mídia tradicional tem resistência a ele: “Eu
nasci assim, eu cresci assim e vou continuar assim, e isso os deixa [os órgãos
de imprensa] muito nervosos”. O mesmo se aplicaria aos outros governos
progressistas da América Latina: “Eles não gostam da esquerda, não gostam de
[Hugo] Chávez, não gostam de [Rafael] Correa, não gostam de Mujica, não gostam
de Cristina [Kirchner],não gostam de Evo Morales, e não gostam não pelos nossos
erros, mas pelos nossos acertos”, disse. Para Lula, as elites não gostam que
pobre ande de avião, compre um carro novo ou tenha uma conta bancária.
“Quem imaginava que um
índio, com cara de índio, jeito de índio, comportamento de índio, governaria um
país e, mais do que isso, seu governo daria certo?”, indagou Lula, referindo-se
a Evo Morales, presidente da Bolívia. Ele contou que a direita brasileira
queria que ele brigasse com Evo, quando ele estatizou a empresa de gás
boliviana, que era de propriedade da Petrobras. “Aí eu pensei: eu não consigo
entender como um ex-metalúrgico vai brigar com um índio da Bolívia”, contou o
ex-presidente, sob os aplausos da plateia.
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E, por falar em filhos da
puta, nos lembramos dessa do nosso Editor-Assaz-Atroz-Chefe:
Brasil-Bolívia
Fernando Soares Campos
La Insignia. Brasil, maio
de 2006
O Jornal da Globo, na noite de 02/05, prestou um
desserviço ao jornalismo brasileiro. Na abertura do noticiário sobre a decisão
do governo boliviano de nacionalizar as reservas de hidrocarbonetos (petróleo e
gás natural), o que já está sendo chamado de "guerra do gás", o
âncora fez a seguinte chamada:
"O Jornal da Globo apurou que, em particular, desabafando numa roda
de ministros, o presidente Lula só conseguia expressar-se com palavrões ao
falar do colega boliviano Evo Morales. Mas em público, a postura do governo
brasileiro frente ao decreto de expropriação assinado pela Bolívia quase
equivale a passar a mão na cabeça de Morales".
Não se pode chamar isso de jornalismo
de opinião. Eu até aceitaria que veiculassem a opinião simples, conforme a
segunda parte da chamada:
"...a postura do governo
brasileiro frente ao decreto de expropriação assinado pela Bolívia quase
equivale a passar a mão na cabeça de Morales".
Até aí dá para entender que se trata de
uma orientação editorialista, uma posição da empresa jornalística diante dos
fatos. Seria, certamente, uma opinião precipitada, visto que o problema é
recentíssimo e tramita nos meios técnicos e diplomáticos do governo. No
entanto, nos últimos meses, já vimos denúncias mais graves e sem provas serem
veiculadas insistentemente.
Não creio que algum ministro tenha
confidenciado a qualquer repórter a informação de que o presidente Lula possa
ter insultado o presidente Evo Morales com palavrões, conforme denunciou o
Jornal da Globo. Menos ainda acredito que o presidente Lula seja capaz de
tratar a questão, em reunião com os seus assessores, fazendo uso de palavras de
baixo calão, para se referir ao presidente boliviano. O mais provável, neste
caso, é que não passa de mais um dos muitos boatos que abundam e medram (e haja
medra!) nos últimos tempos.
No dia 03/05 a manchete principal de O
Globo impresso foi: "Lula reconhece direito de Bolívia nacionalizar o
gás". Porém, no telejornal das oito, o JN, no mesmo dia, editou-se um
único discurso do presidente, colocando-se imagens em dois tempos, de forma a
parecer tratar-se de pronunciamentos em dias e locais distintos. Assim,
tentou-se passar ao telespectador a impressão de que o presidente Lula mudara
de opinião: de uma suposta condescendência, passara a hostilizar a atitude de Evo
Morales. Fizeram o "Homer" entender que o presidente Lula, ao dizer
que uma nação não pode intervir na soberania de outra, estaria reclamando da
decisão boliviana em "encampar" as instalações da Petrobras naquele
país. No entanto, por ter sido muito mal editado, os telespectadores mais
atentos podiam perceber que, como isso, Lula apenas reiterava seu respeito às
decisões de Evo.
Observe a gravidade da
"informação" dada no Jornal da Globo, ontem. Aquela de que o
presidente Lula supostamente mandava farpas para cima do presidente boliviano,
quando distante dos repórteres. Imagine o embaixador da Bolívia informando ao
presidente Evo Morales:
-Excelencia, el presidente Lula insulta
a vuestra excelência cuando se reúne con sus ministros.
-¿Con qué improperios?
-Según el Jornal da Globo,
hijo de puta es lo más cariñoso.
(Diz a sabedoria popular: quem conta um
conto aumenta um ponto.)
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Também publicado no site do Observatório da Imprensa sob o título:
CRISE COM A BOLÍVIA
Intrigas, boatos e jornalismo de opinião
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Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons
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PressAA
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