terça-feira, 1 de outubro de 2013

A GUERRA DE IRANDUBA -- Teste parapsicológico: Você já foi abduzido por alguma coisa estranha? --- Argentina: O cerco covarde a Cristina Kirchner

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 A GUERRA DE IRANDUBA

Maria morava há mais de 13 anos no "Alagadinho", Cacau Pirêra, distrito do município de Iranduba (AM). Saiu de lá, onde vivia submersa durante a cheia, para realizar "o sonho de moradia" em área de propriedade do Estado. Fez roça no quintal. Plantou macaxeira, abacaxi, pimenta de cheiro e plantas medicinais. Acontece que a área foi grilada por particulares. E na quarta-feira (25), o trator, protegido pelas botas da polícia, entrou lá, esmagou plantinhas, esperanças, sonhos. Destruiu tudo.Só deixou lágrimas, fome e Maria, sem casa, sem roça, sem ter o que dar de comer aos filhos.
- “Vocês tem arco e flecha; a gente tem é bala”. Esse foi o "argumento"  que um policial militar disparou contra uma índia Kokama, durante a operação dizque “pacífica”, iniciada na segunda-feira (23), para impedir o acesso a uma área ocupada por indígenas e não-indígenas, na rodovia Manoel Urbano (AM-070), região metropolitana de Manaus. Usou a "lógica" colonial do Raposo Tavares, Borba Gato e outros bandeirantes.
A violência da polícia contra os “invasores” foi ocultada e silenciada a exemplo do que ocorreu com os bandeirantes. As agressões físicas e os palavrões com os quais os policiais intimidavam até as mulheres e as crianças - nada disso emergiu nos relatos. As notícias, como regra geral, registraram uma “operação pacífica” de reintegração de posse da terra, com atuação "exemplar" do Estado que colocava um ponto final na “indústria da invasão”. O importante era que os “supostos índios” saíssem de lá.  
"Supostos índios"
A versão dos "escrivães da frota" só foi contestada porque uma equipe de pesquisadores do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA), documentou tudo, entre eles a antropóloga Márcia Meneghini, que realizou trabalho de campo durante os três meses de “invasão”.
- Nesse período - escreve Márcia -  descobrimos que não se tratava de uma “invasão”, mas de um ato de mobilização coletiva em torno da legítima reivindicação da posse de terra numa área de propriedade do Estado “supostamente” grilada por particulares. Esse ato de mobilização é chamado de “ocupação” pelas pessoas que dela participam. Nesse sentido, ela é vivida e representada como algo que lhes pertence: a terra. Recebe o nome de “Comunidade Deus é por nós”.
A extensão e localização da área variam conforme quem divulga: Km 5 ou Km 6? Quantos são: 10 mil ou 18 mil? O que se sabe é que entre eles há centenas de índios, mas até isso os zeguedegues cretinos questionam com indagações sobre se os "invasores" tem RANI (Registro Administrativo de Nascimento Indígena), se usam cocar, tanga, arco, flecha. Em caso contrário, concluem que não são 'índios de verdade', são 'civilizados', 'aculturados' e portanto - incrível! - sem direito à terra. Surge na imprensa nova categoria ignorada por antropólogos - o “suposto índio”.  
Mas afinal o que seria esse “suposto índio”, que nunca é ouvido? É uma categoria criada para esconder um problema antigo - a distribuição de terra na região metropolitana de Manaus. Ela designa índios que migraram para a capital. São Kokama, Kambeba, Paumari, Mura, Arara, Tukano, Tuyuka, Sateré-Mawé, Macuxi, Tariano, Piratapuia, Carapana - distribuídos em 1.040 famílias - segundo informaram os índios a Márcia Meneghini, que acompanhou neste sábado (28) a operação de reintegração de posse, quando a FUNAI ainda negociava a permanência dos indígenas na área.  
Nem o juiz, nem a Polícia e nem a mídia ouviram os pesquisadores da Nova Cartografia Social da Amazônia. Se fizessem a consulta, saberiam que as manifestações surgem porque uma apropriação desigual da terra vem definindo a configuração da cidade. Manaus tem sua história marcada pela prática do Estado de conceder terras a particulares para benefício de grupos do poder. Mas quando grupos étnicos se mobilizam, para juntos reivindicarem a posse comum de terra do Estado, são rapidamente taxados de “supostos índios” com o objetivo de desqualificá-los.
Sabá Kokama
- “Cuidado com os índios. Não se aproxime deles. Eles podem te prender como refém. Vá até onde está a polícia”. Este foi o conselho que um policial deu à antropóloga Márcia Meneghini, quando ela perguntou se poderia entrar na área. Afinal, para ocupar a terra eles são "supostos", mas para atacar - não esqueçamos - são "índios". Foi quando os “invasores” saíram e entraram mais de 400 policiais. Um helicóptero, com um homem armado, sobrevoava o local. O policial não podia imaginar que aquela mulher branca, alta, magrela, de mochila e tênis, estava com medo dele - da polícia, dos "supostos agentes da lei" - e não dos índios.
Márcia cortou caminho pelo mato, longe da vista do policial, para entrar no lado dos “invasores”, dos “perigosos”. Fugiu da barricada policial. Foi encontrar com um dos líderes do movimento, Sebastião Castilho Gomes, mais conhecido como Sabá Kokama ou Sabá. Ele nasceu em Sapotal, Tabatinga, no Alto Solimões (AM). Começou no movimento indígena lutando com os Tikuna pela demarcação das terras indígenas Éware I e Éware II em Tabatinga. Já trabalhou na FUNAI e foi vice-presidente da União dos Povos Indígenas de Manaus (UPIM).
