CARLOS LATUFF EM PELOTAS – ENTREVISTA
O cartunista
/chargista Carlos Latuff esteve em Pelotas no dia 07 de
fevereiro de 2013. Tive o prazer de entrevistá-lo e, compartilho aqui a
entrevista.
Maiara Marinho – Tu defendes causas específicas ou
basta elas serem sociais?
Carlos Latuff – Eu defendo causas justas. Eu
defendo causa em que tenha um segmento que é desfavorecido, eu costumo dizer
que defendo a parte mais fraca da corda. Então seja o sem-terra, o republicano
na Irlanda, o curdo na Turquia, o palestino, o cara na favela. Eu tento colocar
o meu trabalho a serviço desse segmento desprotegido ou à margem.
MM – Tu consegues expressar toda a ideia de uma opinião em
uma única charge?
MM – Por exemplo, no Brasil, as pessoas ficam indignadas
com a corrupção, mas participam muito pouco na política e, essa falta de
participação é o que faz dela tão insistentemente corrupta. É possível
expressar isso em uma charge?
CL – É possível expressar qualquer ideia em
uma charge. Quanto a essa questão da corrupção eu queria fazer um adendo e
deixar claro o seguinte, eu não sou petista, lulista ou dilmista. Eu sou
cartunista. Existe um argumento que se vê muito em voga nos dias de hoje que o
PT é o partido mais corrupto do Brasil. De que o governo do PT é o mais
corrupto da história do Brasil. De que a solução para a corrupção é o fim do
governo do PT. Então, existe uma tentativa por parte, particularmente, dessa
oposição ao governo do PT de apresentar o governo como se fosse corrupto. A
questão não se resume a governo, a questão se resume a um sistema político que
é corruto desde a colônia. Então o PT não inaugurou a corrupção no Brasil e
imaginar que o fim do PT é o fim corrupção no Brasil é uma ideia, no mínimo, ingênua.
No caso da oposição ela é uma ideia maliciosa. O governo do PSDB foi tão
corrupto quanto. Evidentemente que hoje a imprensa dá bastante destaque a
corrupção do PT por que tem interesse político nessa questão. Quem está sendo
honesto ou sincero ao dizer que é contra a corrupção no Brasil vai ter que
pegar o sistema e não ficar se debatendo no partido X ou no partido Y.
MM – Por que a sociedade precisa de polícia?
CL – Se a gente for falar na sociedade, for
falar em organização social, dos seres humanos, pode-se dizer que ele (o ser
humano) sempre precisou de uma ordem, uma ordenação. Só que o que a gente
percebe é que a função principal da polícia é mais do que simplesmente impedir
que o crime aconteça. Essa visão é muito maniqueísta: o bem e o mal, o bandido
e o policial. Então, a polícia tem cumprido o papel de proteger os interesses
do Estado, em primeiro lugar. Proteger o status quo, a chamada classe
dominante. Quando você vê a polícia muito mais empenhada na repressão aos
movimentos sociais do que ao crime esse é um “bom indício”, sem falar que a
polícia tem feito parte do crime. Nos noticiários mostram-se quadrilhas
formadas por policiais. Praticamente não tem crime que não tenha um ou mais
policiais envolvidos. No Rio de Janeiro, por exemplo, tem as milícias que são
organizações criminosas inteiras formadas por policiais, ex-policiais,
militares. No México, um cartel de drogas poderoso chamado Zetas, foi formado
pela polícia mexicana. Isso não é um fenômeno do Brasil. É um fenômeno mundial.
A polícia sempre a serviço do Estado. Então, se a gente tiver que pensar numa
polícia que proteja os cidadãos de elementos violentos, criminosos, teria que
pensar em uma polícia comunitária, uma polícia local formada por cidadãos do
lugar que fossem escolhidos pela comunidade, que tivessem um envolvimento e
identificação com a comunidade. Mas a questão é: a polícia não pode ser
analisada à parte do Estado. A polícia não é um órgão autônomo, então para que
se tivesse uma polícia comunitária e popular era preciso que tivesse um governo
comunitário e popular.
MM –
Como a tua charge influencia na sociedade?
CL – Eu acho que o papel da charge é mais
do que fazer rir. É preciso apontar um ponto de vista que os outros não
apontam. Seja por falta, seja por omissão ou por má intenção. Se a chamada
grande imprensa tem foco diferenciado em relação aos temas, se ela privilegia
uma visão empresarial das coisas, mercadológica das coisas. Se a grande
imprensa tenta demonizar os movimentos sociais, tenta apresentar os sem-terra como
invasores, o favelado como bandido, o palestino como terrorista eu acho que o
cartunista que não está ligado a grande imprensa ele pode promover o
contraponto. A charge que ele produz pode indicar outro caminho de observação.
