quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Espionagem: A onça Rugirseff e os ursos famintos --- Rompimento do PT com a esquerda sectária --- Sertanejo descobre que os coronéis estão satisfeitos com o Bolsa Família ("Educação, não, mamãe!") --- Secretária vaza detalhes do relacionamento de um oficial dos Estados Unidos com uma brasileira

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ESQUERDA OU DIREITA, QUAL O CERNE IDEOLÓGICO DA CLASSE MÉDIA?
(Compreendendo Cazuza)

Raul Longo*
Evidente que a ideologia independe da classe social, mas os comportamentos identificam os de cada classe independentemente da ideologia à que se reivindicam.
Tive isso muito claro numa discussão sobre Luchino Visconti que, oriundo da nobreza, era comunista. Foi por volta do ano 2000 e o acesso à parafernália da informática e novos meios eletrônicos de difusão cultural, hoje entretenimento, ainda era restrito a uma minoria.
Em conversa paralela numa reunião de amigos, não dei atenção ao dono da casa que concentrava a conversa com os demais acusando algo de ser uma merda. Alguém ao lado me cochichou indignação por ele estar ser se referindo a um clássico da cinematografia universal: “Morte em Veneza”.
Indignei-me também e lembrando não gostar da linguagem literária dos filmes de Godard ou Bergman, afirmei que nem assim classificaria de “merda” a obra desses mestres. Expliquei quem foi e qual o significado de Visconti para a 7ª arte. Também contei sobre o escritor Thomas Mann e o cinema expressionista alemão reportado no “Morte em Veneza”.
Foi meu erro. Apesar de identificados como esquerdas e militantes lulistas, tomaram como ofensa o fato de alguém que não tinha sequer um aparelho de TV deter informações que não eles não possuíam. Acusaram-me de prepotente e não quiseram mais saber de amizade.
A informática popularizou-se tanto que certamente já não se sentem mais ameaçados quando alguém expõe alguma informação que desconheçam, pois recentemente encontrei a esposa do casal que me cumprimentou muito reconciliadora. Tudo é bastante compreensível considerando que em centros pequenos raramente se depara com alguém que exceda a um nível médio de informações, como é ocorrência comum nas cidades maiores onde normalmente não se sente obrigação de saber mais do que a maioria.
Talvez ainda por essa falta de circulação de informações, pontos de vista, percepções e opiniões divergentes é que há pouco provoquei outra discussão com amigos comentando as manifestações de junho como resultado da sistemática e permanente campanha da mídia contra o governo. Apesar de candidatos pelo PT, coesa e peremptoriamente esses amigos não admitiram nenhuma possibilidade de interferência midiática, convictos de que as manifestações foram espontâneas e provenientes do que consideram falho no governo.
Tentei argumentar concordando com a falta de reações do governo Dilma em alguns aspectos, mas não haver outra justificativa para uma mobilização que não se verificou nem mesmo em momentos de incomparáveis maiores dificuldades à população. Não aceitaram e garantiram que desde o início a mídia se posicionou contra as manifestações.
Como não deixaram expor o que percebia, desisti de tentar e depois usei o correio da internet para enviar imagens e textos da mídia enaltecendo o movimento, e considerações de observadores nacionais e internacionais com a mesma conclusão comum à grande maioria dos que buscaram analisar os motivos daquelas manifestações. E, claro, ironizei desculpando-me por concordar com aquelas opiniões contrárias às de suas certezas.
Dias depois, tentando retomar a mesma discussão, um deles demonstrou-se ofendido com minhas brincadeiras, mas pedi para não retornarmos a uma conversa inútil se impossível aceitar o que se comprovava pelo material que enviei.
