quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Haddad e Paes no Rio e São Paulo para os homens de boa vontade -- Vadias vandálicas vazam a vulva

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A Marcha das Vadias e os Exageros

Carlos Alberto Lungarzo*



Como muitas outras pessoas, não gostei de alguns fatos acontecidos durante esta última versão da Marcha das Vadias no Rio de Janeiro. Creio que o ato de destruir ícones de uma crença, religiosa ou não, mesmo que sejam fetiches, mostra certo mal gosto, evidencia tendência agressiva contra os que, por identidade cultural ou quaisquer outros tabus, os veneram, e constituem um alvo fácil para os inimigos dos direitos sexuais, de gênero e de reprodução. Outrossim, tiram a beleza de um ato naturalista, em que pessoas seminuas desfilaram três vezes em quase todo o mundo (2011, 2012 e agora), reivindicando os valores emocionais e biológicos da espécie humana, e mostrando sua indiferença por uma falsa origem transcendente dos mesmos.

Em síntese: discordo com esse ato isolado dentro do movimento Slutwalk  que agrupou em todo o mundo, milhares de pessoas. Com efeito, o tamanho não é um argumento válido para a provocação, embora seus inimigos (os mobilizadores de grandes hordas de superstições de todas as crenças) achem o oposto.

Digo isto último, porque alguns dos detratores da Marcha das Vadias, falam do desrespeito aos milhões que apoiam o Papa. Essas pessoas talvez desconheçam quantos milhões apoiam o aborto, mesmo em teocracias disfarçadas como a Itália. (O último plebiscito a favor do aborto na Itália foi ganho por mais de 70%)

Veio à minha cabeça escrever esta nota, quando li o Blog de um conhecido jornalista do mais sensacionalista e inescrupuloso canal de TV de toda a mídia brasileira. Ele se esbalda em insultos contra as mulheres da Marcha, as quais acusa não apenas de intolerância, mas de serem fascistas (sic!?), e termina com uma mensagem mal dissimulada, onde disse que esse movimento já deveria ter desaparecido. Ou seja, sob uma imagem de respeito aos ofendidos e de indignação com as ofensoras, o jornalista manda um recado aos muitos que têm vontade de entrar na marcha com canivetes e “punhos ingleses”, como já fizeram neste país diversas bandas de verdadeiros fascistas (skinheads e outros).

Vários jornalistas querem evitar serem acusados de parcialidade, dizendo, no proêmio de seus artigos, que são ateus, mas respeitam a fé dos outros. Pessoalmente, não tenho certeza que ser ateu, isoladamente, sem outro predicado, seja uma virtude tão essencial como para permitir propagar a censura. Embora seja condição necessária, não é suficiente, para uma verdadeira posição humanista:

Por acaso, não eram ateus Stalin, Mao-Tse Tung, nosso FHC e muitas outras figuras históricas cujo legado não foi, certamente, humanista?

Aliás, há um problema que vai além de considerações éticas difusas e entram no campo da lógica: Onde está o limite entre a livre manifestação de repúdio e o vandalismo? Nenhuma das notícias que eu li (posso ter lido de maneira pouco rigorosa) dizia que os ícones tivessem sido tirados dos templos, o que, certamente, seria furto. Alguns jornalistas dizem que os crucifixos já eram carregados pelas/pelos manifestantes.

Pergunto, apenas: os milhares de resistentes antinazistas que em 1945 pisaram cruzes suásticas e estandartes das SS, estavam cometendo o mesmo crime? Pode argumentar-se que o nazismo propagou a violência e o atual papa prega a paz. Mas, então, será que uma fé ou uma ideologia deve ser julgada apenas por um de seus representantes numa circunstância específica? A história dessa crença e seu papel global não interessam?

Parece sensato indicar que o limite entre crítica, mesmo escrachada, e intolerância, está no limiar em que você passa a dificultar o exercício público da fé alheia. Isto seria acontecido se a Marcha tivesse colocado algum empecilho ao movimento dos peregrinos. Os jornalistas, que não perderam nenhuma oportunidade de bajular o Vaticano, não dizem, em nenhum veículo que eu tenha lido, que as Vadias lançassem pedras ou qualquer outra coisa contra os peregrinos que estavam do lado oposto na rua.

Não quero deixar a mínima dúvida. Repudio este ano de deboche de destruir estátuas ou crucifixos, e me envergonho de que pessoas tão vulgares (que, não obstante, eram minoria na marcha) ofereçam uma imagem tão grosseira e fraca de um pensamento de esquerda, como é a luta pela liberdade sexual.

Meu repúdio é porque este ato cria uma animosidade desnecessária, constrange as pessoas supersticiosas que atribuem propriedades sagrada a estes objetos (e têm direito ao fazê-lo, pois cada um de nós tem direito a sua patologia íntima), e dá uma imagem de fraqueza. Por que, se acreditamos, como eu e muitos outros, que aqueles objetos são simples fetiches para exacerbar o totemismo das massas supersticiosas, os destruímos como se eles tivessem algum valor real?