A charge pode despertar consciências, pode despertar ira dos governantes. Eu,
por exemplo, já recebi uma condenação por parte do governo do Bahrein por conta
das minhas charges. Quando isso acontece é por que as charges estão incomodando
quem deve ser incomodado. A charge tende à sociedade quando ela é mais do que
uma ilustração em um jornal. Mas quando ela é utilizada em um cartaz, em
protesto ou em uma camisa ela passa a ser viva e cumprir um papel social, mais
do que simplesmente decorar um jornal.
MM – Eu li uma entrevista em que tu disseste não colocar tua opinião nas
charges e sim aquilo o que os movimentos estão defendendo, mas ao fazer um
desenho criticando um governo ou defendendo um movimento social,
automaticamente a tua opinião já não está inclusa?
CL – Por exemplo, um movimento social me
propõe uma charge para um evento, para um protesto. Muitas vezes eu posso ter
uma visão mais radical daquilo ali, pegar mais pesado e muitas vezes eu não
emprego a minha visão objetiva por que eu preciso atender o que eles querem.
Evidentemente se eu estou trabalhando para um movimento social é por que eu me
identifico com a causa. Mas, mais importante do que colocar a minha visão
particular daquele movimento é que eu faça alguma coisa de acordo com a visão deles
para que esse trabalho seja útil para eles. Eu me preocupo em fazer alguma
coisa que vai atender a demanda do movimento social, mais do que, simplesmente
a minha opinião.
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Programa Filhos do Pai Eterno – 14/8/2013
“...o bom judeu conhece a Torá(*)”, padre Robson de
Oliveira, missionário redentorista.
(*)Torá [Bíblia judaica] (do hebraico תּוֹרָה, [escrito há cerca de 3.500 anos] significando instrução,
apontamento, lei) é o nome dado aos
cinco primeiros livros do Tanakh (também chamados de Hamisha Humshei Torah, חמשה חומשי תורה - as cinco partes da Torá) e que constituem o texto central do judaísmo.
Contém os relatos sobre a criação do mundo, da origem da humanidade, do pacto
de Deus com Abraão e seus filhos, e a libertação dos filhos de Israel do Egito e sua peregrinação de quarenta anos até a terra prometida. [Extraído de páginas da Wikipédia]
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Pastor Ismar Vieira Malta
Surgimento do Nome de Palestina
Surgimento do Nome de Palestina
Em 132 o imperador Adriano desgostoso
pela grande baixa que sofreu ali seu exército, foi pessoalmente para àquela
região e como os judeus rejeitavam o jugo romano ele decidiu mudar toda
nomenclatura que pudessem relembrar vínculos com um estado independente e
soberano judaico, começou por Jerusalém mudando seu nome para Aelia Capitolina
proibindo sob pena de morte os judeus entrarem em Jerusalém. Como soava muito
forte entre os judeus o termo; Terra de Israel, o imperador mudou
também esse nome para Palestina que significa Terra dos Filisteus,
isso fez em honra a um ferrenho inimigo de Israel, que habitava na faixa
costeira mediterrânea. Fica provado pela Bíblia que essas terras foram dadas por Deus aos filhos de Israel descendência escolhida de Abraão e Sara. E agora como resolver
o problema existente entre Israel e palestinos?
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I Ching
Há cerca de seis ou sete mil
anos havia
um mito universal de que todos os seres eram provenientes do útero de uma Mãe Cósmica: Uma deusa mãe (ou deusa-mãe) é uma Deusa, por
vezes associada à Mãe
Terra; é representada como uma deusa geradora da vida, da natureza, águas, fertilidade e cultura; geralmente sendo a generosa personificação da
Terra. [Extraído de páginas da Wikipédia]
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RELIGIÃO
Aqui ficam as Mesquitas de Al-Aqsa e de Omar, o 3º local mais
sagrado para os muçulmanos. A tradição diz que o Profeta Maomé ascendeu ao Céu
montado em seu lendário cavalo, Al Buraq. O caro leitor fica convidado a
escolher um lado, se quiser, e decidir quem, em sua opinião, tem o argumento
mais forte. Seja que povo você tenha escolhido, judeu ou árabe, lamentamos
informar que sua escolha é irrelevante.