Tentei entender porque tamanha dificuldade em concordar com a percepção de tantos analistas e acabei concluindo que se deva ao fato de aqui - como deve ocorrer em outras partes e com todos os partidos - no diretório do Partido dos Trabalhadores haver muitos envolvidos em projetos pessoais que, por maior esforço ou oportunidade, estreitaram relações com o governo federal. Imaginei provável que os amigos se sintam preteridos, transferindo suas mágoas às lideranças nacionais, inclusive Dilma e Lula a quem, na oportunidade seguinte, um deles conferiu todos os adjetivos empregados pela direita. Só faltou o “apedeuta”, porque de resto entrou até o “mau pai” do Collor de Melo!
Dizer o quê? Nada!... Até porque isso da classe média, de direita ou esquerda, adotar os preconceitos da elite, é típico. Mas cometi a bobagem de tentar alguma ponderação sugerindo sempre haver os que cometem erros e deslizes, numa rápida lembrança ao caso dos “Aloprados”. Imediatamente afirmou que ali é que Lula prejudicou Gushiken.
Espantado, lembrei que Gushiken não teve nada a ver com o caso dos “Aloprados”. Insistiu: “- Claro que sim.” Imaginei ter se confundido e lembrei se tratar do caso em que se envolveu o churrasqueiro, natural daqui de Florianópolis; mas então se uniram e pela experiência anterior senti que tentariam me convencer do que sabia não ser verdade. Também indisposto com o mórbido oportunismo, considerei melhor deixar a conversa. Afinal, como candidatos devem ter lá suas razões, mas não sou filiado a partido algum e embora acostumado às assimilações dos discursos da mídia, ainda me é impossível aceitar métodos de manipulação e falsificação de denúncias sem fundamentos. Mesmo quando empregados por quem se identifique como esquerda.
Aí também não tem nada a ver com classe social ou ideologia. Seja discutindo com rico, pobre ou remediado; comunista ou capitalista, a experiência indica que isso de domínio do fato só no STF e o melhor seria enviar o que encontrasse do histórico do que foi citado.
Insistiram para que ficasse, mas sorri me despedindo e prometendo enviar pela internet o que não me deixariam falar ali. No computador, em casa, foi só consultar por “Escândalo dos Aloprados” e copiar o trecho em que são relacionados os nomes dos envolvidos. Novamente fiz acompanhar os pedidos de desculpas por não haver qualquer indicação sobre Gushiken no verbete do Wikipédia.
Aí um escreveu suas dúvidas sobre minha amizade, já que me recusei a ouvir a relação de companheiros que acredita terem sido abandonados por Lula, inclusive Gushiken a quem a seu ver o ex Presidente teria abandonado. Como entre os citados se incluem alguns de meus correspondentes, respondi oferecendo transmitir-lhes suas impressões para conferir o que pensam e sentem a respeito. E copiei trechos de notícias sobre visitas de Lula à Gushiken no Hospital 9 de Julho e Sírio Libanês, onde faleceu após 12 anos de tratamento de câncer no estômago que provocou seu pedido de exoneração em 2006.
Pensei em explicar que não votei em Dilma ou Lula para serem companheiros de sindicalistas ou coo partidários, mas pelo povo brasileiro. Talvez pudesse também escrever que não votei esperando que em 10 anos mudassem os 500 da história da sociedade brasileira, como Fidel mudou a de Cuba, já que desde Salvador Allende não confio no voto como arma mais adequada para mudanças tão abruptas. Mas adiantaria tentar demonstrar que com o surgimento da máfia russa após o fim da União Soviética e tentando entender os motivos da China reassumir a economia capitalista, concluo as utopias como incompatíveis a imediatismos pretensamente revolucionários?
Dizem que Mao Tse Tung afirmava que a impaciência revolucionária é um fenômeno eminentemente pequeno burguês. Não sei é verdadeira a autoria, mas a frase me faz mesmo lembrar a proverbial paciência chinesa de tão longa história.
Poderia ter escrito também que jamais votaria em qualquer candidato esperando que fizesse um governo perfeito, pois me parece impossível ou irreal um governo perfeito num sistema imperfeito. Mas será que adiantaria?
Depois encontrei também o outro amigo que igualmente demonstrou não ter mais motivos para continuar sendo meu amigo. É triste, mas o que fazer quando os ideais não correspondem aos fatos?
Como dizia Cazuza, sempre há quem precise de alguma ideologia pra viver.

*Raul Longo, jornalista escritor e pousadeiro. Colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz.