A atuação de Sebastião Kokama incomoda, porque chama a atenção do poder público para a problemática de moradia, saúde, educação, não apenas de indígenas, mas também de não indígenas, que vivem nas periferias da cidade. Em 2011, ele participou do “Movimento indígena por uma vida melhor”, conseguindo moradia para muitos índios. Hoje, o Parque das Nações Indígenas, no Tarumã, na zona oeste da cidade, é resultado dessa luta. "Falar numa “indústria da invasão” por “supostos índios” e “invasores” é camuflar o problema da terra" - diz a antropóloga.
Os "escrivães da frota" acusam os “invasores” de crime de degradação ambiental, o que é outra forma de mudar o foco das discussões. O terreno reivindicado é extenso e abrange um grande areal. Na parte baixa, há igarapés entre as árvores da floresta. Sebastião Kokama comentou com a antropóloga que a floresta em questão não é nativa: “Quando chegamos era capoeira. Ali quem tirou foi o próprio governo para botar terra para ali [obra da Ponte Rio Negro]. Quem tirou as madeiras daqui não foram os índios, não. Foram as olarias e os empresários. Vocês já viram índio com caçamba aqui dentro?”.
Escrivães da Frota
A polícia não quer conversa, usa a porrada como argumento. Casos de violência física foram relatados aos pesquisadores. O objetivo é isolar a área, quem está fora não entra. Um Tuyuka, de 16 anos, mostrou as marcas no corpo da agressão sofrida quando retornava com água e mantimentos ao local na manhã de segunda-feira (23). “Me algemaram e me jogaram dentro do camburão. O policial me trancou com ele sozinho na sala e disse: ‘agora nós vamos conversar’. Puxou o cassetete dele. O delegado [de Iranduba] chegou. [Eles] me seguraram e me deram um murro”, disse o menor.
O rapaz também contou que foi intimidado: “Eu me senti ameaçado, por [ele] dizer que ia descarregar uma pistola na minha cara”. Em seguida, segundo o menor, uma equipe do Conselho Tutelar apareceu e impediu que a violência continuasse. “Começaram a me dar guaraná, café, bolacha pra comer. Aí queriam me dar um monte de recurso: bolsa-escola, bolsa-família, minha casa-minha vida. Eu falei que não queria nenhuma dessas coisas. Falei que eu queria o meu direito. Que eles não podiam ter me batido. Não estava fazendo nada”.
Casas foram destruídas por tratores. Sem poder entrar, as pessoas se aglomeravam do lado de fora, relatando a violência da polícia. “Uma jovem, aqui, foi apoiar sua mãe, e um policial do Iranduba bateu nela. Todo mundo viu, agora ninguém pode falar nada, porque, se falar, ele volta de tarde e bate na pessoa”, afirmou J.W, cuja casa e objetos pessoais foram destruídos. “Estão quebrando tudo. Minhas coisas lá dentro estão quebradas. Dá até vontade de chorar. Já pensou um homem de 51 anos chorando? Mas é triste. A gente não tem onde morar”, continuou.
O Kokama, D.C., 20 anos, conseguiu fugir depois de ter sido agredido e algemado, quando tentava retirar seus pertences de sua casa. Levou um tapa na cara. "No descuido deles, eu puxei meu braço e sai correndo. Pulei a cerca e eles correndo atrás de mim. Só não me pegaram por causa do resto dos guerreiros que fecharam a rua para eles não passar”, explicou.
A guerra de Iranduba, camuflada pelos "escrivães da frota", acontece no momento em que a bancada ruralista no Congresso Nacional lança poderosa ofensiva para anular os direitos dos índios e quilombolas garantidos pela Constituição Federal que comemora, agora, em outubro, 25 anos de vigência. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil está convocando, entre 30 de setembro e 5 de outubro, uma mobilização nacional em defesa dos direitos dos índios.
No sábado (28) à tarde, Michelle Kokama informou que a operação de retirada de índios e não-índios havia terminado. É uma vergonha para o Amazonas, o maior Estado do Brasil, onde a polícia dá porrada em índios que buscam um lugar para morar. Os amazonenses deviam fazer como os cariocas fizeram com o Sérgio Cabral: infernizar a vida do Omar Aziz. Cadê os deputados José Ricardo Wendling (PT) e Marcelo Ramos (PSB) que estão sempre sintonizados com os interesses populares?
P.S. - Versão ampliada daquela que foi impressa no Diário do Amazonas, escrita a quatro mãos com Márcia Meneghini. Fotos de M.Meneghini e Glademir Sales. Ilustração Bambi&Mayara Advertising.
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José Ribamar Bessa FreireDoutor em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2003). É professor da Pós-Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-Rio), onde orienta pesquisas de mestrado e doutorado, e professor da UERJ, onde coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas da Faculdade de Educação. Ministra cursos de formação de professores indígenas em diferentes regiões do Brasil, assessorando a produção de material didático. Assina coluna no Diário do Amazonas  e mantém o blog Taqui Pra Ti . Colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz.
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PressAA: Sutil, mas nem tanto, o presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, traça o perfil de alguns de seus colegas de trabalho. Meias verdades e obviedades são usadas para induzir o cidadão a acreditar que ele, JB, é o único que discorda dessa coisa esdrúxula em que está se transformando a Justiça no nosso país. Discorda dos que votam contra sua orientação, pois sua atuação assemelha-se à de um promotor de justiça; por isso diz taxativo:

"Só não aplica a lei aquele juiz que é medroso, é comprometido, ou é politicamente engajado em alguma causa, e isso o distrai, o impede moralmente de se dedicar a sua missão

Verdade!

Engajado em "alguma coisa", todo ser humano pode estar; só não está, ou não se sente, aquele que nega ter compromisso com "alguma coisa" ou com alguém. Comprometido com "alguma coisa", só não está quem não se sente ou nega estar engajado em "alguma coisa". Medroso, nesse caso, é quem acusa mas não tem coragem de dar nome aos bois, por estar engajado em... e comprometido com "alguma coisa estranha". 

Desconfie de juiz que vive travando relações políticas aqui e ali", diz JB.


Data venia, senhor ministro: Desconfie de quem vive travando duvidosas relações políticas ou pessoais, cuidando de interesses pessoais ou políticos aparente ou explicitamente escusos, aqui, ali e acolá, do lado baixo ou do lado de cima do Equador, onde o pecado pode virar virtude, ou vice-versa!

Juízes deixam de aplicar leis contra corrupção por medo de ficar sem promoção, diz Joaquim Barbosa

30/09/2013 
Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil


São Paulo – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, disse hoje (30) que parte dos juízes brasileiros não aplica devidamente as leis de combate à corrupção devido a relações políticas com aqueles que poderão influenciar sua promoção na carreira.