Mais importante: nenhum dos lados simplesmente desaparecerá
amanhã: nem os 5 milhões de judeus, e nem os 4,5 milhões de árabes. Ambos os
povos têm direito a essa terra Ambos os direitos são amplamente reconhecidos
pela comunidade das nações. Então, o que se pode fazer a respeito?
Há 4 possíveis soluções para o conflito:
2) Os judeus ficam com toda a terra
3) Um Estado bi-nacional para judeus e árabes
4) Dois Estados para Dois Povos
As soluções 1 e 2 envolveriam a eliminação do outro lado pela
força. O resultado mais provável dessas soluções seria que ambos os lados iriam
lutar entre si até a destruição mútua. Apenas um genocídio e deportação em
larga escala poderia trazer tal cenário.
A solução 3, o Estado bi-nacional, pode até soar atraente na
teoria, mas seria impraticável dado o nível de tensão e ódio entre as partes.
Além disso, esse tipo de solução contraria os anseios por autonomia e
autodeterminação de cada um dos povos. A única possibilidade de alcançar uma
paz duradoura seria através da existência de dois estados independentes: Israel
e Palestina, vivendo lado a lado, com fronteiras seguras e mutuamente
reconhecidas.
Essa foi a idéia do Processo de Oslo e todos sabemos aonde ele
chegou. Mas o importante para se ter em mente é que Oslo não falhou por se ter
baseado em premissas erradas.
Para ler matéria completa, clique no título. Para navegar no site Velhos Amigos, administrado por Lou Micaldas (colaboradora desta nossa Agências Assaz Atroz) e equipe, clique AQUI)
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Baby Siqueira Abrão
Oficiais israelenses reconheceram na
noite de ontem (3) ter empreendido ataques aéreos à Síria. A confirmação veio
de fontes militares dos Estados Unidos. A justificativa é evitar “a
transferência de armas, químicas ou não, do regime sírio para os terroristas,
especificamente para o Hezbollah, no Líbano”, disse um porta-voz de Israel em
Washington.
Para o governo sionista, o envio de
armas ao Líbano é a “linha divisória” que o separa de uma intervenção armada na
Síria. Mísseis SCUD, por exemplo, podem atingir qualquer ponto de Israel se
atirados do território libanês.
Os alvos dos ataques israelenses não
foram revelados, mas supõe-se que tenham incluído os sistemas de lançamento de
armas.
(Para ler reportagem completa, clique no título.
Para navegar no site de Brasil de Fato, clique AQUI)
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Chineses compram o mundo democrático
De "fábrica do mundo", a China se transforma em
acionista majoritário do planeta
Por Giampaolo Visetti
Gerard Lyons, chefe economista do
Standard Chartered, sintetiza assim: "A última década foi definida pelo
made in China. A próxima será o do owned by China”. De "fábrica do
mundo", a China se transforma em "acionista majoritário do planeta",
e o objetivo não está mais limitado a se tornar o primeiro "banqueiro
global". Das dívidas do Ocidente, Pequim diversifica os investimentos às
empresas símbolos do capitalismo dos EUA e da Europa, sem se esquecer de
assegurar as matérias-primas da África, da América do Sul e da Ásia central.
A última compra da China que
"compra o mundo" é desta quinta-feira em Portugal. Depois que todos
os títulos da dívida pública de Lisboa haviam sido entregues, com vencimento em
dois anos e um rendimento de 3,97%, Pequim adquiriu mais um bilhão de bônus de
colocação privada, com vencimento em18 meses e uma taxa de juros de 4,74%. Os
chineses, que já possuem na Península Ibérica 13% da dívida espanhola, se
comprometeram também a comprar, até o final do ano, obrigações portuguesas de
cerca de 5 bilhões de euros, assumindo de fato o controle econômico da área.
(Para ler artigo completo, clique no título)
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De...
São
Paulo, 13 de agosto de 2013
...para a PressAA...
Especial "Tempos Modernos"
Ministério Público do Trabalho aponta infrações na fábrica da empresa na
Zona Franca de Manaus. Em 2012, aconteceram 2.018 pedidos de afastamento por
problemas de saúde.
Procuradores pedem intervalos de 10 minutos a cada 50 minutos
trabalhados na fábrica de Manaus para recuperação de fadiga. E acusam empresa
de terceirização irregular.
Na cidade do interior de São Paulo, empregados denunciaram violências
físicas e pressões psicológicas para dar conta do ritmo da linha de produção.
Samsung pagou indenização de R$ 500 mil.
Em entrevista exclusiva, Kevin Slaten, coordenador do China Labor Watch,
compara situação na China e no Brasil. Na França, ONGs querem processar empresa
por propaganda enganosa.