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Meu Deus, lá se foi o mês de Santana, passou-se agosto e setembro, tamos em outubro. Mais um ano de seca e agonia pra nós aqui no sertão. Num chove já faz é tempo! E o verão tá só mostrando a cara.

Olho pro céu e tento tirar um dedinho de prosa com Vossa Divina Justiça. Mas tenho cá minhas dúvida se, em suas ocupação, Vosmecê vai encontrar um tempinho pra um simples lavrador que o mundo nem sabe se existe. Mesmo assim teimo e Lhe dirijo essas palavra. Dessa vez num é rogatório, não. Também num é lamentação à-toa. É só pra tirar uma dúvida, e bem sei que o Senhor não é desses que se ofende até com pergunta.

Apois me responda: que mal tão feroz eu cometi, meu Senhor, pra merecer tanto castigo? Até quando vamos ter que aguentar tanta provação?

No ano passado, eu, minha mulher e meus filho roçamo o pedaço de terra que ainda nos resta e plantamos um pouco de feijão e milho. Isso porque recebemos um pouco de semente que o governo distribuiu lá na cidade. Ficamos sabendo, pela rádio, que ia ser feita a tal distribuição, e os que não têm apareio de rádio suberam nas conversa de pé de uvido.

Tivemos que ir inté lá, pois, cuma num era época de eleição, eles não andam por essas capoeira. Chegamos cedo, pois o Senhor sabe que o matuto madruga, pra dar conta da labuta e, nesse caso, pra garantir uma vaga na festa do benefício.

Lá na praça da cidade, onde estava as arrumação para a entrega das doação, vi muita gente bem vestida, vi tudo muito bem arrumado.  Logo começou os falatório, cada um mais bonito que a outro; palavras que eu não entendia, mas imaginava que era coisa séria; pois esse povo que fala bonito é tudo gente séria, né? Promessa pro home do campo num fartaro. Teve inté um que chorou que nem minino! O Senhor sabe, o povo da cidade derrama lágrima só de pensar no mal que alguém tá fazendo com o povo...

Eu confesso, meu Deus, que num gostei de uma coisa, no meio de outras que também num me agradaram. Foi quando terminaram a cerimônia, na hora da saída, ouvi quando um daqueles home bem trajado, usando paletó e gravata, falou baixinho pro seu colega do lado: “Não sei o que é que essa gente aí quer mais, pois recebe bolsa família, salário maternidade, máquina forrageira, sementes de graça... O governo dá de tudo, mas nunca estão satisfeitos, a vida é reclamar”.

Já humilhado pela esmola que tinha acabado de receber, escondi ainda mais a cara, aproveitando o pequeno saco de sementes que tinha acabado de receber.

Agora, meu Deus, o que mais me doeu, foi ouvir a resposta do outro cidadão, justamente o que tinha chorado na hora da fala. Ele disse: “Pois é, por isso que não encontramos mais quem queria trabalhar na roça. Ganham na moleza, e aí acabam viciados, esse povo não tem jeito”.

E o outro, pra confundir ainda mais a minha cabeça, emendou com essa: “E você tá reclamando de quê? Bom mesmo é ver que essas mixarias que o governo tá dando ainda é pouco, e a gente pode continuar viciando esses infelizes, esses vagabundos, em esmolas que dão votos. Pior será se os filhos e netos deles se formarem nas escolas técnicas, nas faculdades...”. Aí o outro botou as mãos na cabeça e saiu quase gritando: “Nem me fale! Nem me fale! Educação, não! Educação, não!

Saí dali ainda mais humilhado do que quando cheguei. Ser chamado de vagabundo foi demais, meu Deus. Mas as lágrimas não escorreram pelo meu rosto, não, meu Senhor. E não foi por orgulho. Foi porque o sertanejo adulto, aqui das brenhas da caatinga, não tem mais lágrima. Tudo que a gente tinha de chorar já chorou, derna a infância, quando a fome, a sede e o abandono bateram na nossa porta e entraram sem pedir licença.

Mas eu estou aqui, meu Senhor, conformado, junto com a minha família, me preparando para enfrentar mais uma estiagem.