Mas, este repúdio não significa ignorar (muito menos coincidir com) as verdadeiras intenções de muitos ateus que criticaram isto. Seu objetivo é mostrar que os defensores da liberdade reprodutiva e sexual são um bando de malucos, e, portanto, mesmo os grandes ateus da direita, acham mais profícuo defender ou papa e os evangélicos (que também se opõem ao aborto). Afinal, são essas massas as que podem dar votos.

Finalmente, lanço uma pergunta:

Estes jornalistas criticariam também as caricaturas dinamarquesas contra Maomé, as “brincadeiras” (brilhantes, por sinal) de Salman Rushdie, ou a peça teatral “O Vigário” de Hochhuth?

Qualquer uma delas teve maior difusão que a quebra de algumas estátuas no Rio de Janeiro por pessoas exaltadas, e qualquer uma delas ofende mais profundamente a religião. Sem dúvida, Pio XII se importou mais de que provaram que era nazista de que se tivessem destruído alguns ícones católicos na Via Ápia.

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*Carlos Alberto Lungarzo foi professor titular da UNICAMP até aposentadoria e milita em Anistia Internacional (AI) desde há muitos anos. Fez parte de AI do México, da Argentina e do Brasil, até que esta seção foi desativada. Atualmente é membro da seção dos Estados Unidos (AIUSA). Sua nova matrícula na Organização é de número 2152711. Colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz 

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Leia também...


29 DE JULHO DE 2013

Marcha das Vadias contra o papa: a lógica “interna” do feminismo

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Toda ameaça massificada, onipresente e diversificada assim só pode ser combatida com leis draconianas contra o grupo tido como ameaçador e um poder de Estado policial cada vez mais capaz de invadir até as opiniões, crenças, palavras e pensamentos dos humanos postos em outro grupo (já se tem uma dica das intenções iniciais e conseqüências imprevistas do feminismo 2.0 a partir daí).

É exatamente o que faz a Marcha das Vadias.

marcha das vadias santa Marcha das Vadias contra o papa: a lógica interna do feminismo O alvo da vez foi a Igreja Católica, durante a visita do papa Francisco ao Brasil. No meio de um passeio da Jornada Mundial da Juventude, um grupo de manifestantes da Marcha das Vadias achou por bem “protestar” no meio do evento religioso (público e com todas as idades presentes), tirar a roupa e, como meio de manifestação, usando o termo mais científico possível, “evaginar” uma imagem de Nossa Senhora, a mesma santa católica chutada por um pastor da Igreja Universal na TV.
O objetivo declarado e o objetivo verdadeiro urgem serem distinguidos. Não se trata de uma “científica”, digamos, “encenação” contra a religião, contra símbolos ultrapassados, contra o machismo. O manifesto foi apenas ofensa gratuita, violência a qualquer senso ético e estético, atentado ao pudor e ultraje a culto. Se fosse mesmo apenas uma manifestação de ateísmo dawkiniano, poderíamos supor que a Marcha das Vadias teria como próximo ato fagocitar por algum orifício que caiba uma imagem da negra Iemanjá, no meio de algum culto de candomblé. Sabe-se que não será o caso.
A manifestação, ainda que as próprias manifestantes e apoiadores não saibam, visa dividir grupos que ontem sentavam-se na mesma mesa, para enxergá-los apenas como coletivos ameaçadores – pedindo proteção estatal contra aquele que deve ser excluído do futuro glorioso.
O feminismo (e muitos outros “-ismos” que parecem uma simples idéia aglutinadora) marca território fortalecendo o grupo interno, tratando todos os que são de fora do grupo não comoseres humanos, mas como uma massa homogênea, anônima e bestial de inimigos que precisam ser silenciados, sabe-se lá por quais métodos (ou, no fim, sabe-se muito bem).
(Para ler artigo completo, clique no título)
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Toneladas de livros novos, edições 2009, que deveriam ser distribuídas entre os alunos de escola da Rede Estadual de Ensino Público do Estado de São Paulo foram jogadas no lixo 

Veja o vídeo no blog NaMaria News, especializado nas questões de educação no governo Serra. Lá você encontrará muitas matérias tratando de graves problemas ocorridos nessa administração. 

Observe, no vídeo, que a apresentadora do programa, para esconder a cara de Serra (que não é citado na reportagem, nem ele nem o secretário de Educação do Estado), diz que foram livros da ".. rede estadual de Ribeirão Preto". Putz! 

Entrevistaram a vice-diretora da escola (pegaram a coitada de "bucha"). Ela ficou nervosa e descarregou dizendo: "Deve ser aluno que jogou". 