“Não há mecanismos que criem automatismos, permitindo que o juiz, passado determinado tempo, seja promovido sem ter que sair por aí, com um pires na mão, para conseguir essa promoção. Por isso é que digo: 'deixe o juiz em paz, permita que ele evolua na sua carreira, de maneira natural, sem que políticos tenham que se intrometer.' Essa é uma das razões pelas quais muitos juízes não decidem [em ações de combate à corrupção]. Vamos atacar o problema na sua raiz”, defendeu o ministro.

Barbosa destacou que o Brasil tem leis de combate à corrupção, que não são perfeitas, mas não estão sendo aplicadas. “Eu acredito firmemente que, quando o juiz quer, ele decide. Ele aplica. Só não aplica a lei aquele juiz que é medroso, é comprometido, ou é politicamente engajado em alguma causa, e isso o distrai, o impede moralmente de se dedicar a sua missão”, disse Barbosa, ao falar sobre produtividade, em encontro promovido pela revista Exame.

O magistrado ressaltou, porém, que parte dos juízes consegue agir independentemente de influências políticas. “Desconfie de juiz que vive travando relações políticas aqui e ali", recomendou Barbosa. Para ele, ninguém quer ter aspectos importantes de sua vida nas mãos de juízes com tal característica. "Infelizmente, nosso sistema permite que esse tipo de influência negativa seja exercida sobre determinado juiz, mas é claro que há juízes que conseguem driblar isso muito bem.”

O ministro voltou a criticar o sistema político brasileiro, que permite a existência de muitos partidos. "Isso é péssimo, isso não é bom para a estabilidade do sistema político brasileiro. Nenhum sistema político funciona bem com dez, 12, 15, muito menos com 30 partidos. [É necessário] algo que existe em outros países, que é a cláusula de barreira. Este é o caminho, o da representatividade, só sobrevivem aqueles partidos que continuam a ter representatividade no Congresso", afirmou.
Edição: Nádia Franco
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Você já foi abduzido por alguma coisa estranha?
Teste parapsicológico:
a) Já criou empresa de fachada em apartamento funcional?
b) Já comprou apartamento de 1 milhão de reais, em Miami, por simbólicos 10 dólares?
c) Já usou cotas aéreas para assistir jogos da seleção no camarote de celebridade no Maracanã?
d) Já arranjou emprego pro seu filho em conglomerado midiático que a todo momento lhe cobra esse favor?
e) Você é suspeito de ter colaborado com os serviços de segurança de um país imperialista que anda espionando o resto do mundo?
Se você respondeu "sim" a "alguma" dessas perguntas, você deve estar engajado em "alguma coisa" e comprometido com ela até a medula. 
Conclusão: você pode ser facilmente abduzido por uma Covni - Corrupção Voadora não Identificada.
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de: Emiliano José 
para: fernando.56.campos@gmail.comdata: 1 de outubro de 2013 09:48
assunto: Justiça avisa a Emiliano José: audiência adiada por esquecimento do nome de Oldack de Miranda, o outro jornalista processado por Atila Brandão
Justiça avisa a Emiliano José: audiência adiada por
esquecimento do nome de Oldack de Miranda,
o outro jornalista processado por Atila Brandão
 
A juíza Marielza Brandão, titular da 29ª Vara Cível da Comarca de Salvador comunicou ao jornalista Emiliano José o adiamento da audiência marcada para esta terça-feira (1º de outubro), às 15h30. O motivo foi o esquecimento e não inclusão na intimação do nome de outro jornalista, Oldack de Miranda, que também está sendo processado pelo pastor Átila Brandão. Os dois jornalistas enfrentam uma ação de indenização por danos morais movida pelo pastor Atila Brandão, ex-oficial da Polícia Militar da Bahia, acusado de torturar o ex-preso político, e atual professor de história, Renato Afonso de Carvalho, em 1971, no Quartel dos Dendezeiros. O jornalista Emiliano José responde a processo por ter revelado a história no artigo “A premonição de Yaiá”, publicado no jornal A Tarde, em fevereiro de 201 3. O jornalista responde ao mesmo processo por ter veiculado as notícias na internet. O ex-oficial da PM quer R$ 2 milhões de indenização por “danos morais”.

