Enviado por Miguel do Rosário
Assistam esse vídeo. Tem apenas 1
minuto.
Ele mostra duas coisas. Na
primeira parte, vemos a linha de frente dos manifestantes. Como tem acontecido
em todos os eventos similares, eles iniciam as provocações, empurrando as
grandes e forçando uma aproximação. Em seguida, um mascarado acende o
pavio de um coquetel molotov e o arremessa na direção da polícia. Ouve-se
a explosão.
Na segunda parte do vídeo, dois P2
(policiais disfarçados) correm para o cinturão policial. Aparentemente são os
mesmos que lançaram os coquetéis. Alguém comentou que apesar da camisa ser
parecida, a calça é diferente. Tem que periciar.
Essas manifestações estão se
tornando cada vez mais violentas: por natureza, de um lado, e pela presença
constante de todo o tipo de infiltrados, de outro. A aceitação do uso de
“máscara” é um convite. De qualquer forma, os vândalos, infiltrados ou não, têm
apoio de setores golpistas da classe média, mesmo que pintados de verde ou
vermelho.
As manifestações sempre terminam
em quebra-quebra. É o grand-finale de todas. Como se houvesse provocação deliberada
para desestabilizar a PM, forçando-a até o limite para cometer erros, praticar
alguma brutalidade, obtendo-se motivo para um novo grande protesto.
Observe, na foto abaixo, um PM
sendo queimado “pacificamente”:
Nas redes sociais, tem crescido o
apoio à táticas de violência.
Há várias hipóteses:
1) uma guerra interna da polícia,
entre duas bandas podres diferentes.
2) infiltração de milicianos (que são ligados à polícia), querendo
desestabilizar o governo Cabral.
3) exacerbação fascista do próprio movimento jovem.
4) manipulação norte-americana, para gerar imagens negativas, e fazer
investimentos que viriam para o Brasil migrarem para os EUA.
5) guerra política e partidária para desgastar o governador.
6) uma ou mais hipóteses anteriores reunidas.
De qualquer forma, precisamos
entender algumas coisas:
- A
PM do Rio é despreparada. Sempre foi. Não entender isso é fazer o jogo da
provocação.
- Há
provocação ostensiva por parte dos manifestantes. Eu assisti isso nos
vídeos da mídia ninja. Provocação pesada, com humilhações aos PMs e
arremesso de pedras e coqueteis molotovs.
- Há
um ciclo vicioso sendo construído. Provoca-se a PM, a PM reprime, depois
há manifestações contra a repressão da PM, e assim num crescendo.
- A
bandeira dos manifestantes é difusa. O que eles queriam hoje, por exemplo?
Há alguma demanda, há algum grupo que queira propor alguma mudança urgente
para o governador?
A Polícia Militar do Rio está
ficando numa situação perigosa. Os manifestantes a xingam, a humilham,
provocam. Eu vi isso nos vídeos.
A PM é corrupta, despreparada,
traumatizada, infiltrada por milicianos e sabe-se lá por mais quem. Não me
espantaria se descobrissem que há elementos da própria PM, possivelmente
subornados por terceiros, incentivando a baderna. Justamente por ganhar pouco,
a PM é tradicionalmente vulnerável à corrupção fácil.
Mas é a polícia que a gente tem.
Provocar um agente armado é uma atitude irresponsável. A PM também tem de ser
respeitada. O PM é um trabalhador que ganha pouco, trabalha muito e arrisca sua
vida. Qualquer ódio tem de ser racionalizado e direcionado politicamente contra
os superiores; contra o governador, por exemplo; e ser expresso de maneira
organizada e objetiva.
O vandalismo, a provocação, são
atos que mancham a liberdade de se manifestar. É preciso investigar sim o que
está por trás disso.
Os erros da polícia tem de ser
apurados. Mas uma parcela da sociedade aderiu a um radicalismo inconsequente,
violento e antidemocrático. Isso tem de ser combatido politicamente. Não existe
solução para os problemas do Rio de Janeiro, ou do Brasil, fora da democracia.
A democracia pressupõe que seus
participantes concordem em resolver os conflitos e divergências de forma
pacífica.
A palavra mais revolucionária
inventada pela humanidade talvez seja essa: paz.
Querer a paz, lutar pela paz,
entender a necessidade de paz, é possivelmente o gesto mais corajoso e mais
inteligente de todos. Apenas os covardes, os idiotas e os medíocres não
defendem a paz.