Leia mais em...

Não pague pra ver, aqui você tem uma amostra grátis de como seria o Brasil nas mãos de Serra





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De  Para a PressAA

LEIA E OUÇA

Folha lança recurso que permite ouvir o texto

 



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Nova Parceria: Autor Alfredo Karras

Buenas leitores,

Hoje com muita felicidade trago uma novidade aqui no Entre ser…e não ser, um novo parceiro o autor Alfredo Karras.

Alfredo, sim tomo essa liberdade de chama-lo dessa forma, porque ele é um amigo muito querido, eu já conhecia seus trabalhos de chargista, que diga-se de passagem, são um melhor que o outro. Tive a oportunidade de ler em primeira mão seu livro que será lançado pela Editora DeusesO Falcão e o Vento, um livro maravilhoso, mas esse é um outro assunto, logo mais a resenha estará aqui.

Então sem mais enrolação apresento-lhes Alfredo Karras, Escritor, Chargista e meu Amigo…

alfredoAlfredo Karras, nasceu em 17/05/72 em Santos /SP, é escritor, cartunista e comentárista, começou a carreira de cartunista em Cubatão/SP, onde viveu a maior parte de sua vida. Atuou como chargista em vários semanários do litoral de SP, entre eles o Gazeta da Praia Grande, Reação Popular, e Acontece onde hoje ainda presta serviços.

Em dezembro de 2007, Karras foi baleado, durante um atentado, o projétil alojou em seu pescoço deixando o paraplégico e com outras sequelas, mesmo assim ele não se abalou e continua com seus trabalhos de cartunista Freelancer.


Como escritor tornou o primeiro brasileiro a publicar um livro virtual por uma editora estrangeira (2009), seu livro “SER”veiculado em inglês e português pela editora australiana Smink Works Books.

Seu livro O Falcão e o Vento, é uma obra anterior que será lançada agora em 2013 pela editora Deuses, O Falcão e o Vento é uma Fábula e como tal aborda as essências da alma como o amor, coragem, o medo e tantos outros sentimentos que regem a vida, uma trama cheia de reviravoltas e com um final de tirar o fôlego.

Primeiramente eu digo desde já que o livro é muito bom, tive a oportunidade de ler, e tenho certeza que agradará muito leitores. Uma lição de vida, que só uma pessoa tão iluminada como Karras é capaz de escrever.

Aqui eu deixo minhas boas vindas meu amigo, que possamos divulgar tantos outros livros futuros, que tenho certeza que junto com a Editora Deuses, você irá lançar!

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O próximo filme que você vai assistir em casa talvez esteja aqui. 

Documentários, filmes clássicos, produções  premiadas de grandes diretores brasileiros e estrangeiros. Confira!

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O Homem Que Não Dormia 
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Deus e o Diabo na Terra do Sol 
Encontro com Milton Santos ou o mundo global visto do lado de cá 
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Wi-Fi grátis em praças de SP começa a operar em outubro, diz Prefeitura 

10/05/2013 

[AA: Veremos se Haddad vai cumprir o que diz, ou vai fazer como Serra, que garantiu que cumpriria o mandato e acabou dando cano nos paulistanos]


Pateo do Collegio será um dos pontos beneficiados (Foto: Arquivo/Ardilhes Moreira/G1)

Prefeitura quer contratar empresas para oferecer conexão em 120 pontos.

Sinal será oferecido em praças, ruas, parques e terminais de ônibus.


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São Paulo: Praças Digitais - Hoje às 14hs teste da internet gratuita


Jueves, 01 de Agosto de 2013 

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Redação em 31 de julho de 2013

Sinal de wi-fi será teste para o projeto Praças Digitais, que começa a valer em outubro

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Rio-São Paulo via Portal G1


INÉDITO! Veja o que responderam os prefeitos Eduardo Paes, do Rio de Janeiro, e Fernando Haddad, de São Paulo, em trechos que deixamos especialmente para você ver aqui, da entrevista que foi ao ar nos dois programas anteriores do Cidades e Soluções.

A sustentabilidade está presente na grade curricular das escolas municipais?

2ª parte do programa com os prefeitos do Rio e SP

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Prefeitura reinaugura telecentro para incentivar inclusão digital no Barreto

Espaço, com duas salas e 11 computadores, terá cursos de informática, oficinas, acesso livre à internet e cursos ao vivo via satélite. Outros serão reativados em Niterói até 2016

A Prefeitura de Niterói reinaugurou na terça-feira o telecentro Firmino Marsico Filho, localizado no Parque Palmir Silva, no Barreto, Zona Norte da cidade. Após ter ficado anos fechado, este será o primeiro dos 20 telecentros que serão reativados até 2016, através do Programa Niterói Digital, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia.
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Mundana


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Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA


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