O jornalista Emiliano José já obteve várias vitórias judiciais contra o ex-militar. Em junho, a desembargadora Telma Brito, em recurso protocolado pelo presidente da OAB/Bahia, Luiz Viana Queiróz e pelo advogado Jerônimo Mesquita, determinou a suspensão da decisão da juíza Marielza Brandão (29ª Vara Cível) que liminarmente ordenara a retirada do artigo do site do jornalista, bem como direito de resposta no jornal A Tarde; em agosto, a juíza Sílvia Lúcia Bonifácio Andrade Carvalho (6ª Vara Criminal) concedeu habeas corpus beneficiando Emiliano José, mandando trancar inquérito na 16ª Delegacia de Polícia provocado por denúncia do pastor evangélico.

Leia mais sobre essa questão e sobre a atuação do jornalista, escritor e deputado federal pelo PT-BA, Emiliano José:


Artigo A Tarde - Ditadura e mortes de baianos

Antonio Carlos Monteiro Teixeira e Dinalva Monteiro Teixeira, formados em Geologia(...)

Habeas corpus em favor de Emiliano José

A Juíza Silvia Carvalho concedeu ordem de habeas corpus, em favor do jornalista Emiliano José.

Mais notícias




Jornalista publicou matéria com depoimentos de tortura cometida pelo ex-policial militar e agora pastor, Átila Brandão, na ditadura militar
Da Redação 
Átila Brandão está processando o jornalista e deputado federal, Emiliano José, por artigo publicado em seu site (Foto: Reprodução / Viomundo)
A juíza Marielza Brandão, da 29ª Vara dos Feitos Cíveis, Comerciais e Relação de Consumo da Comarca de Salvador, determinou por meio de liminar que o jornalista, escritor e deputado federal, Emiliano José (PT), retire do seu site o texto “A premonição de Yaiá”. O artigo é fruto de uma entrevista que o jornalista fez com Marina Helena Carvalho, conhecida como Dona Yaiá, onde ela denunciou o ex-policial militar e agora pastor Átila Brandão como sendo o autor de torturas contra seu filho, Renato Afonso Carvalho, em 1971, no Quartel dos Dendezeiros.
(Para ler matérias completas, clique nos títulos)
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De...
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Boletim de Atualização - Nº 314 - 1º/10/2013

...para a PressAA...

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Reféns de direita primitiva, EUA paralisam governo, põem em risco ordem financeira mundial, que os favorece, e expõem gravidade de sua decadência. Por Paul Krugman



Ao investir maciçamente em infra-estrutura e serviços públicos, e estimular aumento expressivo dos salários, país sugere caminho oposto à "austeridade" europeia. Por Antonio Martins



Estudo revela: só na maior cidade do país, 6 mil mortes seriam evitadas, por ano, se reduzíssemos poluição. Mas indústria de automóveis, incentivada, segue a todo vapor. Por Washington Novaes, naEnvolverde



Depois de apoiar "oposição", Washington perde controle sobre ela. Agora, quem dá cartas são gangues ultra-fundamentalistas, bem armadas e financiadas pela Arábia Saudita. Por Pepe Escobar



Velha mídia e partidos conservadores conseguem colocar em xeque a presidente, que dificilmente conseguirá direito à reeleição. Incerteza pode dominar cenário argentino. Por Emir Sader, em seu blog