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No blog da redecastorphoto...
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No blog da redecastorphoto...
[*]
Finian Cunningham, Strategic Culture
Traduzido
pelo pessoal da Vila Vudu
Negociações
de paz Israel - Palestinos (charge de Fadi Abou Hassan)
|
Depois de
dois dias de intercurso em Washington entre negociadores israelenses e
palestinos, o secretário de Estado, John Kerry emergiu como agenciador
benevolente de encontros, satisfeito com o fruto prometido dos seus esforços
para negociar um casamento.
Kerry
anunciou que as equipes de negociadores israelenses e palestinos aceitaram
iniciar (outra vez) conversações para obter um acordo final de paz que resolva
todas as importantes “questões do status final”. Kerry disse que a próxima
rodada de negociações ficou marcada para daqui a nove meses.
O período
gestacional de nove meses é, claro, um número como outro qualquer. Mas convida
fatalmente à comparação com um parto. Infelizmente, é praticamente certo que
esse nascituro será natimorto. É o que ensina a história.
(Para ler matéria completa, clique no título)
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Fernando Soares Campos
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Ano passado foram amplamente divulgadas na internet fotos de crianças
israelenses escrevendo mensagens nos mísseis que seriam lançados contra as
posições palestinas no Líbano. Crianças e adolescentes, usando batom e lápis
de desenho, aparentemente descontraídas, escreviam mensagens nos petardos e
conversavam com os soldados. Ao lado, seus pais acompanhavam a visita ao
front, certamente orgulhosos de verem seus filhos se instruindo na arte da
matar, indiferentes à dor que possam causar.
Li no site do Observatório da Imprensa nota intitulada " Hamas usa sósia de Mickey em campanha contra Israel ". Militantes do Hamas estariam usando uma réplica do ratinho símbolo da Walt Disney Company "para divulgar mensagens da dominação islâmica[sic] e da resistência armada para o público infantil em um programa da emissora de TV al-Aqsa chamado Pioneiros do Amanhã ". A imitação do Mickey se chama Farfour. Este foi o trecho da matéria que mais chamou a minha atenção:
(...)
A globalização do medo
Hoje, o conflito no Oriente Médio é
tratado pela grande imprensa brasileira apenas através das notícias frias,
relatando as atrocidades, porém geralmente transformando vítimas em culpados.
Nota-se que os intelectuais e mesmo artistas, escritores e figuras notórias em
geral evitam abordar o assunto em artigos de opinião.
Em 2003, para editar um documentário que
estava produzindo para exibição no 3º Fórum Social Mundial, o
cineasta-publicitário Kais Ismail solicitou apoio de uma universidade da Grande
Porto Alegre, a qual lhe cedeu as instalações e equipamentos de uma ilha de
edição. O documentário se intitularia "Palestina em lágrimas". Ao
término do trabalho, Kais pediu autorização da universidade para inserir no
vídeo um agradecimento à direção da instituição; esta, no entanto, respondeu
que colaboraria, mas negou-se a aparecer como colaboradora.
Em 2004, Mohamad, brasileiro-palestino, 22
anos, primo-irmão do Kais Ismail, foi assassinado na Palestina com 30 tiros de
M-16 (metralhadora americana), disparadas por sionistas estrangeiros que
obedecem às ordens dos comandantes israelenses. Mohamad foi agredido de tal
forma que o seu braço esquerdo foi decepado a tiros. Kais foi entrevistado por
uma emissora de televisão brasileira. A primeira pergunta do entrevistador foi:
"O seu primo era terrorista?", ao que o entrevistado respondeu:
"O meu primo, certamente, não era um garoto que corria varrer as ruas para
que os tanques de guerra passassem e arrasassem tudo, pelo contrário, o que ele
fazia, era tentar barrar estes tanques e defender sua família, desde criança,
atirando pedras."
O publicitário Kais ainda nos informa:
"No último programa do Fantástico (Rede Globo) do mês de novembro de 2004,
foi exibida uma matéria que, como num passe de mágica, fez com que toda a
imprensa não tocasse mais no assunto e curiosamente procurei agora, há pouco,
no site do Fantástico a matéria do dia 28.11.2004 e não encontrei nada".
Sumiu! Escafedeu-se!
Já imaginou uma "Faixa do
Piauí"?
|
(Se imaginou ou não, mas quer ler artigo completo, clique no título)
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Ilustração: AIPC – Atrocious International
Piracy of Cartoons
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PressAA
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