Esse ano, meu Deus, eu já decidi que vou deixar minha mulher cuidando dos nossos filho e vou arribar pro sul, cortar cana. Lá, pelo menos, se eu sair vivo, garanto o alimento e umas roupinhas pra eles. Além disso, trabalhando, eu tou me distraindo e não tenho tempo pra pensar besteira; pois, se não fosse a fé que tenho no Senhor, não sei se eu ainda tava vivo pra contar um pouco do meu sofrimento.

Na semana que vem, o ônibus da usina passa aqui em frente ao meu rancho, e, durante uma boa temporada, eu vou tá trabalhando e rezando pra que um dia eu possa voltar pro aconchego dos meus.

Mas pode crer, meu Senhor, jamais quero perder a esperança de um dia ver o meu sertão produzir alimentos em abundância e os meus filhos estudando em escolas decentes.


Ouvi dizer que tem um povo estrangeiro que costuma falar o seguinte: “Deus abençoe azamérica”. Num sei bem o que isso quer dizer, mas eu vou tomar a liberdade de pedir que o Senhor abençoe toda a humanidade.

Por Sérgio Campos - Publicado originalmente no Alagoas na Net

Estamos de volta


Após três anos sem postar nenhuma mensagem, sem trazer notícias, ao menos sem dar um até logo, mas sempre na esperança de um dia voltar, eis que estou de volta nesta quarta-feira, 2 de outubro de 2013. Com bastante disposição, como antes, e a mesma política de informação, que sempre foi abrir um canal de comunicação onde se discuta cultura, política, cidadania e responsabilidade com os nossos leitores.
Espero contar com a colaboração de internautas interessados em trazer notícias que venham engrandecer a nossa região, bem como denunciar as aberrações causadas contra qualquer tipo de discriminação ou crime contra a humanidade, seja nos confins do sertão nordestino ou na Faixa de Gaza.
Este espaço pode ser pequeno e considerado apenas mais um na imensidão da rede mundial de computadores, mas esperamos servir como trincheira de denúncias e sugestões a fim de que cada vez menos crianças, adultos e idosos inocentes sejam mortas covardemente.
Até quando seremos insensíveis às milhares de crianças vítimas da pedofilia, de droga, da fome e da bala que ao matar indefesos leva lucros exorbitantes para uns poucos apaniguados do sistema brutal que assola o Planeta?   
Sérgio Campos
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Alagoas na Net

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Victoria Coulibaly, suposta secretária de um capitão do United State Army, provável adido miliar plantado em Londres, a serviço do M16, revela à PressAA detalhes românticos de seu relacionamento com uma amada brasileira (?). Ao enviar mensagem do chefe para a eleita, a indiscreta funcionária destinou cópia oculta para nós. Portanto, apesar de o apaixonado oficial dizer que deseja continuar a conversa através de sua "caixa de e-mail privado", nós nos sentimos com o direito de publicar tão hollywoodiano love story à moda dos Anos Dourados.

de:
 VictoriaCoulibaly 
para:
cco:
 fernando.56.campos@gmail.com

data:
 2 de outubro de 2013 09:40
assunto:
 Capitão Adrian Bonenberger


Oi querida,
 
É um prazer conhecê-la, eu espero que tudo esteja bem com você e como você está desfrutando o seu dia?

Eu sou o capitão Adrian Rosenberger, eu sou um oficial do Exército dos Estado Unidos, a partir de Estados Unidos da América, sou apoio e carinho, ansioso para ter um amigo bom, eu li o seu perfil aqui e pegar interesse em você, eu gostaria de estabelecer amizade mútua com você.

Por favor, deixe continuar a nossa conversa na minha caixa de e-mail privado, aqui, para que eu vou me apresentar melhor e lhe enviar minha foto assim que eu receber seu e-mail.

Eu estou amando, pessoa honesta e solidária com um bom senso de humor, gosto de conhecer novas pessoas e seu modo de vida, eu gosto de ver as ondas do mar e a beleza das montanhas e tudo o que a natureza tem para oferecer.

Eu adoraria conhecê-lo para uma amizade, eu entrar em contato com você e eu realmente gostaria de indicar meu interesse, embora não estou sempre disponível para escrever e-mail, devido à condição de meu dever.