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Velha mídia e partidos conservadores conseguem colocar em xeque a presidente, que dificilmente conseguirá direito à reeleição. Incerteza pode dominar cenário argentino
Por Emir Sader, em seu blog
O governo de Nestor Kirchner herdou um país desfeito da ditadura militar e dos governos de Menem e De la Rua. Nunca na sua história o país havia tido um retrocesso tão brutal em pouco tempo como o que teve desde o golpe militar até a posse de Nestor. Eric Hobsbawn catalogava a Rússia depois do fim da URSS, e a Argentina desde a instalação da ditadura militar, como as maiores regressões – de natureza civilizatória – do nosso tempo.
Os governos dos Kirchner operaram sobre essa terra arrasada e tiveram, antes de tudo, o grande mérito de levantar uma economia falida e um país quebrado, econômica e animicamente. Por isso mesmo, setores com ódios históricos ao peronismo tiveram que apoiá-los, reconhecendo o trabalho que está sendo feito.
O resgate da Argentina se faz a partir dos escombros herdados, não podendo retomar a expansão econômica nos moldes em que ela tinha se dado antes da ditadura militar. A principal diferença é consequência da desindustrialização que a abertura acelerada da economia, feita pela ditadura e pelo governo Menem, e, ao mesmo tempo, a promoção da hegemonia do capital financeiro.
Depois da hiperfinflação no governo de Ricardo Alfonsin – que o levou a renunciar antes de concluir seu mandato –, Carlos Menem, apesar de se eleger prometendo um “choque produtivo”, fez exatamente o contrário, colocando em prática uma política radicalmente liberal. Valendo-se do trauma da hiperinflação, seu ministro da economia, Domingo Cavallo, impôs a paridade entre o peso e o dólar. O que significava que o governo renunciava a ter uma política monetária, só emitindo conforme ingressassem dólares na economia.
Esse engessamento trouxe a estabilidade monetária, mas ao preço de um profundo déficit público, adiando o estouro da paridade, enquanto os argentinos gozavam de uma súbita e insustentável valorização da sua moeda. Era uma bomba de tempo, que só foi explodir quando Menem não conseguiu eleger seu sucessor, e o radical Fernando de la Rua manteve a política de paridade, até que esta implodiu.
A Argentina entrou na maior crise econômica social e política da sua história, com retrocessos e instabilidade que levaram a que o país tivesse cinco presidentes em poucos dias (...)

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AGENDA CARTA MAIOR: O PRAZO FATAL DE SERRA, MARINA E LUIZIANNE
O destaque da semana é dado pelo prazo final (5 de outubro) para o registro ou não da Rede (o partido de Marina Silva), bem como das filiações e mudanças de partido dos candidatos ao pleito de 2014: o 5 de outubro é o dia ‘D' para Marina, Serra, os irmãos Cid e Ciro Gomes, bem como a ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins. Cogitada por Eduardo Campos para ser o nome do PSB nas eleições ao governo do Ceará, em 2014, Luizianne terá, nas próximas horas,  uma reunião decisiva com o presidente nacional do PT, Rui Falcão. Expira também na semana o prazo para a última tentativa de reforma eleitoral capaz de incidir nas eleições do próximo ano. Nesta 2ª feira, 30 de setembro, Fernando Haddad, Prefeito de São Paulo (leia entrevista nesta pág), reúne-se com a presidenta Dilma Rousseff, às 15h. Em pauta: a dívida de São Paulo, de cuja equação depende o futuro da gestão petista na cidade. Ainda hoje, organizações civis e coletivos que lutam pelo marco civil da internet (leiam reportagens nesta pág) realizam reunião ampliada para planejar a mobilização nas ruas e nas redes em defesa do projeto. Setores conservadores resistem por temer a presença eleitoral da esquerda na rede. A neutralidade da rede, a salvo de controles unilaterais, políticos ou corporativos, é o ponto decisivo.(Leia a íntegra da Agenda Carta Maior)

Prisão em Yale: liberdade de expressão, a suprema ironia






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No blog da redecastorphoto...

30/9/2013, [*] M K Bhadrakumar, Asia Times Online
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

John Kerry e Sergey Lavrov numa reunião em Moscou

A euforia em torno da aprovação da resolução sobre as armas químicas sírias no Conselho de Segurança da ONU na 6ª-feira está em todas as manchetes, mas permanece no ar um pressentimento obscuro, que ameaça estragar a festa.

Sim, é verdade que, depois de um longo e tormentoso intervalo, quando nada parecia ir bem entre eles, os EUA e a Rússia concordaram, afinal, em torno de alguma coisa. Merece celebração. Mas em seguida começam a emergir indícios de que nem tudo é um mar de rosas entre os dois ministros de Relações Exteriores, John Kerry e Sergey Lavrov, e que houve momentos tensos. O déficit de confiança é palpável.

Passo potencialmente significativo

Não há dúvidas de que há no ar muita irritabilidade impaciente. O presidente Barack Obama não voltou a dizer palavra ao presidente Vladimir Putin da Rússia, depois da conversa de 20 minutos durante a reunião do G-20 em São Petersburgo, há quase um mês.

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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA



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