Vamos apostar na paz! O Brasil
precisa de paz e estabilidade para continuar evoluindo.
Vamos discutir e operar as
mudanças de maneira democrática, pacífica e racional.
Vamos defender o Brasil!
Mascarados lançam coquetéis
molotov na polícia
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Um Semestre de Dilma é Melhor que 8
anos de FHC
Existem diversos problemas no Brasil. A cada problema que
se resolve, outros surgem. Isso faz parte da dialética da vida real. As
demandas surgem a partir das situações concretas. De dez, onze anos para trás,
a grande pauta reivindicatória era o emprego. A questão da qualidade e das
garantias por vezes eram secundarizadas. Afinal, não se tinha nem emprego,
então como cobrar qualidade e direitos? A partir de 2003 essa lógica começou a
mudar.
Com uma política econômica de viés desenvolvimentista, o
gráfico do desemprego caiu consideravelmente na última década. Para o desespero
da direita, da grande mídia, dos especuladores e dos “mamãe eu sou reaça” em
geral, no governo Dilma atingimos o chamado pleno emprego. Claro que
pleno emprego nos marcos do capitalismo. Nossa taxa de desemprego gira em torno
dos 5%.
(Para ler artigo completo e navegar no Blog do Cadu, clique no título)
_________________________________________________________________________________(Para ler artigo completo e navegar no Blog do Cadu, clique no título)
Em
conferência em Brasília nesta terça-feira (23), ex-presidente enaltece a
“política” como única solução possível para a democracia, defende a agenda
proposta pela presidenta Dilma e acusa a elite de exacerbar contra ela o
preconceito histórico contra a mulher trabalhadora.
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[*]Ele é só um ex-retirante
da seca do Nordeste, ex-metalúrgico, ex-pobre... Deu sorte... Aproveitou-se de
um cochilo nosso... Mas ela! Ela! Ela era uma das nossas... Ainda é terrorista... Diabos! Ela nos traiu! Nasceu e criou-se na casa
grande, estudou em colégio católico... Agora ela defende o que o ex-miserável
defende. Assim não dá! Assim não pode! Vade Retro, beata!
Dilma perdeu popularidade, mas não a eleição
Maria Inês Nassif
As
manifestações de julho deixaram como saldo uma alta queda na popularidade da
presidente Dilma Rousseff. Mas daí a tratá-la como derrotada em 2014 vai uma
enorme distância. Dilma ganharia a eleição no primeiro turno, antes de julho.
Após julho, leva no segundo turno. A situação política da candidata do PT,
mesmo agravada por uma onda difusa de insatisfações, ainda é a de franca
favorita.
Até
as manifestações, Dilma se constituiu num fenômeno atípico de popularidade para
uma petista. Tinha índices pouco menores que o do seu antecessor, Luiz Inácio
Lula da Silva, quando este saiu do governo, mas curiosamente estavam espalhados
por todas as faixas de renda, escolaridade e regiões do país. Ao longo de seu
governo, o presidente mais popular da história do Brasil – mas que ainda assim
ganhou um segundo mandato sendo obrigado a disputar o segundo turno – tinha
simpatias concentradas na população de mais baixa renda. A partir de sua
primeira eleição para a Presidência, em 2002, Lula transitou sua popularidade
das faixas de mais para menos escolaridade também, em função das políticas
sociais de seu governo, e deslocou o seu eleitorado do Sul e Sudeste para o
Norte e Nordeste, regiões mais pobres do país. A partir do chamado escândalo do
Mensalão, em 2005, perdeu massa eleitoral no Sul e Sudeste, que se tornaram redutos
de votos mais conservadores. O Sudeste, hoje, é o grande suporte eleitoral do
PSDB, principal partido de oposição.
Até
o final do ano passado, Dilma conseguiu aumentar a sua popularidade para além
da de Lula e para mais do que o PT costuma dispor em véspera de eleição.
Alcançou um eleitor que o petismo deixou de dispor a partir do primeiro governo
de Lula: com mais renda, mais escolarizado e morador de Estados mais ricos da
Federação. Esse eleitorado mais expandido de Dilma, em relação ao de Lula e do
PT, foi atraído pelo fato de a presidente ser mais distante do PT do que Lula,
e pelo fato de ter assumido de forma mais visível para o público uma ação
anticorrupção, com a demissão pronta de ministros denunciados pela grande
mídia. No seu primeiro ano de governo, vitimou todos os ministros que foram
objeto de denúncias pela mídia tradicional.