Estou olhando para uma verdadeira e significativa amizade íntima

Note-se que a idade nem diferenças étnicas não será um obstáculo para nossa amizade, o que eu preciso é apenas uma amizade

Espero ler a sua carta breve.

Obrigado pela sua atenção.

Seu, amigo

Capitão Adrian Bonenberger

(Não publicamos o texto original em inglês somente para dificultar a decodificação das "expressões idiomáticas" criadas automaticamente pelos tradutores online. Assim, os espiões do UK–USA Security Agreement perdem tempo, enquanto a gente já está despachando Komila Nakova para novas missões.)

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De Douglas Quina, leitor-correspondente da PressAA:

Amigos,

Alguém aí assistiu o filme ''O Declínio do Império Americano''? Produção canadense de 1986, em que quatro homens, enquanto preparam um jantar, discutem vários assuntos e nesse interim, suas quatro mulheres, em uma academia, discutem futilidades e aventuras. Pois bem. Hoje tenho certeza de que foi um título desperdiçado, pois o verdadeiro declínio do império americano está acontecendo, em tempo real, hoje.

Quando ''alguns'' americanos chegaram ao seu auge nos anos 60, em que tinham indústrias automobilística, farmaceutica, petroquímica, textil, entretenimento e bélica, não satisfeitos com seus ''lucros'', resolveram ampliá-los exportando suas plantas fabris para a China. Afinal de contas já custava US$ 18.00 fabricar um tênis no território americano, contra US$ 1.80 lá. Quanto aos empregos dos americanos, oras, que se virem, se reciclem, migrem para a prestação de serviços. Pois bem, isso aconteceu em todos os setores. Resumo, hoje, os americanos não fabricam mais automóveis, roupas, semicondutores, eletrodomésticos, etc, etc, etc... Os empregos que existem hoje são na indústria de entretenimento e bélica. Acontece que também a indústria bélica precisa de guerras para se sustentar, e o mundo num tá mais a fim de novas guerras.  E o cinema não é mais monopólio californiano.

E agora?  Agora, o quadrinho abaixo que copiei reflete o verdadeiro declínio do império americano.

Douglas Quina
Mogi Guaçu



(Copiado de Putin ganhou a Síria, Obama muda-se para o Irã - postado em nossa edição de 1/10/2013)
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De Livraria Cultura para a PressAA...


Para acessar a página da Livraria Cultura, clique AQUI
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De André Lux, jornalista colaborador-correspondente da PressAA:


Acesse o blog TUDO EM CIMA, administrado por André Lux.
Poderá também gostar de:

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RodapéNews

02/10/2013, quarta-feira (informações de rodapé e outras que talvez você não tenha visto)

Leia nos links abaixo ou clique aqui para ler também outras matérias

INVESTIGADOS POR PROPINAS PAGAS PELA ALSTOM SÃO "PRÓSPEROS" EMPRESÁRIOS PAULISTAS


Jornal da Band

Vídeo - Cartel: investigado recebe aluguel do Estado

Apontado como a peça chave de um esquema de corrupção ligado a um cartel que forneceria trens e equipamentos para o metrô e a CPTM, em São Paulo, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Robson Marinho, teria recebido milhões de reais de propina da empresa Alstom. Apesar de parte da fortuna gerada pelas supostas transações ilegais estar bloqueada em contas na Suíça, Marinho e seus sócios estariam recebendo dinheiro alugando imóveis, alguns dos quais locados pela própria Procuradoria Pública de São Paulo. O conselheiro é investigado pela Polícia Federal e os Ministérios Públicos Federal e Estadual


Band

Em um prédio em São José dos Campos (SP), por exemplo, algumas salas são alugadas pelo Ministério Público Federal por R$ 35 mil.

Os imóveis pertencem a duas empresas: a Rumo Certo, de Robson Marinho, e a Carmel, de Sabino Indelicato, que teria sido intermediário do conselheiro na suposta propina paga pela Alstom

Viomundo

Estadão
‘Não existe um Deus católico, mas um Deus’, diz papa
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Serra: a volta dos que nunca foram

Serra: a volta dos que nunca foram
O ex-governador José Serra não decidiu agora ficar no PSDB porque jamais foi sua intenção deixa-lo. Jamais trocaria um partido pronto e acabado, como o PSDB, por um partido acabado, como o PPS.
Para fazê-lo teria que dispor de liderança, propostas e capacidade de articulação que nunca fizeram parte de sua personalidade.
A exemplo de inúmeros políticos egressos da política estudantil pré-ditadura, e do próprio Partidão, o estilo de Serra sempre foi “aparelhista”, o de articular internamente na máquina partidária para conquistar espaço e poder, despendendo energia para dentro, em ações e dossiês contra quem ameaçasse sua liderança interna; ou em guerrilhas para fora, valendo-se do mesmo estilo.
Nunca foi um organizador ou formulador partidário.

  O conteúdo nacional no pré-sal

Coluna Econômica - 02/10/2013

O sistema de produção em águas profundas obrigará as indústrias nacionais a inovações na área de materiais, nanotecnologia que se irrigarão para diversos outros setores, podendo revitalizar parque industrial defasado tecnologicamente.
Recentemente, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) fez um levantamento de capacitação industrial e tecnológica do parque industrial brasileiro. Observou, logicamente, um mercado em plena explosão, conforme explicou o professor da UFRJ Adilson de Oliveira, mas pouco dinâmico no ramo das inovações tecnológicas.. 
Segundo Adilson, se a empresa brasileira sentar nas tecnologias atuais, será açambarcado por fornecedores de fora. 
*** 
O seminário “Como ser um fornecedor da cadeia do petróleo”, do projeto Brasilianas, identificou as causas dessa inação.

A primeira, a política de preços de combustíveis, trazendo incertezas de que os planos de investimento da Petrobras serão cumpridas no prazo certo. Algumas empresas apostaram e saíram na frente. Acabaram ficando em dificuldades. 
*** 
Há um segundo problema. Desde a crise externa dos anos 90, a montagem das plataformas e navios são terceirizadas para os chamados “epecistas”- escritórios especializados. Para impedir que trouxessem seus próprios fornecedores, a ANP (Agência Nacional de Petróleo) definiu o chamado conteúdo nacional – um mínimo a ser adquirido no país. 
*** 
Até a sétima rodada de licitação de petróleo, em 2005, entravam nessa conta até obras de engenharia, terraplanagem etc. Depois disso, a ANP passou a analisar as peças industriais individualmente. 
Mas permaneceram outras distorções. 
A prova do conteúdo nacional era dada pelas notas fiscais de máquinas vendidas através do Finame (linha de crédito do BNDES para venda de máquinas nacionais). Nessas notas, as máquinas saíam como se fossem 100% brasileiras, mesmo que tivessem apenas 60% de conteúdo nacional. 
Hoje existem empresas especializadas em avaliar o conteúdo nacional. Pelo ritmo de produção, efeitos positivos serão sentidos só dentro de alguns anos.

Permanecem outras distorções.

O que eles fazem é pegar os insumos externos, calcular o percentual sobre o preço final do produto. A diferença passa a ser considerada conteúdo nacional. Ocorre que no preço final do produto entram o lucro da empresa, os tributos, os juros pagos.

Digamos uma empresa cujo custo de produção seja 100. E tenha 40 de insumos importados. O conteúdo nacional será, portanto, de 60%. Mas sobre o custo final acrescentam-se, digamos, 40% de impostos, 8% de juros e 15% de lucro. No total, o preço final irá para 173. Os 40 de insumos importados passam a representar apenas 23% do preço final. E o conteúdo nacional considerado cai de 40 para 23.

***

Além disso, as “epecistas” acabam manobrando para as peças mais sensíveis serem adquiridas no exterior. E a produção brasileira é penalizada pelo Repetro, que criou regimes especiais de isenção para uma série de produtos. Os importados chegam com a isenção do Imposto de Importação – que é federal. Mas os nacionais continuam pagando ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que é estadual. Cria uma desvantagem invencível.