No
primeiro ano de governo, portanto, Dilma conseguiu responder de forma mais
eficiente que Lula ou o PT a um movimento de opinião pública alimentado pela
mídia, pelos partidos de oposição e pela própria forma como o PT se comportou
em relação aos dois primeiros – desde então, o partido se encolhe diante de
qualquer acusação, referendando pela omissão à afirmação de que tem uma
natureza eminentemente corrupta. Em pesquisas feitas no começo do ano, no
quesito intolerância com a corrupção, Dilma superava Lula e o PT de longe. Pode-se
dizer que o eleitor fiel do PT e de Lula os considerava pouco rigorosos em
relação à corrupção e até os perdoava, por considerarem que o governo de Lula
trouxe outros benefícios mais tangíveis. Dilma era vista como apartada dessa
realidade, uma governante que veio depois e não tinha nada a ver com a história
que, há dez anos, persegue o partido como um fantasma ressuscitado pela
Justiça e pelos meios de comunicação nas vésperas de todas as eleições. Como o
PT tem vencido todas, desde então, persiste no erro de considerar que a
repetição do mantra PT-Lula-Mensalão-corrupção não interfere sobre o voto e nem
tem o poder de contaminação sobre outras classes sociais que não as
conservadoras, as mais sensíveis a uma ofensiva udenista que mistura discurso
anticorrupção com a aversão à ascensão social das classes que estão na base da
pirâmide social.
O
fato é que o saldo das eleições municipais foi bom para o PT, apesar do
julgamento do Mensalão. Mas, como era de se esperar, a decisão do calendário de
julgamento produziu o seu saldo político. Ao final dele, o circo midiático
montado dentro do Supremo Tribunal Federal conseguiu colar ainda mais o
Mensalão em Lula e Dilma. O espetáculo proporcionado pelos ministros do
Supremo, que jogaram réus aos leões em um julgamento cheio de falhas, teve um
efeito contaminador da opinião pública que coroou a campanha sistemática da
mídia e dos partidos de oposição nos últimos oito anos. O STF foi mais
eficientemente politicamente do que os próprios partidos políticos de oposição.
A
isso se somou uma grande queda nas expectativas da economia. As pesquisas de
popularidade de Dilma antes das manifestações de julho são interessantes. A
grande maioria dos entrevistados tem emprego e não tem receio de perdê-lo; não
existe um alto grau de endividamento de suas famílias; e existe um
reconhecimento de que a vida deles melhorou nos últimos anos. A expectativa em
relação ao futuro e à renda, todavia, vem se deteriorando. Ou seja, os entrevistados reduziram
suas expectativas em relação ao futuro não porque suas vidas pioraram, mas
porque acham que podem piorar [Grifo AA] Parece
mais uma ansiedade em relação às interpretações da mídia sobre a economia – em
especial a Rede Globo, que continua a mais assistida no país – do que
propriamente uma situação que interferiu no bem-estar deles. Em relação à
classe média tradicional, todavia, existe um certo “achatamento” salarial e de
expectativas – essas faixas da população não tiveram qualquer aceno de ascensão
financeira nos últimos governos. A renda da classe média tradicional foi
congelada na última década.
Esse
conjunto de fatores, potencializado pelas manifestações de julho, acabou
trazendo Dilma para uma realidade que foi a de todo candidato petista antes das
eleições. Dilma incorporou faixas de rejeição tradicionais ao PT e a Lula: de
renda alta e escolaridade alta e de regiões mais conservadoras. Lula, em 2006,
viveu a mesma situação, disputou um segundo turno e venceu.
Nada
indica que Dilma tenha condições mais desfavoráveis do que Lula – pelo menos
não neste momento. Os programas sociais que elegeram Lula para um segundo
mandato foram aprofundados em seu governo. O processo de desgaste que atingiu
todo o quadro partidário neste mês de julho manteve a reserva de mercado de
votos do PT, em torno de 25%, índice do qual parte qualquer candidato seu. A
candidata que aparece em segundo lugar nas pesquisas de hoje, com chances de
ameaçar sua vitória, é Marina Silva, que sequer um partido constituído tem.
Marina herdou, aparentemente, os votos de maior renda e mais escolaridade que
Dilma perdeu nos últimos meses, mas bandeiras mais progressistas de direitos
civis, que atraem essas camadas que são conservadoras em outras áreas da
política, terão pouco trânsito na campanha da candidata. Existe uma dificuldade
intransponível para uma pessoa convictamente evangélica transitar temas como
casamento de homossexuais, aborto ou pesquisas com células-tronco, por exemplo.
Dilma,
enfim, não foi derrotada pelas ruas. Se aliados de conveniência querem pular
fora já, podem estar cometendo um grande erro. A melhor forma de avaliar isso
é: se não for Dilma a vitoriosa, quem vai ser? A resposta a essa pergunta
mostra que a vida dos outros candidatos é muito mais difícil que a da
presidente da República.
(Para para ler outras matérias no Jornal GGN, clique no título)
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Morre Candeeiro, último cangaceiro de Lampião
Morreu nesta quarta-feira o último cangaceiro do bando de Lampião, Manoel Dantas Loiola, de 97 anos, mais conhecido como Candeeiro. Ele faleceu na madrugada de hoje no Hospital Memorial de Arcoverde onde estava internado desde a semana passada, após sofrer um derrame. O sepultamento está marcado para as 16h, no cemitério da cidade de Buíque.
Pernambucano de Buíque (a 258 quilômetros do Recife), Manoel ingressou no bando de Lampião em 1937, mas afirmava que foi por acidente. Trabalhava em uma fazenda em Alagoas quando um grupo de homens ligados ao famoso bandido chegou ao local. Pouco tempo depois, a propriedade ficou cercada por uma volante e ele preferiu seguir com os bandidos para não ser morto.
No final da vida, atuava como comerciante aposentado na vila São Domingos, distrito de sua cidade natal. Atendia pelo nome de batismo, Manoel Dantas Loyola, ou por outro apelido: seu Né. No primeiro combate com os “macacos”, quando era chamado de Candeeiro, foi ferido na coxa. O buraco de bala foi fechado com farinha peneirada e pimenta.
Teve o primeiro encontro com o chefe na beira do Rio São Francisco, no lado sergipano. “Lampião não gostava de estar no meio dos cangaceiros, ficava isolado. E ele já sabia que estava baleado. Quando soube que eu era de Buíque, comentou, em entrevista concedida ao Diario em 2008: ‘sua cidade me deu um homem valente, Jararaca’”
Candeeiro dizia que, nos quase dois anos que ficou no bando, tinha a função de entregar as cartas escritas por Lampião exigindo dinheiro de grandes fazendeiros e comerciantes. Sempre retornava com o pedido atendido. Ele destacou que teve acesso direto ao chefe, chegando a despertar ciúme de Maria Bonita. Em Angicos, comentou que o local não era seguro. Lampião, segundo ele, reuniria os grupos para comunicar que deixaria o cangaço. Estava cansado e preocupado com o fato de que as volantes se deslocavam mais rápido, por causa das estradas, e tinham armamento pesado.
No dia do ataque, já estava acordado e se preparava para urinar quando começou o tiroteio. “Desci atirando, foi bala como o diabo”. Mesmo ferido no braço direito, conseguiu escapar do cerco. Dias depois, com a promessa de ser não ser morto, entregou-se em Jeremoabo, na Bahia, com o braço na tipóia. Com ele, mais 16 cangaceiros. Cumprindo dois anos na prisão, o Candeeiro dava novamente lugar ao cidadão Manoel Dantas Loyola. Sobre a época do cangaço, costumava dizer que foi “história de sofrimento”.
Do Diário de Pernambuco
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Boletim para PressAA
Atualização - Nº 292 - 25/7/2013
Novas instituições asseguram expansão inédita de vagas, em país onde não há vestibular. Dos estudantes, 80% estão em escolas públicas.Por Marcela Valente (Outras Palavras)
Boaventura Santos analisa crise política e vislumbra alternativa institucional para ela, mas adverte: será necessária ação catalisadora das ruas (Outras Palavras)
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Assassinato de rapaz negro e decisão eleitoral pró-brancos da Suprema Corte revelam: divisão racial acirrou-se após eleição de Obama. Por Mariana Assis (Outras Palavras)
O BRASIL DIANTE DE SEUS IMPASSES
Tarso Genro reconhece: ciclo marcado pela Constituinte e governos Lula-Dilma esgotou-se. Para evitar retrocesso, reforma política e ruptura com ditadura financeira (Outras Mídias)
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Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons
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PressAA
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