Um grande desafio seria investir na montagem de empresas de projeto nacionais e recuperar o comando do poder de compra.

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No blog da redecastorphoto...

2013/01/10[*] MK Bhadrakumar , Rediff blogs - Punchline indiano  
Traduzido pelo pessoal daVila Vudu 


A onça brasileira, o urso russo e o panda chinês
O jornalRussia Today, rede mantida pelo governo russo, com sede em Moscou, publicou uma coluna de sátira mordente  [1] contra o modo suave comoNew Delhirespondeu, até agora, aoaffairEdward Snowden. A coluna aparece assinada por autor indiano eRT, é claro, dirá que nada tem a ver com a opinião assinada de seus colunistas. Mas, dada a cultura midiática na Rússia, é interessante que a coluna apareça num poderoso órgão de mídia, ao qual o presidenteVladimir Putin vive a dar entrevistas exclusivas.      

Vladimir Putin

O principal argumento do colunista é que faltou coragem política à Índia para dar nomes aos bois. É argumento virtuoso, no plano moral. 

Mas... considere-se o assunto, de um outro ponto de vista. De modo geral, a liderança indiana assumiu, sobre a saga Snowden, uma posição que não difere, no fundo, da posição de Putin sobre o mesmo caso — a saber, que nada que seja absoluta novidade, no que Snowden divulgou para a opinião pública.

Em recente entrevista à Associated PressPutin falou em tom de quase pouco caso sobre Snowden, como “sujeito estranho”, espantado demais ante os fatos, para que o Kremlin se interesse muito por ele.

Dilma Rousseff

Como a Rússia, a Índia também parece manifestar visão realista sobre o “Informante sem Fronteiras”. Nos dois casos, são políticos pragmáticos, que não se deixam levar por emoções nuas e cruas. Além disso, nem o primeiro-ministro indiano,  Manmohan Singh, nem Putin tem sobre os ombros a tradição de um passado revolucionário, e não se deixam tomar pela compulsão, como no caso da presidenta Dilma Rousseff do Brasil, para “rugir”.

Xi Jinping da China alinhar-se-ia com Manmohan Singh e Putin, no modo pós-moderno de reagir a espionagens e bisbilhotices, vendo-as como práticas ancestrais, que se devem esperar que continuem, enquanto a natureza humana for o que é e o sistema de Westphalia não se esgotar e der lugar a um sistema genuíno de governança global.

Xi Jinping e Manmohan Visualizações

O problema de rugir é que pode dar dor de garganta. É o que pode acontecer a Rousseff se persistir nos rugidos, até que não lhe reste outro remédio além de gargarejos de salmoura e um voto de silêncio até que recupere a voz. A vantagem de miar é que atrai os sentidos do ouvinte e o gato assegura melhor chance para chegar ao prato e lamber o leite. Bem feitas as contas, e considerado o longo prazo, a Índia não parece ter errado muito.
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Nota dos tradutores
[1] “Revelações de Snowden: Índia mia, Brasil ruge” (orig. Snowden fallout: India’s meow, Brazil’s roar”, Sreeram Chaulia, Russia Today, 29/9/2013).
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[*] MK Bhadrakumar  foi diplomata de carreira do Serviço Exterior da Índia. Prestou serviços na União Soviética, Coreia do Sul, Sri Lanka, Alemanha, Afeganistão, Paquistão, Uzbequistão e Turquia. É especialista em questões do Irã, Afeganistão e Paquistão e escreve sobre temas de energia e segurança para várias publicações, dentre as quais The Hindu,Asia Times Online e Indian Punchline. É o filho mais velho de MK Kumaran (1915–1994), famoso escritor, jornalista, tradutor e militante de Kerala.



(Ilustração AIPC)

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Nº 1292
 
EUA aplicam reciprocidade e expulsam três diplomatas venezuelanos
Todos foram declarados como "personas non grata" por Washington. Caracas repudiou a expulsão de seus funcionários
 
Guerra civil leva sírios a procurar refúgio em campos no Iraque
Repórter acompanhou dia a dia de campo de refugiados na região do Curdistão, norte iraquiano
 
ÚLTIMAS
 
 
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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA



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